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LEI ORGÂNICA BAGÉ

TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O Município de Bagé, parte indissolúvel do Estado do Rio Grande do Sul e da República Federativa do Brasil, constituído,
dentro do estado democrático de direito, em esfera de governo local, promoverá na sua área territorial e competência, seu
desenvolvimento para a construção de uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na autonomia, na cidadania, na
dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político, exercendo seu poder por
decisão dos munícipes, quer pelo seus representantes eleitos, quer diretamente, nos termos desta Lei Orgânica, da Constituição
Estadual e da Constituição Federal.

Art. 2º A soberania popular, além da eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, será exercida mediante:
I - sufrágio universal com valor igual para todos;
II - plebiscito;
III - referendo;
IV - veto popular;
V - iniciativa popular no processo legislativo;
VI - ação fiscalizadora sobre a administração pública.

Art. 3º A ação do poder Municipal desenvolve-se em todo o seu território, tendo por objetivo reduzir as desigualdades regionais e
sociais, promovendo o bem estar de todos, sem discriminação de origem, raça, sexo, cor, idade, ideologia ou sectarismo religioso.

Art. 4º A autonomia do Município é assegurada nos termos da legislação federal e estadual pela eleição e posse do Prefeito e do
Vice-Prefeito, que compõem o Executivo e dos Vereadores que compõem a Câmara Municipal

Art. 5º São símbolos do Município de Bagé, a bandeira, o brasão e o hino.

Art. 6º São símbolos naturais do Município de Bagé, a flor de corticeira, a árvore coronilha e a ave tajá ou chajá.

TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 7º O Município de Bagé, é uma unidade territorial do Estado do Rio Grande do Sul, pessoa jurídica de direito público interno
com autonomia política, administrativa e financeira.

Art. 8º O Município de Bagé, como entidade federativa, rege-se por esta Lei Orgânica, e as demais leis que adotar, observados os
preceitos estabelecidos pelas Constituições Federal e Estadual.

Art. 9º A cidade de Bagé é a sede do Município.


Parágrafo único. O Município compõe-se de distritos, criados ou alterados através de Lei Complementar.

Art. 10. São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Executivo e o Legislativo.
Parágrafo único. Salvo exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições. Quem for
investido na função de um deles, não poderá exercer a de outro.

Art. 11. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento do Município, far-se-á por lei estadual, dentro do período
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito a população do Município
envolvida, após divulgação dos estudos de viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
§ 1º É mantido o atual território do Município, que só será alterado desde que preservada a continuidade e a unidade histórica e
cultural do ambiente urbano e rural, nos termos da legislação estadual.
§ 2º Qualquer alteração territorial no Município de Bagé, só pode ser feita por Lei Complementar, observados os preceitos
estadual e federal.

Art. 12. O Município, como entidade autônoma e básica da Federação, garantirá vida digna aos seus moradores e será
administrado:
I - com transparência dos seus atos e ações;
II - com moralidade;
III - com participação popular nas decisões;
IV - com descentralização administrativa.

TÍTULO III - DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Art. 13. Compete ao Município, no exercício de sua autonomia, privativamente:


I - disciplinar os negócios públicos municipais através de leis, decretos, regulamentos, resoluções e portarias;
II - suplementar a legislação federal e estadual no que couber;
III - organizar seus serviços administrativos;
IV - administrar seus bens;
V - desapropriar bens imóveis, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, na forma da lei federal;
VI - definir o planejamento administrativo urbano e rural através de lei própria;
VII - promover a limpeza das ruas e logradouros públicos, o transporte, tratamento e destinação do lixo domiciliar, hospitalar e
de resíduos de qualquer natureza;
VIII - dispor sobre a prevenção de incêndios e oferecer condições técnicas para sua extinção, inclusive com instalação de
hidrantes, de acordo com normas de segurança;
IX - ordenar as atividades urbanas, determinar o horário de funcionamento do comércio e indústrias locais, fixar as condições de
higiene, segurança, saúde e ambientais, para o atendimento ao público;
X - instituir, fixar e arrecadar os tributos de sua competência: impostos, taxas, tarifas e preços públicos;
XI - promover o bem público, com os recursos orçamentários, prestando conta e publicando balancetes nos prazos fixados em
lei;
XII - organizar e prestar prioritariamente por administração direta ou sob regime de concessão ou permissão os serviços
públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo que tem caráter essencial;
XIII - elaborar o Plano Diretor e os Códigos de Postura, Obras e Tributário do Município, fiscalizando sua observância;
XIV - criar Conselhos Municipais com objetivos e competências estabelecidas em lei;
XV - elaborar as Leis do Plano Plurianual, das Leis de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual;
XVI - organizar o quadro e estabelecer o Regime de Trabalho dos servidores, bem como elaborar o Estatuto do Funcionalismo
Público Municipal;
XVII - dispor sobre a administração pública, utilização e alienação de seus bens, tendo em conta o interesse público;
XVIII - estabelecer normas de edificação, loteamento, arruamento e de zoneamento urbano, de acordo com as normas do Plano
Diretor e regulamentar a utilização dos logradouros públicos, especialmente do perímetro urbano:
a) determinar o itinerário, horário e os pontos de paradas dos transporte coletivo em geral;
b) fixar os locais estabelecidos de táxi, conceder, permitir ou autorizar os serviços desse tipo, fixando suas tarifas;
c) fixar e sinalizar os limites das zonas de silêncio e de trânsito em condições especiais;
d) disciplinar o serviço de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima permitida a veículos que circulem em via pública
Municipal;
e) disciplinar e fiscalizar o transporte de elementos radioativos.
XIX - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar a sua utilização;
XX - fundar e organizar cemitérios ou dar em concessão a entidades idôneas sob sua fiscalização, e dispor sobre serviços
funerários;
XXI - regulamentar, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes e anúncios publicitários, vedada a ocupação, para este fim
particular, dos logradouros públicos;
XXII - planejar e promover a defesa permanente contra calamidades públicas;
XXIII - promover licitações e contratações em todas as modalidades, na administração pública Municipal direta e indireta;
XXIV - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos:
XXV - dispor sobre registro, vacinação e capturas de animais sendo vedadas quaisquer práticas de tratamento que lhes
imponham dor ou sofrimento;
XXVI - dispor sobre depósito e destinação de mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão à legislação Municipal;
XXVII - estabelecer servidões administrativas necessárias a realização de seus serviços ou por necessidade do interesse público;
XXVIII - definir, com relação ao plantio de árvores em logradouros públicos, o local e a espécie vegetal a ser plantada;
XXIX - promover programas e convênios para o controle e erradicação de ambientes insalubres, na forma da lei;
XXX - promover incentivos, inclusive fiscais, ao aproveitamento dos recursos naturais, à ciência, à tecnologia e à cultura;
XXXI - prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto-socorro, por seus próprios serviços ou mediante
convênio com instituições especializadas;
XXXII - a prestação dos serviços públicos locais de abastecimento de água e esgotamento sanitário, serão prestados diretamente
pelo município ou através de administração indireta, podendo ser autorizada a concessão ou permissão dos mesmos somente para
os poderes públicos estaduais ou federais, por maioria qualificada dos votos do Poder Legislativo, ficando proibida a privatização
ou concessão e permissão para a iniciativa privada.

Art. 14. Compete ao Município, concorrentemente com a União, o Estado, e outras entidades, do direito público e privado:
I - promover a educação, a cultura e a assistência social;
II - promover e executar programas de construção de moradias populares e garantir, em níveis compatíveis com a dignidade do
ser humano, condições habitacionais, saneamento básico e acesso ao transporte coletivo;
III - fiscalizar, nos locais de venda direta ao consumidor, as condições sanitárias dos gêneros alimentícios;
IV - zelar pelas condições normais de abastecimento de água e gêneros alimentícios;
V - conceder licença, autorização ou permissão para exploração de atividades extrativas, mediante apresentação de laudo e
parecer técnico dos órgãos competentes;
VI - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de necessidades especiais;
VII - proteger os documentos, as obras e outros bens de valores históricos, artísticos e culturais, os monumentos, as paisagens
culturais notáveis e os sítios arqueológicos;
VIII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de artes, e de outros bens de valor histórico, artístico e
cultural;
IX - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
X - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
XI - preservar as florestas, a fauna, a flora, os cursos e fontes de água natural;
XII - combater as causas de pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XIII - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direito de pesquisa e exploração de recursos hídricos, minerais e
gasosos em seu território;
XIV - estabelecer e implantar a política de educação para a segurança no trânsito;
XV - zelar pelo cumprimento das Constituições Federal e Estadual, desta Lei Orgânica e demais leis federais, estaduais e
municipais e pela guarda das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
XVI - fomentar a produção agropecuária;
XVII - fiscalizar a arrecadação de impostos.

Art. 15. Ao município compete suplementarmente:


I - constituir, criar e organizar a Guarda Municipal, destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser
a lei;
II - criar e organizar órgãos de administração indireta, tais como empresas públicas e fundações;
III - proporcionar, se possível, ensino de segundo grau com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, obedecida a
legislação concernente;
IV - celebrar convênios com outros Municípios, com Estado e a União para a realização de obras, atividades e serviços voltados
à promoção do bem comum.

TÍTULO IV - Do Poder Executivo


CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DO PODER EXECUTIVO
Secção I - Do Prefeito e do Vice-Prefeito

Art. 16. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais e diretores ou responsáveis
pelos órgãos da administração direta e indireta.

Art. 17. A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, realizar-se-á nos ter-mos da Constituição Federal e legislação pertinente.

Art. 18. O Prefeito e o Vice-Prefeito, tomarão posse em Sessão Solene na Câmara Municipal, no dia 1º de janeiro do ano
subsequente às 10 horas.
§ 1º O Prefeito e o Vice-Prefeito, prestarão o seguinte juramento:

"PROMETO CUMPRIR E FAZER CUMPRIR A LEI ORGÂNICA, AS LEIS DA UNIÃO, DO ESTADO E DO MUNICÍPIO, E
EXERCER O MEU MANDATO, SOB A INSPIRAÇÃO DO PATRIOTISMO, DA LEALDADE, DA HONRA E DO BEM
COMUM".

§ 2º Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, devidamente
comprovado perante a Câmara, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago, pela Câmara de Vereadores.

Art. 19. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito, nos casos de impedimento e sucedê-lo-á no caso de vaga.
§ 1º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por Lei Complementar, auxiliará o Prefeito sempre
que por ele convocado para missões especiais.
§ 2º A investidura do Vice-Prefeito em secretaria Municipal não impedirá as funções previstas no parágrafo anterior.

Art. 20. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, será chamado ao exercício
do cargo de Prefeito, o Presidente da Câmara Municipal.

Art. 21. Vagando os cargos de Prefeito e de Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos de mandato, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois de
aberta a última vaga pela Câmara Municipal, na forma da lei.
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período do antecessor.

Art. 22. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando em exercício do cargo, não poderão sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se
do Município, do Estado ou do País, por mais de quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Parágrafo único. A solicitação de licença para ausentar-se deverá ser acompanhada da exposição de motivos e, se a trabalho,
em quinze dias, dizer à Câmara das tratativas relacionadas à administração Municipal.

Art. 23. Para tratamento de saúde, o Prefeito deverá solicitar licença à Câmara, sob pena de extinção do mandato, sem prejuízo de
seu subsídio.

Art. 24. O subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais serão fixados por Lei de iniciativa da Câmara
Municipal, observados os dispositivos constitucionais.

Art. 25. O teor do compromisso a ser prestado pelo Prefeito será o mesmo prestado pelos Vereadores.
Parágrafo único. No ato da posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito apresentarão declaração de bens.
Art. 26. O Prefeito, desde a posse, e o Vice-Prefeito, quando assumir a chefia do Executivo Municipal, ficam sujeitos aos
impedimentos, proibições e responsabilidades estabelecidas nas Constituições da República, do Estado, nesta Lei Orgânica e na
legislação pertinente.
Parágrafo único. O Prefeito não poderá favorecer, direta ou indiretamente, com incentivos de qualquer espécie, uma
organização partidária em detrimento das demais, ressalvada a prerrogativa individual de assumir e defender opiniões políticas
coincidentes com o ideário de qualquer organização partidária.

Seção II - Das Atribuições do Prefeito Municipal

Art. 27. Compete privativamente ao Prefeito Municipal:


I - nomear e exonerar os Secretários, diretores de órgãos municipais e os responsáveis pelos órgãos da administração direta e
indireta;
II - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
III - sancionar e fazer publicar as leis e expedir decretos, regulamentos, resoluções e portarias;
IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente, nos termos desta Lei Orgânica;
V - dispor sobre a estrutura, a organização e funcionamento da administração Municipal, na forma que a lei dispuser;
VI - prover os cargos públicos municipais e propor sua extinção, praticar os atos administrativos referentes aos servidores
públicos municipais, salvo os de competência da Câmara Municipal;
VII - apresentar anualmente à Câmara Municipal, relatório sobre o estado de obras e serviços municipais;
VIII - enviar os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias e aos orçamentos anuais à Câmara
Municipal nos prazos previstos nesta Lei Orgânica;
IX - prestar, em quinze dias, as informações solicitadas pelas Comissões Parlamentares de Inquérito e pelo Poder Legislativo e
vinte dias às protocoladas pelos cidadãos;
X - representar o Município em juízo e fora dele;
XI - contrair empréstimos para o Município, mediante prévia autorização da Câmara Municipal;
XII - decretar a desapropriação de bens imóveis por necessidade, utilidade pública ou interesse social;
XIII - administrar os bens e as rendas municipais, promover o lançamento, a fiscalização e a arrecadação dos tributos;
XIV - propor o arrendamento, o aforamento ou a alienação de próprios municipais, na forma da lei, bem como a aquisição de
bens mediante prévia autorização da Câmara Municipal;
XV - firmar convênios, ajustes e contratos de interesse público dando ciência a Câmara Municipal;
XVI - propor a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XVII - comparecer e expor à Câmara Municipal a situação do Município e os planos de governo por ocasião da abertura da
sessão legislativa anual, solicitando as providências que julgar necessárias;
XVIII - contratar, após aprovação pela Câmara Municipal, os servidores que a lei assim determinar;
XIX - prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro de noventa dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior;
XX - enviar, anualmente, à Câmara Municipal, até 30 de novembro, os projetos de lei que instituírem ou alterarem os tributos
municipais para o exercício seguinte;
XXI - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica.

Seção III - Do Vice-Prefeito

Art. 28. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito no caso de impedimento e sucedê-lo-á no caso de vacância.
Parágrafo único. O Vice-Prefeito tem atribuição de, em consonância com o Prefeito, auxiliar na administração pública
Municipal.

Seção IV - Dos Secretários Municipais

Art. 29. Os Secretários municipais, auxiliares diretos do Prefeito, serão escolhidos entre brasileiros, maiores de vinte e um anos, e
no exercício dos direitos políticos, sendo demissíveis ad nutum.

Art. 30. No impedimento do Secretário Municipal e no caso de vacância, até que assuma novo titular, suas atribuições poderão ser
desempenhadas por servidor da mesma pasta ou por outro Secretário, por designação do Prefeito Municipal.

Art. 31. Compete aos Secretários municipais, além de outras atribuições estabelecidas nesta Lei Orgânica:
I - assinar com o Prefeito os atos de sua Secretaria;
II - exercer orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração Municipal na área de sua
competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito;
III - expedir instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos, relativos ao trabalho de suas secretarias;
IV - apresentar, anualmente, ao Prefeito e este à Câmara Municipal, relatório a respeito da situação global de sua secretaria e das
obras e atividades desenvolvidas;
V - comparecer à Câmara Municipal sempre que convocado, com finalidade específica de prestar informações e esclarecimentos
dos negócios na área da respectiva secretaria, bem como, se solicitado, apresentar relatório anual das atividades;
VI - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem delegadas ou outorgadas pelo Prefeito;
VII - representar o Prefeito em atos públicos, quando designado.
Art. 32. Lei complementar disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das secretarias municipais.

Art. 33. Nenhum órgão da aDministração Pública Municipal Direta, deixa de ser vinculado a uma Secretaria Municipal.

Art. 34. A Chefia de Gabinete do Prefeito e a Procuradoria Geral do Município terão caráter de Secretaria Municipal.

TÍTULO V - DO PODER LEGISLATIVO


CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO
Secção I - Da Câmara Municipal

Art. 35. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal composta de vinte e um Vereadores, em razão da representação
popular, eleitos em pleito direto, pelo sistema proporcional, para um mandato de quatro anos e funciona de acordo com o seu
Regimento Interno.
§ 1º Os Vereadores, tomarão posse em Sessão Inaugural na Câmara Municipal, no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da
eleição, às 9 horas.
§ 2º A Câmara Municipal desempenhará as atividades que lhe são pertinentes nos termos e disposições do seu Regimento
Interno.

Art. 36. A sessão inaugural de cada legislatura será presidida pelo Vereador mais idoso entre os eleitos no Município e presentes a
reunião, o qual procederá o juramento previsto no Regimento Interno.
§ 1º Os Vereadores, no ato da posse, repetirão o mesmo juramento prestado pelo Presidente da sessão, entregando a este a
declaração individual e discriminada de seus bens para serem arquivadas no acervo da Casa.
§ 2º Na sessão de posse, será realizada a eleição da Mesa Diretora, na forma regimental, e, na ausência de quorum para elegê-la,
a Presidência da Casa Legislativa permanecerá com o Vereador mais idoso entre os presentes, que convocará tantas sessões
quantas forem necessárias à escolha definitiva.
§ 3º Na sessão de eleição da Mesa Diretora, também será eleita a Comissão Representativa. As Comissões Técnicas
Permanentes serão indicadas pelos respectivos líderes de bancadas, respeitando-se os critérios de proporcionalidade entre as
diversas bancadas, com assento nesta Casa Legislativa.
§ 4º Os Líderes indicados e os membros da Comissão Representativa eleita, encerrarão seus trabalhos junto com a Mesa
Diretora eleita.

Art. 37. Na forma regimental, a Câmara Municipal deliberará por maioria simples, porém, em casos extraordinários assim
definidos em lei, a deliberação será tomada pela maioria absoluta de sua composição ou por quorum qualificado de dois terços.
§ 1º A deliberação das comissões é tomada por maioria simples.
§ 2º As deliberações de plenário serão públicas, através de chamada nominal, por votação simbólica ou por votação secreta.

Art. 38. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á, anualmente, na Cidade de Bagé, de 17 de fevereiro a 22 de dezembro.

Art. 39. A convocação extraordinária da Câmara Municipal será feita pelo Presidente, por requisição do Prefeito ou maioria
absoluta dos Vereadores, em casos de urgência ou de interesse público, com antecedência mínima de quarenta e oito horas.

Art. 40. Nas Sessões Legislativas Extraordinárias, a Câmara Municipal somente deliberará sobre os projetos para os quais foi
convocada, definidos no ato da convocação, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.

Art. 41. Ao Poder Legislativo fica assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira.

Seção II - Das Atribuições da Câmara Municipal

Art. 42. Compete à Câmara Municipal debater problemas contemporâneos tomando posição e fazendo-se influente em qualquer
questão de natureza pública. Cabe-lhe, privativamente, legislar sobre temas referentes à Municipalidade, observadas as
determinações e a hierarquia constitucional suplementar a legislação federal e estadual. Compete-lhe ainda, fiscalizar a
administração direta e indireta e as empresas em que o Município detenha maioria do capital social.

Art. 43. Os assuntos de competência do Município sobre os quais cabe à Câmara Municipal dispor, com sanção do Prefeito são:
I - o sistema tributário: arrecadação, distribuição das rendas, isenções, anistias fiscais e de débitos;
II - a matéria orçamentária: orçamento anual, Diretrizes Orçamentárias, Plano Plurianual, operações de crédito e dívida pública;
III - o planejamento urbano: plano diretor, planejamento e controle do parcelamento e uso do solo urbano;
IV - a organização do território Municipal, especialmente em distritos, observada a legislação estadual e delimitação do
perímetro urbano;
V - os bens móveis e imóveis municipais: concessão ou permissão de uso, alienação e aquisição;
VI - concessão ou permissão de serviços públicos;
VII - auxílios ou subvenções a terceiros;
VIII - convênios com entidades particulares;
IX - a criação, transformação e extinção de cargos, empregos ou funções públicas e fixação de remuneração dos servidores do
Município, inclusive da administração indireta, observado o disposto no Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias, lei
orçamentária e ouvido o Conselho de Política de Administração e Remuneração de Pessoal;
X - a denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
XI - a fixação e modificação do efetivo da Guarda Municipal;
XII - planos e programas municipais de desenvolvimento;
XIII - autorização de transferência temporária da sede do governo Municipal;
XIV - a cooperação das associações representativas no planejamento Municipal;
XV - normatização da iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da Cidade, distritos ou de
bairros através da manifestação de pelo menos cinco por cento do eleitorado deste, conforme o interesse ou abrangência da
proposta;
XVI - a criação de autarquia, a instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e de fundação, somente será feita
por lei específica, cabendo a Lei Complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
XVII - a regulamentação do tráfego e do trânsito nas vias públicas, atendidas as necessidades de locomoção das pessoas
portadoras de necessidades especiais;
XVIII - a localização e o tráfego de substâncias perigosas;
XIX - a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos municipais,
baseados em normas gerais de contabilidade e atuária, obedecendo o disposto na legislação federal concernente.

Art. 44. É de competência privativa da Câmara Municipal:


I - dar posse ao Prefeito, Vice-Prefeito, conhecer de suas renúncias ou afastá-los definitivamente do cargo ou dos limites da
delegação legislativa;
II - conceder licença ao Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, para afastamento do cargo;
III - autorizar o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, por necessidade de serviço, a ausentarem-se do Município;
IV - zelar pela preservação de sua competência administrativa e sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o
poder regulamentador ou extrapolem os limites da delegação legislativa;
V - examinar, para eventual aprovação, todas as iniciativas do Poder Executivo, que repercutam sobre o meio ambiente;
VI - julgar anualmente as contas prestadas pelo Prefeito;
VII - apreciar os relatórios do Prefeito sobre a execução orçamentária, operações de crédito, dívida pública, aplicações de leis
relativas ao planejamento urbano, à concessão ou permissão de serviços públicos, ao desenvolvimento de convênios, à situação
dos bens imóveis e móveis do Município, ao número de servidores públicos e ao preenchimento de cargos, empregos e funções
bem como a política salarial e apreciação de relatórios anuais da Câmara Municipal;
VIII - convocar e autorizar referendo e plebiscito;
IX - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à Municipalidade;
X - convocar o Prefeito, o Vice-Prefeito, Secretários Municipais, ou ainda, diretores responsáveis por órgãos da administração
indireta, para prestar esclarecimentos sobre matéria de sua competência;
XI - o comparecimento do Prefeito e/ou do Vice-Prefeito quando convocados para prestarem esclarecimentos sobre assuntos da
administração previamente determinados, dar-se-á pessoalmente em quinze dias, o comparecimento de Secretário ou Diretor de
Órgão Público quando convocados dar-se-á pessoalmente, em até oito dias, para prestar informações sobre assuntos de sua pasta,
previamente determinados;
XII - criar comissões de inquérito;
XIII - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos previsto em lei;
XIV - conceder títulos honoríficos do Município, na forma da lei;
XV - fixar, através de lei, os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, Secretários, Diretores da Administração Direta e Indireta e
Vereadores, para a legislação subsequente;
XVI - fixar as diárias do Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores, Secretários, Procurador Geral e do Chefe do Gabinete, que serão
estabelecidas por legislação própria;
XVII - elaborar seu Regimento Interno;
XVIII - eleger sua Mesa, bem como destituí-ala no modo previsto no Regimento Interno;
XIX - deliberar sobre assuntos de sua economia interna;
XX - mudar temporariamente sua sede;
XXI - apreciar vetos;
XXII - dispor, nos termos da lei, sobre a organização, criação e funcionamento, transformação e extinção de cargos, empregos e
funções, exercer o poder de polícia e fixar os vencimentos do Legislativo, obedecido o Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias
e Lei Orçamentária;
XXIII - exigir sob pena de responsabilidade, a prestação de contas do Prefeito Municipal, relativas ao Exercício anterior,
quando não apresentada dentro do prazo estabelecido no inciso XIX, do art. 27;
XXIV - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração indireta;
XXV - representar ao Procurador Geral da Justiça por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Prefeito e
o Vice-Prefeito e os Secretários Municipais, pela prática de crime contra a administração pública de que tomar conhecimento;
XXVI - autorizar o Prefeito a contrair empréstimos, após examinada a proposta e o plano de aplicação;
XXVII - receber a denúncia e declarar a perda do mandato de Vereador por maioria absoluta de seus membros;
XXVIII - autorizar pelo voto de dois terços de seus membros, a instauração de processo contra Prefeito, Vice-Prefeito e
Secretários Municipais;
XXIX - encaminhar os pedidos escritos de informações aos Secretários e diretores municipais, através da Mesa Diretora, por
solicitação de Vereadores ou de comissão, importando em crime contra a administração pública, a recusa ou não atendimento, no
prazo de 15 dias, bem como a prestação de informações falsas.
Seção III - Dos Vereadores

Art. 45. Os Vereadores são invioláveis pelas suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato, na circunscrição do
Município.

Art. 46. Os Vereadores no exercício da sua competência, tem livre acesso aos órgãos, arquivos e documentos da administração
direta e indireta do Município, mesmo sem prévio aviso, inclusive nas concessionárias, devendo a visita iniciar pelo Chefe do
Poder Executivo ou pelo titular da concessionária.

Art. 47. É vedado ao Vereador:


I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público Municipal, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades
constantes na alínea anterior.
II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze favor decorrente de contrato com pessoa jurídica do Direito
Público Municipal, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum nas entidades referidas no inciso I, alínea a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 48. Perde o mandato o Vereador:


I - que infringir quaisquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar nos casos previstos pelo Regimento Interno;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara Municipal, salvo
licença, atestado ou missão autorizada;
IV - que perder os direitos políticos e quando o decretar a Justiça Eleitoral;
V - que for condenado por sentença condenatória irrecorrível, pela prática de crime infamante.

Art. 49. É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, a percepção de vantagens
indevidas.
§ 1º Nos casos dos incisos I, II e IV do art. 48, a perda do mandato é decretada pela Câmara Municipal, por voto secreto e
maioria absoluta, mediante a provocação da Mesa ou de Bancadas de Vereadores, assegurada ampla defesa.
§ 2º Nos casos previstos nos incisos III e IV do art. 48, a perda é declarada pela Mesa da Câmara Municipal, de ofício ou
mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 50. Não perde o mandato o Vereador:


§ 1º Quando investido no cargo de Secretário Municipal, Secretário Estadual ou Ministro de Estado.
§ 2º Quando investido em cargo, emprego ou função pública, desde que haja compatibilidade de horário, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo.
§ 3º Licenciado pela Câmara Municipal por motivo de doença, sem prejuízo de seu subsídio, ou, com prejuízo deste, por razões
de interesse particular, desde que, neste caso o afastamento não ultrapasse a cento e vinte dias por sessão legislativa.
§ 4º O suplente será convocado em todos os casos de vaga, de investidura de função, prevista neste artigo ou de licença nos
termos da lei.
§ 5º Ocorrendo a vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze meses para o
término do mandato.
§ 6º Na hipótese do inciso II, não havendo compatibilidade de horário, será facultado ao Vereador optar por sua remuneração.

Art. 51. No caso de ausência não justificada às sessões da Câmara Municipal, o Vereador sofrerá descontos em seus subsídios,
expresso por Lei.

Art. 52. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas, em razão do exercício do
mandato, nem sobre as provas que lhes forem confiadas.

Art. 53. Os Vereadores não disporão, sob qualquer título, de verbas especiais para destinação ou auxílio a terceiros.

Art. 54. Serão assegurados aos Vereadores, plenas condições políticas e materiais para o exercício dos mandatos.

Seção IV - Das Comissões

Art. 55. A Câmara Municipal terá comissões permanentes, temporárias, especiais, de sindicância e parlamentares de inquérito,
disciplinadas no Regimento Interno ou em legislação própria.
§ 1º Cabe às comissões em razão da matéria de sua competência:
I - discutir, votar, emitir pareceres de projetos de lei, decretos legislativos, resoluções e votar requerimentos que dispensarem
na forma do Regimento Interno a apreciação pelo plenário;
II - realizar audiências públicas com entidades públicas ou privadas;
III - convocar Secretários e autoridades municipais, para prestarem informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões de autoridades ou
entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - solicitar a presença de integrantes da Mesa Diretora, para prestar informações de interesse legislativo;
VII - convocar qualquer servidor público Municipal para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições.

Art. 56. As Comissões de Inquérito que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos
em Regimento da Câmara Municipal, serão criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo, mediante denúncia
formalizada sobre irregularidade pública Municipal, proposta por 1/3 dos Vereadores.
§ 1º Suas atribuições serão as previstas no Regimento Interno da Câmara Municipal ou no ato de que resultar sua criação.
§ 2º Na formação de cada Comissão de Inquérito, será assegurada a representação dos partidos com assento na Casa Legislativa,
respeitando-se, tanto quanto possível, o critério da proporcionalidade entre as diversas bancadas.
§ 3º As conclusões das comissões de inquérito serão encaminhadas, se for o caso, no prazo de trinta dias, ao Ministério Público,
para que este promova a responsabilidade civil e criminal dos infratores.

Art. 57. A Comissão Representativa eleita por votação aberta para funcionar no recesso da Câmara Municipal, terá as seguintes
atribuições: zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo; zelar pela observância da Lei Orgânica; autorizar a ausentar-se do
Município, do Estado ou do País, o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores e tomar medidas urgentes de competência do Poder
Legislativo.
Parágrafo único. O Regimento Interno estabelecerá as normas sobre as demais atribuições da Comissão Representativa.

Seção V - Da Mesa Diretora

Art. 58. A Mesa Diretora da Câmara Municipal, será composta pelos seguintes membros: Presidente, Vice-Presidente e
Secretário.
Parágrafo único. Os membros da Mesa Diretora serão eleitos para o mandato de 02 (dois) anos, vedada a recondução para o
mesmo Cargo na eleição imediatamente subsequente.

Art. 59. A eleição da Mesa Diretora, dar-se-á por votação aberta.

Art. 60. O Presidente da Câmara Municipal ao assumir a chefia do Poder Executivo, deverá optar pelo subsídio do Prefeito ou de
seu subsídio como Vereador.

Art. 61. A Mesa Diretora eleita tomará posse, em Sessão Solene, na última semana do mês de dezembro, em data e horário a ser
definida em comum acordo com as lideranças.

Seção VI - Do Processo Legislativo

Art. 62. O Processo Legislativo compreende a elaboração de:


I - Emendas à Lei Orgânica Municipal;
II - Leis Complementares;
III - Leis Ordinárias;
IV - Decretos Legislativos;
V - Resoluções.
Parágrafo único. Lei Complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das Leis.

Art. 63. A Lei Orgânica, poderá ser emendada mediante proposta de: um terço dos Vereadores e do Prefeito Municipal.
§ 1º A Lei Orgânica do Município não poderá ser emendada, na vigência do Estado de Sítio ou de intervenção do Estado no
Município.
§ 2º A proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, considerando-se aprovada quando
obtiver em cada turno, dois terços dos votos dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º A emenda à Lei Orgânica do Município, será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com o respectivo número de
ordem.
§ 4º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, não pode ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa.

Seção VII - Das Leis

Art. 64. São objetos de Lei Complementar os projetos de codificação, o Estatuto dos Funcionários Públicos e do Magistério
Público Municipal, a lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município e as demais leis que pretendam
sistematizar normas e princípios tratados genericamente nesta Lei Orgânica.

Art. 65. Os projetos de Lei Complementar serão revistos por Comissão Especial da Câmara, assegurada ampla divulgação pública
e prazo de até quinze dias para apresentação de sugestões por parte de qualquer cidadão.

Art. 66. Os projetos de Lei Complementar somente serão aprovados, se obtiverem a maioria absoluta dos votos dos membros da
Câmara Municipal.

Art. 67. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Vereador ou Comissão da Câmara Municipal, ao
Prefeito Municipal e aos cidadãos na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.
§ 1º São de iniciativa privativa do Prefeito, as leis que disponham sobre:
I - criação e aumento de remuneração de cargo, funções ou empregos públicos, na administração direta e autárquica, no
Município, obedecido o que determina o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias, a lei orçamentária e ouvido o Conselho de
Política de Administração e Remuneração de Pessoal;
II - servidores do Município, seu Regime Jurídico, provimento de cargo, estabilidade e aposentadoria, obedecido os critérios
estabelecidos no inciso anterior;
III - criação, estruturação e atribuições das secretarias municipais e órgãos da administração pública Municipal.
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal, de projetos de lei de interesse específico do
Município, da cidade, dos bairros ou distritos, por manifestação subscrita de, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do
Município.
§ 3º Os projetos de lei apresentados através da iniciativa popular, serão inscritos prioritariamente na ordem do dia da Câmara
Municipal, sendo discutidos e votados no prazo máximo de sessenta dias, após o protocolo, garantida a defesa nas comissões por
um dos cinco primeiros signatários.

Art. 68. Não será admitido aumento da despesa prevista:


I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, exceto no Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e aos orçamentos
nos remanejos, respeitados os dispositivos sobre finanças públicas nesta Lei Orgânica;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Art. 69. O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar sobre a proposição, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais
deliberações da Casa, com exceção das que tem prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.
§ 2º São preferenciais para votação, o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e a proposta de orçamento anual, bem como
os projetos que tenham prazo fixado para votação.
§ 3º Todos os prazos previstos para apreciação e votação de projetos de urgência, não corre nos períodos de recesso, nem se
aplica nos projetos de código.
§ 4º Os projetos que aumentam os salários de servidores, deverão dar entrada na Câmara até o dia 25 do mês sobre o qual
incidirá o pagamento, atendidos os requisitos do Conselho de Política de Administração e Remuneração de Pessoal.

Art. 70. O Projeto de Lei aprovado será enviado como autógrafo ao Prefeito Municipal que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou
parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao
Presidente da Câmara, os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito importará em sanção tácita. - 15 dias úteis.
§ 4º O veto será apreciado, em votação secreta pela Câmara, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto, não contando prazo no recesso.
§ 5º Se o veto não for mantido será o projeto enviado para promulgação, ao Prefeito Municipal.
§ 6º Esgotado sem deliberação estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as
demais proposições, até sua votação final, ressalvadas as matérias referidas nesta Lei Orgânica.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos Parágrafos 3º e 5º, o Presidente da
Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice Presidente fazê-lo.

Art. 71. A população poderá vetar qualquer dispositivo ou a totalidade das leis complementares, leis ordinárias, resoluções,
decretos legislativos e qualquer decreto do Prefeito Municipal, mediante subscrição de petição discriminada por dez por cento dos
eleitores do Município.
§ 1º A Câmara Municipal deverá discutir e votar a proposição de veto popular, que só poderá ser rejeitado pela maioria absoluta
dos Vereadores.
§ 2º Após o protocolo da petição de veto popular, a Câmara Municipal terá o prazo de dez dias úteis para sua manifestação.
Decorrido esse prazo e sem que tenha havido manifestação do Poder Legislativo, o veto popular será imediatamente remetido à
ordem do dia, sobrestando-se a deliberação dos demais assuntos para que se ultime a votação.

Art. 72. A matéria constante do Projeto de Lei rejeitado, só poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa,
mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 73. A Câmara Municipal, a requerimento da maioria absoluta de seus membros, poderá retirar da ordem do dia, em caso de
convocação extraordinária, Projeto de Lei, que não tenha tramitado no Poder Legislativo, por no mínimo trinta dias.

Art. 74. É vedado, para qualquer proposição, resolução ou Projeto de Lei, o instituto do decurso de prazo.

Art. 75. Decorridos sessenta dias do recebimento de qualquer matéria em tramitação no Poder Legislativo a requerimento de
qualquer líder de bancada com assento na Casa Legislativa ou de um terço da Câmara Municipal, o Presidente mandará incluí-la
na pauta das discussões, para ser discutida e votada, independentemente de parecer sem prejuízo dos prazos para vistas ou
emendas, estabelecidos pelo Regimento Interno da Câmara Municipal.
§ 1º Se a matéria for de autoria de um Vereador isoladamente, a requerimento deste, o Presidente mandará incluir na ordem do
dia, igualmente sem os prejuízos expressos no caput deste artigo.
§ 2º Toda e qualquer matéria em tramitação somente será retirada da ordem do dia, a pedido do autor ou dos autores.
§ 3º As resoluções e decretos legislativos far-se-ão na forma do Regimento Interno.

Seção VIII - Do Plenário e das Votações

Art. 76. O Plenário da Câmara é soberano, a ele se sujeitando todos os atos da Mesa, da Presidência e das Comissões, desde que
não contrariem o disposto nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno da Câmara Municipal.

Art. 77. O Regimento Interno da Câmara Municipal definirá o caráter das sessões e as formas como se processarão as votações.

Art. 78. É prerrogativa do Vereador autor de Projeto de Lei, marcar de comum acordo com a Presidência da Casa Legislativa, a
data de votação de seu projeto, observadas as regras regimentais de tramitação. O mesmo direito é extensivo ao líder do governo
no que tange aos projetos originários do Executivo Municipal.

TÍTULO VI - DA FISCALIZAÇÃO MUNICIPAL


CAPÍTULO I - DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 79. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, ampliação das subvenções e renúncias de
receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos, ou pelos quais o município seja responsável ou assuma obrigações de natureza pecuniária.

Art. 80. O controle externo que a Câmara Municipal exercerá sobre o Poder Executivo, será realizado com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, que examinará as contas que o Executivo Municipal deve prestar anualmente àquele
Tribunal e sobre as quais emitirá parecer prévio.
§ 1º O Poder Executivo, que não poderá negar informação ou exame de documento, mesmo a pretexto de sigilo, enviará à
Câmara Municipal, na mesma data, cópia da prestação de contas que enviará ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Sul.
§ 2º Recebidas as contas do Poder Executivo, o Presidente da Câmara Municipal as colocará, pelo prazo de sessenta dias, à
disposição dos contribuintes, mediante edital.
§ 3º Vencido o prazo do parágrafo anterior, as questões por ventura levantadas, serão encaminhadas ao Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Sul, para emissão de seu parecer prévio.
§ 4º Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, a Comissão de Tomada de Contas
analisá-lo-á e remetê-lo-á ao plenário em quinze dias.

Art. 81. Somente pela decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal, deixará de prevalecer o parecer do Tribunal de
Contas do Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 82. A Comissão Permanente de Fiscalização, diante de indício e/ou conhecimento de despesas não autorizadas, ainda que sob
forma de investimentos ou de subsídios, deverá solicitar à autoridade responsável que, no prazo de cinco dias, preste os
esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados estes insuficientes, a Comissão Permanente de Fiscalização solicitará ao
Tribunal de Contas do Estado do Rio grande do Sul, pronunciamento conclusivo sobre a matéria, em caráter de urgência.
§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, irregular a despesa, a Comissão Permanente de
Fiscalização, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá que a Câmara
Municipal determine a sua sustação.

Art. 83. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integral, sistema de controle interno, com a finalidade de: avaliar
o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e do orçamento do Município;
comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e
entidades da administração Municipal, bem como, da aplicação de recursos públicos municipais por entidades de direito privado;
exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como, dos direitos e haveres do Município e apoiar o controle
externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, deixarão de ter responsabilidade solidária se denunciarem à Comissão Permanente de
Fiscalização, qualquer irregularidade ou ilegalidade de seu conhecimento.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidade
ou ilegalidade, perante à Comissão Permanente de Fiscalização da Câmara Municipal.

CAPÍTULO III - DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

Art. 84. A Procuradoria Geral do Município, disciplinada por Lei Complementar sobre sua organização e funcionamento, é a
instituição que exerce a Advocacia Geral do Município, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do
Poder Executivo.
Parágrafo único. A Procuradoria Geral do Município, com caráter de Secretaria, é diretamente vinculada ao Gabinete do
Prefeito Municipal.

Art. 85. A Procuradoria Geral do Município, tem por chefe o Procurador Geral do Município, nomeado pelo Prefeito e demissível
ad nutum.

Art. 86. O ingresso no cargo de Procurador dar-se-á mediante concurso público de provas e títulos, exceto os cargos de confiança
do Procurador Geral, na forma da lei.

TÍTULO VII - DOS CONSELHOS POPULARES


CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 87. Os conselhos populares são organismos auxiliares do Poder Público, formados a partir de assembleia geral de moradores
de bairro ou região, disciplinados por lei.

TÍTULO VIII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Secção I - Disposições Gerais

Art. 88. A Administração Pública Municipal Direta, Indireta e Fundacional de ambos os Poderes, obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
§ 1º Os cargos, empregos e funções públicas, são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
§ 2º A investidura em cargo ou em emprego público, depende de aprovação prévia em concurso público de provas e títulos,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 3º O prazo de validade do concurso público será de dois anos, prorrogável uma vez por igual período.
§ 4º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou provas
e títulos, será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir o cargo ou emprego, na carreira.
§ 5º A não observância do disposto no inciso II do presente artigo, implicará na nulidade do ato e a punição da autoridade
responsável, nos termos da lei.
§ 6º A lei fixará relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observado como limite
máximo, os valores recebidos como subsídio, em espécie pelo Prefeito.
§ 7º A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices, far-se-á sempre na mesma data,
observada a iniciativa privativa em cada caso podendo ser fixada ou alterada por lei específica.
§ 8º É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do
serviço público.
§ 9º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público Municipal, não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores.
§ 10. Na forma estabelecida pela Constituição Federal os vencimentos dos servidores públicos municipais são irredutíveis, e a
remuneração observará o disposto neste artigo, incisos VIII e IX, a obrigação do pagamento do imposto de renda retido na fonte,
excetuados os aposentados aos de sessenta e cinco anos.
§ 11. É vedada a participação dos servidores públicos municipais no produto da arrecadação de tributos, multas, inclusive os da
dívida ativa, a qualquer título.
§ 12. Nenhum servidor poderá ser diretor, ou integrar conselho de empresa fornecedora, ou qualquer modalidade de contrato
com o Município, sob pena de demissão do servidor público.
§ 13. É obrigatória a fixação de quadro de lotação numérica de cargos ou empregos e funções, sem o que não será permitida a
nomeação ou contratação de servidores.
§ 14. Nenhum servidor será designado para funções não constantes das atribuídas do cargo que ocupa, a não ser em substituição
e, se acumulada com gratificação de lei.
§ 15. Administração fazendária e seus servidores fiscais, terão dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
§ 16. Somente por lei específica poderão ser criadas empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação.
§ 17. Depende de autorização legislativa em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no caput deste
artigo, assim como a participação delas em empresas privadas.
§ 18. Ressalvados os casos determinados na legislação federal específica, as obras, serviços, compras e alienação, serão
contratados mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, a qual, somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensável à garantia do cumprimento das obrigações.
§ 19. As reclamações relativas a prestação de serviços públicos municipais, serão disciplinados em lei.
§ 20. Os atos de improbidade administrativa, importarão em suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário Municipal na forma e gradação prevista na legislação federal, sem prejuízo
da ação penal cabível.
§ 21. O Município e os prestadores de serviços públicos municipais, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa, exercido nos termos e nos
limites definidos em lei federal.

Secção II - Dos Servidores Públicos Municipais

Art. 89. Além dos direitos estabelecidos no Capítulo VII, da Constituição Federal e Capítulo IV, da Constituição Estadual, para os
Servidores Públicos, o regime Jurídico misto dos Servidores da Administração Pública, Direta e Indireta, das Autarquias e das
Fundações Públicas, é o estatutário para cargos públicos e celetista para empregos públicos, assegurando ainda:
I - o pagamento da gratificação natalina, também denominada décimo terceiro salário, dos funcionários públicos do Município e
das autarquias, será efetuado até o dia vinte de dezembro;
II - dispensa do trabalho em um turno para estudar em qualquer grau, desde que o curso no qual está matriculado, não seja
oferecido em horário diferente do de trabalho;
III - redução de 50% da carga horária de trabalho às mães de filhos deficientes físicos, mentais ou sensoriais, sem prejuízo de
seus vencimentos;
IV - fica o Município obrigado a oferecer gratuitamente vagas em creches ou berçários para filhos de seus funcionários,
preferencialmente próximos ao local de sua residência;
V - todos os locais de trabalho deverão possibilitar às mães funcionárias públicas, a amamentação de seus filhos até os seis
meses de idade, na forma que a lei determinar;
VI - as obrigações pecuniárias dos órgãos da administração direta e indireta para com seus servidores, ativos, inativos e
pensionistas, serão cumpridas até o último dia útil do mês da aquisição do direito;
VII - o tempo de serviço público federal, estadual e Municipal prestado à administração pública, direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas pelo Poder Público e empresas de economia mista, será contado integralmente para fins de acréscimo
remuneratório por tempo de serviço, aposentadoria e disponibilidade;
VIII - são efetivos, concluído o estágio probatório de três anos os servidores nomeados em virtude de concurso público;
IX - fica assegurada a liberação, após a posse, desde que requerida, dos dirigentes dos sindicatos representativos dos
funcionários e magistério de acordo com a decisão das entidades no limite máximo de cinco dirigentes para cada sindicato.

Art. 90. É assegurado o direito à opção retroativa pelo regime que mais convier, a todos os funcionários públicos municipais, em
cujo órgão tenha havido mudança de Regime Jurídico de trabalho de seus funcionários.
§ 1º A opção remontará à data do ato jurídico que produziu a alteração.
§ 2º A opção aqui assegurada será exercida pelos interessados junto ao órgão a que estejam vinculados, com assistência do
sindicato representativo da categoria.
§ 3º No caso de funcionário já falecido, para fins de benefício, a opção pela alternativa mais favorável, será feita de ofício, pelo
órgão a que estava vinculado em favor de seus dependentes.
§ 4º As vantagens de qualquer natureza só poderão ser concedidas por lei.

CAPÍTULO II - DOS ATOS MUNICIPAIS


Secção I - Da Publicidade dos Atos Municipais

Art. 91. A publicação das leis e atos municipais, salvo se houver imprensa oficial, poderá ser feita em órgão de imprensa local
e/ou regional.
§ 1º É obrigatória a fixação na sede da Prefeitura e Câmara Municipal, concomitantemente a publicação na imprensa.
§ 2º No impedimento ou impossibilidade dos órgãos de publicação, terão efeitos legais as publicações na Prefeitura e na Câmara
Municipal.
§ 3º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos municipais, deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 4º A não observância do disposto nos parágrafos 1º e 2º, implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável nos
termos da lei.

Seção II - Dos Atos Administrativos

Art. 92. Os atos administrativos de competência do Prefeito, devem ser expedidos com obediência às seguintes normas:
I - decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:
a) regulamentação de lei;
b) instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes de lei;
c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração Municipal;
d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por lei, assim como de créditos extraordinários;
e) declaração de utilidade pública ou necessidade social, para fins de desapropriação ou de servidão administrativa;
f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que compõem a administração Municipal;
g) permissão de uso dos bens municipais;
h) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
i) normas de efeitos externos, não privativos da lei.
II - portarias, nos seguintes casos:
a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos individuais;
b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;
c) abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penalidades e demais atos individuais de efeitos internos.
III - contrato, nos seguintes casos:
a) admissão de servidores para serviços de caráter temporário;
b) execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei.

Seção III - Das Proibições

Art. 93. O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e os Servidores Municipais, bem como as pessoas ligadas a qualquer deles por
matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo, até o segundo grau, ou por adoção, não poderão contratar com o Município
subsistindo a proibição até seis meses após findas as respectivas funções.
Parágrafo único. Não se incluem nesta proibição os contratos, cujas cláusulas e condições sejam uniformes para todos os
interessados.

Art. 94. É vedado ao Poder Público Municipal, conceder isenção e anistia sobre títulos municipais, exceto casos especiais
previstos em lei.

Seção IV - Das Informações, do Direito de Petição e das Certidões

Art. 95. Todos tem direito a receber dos órgãos públicos municipais informações de seu interesse particular ou de interesse
coletivo geral, que serão prestadas no prazo de até quinze dias úteis, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
previsto em lei, seja imprescindível à segurança da comunidade ou das instituições públicas.
Parágrafo único. São assegurados a todos, independentemente do pagamento de taxas:
I - o direito de petição aos Poderes Públicos Municipais para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse
pessoal;
II - a obtenção de certidões referentes ao inciso anterior.

Seção V - Dos Livros

Art. 96. O Município manterá os seguintes livros publicados e encerrados pelo Prefeito e pelo Presidente da Câmara, estando
aberto a consulta de qualquer cidadão, através de requerimento:
I - termo de compromisso e transmissão de posse;
II - declaração de bens;
III - atas de sessão da Câmara;
IV - registro de leis, decretos, resoluções, regulamentos, instruções e portarias;
V - cópia de correspondência oficial;
VI - protocolo, índice de papéis e livros arquivados;
VII - licitação e contratos para obras e serviços;
VIII - contratos de servidores;
IX - contratos em geral;
X - contabilidade e finanças;
XI - concessões e permissões de bens imóveis e de serviços;
XII - tombamento de bens imóveis;
XIII - registro de loteamento aprovados.

CAPÍTULO III - DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 97. São bens do Município de Bagé: as coisas móveis, imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, atualmente lhe
pertencem e os que lhe vierem a ser distribuídos; as riquezas naturais sobre seu domínio; pertencem ao patrimônio Municipal as
terras devolutas que se localizarem dentro dos seus limites.
Parágrafo único. O Município tem direito à participação no resultado de exploração de riquezas ou jazidas naturais de petróleo,
gás natural, recursos hídricos e recursos minerais para fins de geração de energia elétrica, e outras finalidades a qualquer título, no
seu território, no ar, no solo ou no subsolo, a ele pertencente.

Art. 98. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva, numerando os móveis segundo o que
for estabelecido em regulamento, os quais ficarão sob a responsabilidade do chefe da secretaria ou diretoria a que forem
distribuídos.
Parágrafo único. Os chefes de secretarias ou diretorias da administração direta ou indireta, que tiverem bens sobre sua
responsabilidade, sempre que deixarem a secretaria, deverão fazer a passagem da carga, formalmente, ao seu substituto legal, ou
comissão nomeada pelo Prefeito.

Art. 99. Os bens patrimoniais do Município deverão ser classificados: pela sua natureza; em relação a cada serviço.
Parágrafo único. Deverá ser feita, anualmente, a conferência da escrituração patrimonial com os bens existentes, e, na
prestação de contas de cada exercício, será incluído o inventário de todos os bens municipais.

Art. 100. A administração dos bens municipais é de competência do Executivo Municipal, exceto os que são utilizados nos
serviços e funcionamento da Câmara Municipal.

Art. 101. A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público, devidamente, justificado será sempre
precedida de avaliação e obedecerá ao seguinte:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência pública, dispensada esta nos casos de permuta;
II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos casos de doação, que será permitida somente por interesse
social;
III - as doações para o Município somente poderão ser efetivadas, se autorizada pela Câmara Municipal, mediante contrato
específico, onde constem os encargos do donatário, no prazo para o seu cumprimento e a cláusula de retrocesso sob pena de
nulidade do ato.

Art. 102. O Município, com prioridade sobre a venda ou doação de seus bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso,
mediante prévia autorização legislativa, e concorrência pública.
Parágrafo único. A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quando o uso se destinar à entidades assistências ou quando
houver relevante interesse público devidamente justificado.

Art. 103. É proibido a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos parques, praças, jardins ou largos públicos.

Art. 104. A concessão de uso dos bens públicos, de uso especial e dominicial, dependerá de lei e concorrência e será feita
mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, ressalvada a hipótese do parágrafo único do art. 112 desta Lei Orgânica.
Parágrafo único. A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá ser outorgada para finalidades
escolares, de assistência social ou turística, mediante autorização legislativa.

Art. 105. O uso dos bens municipais por terceiros, só poderá ser feito mediante concessão ou permissão, conforme o interesse
público o exigir, pelo Executivo Municipal e com o aval da Câmara Municipal.

Art. 106. A administração dos bens patrimoniais do Município, dever ser dirigida e controlada de forma a alcançar a consecução
dos projetos, programas estabelecidos no orçamento do Município, devendo os responsáveis sempre terem como fim, a busca de
conservação, utilidade e zelo, para tornar todo e qualquer bem produtivo e valorizado.

CAPÍTULO IV - DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 107. Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município, poderá ter início sem prévia elaboração do plano
respectivo, no qual, obrigatoriamente conste: a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse
comum; o detalhamento para sua execução; os recursos para o atendimento das respectivas despesas; os prazos para o seu início e
conclusão acompanhadas da respectiva justificação.
§ 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema urgência, será executada sem prévio orçamento de seu
custo.
§ 2º As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e demais entidades da administração indireta
e por terceiros, mediante licitação.

Art. 108. A permissão de serviço público, a título precário, será outorgada por decreto do Prefeito, após edital de chamamento de
interessados para escolha do melhor pretendente, sendo que a concessão só será feita com autorização legislativa e mediante
contrato, precedido de concorrência pública.
§ 1º Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisquer ajustes feitos em desacordo com o
estabelecido neste artigo.
§ 2º Os serviços permitidos ou concedidos, ficarão sempre sujeitos à regulamentação e fiscalização do Município, incumbindo,
aos que executam sua permanente atualização, e adequação, às necessidades dos usuários.
§ 3º O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou concedidos, desde que executados em
desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.

Art. 109. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante convênio com o Estado, a União ou
entidades particulares, bem assim, através de consórcio, com outros Municípios.

Art. 110. O Município poderá instituir os seguintes tributos: impostos; taxas; contribuições e preços ou tarifas.
§ 1º São isentos de tributos municipais, as pessoas maiores de sessenta anos, que não tiverem renda mensal superior ao
correspondente a 1 ½ (um e meio) salário mínimo vigente no País, devidamente, comprovado perante a Fazenda Pública
Municipal e que possua um único imóvel de moradia, bem como, os usufrutuários, com exceção da idade em que o proprietário
em vida obedeça os critérios deste parágrafo.
§ 2º Também serão contempladas as pessoas aposentadas por invalidez permanente, as portadoras de acentuada deficiência
física, independente do limite de idade, cuja investigação social será procedida pela Secretaria da Saúde e Ação Social e os ex-
combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), independente do limite de idade e salário.
§ 3º O Município divulgará até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, o montante de cada um dos tributos
arrecadados e os recursos recebidos.
§ 4º O benefício previsto no § 1º também será concedido ao cônjuge, companheiro ou companheira do "de cujus", desde que
atendidas as exigências da lei.
a) o casamento será comprovado pela respectiva certidão, e a união estável, mediante comprovação administrativa por todos
os meios de prova admitidos em direito.

Art. 111. Todo o sistema tributário do Município, será definido em código próprio, obedecendo as imposições da Constituição
Federal, Estadual, desta Lei Orgânica e demais leis pertinentes.

Art. 112. É competência do Município instituir:


I - imposto sobre:
a) propriedade territorial urbana;
b) serviços de qualquer natureza;
c) transmissão intervivos.
II - taxas sobre:
a) fornecimento de água;
b) recolhimento de lixo;
c) iluminação pública.
d) outra que a lei permitir.
III - contribuições:
a) sobre a melhoria pela valorização de imóvel em razão de obra pública;
b) para custeio de previdência social.
IV - sobre preços e tarifas de transporte, locações e outros.

CAPÍTULO V - DO ORÇAMENTO

Art. 113. A lei orçamentária anual compreenderá:


I - o orçamento fiscal e financeiro referente aos Poderes Legislativo e Executivo, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal;
II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto;
III - a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho a previsão da receita e a fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operação de crédito, ainda que não por
antecipação da receita, nos termos da lei. Quando o orçamento não for sancionado até o final do exercício de seu encaminhamento
ao Poder Legislativo, sua programação poderá ser executada, até o limite de dois doze avos do total de cada dotação, observadas
as condições constantes da lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 114. Leis de iniciativa do Poder Executivo, estabelecerão: os orçamentos anuais; o Plano Plurianual; e as Diretrizes
Orçamentárias.
§ 1º No Projeto de Lei que estabelecer o Plano Plurianual, integrará anexo de Política Fiscal, em que serão estabelecidos os
objetivos e metas plurianuais de política fiscal a serem alcançados durante o período de vigência do plano, demonstrando a
compatibilidade deles com as premissas e objetivos das políticas econômica nacional e de desenvolvimento social.
§ 2º A lei de Diretrizes Orçamentárias, compreenderá as metas da administração Municipal, para o exercício financeiro
subsequente, que orientará a elaboração da Lei de Meios e estabelecerá a política de execução.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até o último dia útil do mês subsequente, o balancete do mês anterior de forma resumida, até
nível de elemento conforme legislação federal.

Art. 115. Os projetos de lei do Plano Plurianual, dos orçamentos anuais e de Diretrizes Orçamentárias, serão enviados à Câmara
Municipal, nos seguintes prazos:
I - o Projeto de Lei do Plano Plurianual, até 30 de junho do primeiro ano do mandato do Prefeito;
II - o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, até 30 de setembro de cada ano;
III - o Projeto de Lei orçamentário anual, até 30 de setembro de cada ano.
Parágrafo único. Os projetos de lei, de que trata o caput deste artigo deverão ser encaminhados para sanção nos seguintes
prazos:
I - o Projeto de Lei do Plano Plurianual, até 30 de agosto do primeiro ano do mandato do Prefeito;
II - o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias até 30 de novembro de cada ano;
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 30 de novembro de cada ano.

Art. 116. São vedados, sem autorização da Câmara:


I - o início de programa do projeto não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
III - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesas, e a prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita;
IV - a abertura de Crédito Suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes;
V - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, ou de um órgão
para outro, sem prévia autorização legislativa;
VI - a concessão ou utilização de crédito ilimitado;
VII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento anual para suprir necessidades ou cobrir
déficit de empresas, fundações ou fundos do Município;
VIII - a instituição de fundo de qualquer natureza.

Art. 117. Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser iniciado sem lei que autorize a
inclusão no Plano Plurianual, sob pena de crime contra a administração.

Art. 118. Os créditos especiais e extraordinários, terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato
da autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serem incorporados no orçamento do exercício financeiro subsequente.

TÍTULO IX - DAS POLÍTICAS MUNICIPAIS


CAPÍTULO I - DA POLÍTICA ECONÔMICA

Art. 119. O Município promoverá o seu desenvolvimento, de modo que as atividades econômicas realizadas em seu território,
contribuam para valorizar o trabalho, elevar o nível de vida e o bem estar da população.
Parágrafo único. Para a consecução do objetivo mencionado neste artigo, o Município, por iniciativa própria, ou em articulação
com a União, com o Estado e outros Municípios.

Art. 120. Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem prejuízo de outras iniciativas, no sentido de:
I - fomentar a livre iniciativa;
II - privilegiar a geração de empregos;
III - utilizar tecnologia de uso intensivo de mão de obra;
IV - racionalizar a utilização de recursos naturais;
V - proteger o meio ambiente;
VI - proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos;
VII - apoiar com tratamento diferenciado a pequena produção artesanal, mercantil ou agro-pastoril, as micro-empresas e as
empresas locais, assim definidas em lei própria;
VIII - estimular o associativismo e o cooperativismo;
IX - eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício da atividade econômica;
X - desenvolver ação direta ou reivindicatória junto a outras esferas de governo, de modo que sejam, entre outros, efetivados:
a) assistência técnica;
b) crédito especializado ou subsidiado;
c) estímulos fiscais e financeiros;
d) serviços de suporte informativo ou de mercado.

Art. 121. É de responsabilidade do Município, no campo de sua competência, a realização de investimentos para formar e manter
a infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas, seja diretamente, ou
mediante delegação, sem ônus, ao setor privado para esse fim e nas questões agrárias, na forma da legislação federal.

Art. 122. A ação do Município na zona rural terá como principais objetivos:
I - oferecer meios para assegurar ao pequeno produtor e trabalhador rural, condições de trabalho e de mercado para os produtos
e a rentabilidade dos empreendimentos e a melhoria do padrão de vida da família rural;
II - garantir o escoamento da produção, sobretudo o abastecimento alimentar;
III - garantir a utilização racional dos recursos naturais.

Art. 123. Como principais instrumentos para o fomento da produção na zona rural, o Município proporcionará assistência técnica,
a extensão rural, o armazenamento, o transporte, o associativismo e a divulgação das oportunidades de crédito e de incentivos
fiscais.

Art. 124. Às micro-empresas do Município que atendam as condições estabelecidas na legislação específica, serão concedidos os
seguintes incentivos fiscais:
I - dispensa da escrituração dos livros fiscais estabelecida pela legislação tributária do Município, ficando obrigada a manter
arquivada a documentação relativa aos atos negociais que praticarem ou em que intervirem;
II - autorização para utilização do modelo simplificado de notas fiscais de serviços ou cupom de máquina registradora, na forma
definida pelo órgão fazendário do Município.

Art. 125. O Município, em caráter precário e por prazo limitado por ato do Prefeito Municipal, permitirá às micro-empresas se
estabelecerem na residência, obedecidas as normas ambientais, de segurança, de silêncio, de trânsito e de saúde pública.
Parágrafo único. As microempresas, desde que operadas exclusivamente pela família, não terão seus bens ou os de seus
proprietários sujeitos à penhora pelo Município, para pagamento de débito decorrente de sua atividade produtiva.

Art. 126. O Município deverá criar condições para que todos os cidadãos envolvidos nas atividades economicamente produtiva
possam, através de suas associações representativas, participar na elaboração e controle dos planos econômicos municipais.

Art. 127. É de responsabilidade do Poder Público Municipal, a elaboração de uma política que poderá estar articulada com o
poder estadual e federal, de controle e incentivo à produção de produtos voltados ao consumo popular, com assistência técnica e
incentivos financeiros aos produtores de hortifrutigranjeiros, bem como desenvolvimento de programas de abastecimento popular.

Art. 128. A intervenção do Município no domínio econômico, dar-se-á pelos meios previstos em lei para promover a justiça
social, para orientar e estimular a produção, defender os interesses da população, corrigir distorções da atividade econômica e
prevenir abusos do poder econômico.
Parágrafo único. No caso de ameaça efetiva de paralisação de serviço ou atividade essencial, deve o Poder Público intervir,
tendo em vista o direito da população ao serviço, produto ou atividade, respeitada a legislação federal e estadual.

Art. 129. O Município promoverá e incentivará o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.

Art. 130. Os serviços públicos considerados essenciais, nos termos da lei, salvo se, por contrato para prestação de serviço público,
não poderão ser objeto de repasse definitivo para o setor privado.

Art. 131. A pessoa física ou jurídica inadimplente e/ou infratora de qualquer dispositivo legal do Município, não poderá receber
benefícios ou incentivos fiscais do Executivo Municipal.

Art. 132. Os interesses da iniciativa privada, não podem sobrepor-se aos do Poder Público e da coletividade.

Art. 133. Na organização de sua economia, o Município, combaterá a miséria, o desemprego, a marginalização do indivíduo, o
analfabetismo, a economia predatória, a usura e todas as formas de degradação da condição humana.
Parágrafo único. Lei Municipal definirá normas ao incentivo do investimento e a fixação de atividades econômicas no
território do Município, privilegiando as formas associativas e cooperativas, às pequenas e micro-unidades econômicas e às
empresas que, em seus estatutos, estabelecerem participação dos trabalhadores nos lucros e na sua gestão.

CAPÍTULO II - DA POLÍTICA URBANA

Art. 134. A política urbana, a ser formulada no planejamento Municipal, terá por objetivo o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade, e o bem estar de seus habitantes, em consonância com as políticas sociais e econômicas do Município.
Parágrafo único. As funções sociais da cidade dependem do acesso de todos os cidadãos aos bens e aos serviços urbanos,
assegurando-lhes condições de vida e moradia.

Art. 135. O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da política urbana a ser executada pelo
município.
§ 1º O Plano Diretor fixará os critérios que assegurem a função social da propriedade, cujo uso e ocupação deverão respeitar a
legislação urbanística, a proteção do patrimônio ambiental, natural e construído e o interesse da coletividade.
§ 2º O Plano Diretor deverá ser elaborado com a participação das entidades representativas da comunidade diretamente
interessadas.
§ 3º O Plano Diretor definirá as áreas especiais de interesse social, urbanístico ou ambiental, para as quais será exigido
aproveitamento adequado nos termos previstos na Constituição Federal.

Art. 136. Para assegurar as funções sociais da cidade, o Poder Executivo deverá utilizar os instrumentos jurídicos, tributários,
financeiros e de controle urbanístico existentes, e a disposição do Município.

Art. 137. O Município promoverá em consonância com sua política urbana, e respeitadas as disposições do Plano Diretor,
programas de habitação popular destinados a melhorar as condições de moradia da população carente do Município.
§ 1º O Município ao promover sua política urbana, deverá orientar-se para:
I - ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de infra-estrutura básica e servidos por transporte coletivo;
II - estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitários e associativos de construção habitacional e de serviços;
III - urbanizar, regularizar e titular as áreas do Município ocupadas por população de baixa renda, passíveis de urbanização;
IV - aprovar, após liberação das Secretarias de Saúde e do Meio Ambiente do Município e do Estado, a implantação de pólos
industriais, de indústrias carboníferas ou petroquímicas.
§ 2º Na promoção de seu programa de habitação popular, o Município destinará dez por cento das moradias a serem construídas
na zona rural.
§ 3º Na regularização da construção habitacional não licenciada ou sem certidão de habite-se, serão definidos em lei, prazos e
penalidades para atualização cadastral e realização de intervenções corretivas necessárias.
§ 4º O Município, através do setor competente, incentivará o intercâmbio e a permuta de materiais de construção, em projetos
comunitários e fomentará a criação de cooperativas e consumo que forneçam esses materiais a preço de custo à população de
baixa renda.
§ 5º Na aprovação de qualquer projeto para a construção de conjuntos habitacionais, o município exigirá a edificação, pelos
incorporadores, de escola com capacidade para atender à demanda gerada pelo conjunto, nos termos do Plano Diretor.
§ 6º O Município investigará alternativas tecnológicas de baixo custo e de qualidade através de ensaios de campo.
§ 7º O Município deverá formar um banco de terras para controlar a especulação imobiliária sobre a terra urbana, que será
destinado ao assentamento da população de baixa renda.
§ 8º A condução da política habitacional ficará a cargo de um conselho Municipal, composto por representantes dos órgãos
públicos municipais, departamentos e secretarias com intervenção na área de moradias e representantes de entidades e movimento
da sociedade civil, com interesse afins no setor, na forma definida em lei.

Art. 138. O Município em consonância com sua política urbana, e segundo o disposto em seu Plano Diretor, deverá promover
programas de saneamento básico e ambientais das áreas urbanas e os níveis de saúde da população.
Parágrafo único. A ação do Município deverá orientar-se para:
I - ampliar progressivamente a responsabilidade Municipal pela prestação de serviços de saneamento básico;
II - executar programas de saneamento em áreas pobres, buscando soluções adequadas e de baixo custo para o abastecimento
de água e esgoto sanitário;
III - executar programa de educação sanitária e elevar o nível de participação das comunidades na solução de seus problemas
de saneamento;
IV - praticar tarifas sociais para os serviços de água.

Art. 139. O Município deverá manter articulação permanente com os demais municípios de sua região e com o Estado, visando a
racionalização da utilização dos recursos hídricos e das bacias hidrográficas, respeitadas as diretrizes da União.

Art. 140. O Município, na prestação ou concessão de serviços de transportes públicos, fará obedecer os seguintes princípios
básicos:
I - segurança e conforto dos passageiros, garantindo em especial, acesso às pessoas portadoras de necessidades especiais;
II - integração entre sistemas e meios de transportes e racionalização de itinerários;
III - participação das entidades representativas da comunidade no planejamento dos serviços;
IV - isenção do pagamento da tarifa dos transportes coletivos urbano, suburbano e interdistrital na área do Município às pessoas
com deficiência física, mental ou sensorial, bem como as com deficiências múltiplas, regulamentada por lei;
V - os estudantes pagarão cinquenta por cento do valor da tarifa dos transportes coletivos urbano, suburbano e interdistrital na
área do Município, regulado por lei

Art. 141. O Município, em consonância com sua política urbana e segundo o disposto em seu Plano Diretor, deverá promover
planos e programas setoriais destinados a melhorar as condições do transporte público, da circulação de veículos e da segurança
do trânsito.

Art. 142. O estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, deverá assegurar:
I - acesso privilegiado a edifícios públicos para as pessoas portadoras de necessidades especiais;
II - a participação das entidades comunitárias no estudo, no encaminhamento e na solução dos problemas, planos, programas e
projetos;
III - a criação de áreas de especial interesse urbanístico social, ambiental, turístico e de utilidade pública;
IV - a preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente natural e cultural.

Art. 143. O direito de propriedade territorial urbana, não pressupõe o direito de construir, cujo exercício deverá ser autorizado
pelo Poder Público, segundo critérios estabelecidos em lei Municipal.

Art. 144. Os edifícios com mais de quatro pisos, deverão ter obrigatoriamente, sistema de prevenção e proteção contra fogo, bem
como escada de emergência.

Art. 145. Os terrenos, obras inacabadas e prédios em desuso, localizados na zona central da cidade, que por mais de dois anos
assim permaneçam, serão sobretaxados progressivamente, na forma da lei.

Art. 146. É assegurada a irredutibilidade das praças e dos logradouros públicos.


Parágrafo único. A construção que implique benefícios à população e que não se descaracterize e nem ocupe espaço excessivo,
será permitida somente com aprovação de dois terços da Câmara Municipal.

Art. 147. A execução da política urbana e da distrital, está condicionada às funções sociais da cidade e dos distritos,
compreendidas como direito de acesso de todo cidadão ao trabalho, a moradia, transporte público, saneamento, energia elétrica,
gás, abastecimento, iluminação pública, comunicação, educação, saúde, lazer, segurança, assim como a preservação do patrimônio
cultural, ambiental, artístico e paisagístico.

Art. 148. Para assegurar as funções sociais da cidade de propriedade, o Poder Público usará, principalmente:
I - a destinação de terras públicas a assentamento da população de baixa renda;
II - inventários, registros, vigilância e tombamento de imóveis;
III - a lei reservará percentual da oferta de moradia nos programas habitacionais da casa própria para pessoas portadoras de
necessidades especiais, comprovadamente carente, assegurando o direito preferencial de escolha.

Seção I - Do Parcelamento e Uso do Solo

Art. 149. Compete ao Município estabelecer princípios básicos para uso do solo urbano.

Art. 150. As áreas verdes e as destinadas para instalação de instituições, nos projetos de loteamento, não poderão, em qualquer
hipótese, ter alterada sua destinação.

Art. 151. O Poder Executivo publicará, anualmente, relatório dos imóveis e das áreas, urbanas e rurais, em posse dos órgãos da
administração direta e indireta, especificando seu uso e/ou ocupação, implicando em crime de responsabilidade o descumprimento
deste dispositivo.

CAPÍTULO III - DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE

Art. 152. Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e a coletividade, o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras
gerações.
Parágrafo único. É dever do Poder Público, elaborar e implantar, através de lei, um plano Municipal de meio ambiente e
conhecimento das características e recursos dos meios físicos e biológicos, de diagnósticos de sua utilização de diretrizes para seu
melhor aproveitamento no processo de desenvolvimento econômico-social.

Art. 153. Para assegurar um ambiente que garanta boas condições de vida, o Município desenvolverá ações permanentes de
proteção e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe primordialmente:
I - definir critérios de preservação ecológica em todos os níveis de planejamento;
II - proibir práticas que coloquem em risco a vida das espécies animais e vegetais;
III - normatizar e fiscalizar a extração de minerais, a produção, comercialização e transporte de produtos químicos;
IV - prevenir, combater e controlar a poluição em qualquer de suas formas;
V - promover a educação ambiental e conscientização pública para a proteção do meio ambiente;
VI - divulgar instruções técnicas e científicas sobre o manejo ecológico do solo;
VII - regulamentar as queimadas e extração de madeira em concorrência com o Estado e a União;
VIII - criar, mediante legislação específica, área de preservação permanente da flora e da fauna regional, na forma de reserva
ecológica.

Art. 154. O zoneamento urbano deverá ser definido e respeitado, não se permitindo a instalação e funcionamento de atividades
potencialmente poluidoras, sem a prévia autorização de órgão Municipal encarregado pelo controle ambiental e/ou da Secretaria
da Saúde e Meio Ambiente, cumpridas as normas de preservação ambiental.
Parágrafo único. É proibida a instalação no Município de reatores nucleares, com exceção daqueles destinados à pesquisa
científica e ao uso terapêutico, cuja localização e especificações serão definidas em Lei Complementar.

Art. 155. A fiscalização do Município exigirá das empresas que exploram a extração de recurso mineral do subsolo, estudo de
impacto ambiental e posterior divulgação do relatório respectivo.

Art. 156. As empresas mineradoras são responsáveis pela recomposição do subsolo e pela recuperação do solo, da paisagem e da
flora, de acordo com soluções técnicas previstas em lei.

Art. 157. O Município, respeitado o direito de propriedade, poderá executar levantamento, estudos, prospeção e pesquisas
necessárias ao conhecimento do meio físico, assegurando ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Art. 158. Toda empresa que se utilizar do carvão mineral no Município, para geração de energia, deverá responsabilizar-se pelo
devido acondicionamento da cinza, e/ou resíduos desta queima, de modo a não comprometer a qualidade do meio ambiente.

Art. 159. Os hospitais, clínicas, laboratórios e instituições similares, devem incinerar o lixo que produzem e as infrações serão
punidas na forma da lei.

Art. 160. Os depósitos de lixo serão localizados em áreas determinadas por autoridade sanitária competente, de forma a não
comprometer o meio ambiente e nem contaminar aqüíferos e cursos d'água, nos limites do Município.

Art. 161. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Art. 162. Quanto à caça e pesca, vale o disposto no Código Federal de Caça e Pesca, devendo ser especialmente preservada a
fauna silvestre regional, conforme publicação da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, e/ou órgão competente.

Secção I - Dos Recursos Hídricos

Art. 163. No uso do solo, para proteção dos mananciais, cursos e reservatórios de água e demais recursos hídricos do interesse
público, o poder Municipal deverá:
I - priorizar para abastecimento, a população, os cursos naturais de água e os mananciais;
II - vedar, através de lei própria, a utilização dos recursos das áreas prioritárias para irrigação e outros tipos de aproveitamento.

Art. 164. Para proteger a integridade dos recursos hídricos, o Município deverá:
I - promover pesquisas e mapeamentos do lençol freático e do todo potencial hídrico do Município de Bagé;
II - preservar a arborização e promover a obrigatoriedade do seu plantio, nas margens dos cursos de água e de barragens;
III - proibir a descarga de esgotos in natura nos cursos d'água, efluentes industriais e outros que venham a comprometer a
qualidade dos recursos hídricos;
IV - promover projetos no sentido de despoluir os cursos d'água já comprometidos na qualidade ambiental, prioritariamente o
arroio Bagé;
V - o causador de poluição ou dano ambiental, será responsabilizado e deverá assumir ou ressarcir o município, se for o caso,
todos os custos financeiros, imediatos ou futuros, decorrentes do saneamento do dano.

CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA DA SAÚDE

Art. 165. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurado pelas Constituições Federal e Estadual, através de sua
promoção, proteção e recuperação, cujas ações e serviços serão suplementados pelo Município.

Art. 166. Para atingir esses objetivos, o Município assegurará em conjunto com a união e o estado, o acesso universal e igualitário
de todos habitantes do Município às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação de saúde, sem qualquer discriminação.

Art. 167. As ações de saúde são de natureza pública, devendo sua execução ser feita preferencialmente através de serviços
públicos e complementares por serviços de terceiros.
Parágrafo único. É vedada a cobrança aos usuários pela prestação de serviços e assistência à saúde, mantidos pelo Poder
Público ou serviço privado contratado ou conveniado.

Art. 168. São competência do Município, no âmbito de sua esfera de ação, exercidas com a cooperação da União e do Estado, por
meio de órgãos próprios:
I - direção do Sistema Único de Saúde no âmbito do Município, em articulação com a Secretaria Estadual de Saúde;
II - prestação de serviços de atendimento à saúde da população;
III - elaboração e atualização periódica do Plano Municipal de Saúde, em termos de prioridades e estratégias municipais, em
consonância com o Plano Estadual de Saúde e de acordo com diretrizes reguladas em lei;
IV - elaboração e atualização da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde para o Município;
V - proposição de projetos de lei municipais, que contribuam para viabilização e concretização do Sistema Único e Saúde para o
Município;
VI - co-administração do Fundo Municipal de Saúde;
VII - compatibilidade e complementação das normas técnicas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde, de
acordo com a realidade Municipal;
VIII - planejamento e execução das ações de controle das condições e dos ambientes de trabalho e dos problemas de saúde com
eles relacionados;
IX - administração e execução das ações e serviços de saúde e de promoção nutricional, de abrangência Municipal ou
interMunicipal;
X - formulação e implementação da política de recursos humanos na esfera Municipal, de acordo com as políticas nacional e
estadual de desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;
XI - divulgação de informações de saúde e sua utilização pelo usuário;
XII - acompanhamento, avaliação, divulgação dos indicadores de saúde e de morbi-mortalidade, no âmbito do Município;
XIII - planejamento e execução das ações de vigilância sanitária, epidemiológica e de saúde do trabalhador, no âmbito do
Município;
XIV - planejamento e execução das ações de controle do meio ambiente e do saneamento básico, no âmbito do Município;
XV - normatização e execução, no âmbito do Município, da política nacional de insumos e equipamentos para a saúde;
XVI - execução, no âmbito do Município, dos programas e projetos estratégicos para o atendimento das prioridades nacionais,
estaduais e municipais, assim como de situações emergenciais;
XVII - complementação das normas referentes às relações com o setor privado e serviços públicos e celebração de contratos e
convênios privados e públicos;
XVIII - celebração de consórcios intermunicipais para a formação de Sistemas de Saúde, quando houver indicação técnica e
consenso das partes;
XIX - promoção de campanhas educativas de prevenção de doenças;
XX - promoção de serviços farmacológicos nas comunidades rurais de grande aglomeração;
XXI - implantação de pesquisa na área de farmácia caseira;
XXII - organização de distritos sanitários com a locação de recursos técnicos e práticas de saúde adequadas à realidade
epidemiológica local, observando os princípios da regionalização e hierarquização.
Parágrafo único. Os limites do distrito sanitário referidos nesse inciso, constarão do Plano Diretor do Município e serão fixados
segundo os seguintes critérios:
a) área geográfica de abrangência;
b) descrição da clientela;
c) resolutividade dos serviços à disposição da população.
XXIII - fornecimento de recursos educacionais que assegurem o exercício do direito ao planejamento familiar, facilitando o
acesso à informações e a métodos contraceptivos, bem como a livre decisão da mulher, do homem ou do casal, tanto para exercer
a procriação, como para evitá-la;
XXIV - estabelecimento de normas, critérios e padrões de coleta, processamento, armazenamento e transfusão de sangue
humano e seus derivados, garantindo a qualidade destes produtos durante todo o processo, vedado qualquer tipo de
comercialização, estimulando a doação e proporcionando informações e acompanhamento aos doadores;
XXV - estímulo à formação da consciência pública voltada à preservação da saúde e do meio ambiente;
XXVI - controle, fiscalização de qualquer atividade ou serviço que envolva risco à saúde, à segurança ou ao bem estar físico e
psíquico do indivíduo e da coletividade, bem como o meio ambiente natural;
XXVII - regulamentação, controle e fiscalização dos serviços públicos e suplementares de saúde e de serviço social;
XXVIII - desenvolvimento de ações específicas de prevenção e manutenção dos serviços públicos de atendimento especializado
e gratuito para crianças, adolescentes e idosos, portadores de necessidades especiais;
XXIX - criação de programas e serviços públicos, gratuitos, destinados ao atendimento especializado e integral de pessoas
dependentes de álcool, entorpecentes ou drogas que gerem dependência;
XXX - auxílio no combate ao câncer, priorizando a assistência materno-infantil;
XXXI - estímulo à formação de consciência pública voltada à preservação da saúde e meio ambiente;
XXXII - garantia pelo município através de sua rede de saúde pública ou em convênio com o Estado e/ou a União, o
atendimento à prática de abortagem legalmente prevista pela legislação federal, de acordo com as normas vigentes;
XXXIII - apresentar em seus quadros, recursos humanos que permitam a formação das equipes multiprofissionais promovendo
a capacitação, aprimoramento e reciclagem dos mesmos.

Art. 169. Fica criado o Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho de Bagé, nos termos da Lei Complementar.
§ 1º O Departamento de que trata esse artigo, deve dar prioridade à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e tem
abrangência sobre o funcionalismo público Municipal ou a este cedido.
§ 2º Para melhor implementar esses objetivos, serão organizadas as Comissões Municipais de Prevenção.

Art. 170. Ficam criadas, no âmbito do Município, duas instâncias colegiadas de caráter deliberativo: a Conferência e o Conselho
Municipal de Saúde, de acordo com a lei Municipal.

Art. 171. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, mediante contrato de
direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Parágrafo único. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins
lucrativos, e os sistemas e serviços de saúde, privativos ou funcionários da administração direta ou indireta.

Art. 172. O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos do orçamento do Município, do
Estado, da União, da seguridade social, além de outras fontes.
§ 1º O conjunto dos recursos destinados às ações de saúde no Município, constituem o Fundo Municipal de Saúde conforme lei
Municipal.
§ 2º A partir do ano dois mil, o município deverá aplicar, em ações e serviços de saúde, no mínimo dez por cento da sua receita
tributária líquida, alocados no Fundo Municipal de Saúde, excluídos os repasses federais e estaduais oriundos do Sistema Único
de Saúde.
§ 3º Nenhum hospital ou clínica será credenciado pelo Sistema Único de Saúde, sem que se disponha a prestar todo e qualquer
tipo de serviço que a instituição dispor.

CAPÍTULO V - DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 173. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, cabendo ao município desenvolver políticas e programas,
observadas as peculiaridades locais, de proteção à maternidade, e à criança, ao adolescente, ao idoso, aos portadores de
necessidades especiais, mentais e sociais, com participação de entidades públicas e particulares, devidamente registradas e
reconhecidas como utilidade pública pelo governo Municipal, estadual e federal.

Art. 174. Cabe ao Município:


§ 1º Gerir os recursos orçamentários próprios e aqueles repassados por outra esfera de governo, respeitados os dispositivos
legais vigentes.
§ 2º Instituir mecanismos de participação popular que propiciem a definição, a fiscalização e o controle das ações desenvolvidas
na área da assistência social do Município.

Art. 175. Serão estabelecidos programas de assistência social que abranjam:


I - proteção à família;
II - proteção à maternidade e à infância;
III - proteção à adolescência e à velhice;
IV - proteção, amparo e reabilitação dos portadores de necessidades especiais;
V - assistência especial aos deficientes sociais, menores de rua, órfãos, abandonados, promovendo sua reabilitação, reeducação,
profissionalização e integração ao mercado de trabalho;
VI - estímulo aos pais e as organizações sociais para formação moral, cívica e intelectual da juventude;
VII - colaboração com a união, o estado e com outros municípios para solução de problemas dos menores desamparados e
desajustados;
VIII - programas especiais para a recuperação da criança e de adolescentes dependentes de entorpecentes ou drogas.

Art. 176. A coordenação, o acompanhamento e a fiscalização dos programas relacionados aos interesses sociais, estará afeto ao
Conselho Municipal de Assistência Social, cuja organização, composição, funcionamento e atribuições serão disciplinados em lei.

Art. 177. A participação da população da formulação das políticas, e no controle das ações governamentais, na área da assistência
social dos portadores de necessidades especiais, será garantida através da criação da Comissão para Assunto da Pessoa Portadora
de Necessidades Especiais.

Art. 178. É assegurada a implantação de programas governamentais para formação, qualificação e ocupação dos portadores de
necessidades especiais.

Art. 179. Fica assegurada prioridade de atendimento às pessoas portadoras de necessidades especiais, em qualquer repartição
pública Municipal. (Emenda Revisional nº 001)

Art. 180. Será instituído pelo município um asilo para pessoas portadoras de necessidades especiais, órfãos de pai e mãe, e
albergues para idosos, mendigos, crianças e adolescentes abandonados, portadores ou não de deficiência, sem lar ou família.

CAPÍTULO VI - DA CULTURA, DA EDUCAÇÃO, DO DESPORTO E DO LAZER


Secção I - Da Cultura

Art. 181. A cultura como fator de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida, em suas múltiplas manifestações, será
estimulada pelo Município, que garantirá a todos o pleno acesso às suas fontes, a nível local, como um direito do cidadão e um
dever do Poder Público.

Art. 182. São considerados direitos culturais do cidadão, garantidos pelo Poder Público:
I - liberdade de expressão e a crítica artística;
II - acesso à educação artística, especialmente nas escolas públicas municipais;
III - apoio à produção, difusão e circulação dos bens culturais;
IV - acesso ao patrimônio cultural do Município, constituído dos valores materiais e imateriais da identidade cultural do nosso
povo, tais como:
a) formas de expressão;
b) usos e costumes, as tradições e os modos de fazer, criar e viver;
c) criações artísticas, científicas, tecnológicas, obras, objetos e documentos históricos;
d) paisagens construídas como praças, parques, edificações, monumentos, conjuntos urbanos, sítios de valor histórico e
arqueológicos.

Art. 183. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio cultural, por meio de inventários, registros,
vigilância, tombamentos, desapropriações e outras formas de acautelamento e preservação.

Art. 184. Será criado, pela administração Municipal através de lei, o Arquivo Municipal.

Art. 185. O Município estimulará o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da cultura em geral, observado o disposto
na Constituição Federal.
§ 1º Ao Município compete suplementar a legislação federal, a estadual referente a cultura.
§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para o Município.

Secção II - Da Educação

Art. 186. O ensino público Municipal será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de apreender ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação, assegurando-lhe inclusive nos termos do estatuto e do plano de carreira do
magistério público:
a) ingresso exclusivamente por concurso de provas e títulos;
b) aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
c) piso salarial Municipal;
d) progressão profissional baseada na titulação ou habilitação na avaliação do desempenho;
e) período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;
f) condições adequadas de trabalho.
VIII - gestão democrática do ensino público, garantida a participação da comunidade escolar, na forma da lei e da legislação do
sistema de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização de experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. (Emenda Revisional nº 001)

Art. 187. A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos
termos das normas de cada sistema de ensino.

Art. 188. O sistema Municipal de ensino compreende:


I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público Municipal:
a) a educação infantil será oferecida em creches ou entidade equivalentes, para crianças de até 3 anos de idade e pré-escolas,
para crianças de 4 a 6 anos de idade, mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de avaliação
de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
b) o calendário escolar Municipal será flexível e adequado às peculiaridades climáticas e às condições sócio-econômicas dos
alunos, sem com isso reduzir o número de horas letivas previstas em lei;
c) a jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo
progressivamente ampliado o período de permanência na escola, a critério do sistema de ensino, ressalvados os casos do ensino
noturno e das formas alternativas de organização autorizadas em lei.
II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;
III - os órgãos municipais de educação.

Art. 189. A lei estabelecerá plano Municipal de educação, de duração plurianual em consonância com os planos nacional e
estadual de educação, visando a articulação e o desenvolvimento do ensino, nos diversos níveis, e a integração das ações
desenvolvidas pelo Poder Público que conduzam à:
I - alfabetização;
II - universialização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade de ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica;
VI - prestação de atendimento aos portadores de necessidade especiais.

Art. 190. O ensino religioso, de matrícula facultativa é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos
horários normais das escolas públicas do ensino fundamental, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências
manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter confessional ou interconfessional, assegurando o respeito a
diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
§ 1º O sistema regulamentará os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerá as normas para
a habilitação e admissão de professores.
§ 2º O sistema de ensino ouvirá entidade civil constituída pelas diferentes denominações religiosas para a definição dos
conteúdos do ensino religioso. (Emenda Revisional nº 001)

Art. 191. Compete ainda ao Município:


I - recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental e os jovens e adultos que a ele não tiverem acesso;
II - fazer-lhes a chamada pública, denunciando ao Ministério Público os responsáveis pelo descumprimento destes dispositivos;
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola;
IV - proporcionar acesso aos níveis mais elevados de ensino, de pesquisa e da criação artística segundo a capacidade de cada
um;
V - atender o educando através de programas suplementares referentemente a material didático, transporte, alimentação e saúde;
VI - incentivar a instalação de cursos profissionalizantes e/ou técnico profissionalizante;
VII - garantir a existência de biblioteca nas escolas;
VIII - proporcionar direito aos pais professores alunos e funcionários a organizarem-se em todos os estabelecimento de ensino,
através de associações grêmios e outras formas;
IX - responsabilizar a autoridade educacional que embaraçar ou impedir a organização ou funcionamento das entidades referidas
no inciso.
X - garantir eleição direta e uninominal dos diretores das escolas públicas pela comunidade escolar, na forma da lei;
XI - promover a instituição de conselhos escolares constituídos pela direção da escola e representantes dos segmentos da
comunidade escolar, na forma da lei;
XII - proporcionar a prática do desporto educacional, evitando a seletividade e a hiper-competitividade do seus participantes
com a finalidade de formação para a cidadania e lazer;
XIII - garantir a conjugação de recursos técnicos e financeiros para fomentar as práticas esportivas educacionais formais e não
formais;
XIV - oferecer a educação física como disciplina obrigatória;
XV - promover o acesso a instalações esportivas e recreativas, pelas instituições escolares municipais;
XVI - garantir a adaptação dos currículos escolares as peculiaridades do Município e valorização de sua cultura e seus
patrimônios histórico, artístico, cultural e ambiental;
XVII - determinar a oferta de educação básica para a população rural, devendo o sistema de ensino promover as adaptações
necessárias a sua adequação às peculiaridades da vida rural de cada região, especialmente, com:
a) conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
b) organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
c) adequação à natureza do trabalho na zona rural.
XVIII - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas
e planos educacionais da União e dos Estados;
XIX - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
XX - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
XXI - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do sistema de ensino;
XXII - depositar a quota Municipal do salário-educação em conta especial, sob administração direta do órgão responsável pela
educação;
XXIII - vedar as direções, conselhos de pais e mestres e aos conselhos escolares das escolas públicas municipais a efetivação da
cobrança de taxas e contribuições para a manutenção e conservação das escolas.

Art. 192. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema terão a incumbência de:
I - elaborar e executar a sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV - zelar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
VII - informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta
pedagógica;
VIII - ter um regimento interno elaborado com a participação da comunidade escolar, homologado pelo Conselho da Escola e
submetido a posterior aprovação do Conselho Municipal de Educação.

Art. 193. O ensino é livre à iniciativa privada, atendida as seguintes condições:


I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino;
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no artigo 213 da Constituição Federal.

Art. 194. Os recursos do Município serão destinados ao sistema Municipal de ensino, poderão também ser dirigidos às escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas definidas em legislação federal desde que: comprove finalidade não lucrativa e
apliquem seus excedentes financeiros em educação; assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,
filantrópica, confessional ou ao município, no caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º Os recursos de que trata esse artigo, serão destinadas a bolsas de estudo, fundamental para suprir a insuficiência de vagas na
rede pública.
§ 2º O Município aplicará, no ensino superior, recursos da receita fiscal efetiva, liberados a cada semestre exclusivamente para
bolsas de estudos a carentes, na forma da lei.
§ 3º O Município aplicará, no Sistema Municipal de Ensino, em cada exercício financeiro pelo mínimo vinte e cinco por cento
da receita resultante de imposto.
§ 4º As verbas destinadas no ensino dos portadores de necessidades especiais nunca serão inferiores a dez por cento das
destinadas à educação.
§ 5º Não menos de dez por cento dos recursos destinados ao ensino, serão aplicados na manutenção e conservação das escolas
da rede Municipal, através de transferências trimestrais de verbas às unidades escolares.

Secção III - Do Desporto e do Lazer

Art. 195. É dever do Município fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como direito de todos mediante:
I - incentivo à pesquisa no campo da educação física, do desporto, do lazer e da recreação;
II - promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos, financeiros e materiais;
III - estabelecimentos especializados em atividades de educação física, esportes e recreação, ficam sujeitos a registros,
supervisão e orientação normativa do Município, na forma da lei;
IV - desporto amador será fomentado, organizado e regulamentado pelo Poder Público, por intermédio do órgão Municipal
competente;
V - criação, ampliação, manutenção e conservação das áreas esportivas, recreativas e de lazer, principalmente nos bairros
periféricos.

Art. 196. O Município proporcionará meios de recreação sadia e construtiva à comunidade mediante:
I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de parques;
II - programas especiais para divertimento e recreação de pessoas idosas.

Art. 197. O Município apoiará e incentivará as agremiações amadoras organizadas pela população, em forma regular.

Art. 198. O Município incentivará as festas populares locais, folclóricas e religiosas e apoiará as atividades artísticas, festivais e
feiras de artesanato.

Art. 199. Fica o Município obrigado a assegurar, no mínimo uma praça de lazer em cada bairro, dotada de aparelhos de recreação
para crianças.

Art. 200. O Município implantará centros sociais nas comunidades mais carentes, inclusive na zona rural.

CAPÍTULO VII - DO TURISMO E DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO


Secção I - Do Turismo

Art. 201. O Município incentivará o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico e fixará sua política e diretrizes.
Parágrafo único. Para o cumprimento no disposto neste artigo, cabe ao Município promover:
I - implementação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e serviços turísticos;
II - elaboração sistemática de pesquisas sobre oferta e demanda turística, com análise dos fatores de oscilação do mercado;
III - fomento ao intercâmbio permanente com outros Municípios, Estados da Federação e com o exterior, em especial com os
Municípios que integram a zona de fronteira;
IV - infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, apoiando e realizando os investimentos na produção, criação e
qualificação dos empreendimentos, equipamentos e instalações ou serviços turísticos;
V - medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos humanos para o setor;
VI - inventário e divulgação das zonas e bens turísticos e a regulamentação de seu uso, ocupação e fruição.

Art. 202. A lei Municipal criará e regulamentará o Conselho Municipal de Turismo.

Art. 203. O Poder Público Municipal oferecerá toda a infra-estrutura necessária à realização das festividades carnavalescas de rua.

Art. 204. O Município estimulará as atividades artesanais.

Secção II - Do Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Art. 205. O Município proporcionará a elaboração de diretrizes e produção de programa setorial específico para a área de
desenvolvimento científico e tecnológico em seu território.

Art. 206. A introdução de novas tecnologias nos serviços municipais, deverá contemplar sempre a qualidade e o treinamento dos
trabalhadores envolvidos ou o seu retreinamento para outros setores.

Art. 207. O Município buscará o desenvolvimento científico e tecnológico, objetivando fundamentalmente superar os
desequilíbrios sócio-econômicos através da adequação das tecnologias à realidade de nosso povo.

CAPÍTULO VIII - DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 208. O Município promoverá ação sistemática de proteção ao consumidor, de modo a garantir-lhe segurança, à saúde e à
defesa de seus interesses econômicos.
Parágrafo único. A lei instituirá órgão auxiliar de defesa do consumidor.

Art. 209. O Município desenvolverá esforços para proteger o consumidor através de atuação coordenada com a União e o Estado.

CAPÍTULO IX - DA POLÍTICA RURAL

Art. 210. Nos limites de sua competência, o Município definirá sua política rural própria, voltada às condições e potencialidades
específicas no setor agropecuário local.
§ 1º Será objetivo da política agrícola o conjunto de instrumentos e medidas que promovam e operacionalizem, de forma
racional o desenvolvimento harmônico do setor agropecuário, especialmente o da pequena propriedade, e ainda:
I - incentivo ao cooperativismo, associativismo e sindicalismo;
II - proteção ao meio ambiente;
III - assistência técnica e extensão rural direcionada prioritariamente aos pequenos produtores rurais;
IV - fomento e incentivo à implantação de centrais de compra para o abastecimento de pequenos produtores, tendo em vista a
redução de custos de produção;
V - comercialização direta entre produtores e consumidores;
VI - implantação de centurões verde na periferia urbana;
VII - produção de alimentos de primeira necessidade para o abastecimento da população local;
VIII - programas de eletrificação, telefonia e irrigação rural;
IX - incentivo às agroindústrias;
X - melhoramento zootécnico dos plantéis do Município;
XI - preferência aos projetos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e incentivos fiscais;
XII - programa de produção de insumos biológicos e aproveitamento de resíduos orgânicos;
XIII - habitação, educação e saneamento no meio rural;
XIV - promoção de feiras agropecuárias;
XV - pesquisa agropecuária;
XVI - desenvolvimento de propriedades em todas as suas potencialidades, a partir da vocação e capacidade de uso do solo,
levada em conta a proteção do meio ambiente.
§ 2º O Município complementará, em convênio, ou com recursos orçamentários próprios, o serviço oficial de competência da
União e do Estado, de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, garantindo o atendimento gratuito aos pequenos produtores
que trabalhem em regime de economia familiar e aos assalariados rurais.
§ 3º Para a compatibilização das políticas a que alude este artigo, será criado, por Lei, o Fundo Municipal de Desenvolvimento
Rural, com recursos orçamentários do Município e os provenientes por convênios da União e do Estado, destinados ao
financiamento de programas especiais de apoio às atividades agropecuárias.

Art. 211. No planejamento da política agrícola Municipal, a partir de planos plurianuais de desenvolvimento, bem como na sua
execução terão participação todos os segmentos ligados ao setor, como: cooperativas, órgãos de assistência técnica, pesquisa e
extensão rural, sindicatos, produtores e trabalhadores rurais, que se constituirão em caráter definitivo e deliberativo no Conselho
Municipal de Desenvolvimento Rural.
Parágrafo único. São atribuições prioritárias do setor de fomento e desenvolvimento agropecuário, a execução dos planos
plurianuais de desenvolvimento rural, manutenção de um centro de apoio, treinamento e difusão de tecnologia alternativa para
pequena propriedade rural, inclusive pesquisa, bem como a manutenção de viveiro florestal.

Art. 212. Todos os órgãos de assistência técnica e extensão rural que atuarem no âmbito do Município deverão trabalhar em
consonância com as normas de desenvolvimento rural e de defesa do meio ambiente, estabelecidos pela Lei Orgânica ou em lei
que venha complementá-la.

TÍTULO X - ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS

Art. 1º No prazo de trezentos e sessenta dias a contar da promulgação desta Lei Orgânica, fica o Município obrigado a elaborar e
encerrar levantamento de todas as áreas verdes nativas de seu território, discriminando sua localização e tamanho aproximado.

Art. 2º No prazo de dois anos da promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Executivo promoverá ação discriminatória das
propriedades devolutas para assentamento popular na área urbana e de trabalhadores da agricultura e pecuária na zona rural,
conforme a Lei 6.383, de sete de dezembro de mil novecentos e setenta e seis.

Art. 3º É assegurada a anistia de dívida ativa Municipal a todos os cidadãos maiores de setenta anos de idade, e que não tenham
renda mensal superior ao salário mínimo nacional, comprovável perante à Fazenda Pública Municipal.

Art. 4º Lei complementar relativa à Procuradoria Geral do Município, previsto no art. 95, deverá ser promulgada dentro de cento
e oitenta dias.

Art. 5º Serão codificados a partir da data da promulgação desta Lei Orgânica:


I - em trezentos e sessenta e cinco dias:
a) Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais;
b) Plano de Carreira do Magistério Público Municipal.
II - até trinta e um de dezembro do corrente ano:
a) Código Tributário;
b) Código de Combate a Incêndio.
III - Em trezentos e sessenta e cinco dias;
a) Plano Diretor;
b) Código de Posturas;
c) Código de Obras.

Art. 6º No prazo máximo de um ano da promulgação, o Poder Público Municipal mandará imprimir e distribuirá gratuitamente,
exemplares desta Lei Orgânica às escolas estaduais, municipais, universidades, sindicatos, associações de classe e de moradores,
além de outras entidades da sociedade civil.

Art. 7º A vigência desta Lei Orgânica não estabelecerá prejuízos e nem alterará direitos adquiridos dos Servidores Municipais,
estabelecidos em leis anteriores.

Art. 8º São considerados estáveis os servidores públicos municipais, cujo ingresso não seja conseqüente de concurso público e
que, à data da promulgação da Constituição Federal, completarem pelo menos cinco anos de exercício de função pública
Municipal.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em
comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins do caput deste
artigo, exceto se tratar de servidor.

Art. 9º Antes de esgotado o prazo de cento e vinte dias da promulgação da Lei Orgânica do Município, será editada a Lei
Complementar do que trata o art. 100 do Capítulo II.

Art. 10. Os prazos aludidos nas disposições transitórias, poderão ser prorrogados na forma de suas necessidades.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE BAGÉ, 29 de dezembro de 2003.

______________________
Vereador CLÁUDIO DEIBLER
Presidente
LEI MUNICIPAL Nº 2.294, DE 03/07/1984
Estabelece o ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE BAGÉ.

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este Estatuto regula o Regime Jurídico entre o Município e o seus funcionários.

Art. 2º Funcionário, para os efeitos deste Estatuto, é a pessoa investida em cargo público municipal.

Art. 3º Cargos públicos municipais são os criados por lei, em número certo e com denominação própria, constituindo em conjunto
de atribuições e responsabilidades cometidas a funcionários mediante retribuição padronizada.

Art. 4º Os cargos municipais são de provimento efetivo ou em comissão.


Parágrafo único. Os cargos de provimento efetivo poderão ser isolados ou de carreira.

Art. 5º Classe é o agrupamento de cargos da mesma profissão ou atividade e do mesmo nível de dificuldade e responsabilidade.
Parágrafo único. A classe assim definida poderá ser constituída de graus com padrões sucessivos.

Art. 6º Carreira é o conjunto de classes dispostas hierarquicamente de acordo com o nível de dificuldade e responsabilidade.

Art. 7º Quadro é um conjunto de cargos públicos municipais de provimento efetivo.


Parágrafo único. Também poderá constituir um quadro, na forma que a lei estabelecer, o conjunto de Cargos em Comissão e
Funções Gratificadas.

Art. 8º O ingresso no serviço público municipal efetuar-se-á mediante concurso público, de provas ou de provas e títulos, salvo
quanto aos cargos de provimento em comissão, que são de livre nomeação e exoneração do Prefeito.

Art. 9º Precederão sempre o ingresso no serviço público municipal, qualquer que seja a forma de investidura, a inspeção da saúde
e o exame psicológico, realizados por órgão competente do Município.
§ 1º A inspeção de saúde para ingresso é válida por noventa (90) dias e o exame psicológico porcento e oitenta (180) dias e
somente decorridos esses períodos poderão ser repetidos para o caso de candidato julgado temporariamente inapto.
§ 2º No caso de Cargo em Comissão, a inspeção de saúde e o exame psicológico, também deverão ser antes da posse.

TÍTULO II - DO PROVIMENTO, EXERCÍCIO E VACÂNCIA


CAPÍTULO I - DO PROVIMENTO

Art. 10. Os cargos públicos municipais são providos através de ato do Prefeito, salvo as exceções da Lei Orgânica, por:
I - nomeação, como forma de ingresso no serviço público municipal;
II - promoção, transferência e readatação, como formas de movimentação interna de detentores de cargos públicos municipais;
III - reintegração, reversão e aproveitamento, como formas de retorno ao exercício de cargo público municipal.

Art. 11. São requisitos para provimento em cargo público municipal:


I - ser brasileiro;
II - ter completado dezoito (18) anos de idade e não exceder a cinquenta (50) anos;
III - estar quite com as obrigação militares;
IV - ter boa conduta;
V - possuir aptidão e vocação para o exercício do cargo;
VI - gozar de boa saúde física e mental, podendo por interesse do Poder Público ser examinado o ingresso de paraplégicos;
VII - ter atendido as condições especiais prescritas para o cargo.

Art. 12. Entre os candidatos ao provimento dos cargos públicos municipais em igualdade de condições, terá preferência:
I - o casado ou viúvo que tiver o maior número de filhos;
II - o casado, desde que o cônjuge não exerça atividade remunerada;
III - o solteiro que tiver encargos de família.
Parágrafo único. Não são considerados para os efeitos deste artigo, os filhos maiores e aqueles familiares que exerçam
qualquer atividade remunerada.

CAPÍTULO II - DO RECRUTAMENTO E DA SELEÇÃO

Art. 13. O recrutamento de pessoal para os cargos de provimento efetivo é geral quando realizado mediante concurso, público, ou
preferencial quando através de concurso interno.

Art. 14. A lei determinará os cargos:


I - cujo provimento deva ser feito por concurso público, entre os quais, obrigatoriamente, os isolados e os integrantes das classes
iniciais de carreira;
II - a serem preenchidos, ordinariamente, através de concurso interno, obedecidas as linhas de acesso e as áreas de recrutamento
estabelecidas no sistema classificado;
III - cujas atribuições, além de outras exigências legais ou regulamentares, somente possam ser exercidas pelos portadores de
certificados de conclusão de cursos regulares ou de especialização expedidos por instituições de ensino ou oficialmente
reconhecidas.
Parágrafo único. O funcionário que se submeter a concurso público para provimentos de cargos dos que trata o inciso I deste
artigo e nele for aproveitado terá acrescido ao grau final, para fins de classificação, um número de pontos não superior a trinta
porcento (30%) do grau máximo, a ser atribuído a partir da avaliação de sua eficiência no cargo de que foi titular e do tempo de
serviço municipal.

Seção II - Do Concurso Público

Art. 15. Concurso público é o realizado com o objetivo de selecionar candidatos para o provimento de cargos iniciais de carreira
ou isolados, podendo ser de provas ou de provas e títulos, na forma do Regulamento.
§ 1º Encerrada a inscrição ao concurso para provimento de determinado cargo, não se abrirá nova antes de sua realização.
§ 2º O concurso público deverá ser realizado e homologado até cento e vinte dias (120) da abertura da inscrição.

Art. 16. O limite de idade para a inscrição em concurso público será fixado em lei, de acordo com a natureza de cada cargo,
dentro dos limites de idade previstos no item II do art. 11.
Parágrafo único. Não estão sujeitos a limite de idade para inscrição em concurso, os funcionários do Município, contratados a
qualquer título.

Art. 17. O prazo de validade do concurso público será de dois (2) anos, contados da data da homologação.
Parágrafo único. Atendendo proposta do órgão central de pessoal, poderá o Prefeito, mediante decreto, prorrogar até por igual
o período o prazo estabelecido neste artigo.

Seção III - Do Concurso Interno

Art. 18. O concurso interno tem por objetivo selecionar funcionários para o provimento de cargos por promoção.
§ 1º Constarão obrigatoriamente do concurso interno, a realizar-se na forma do regulamento, as seguintes provas:
I - objetiva de serviço;
II - de títulos, considerados entre eles o tempo de serviço como funcionário municipal e o grau de instrução;
III - de avaliação da eficiência, realizada através de critérios objetivos nos quais sejam considerados, além de desempenho, a
assiduidade, a pontualidade e a disciplina.
§ 2º A prova objetiva de serviço poderá ser:
I - valorização pela atribuição de maior peso;
II - suprimida, quando se trata de cargo para cujo provimento seja exigida a conclusão de curso universitário de grau superior;
III - substituída pela aprovação em curso especialmente promovido pelo órgão competente, cuja admissão se subordine à
prova de suficiência constituindo grau de prova a média final obtida pelo funcionário no curso.
§ 3º Aberta inscrição para concurso interno, se não houver candidato, ou se os inscritos não lograrem aprovação em número
suficiente para provimento das vagas, poder-se-á recorrer ao recrutamento geral.

Art. 19. Ao concurso interno aplicam-se, no que couber, as normas estabelecidas para o concurso público.
Parágrafo único. A expedição do edital de concurso público e interno será precedida de regulamento estabelecendo as normas,
valores, critérios de aproveitamento de títulos.

CAPÍTULO III - DA NOMEAÇÃO

Art. 20. A nomeação será feita:


I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo que obedeça a esta forma de provimento;
II - em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude da lei assim deva ser provido.
Parágrafo único. Do ato de nomeação em caráter efetivo, quando o nomeado não for funcionário estável do Município, deverá
constar a expressão "para cumprir o estágio probatório".

Art. 21. Para a nomeação em caráter efetivo, além dos requisitos enumerados no art. 11, deve o candidato satisfazer as seguintes
condições:
a) ter obtido habilitação em concurso público cujo prazo de validade não haja expirado;
b) não contar mais do que a idade limite fixada para a inscrição no concurso na data do respectivo encerramento, salvo quando
se tratar de funcionário estável no serviço municipal.

Art. 22. A nomeação em caráter efetivo obedecerá à ordem de classificação dos candidatos habilitados em concurso.

CAPÍTULO IV - DA POSSE

Art. 23. Posse é a expressa aceitação do cargo pelo nomeado e o compromisso de bem cumprir os deveres funcionais.

Art. 24. São competentes para dar posse:


I - o Prefeito, aos dirigentes dos órgãos que lhe são diretamente subordinados e aos titulares de outros postos de sua imediata
confiança;
II - os Secretários Municipais e os dirigentes diretamente subordinados ao Prefeito, aos chefes de órgãos e outros titulares de
postos de confiança que lhe sejam subordinados;
III - o Órgão Central de Pessoal, nos demais casos.

Art. 25. A posse processar-se-á mediante a assinatura de termo, também assinado pela autoridade que a der, o qual será
arquivado, após o devido registro, no Órgão Central de Pessoal.

Art. 26. A posse poderá ser tomada por procuração.

Art. 27. A autoridade a quem couber dar posse verificará previamente, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as
condições legais para o provimento.

Art. 28. A posse dar-se-á no prazo de quinze (15) dias contados da data da publicação do ato de nomeação no órgão oficial,
perdendo tal direito o candidato que não se apresentar neste prazo.
Parágrafo único. Se a posse não se der dentro do prazo, será tornada sem efeito a nomeação.

Art. 29. O funcionário que, por prescrição legal ou regulamentar deva prestar caução como garantia, não poderá entrar em
exercício sem a prévia satisfação dessa exigência.
§ 1º A caução poderá ser feita por uma das modalidades seguintes:
I - depósito em moeda corrente;
II - garantia hipotecária;
III - títulos de dívida pública da União, do Estado ou do Município, pelo valor nominal;
IV - apólice de seguro de fidelidade funcional, emitida por instituição legalmente autorizada;
V - aval de firma idônea.
§ 2º No caso de seguro, as contribuições referentes a prêmio serão descontadas do funcionário segurado, em folha de
pagamento.
§ 3º Não poderá ser autorizado o levantamento da caução antes de tomadas as contas do funcionário.
§ 4º O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da ação administrativa e criminal que couber, ainda que o
valor da caução seja superior ao montante do prejuízo causado.

CAPÍTULO V - DA LOTAÇÃO

Art. 30. Lotação é a colocação do funcionário na repartição em que deva ter exercício.
§ 1º O deslocamento do funcionário de uma para outra repartição far-se-á por relotação.
§ 2º Tanto a lotação inicial como as subsequentes poderão ser feitas a pedido ou ex-officio, após o pronunciamento do órgão de
colocação, salvo o disposto no parágrafo 4º.
§ 3º No caso de Cargo em Comissão ou de Função Gratificada, a lotação é compreendida no próprio ato de nomeação ou
designação.
§ 4º A relotação de um distrito do Município, para a sede ou da sede para um distrito ou entre distritos, quando se trata de
funcionária ou professora casada ou unida de fato, só poderá ocorrer a pedido.

CAPÍTULO VI - DO EXERCÍCIO
Art. 31. Exercício é o desempenho do cargo pelo funcionário nele provido.
Parágrafo único. O titular da repartição em que for lotado o funcionário é a autoridade competente para dar-lhe exercício.

Art. 32. O exercício do cargo ou função terá início no prazo de quinze (15) dias contados:
I - da data da posse;
II - da data da publicação do ato, em qualquer outro caso.
§ 1º Não se apresentando o funcionário para entrar em exercício dentro do prazo, será tornado sem efeito o ato de provimento.
§ 2º O acesso não interrompe o exercício.

Art. 33. O início do exercício e as alterações que nele ocorram serão comunicados ao Órgão Central de Pessoal, que os registrará
no assentamento individual do funcionário.
Parágrafo único. A freqüência do funcionário, durante cada mês, será comunicada mediante folha ponto, da qual constará,
explicitamente, número de dias em que efetivamente trabalhou e as alterações porventura ocorridas.

Art. 34. Nenhum funcionário poderá ser posto à disposição ou, de qualquer forma, ter exercício em repartição diferente daquela
em que estiver lotado, sem prévia autorização do Prefeito, formalizada através de portaria, salvo nos casos previstos neste
Estatuto.
Parágrafo único. O afastamento só será permitido para fim determinado e por prazo certo.

Art. 35. Somente com prévia autorização ou designação do Prefeito, formalizada em portaria, poderá o funcionário afastar-se do
exercício do cargo, em objeto de estudo ou missão especial.
§ 1º Deverá sempre constar da portaria o objeto do afastamento, o prazo de sua duração e se é ele com ou sem ônus para o
Município.
§ 2º O afastamento dar-se-á sem prejuízo do vencimento e demais vantagens quando se caracterizar o interesse do Município.
§ 3º Quando se tratar de curso de aperfeiçoamento ou pós-graduação em estabelecimento situado neste Município, aplicar-se-ão
as normas estabelecidas para o funcionário estudante.
§ 4º Quando se tratar de afastamento temporário decorrente de estudos ou missão especial esportiva de caráter amadorista,
científica ou artística, o Prefeito poderá autorizar que o funcionário dela participe, com ou sem ônus para o Município à vista dos
elementos integrantes do expediente respectivo.
§ 5º O funcionário só poderá ser posto à disposição de outra entidade governamental ou de administração indireta do Município,
a pedido do titular respectivo e para exercer cargo de confiança ou missão determinada por prazo certo.

Art. 36. O funcionário preso para perquirição de sua responsabilidade em crime comum ou funcional, será considerado afastado
do exercício até condenação ou absolvição passada em julgado.
Parágrafo único. Durante o afastamento nos termos deste artigo o funcionário perceberá dois terços (2/3) da retribuição, a título
de auxílio.
CAPÍTULO VII - DO REGIME DE TRABALHO

Art. 37. O Prefeito determinará, quando não discriminado em lei ou regulamento:


I - para as repartições, o horário de trabalho normal;
II - o Regime de Trabalho em turnos, quando for aconselhável;
III - quais os funcionários que, em virtude de suas atribuições, não estão obrigados a ponto.
§ 1º O horário de trabalho normal estabelecido para todos os serviços municipais ou para determinados órgãos, cargos ou
funções, não poderá ser superior a trinta e seis (36) nem inferior a vinte e duas horas semanais (22).
§ 2º Os Secretários Municipais poderão, atendendo à natureza de determinado serviço ou em circunstâncias especiais, autorizar
horário de trabalho diferente do normal para um dado órgão, para determinadas atividades, ou mesmo para um funcionário, desde
que seja cumprido o número de horas semanais estabelecido.

Art. 38. O funcionário poderá ser convocado para prestar:


I - regime especial de trabalho, nos termos desta Lei, podendo ser de:
a) tempo integral quando o sujeitar a maior número de horas semanais do que o estabelecido pela lei para o cargo;
b) dedicação exclusiva, quando além de tempo integral, assim o exijam condições especiais ligadas ao desempenho das
atribuições inerentes ao cargo ou função.
II - serviço ou plantão extraordinário;
III - serviço noturno, entendendo como tal o executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
Parágrafo único. Somente poderão ser convocados para regime de dedicação exclusiva os titulares de cargos para cujo
provimento seja exigido curso universitário de grau superior.

Art. 39. Consideram-se extraordinárias as horas de trabalho realizadas pelo funcionário, além das normas estabelecidas por
semana para o respectivo cargo.
§ 1º É vedado convocar o funcionário para prestar serviço extraordinário em número de horas que excedam a trinta porcento
(30%) do regime estabelecido para o respectivo cargo.
§ 2º Não serão creditadas ao funcionário as horas porventura excedentes ao limite previsto no parágrafo anterior, as quais serão
compensadas por folga.
§ 3º Não se considerará extraordinário o trabalho realizado em horas ou dia em que haja expediente, quando compensado por
folga.
Art. 40. Aplicam-se as disposições do artigo anterior ao funcionário submetido ao regime de plantões, que for convocado a
realizar outro extraordinário, para manter a segurança e a funcionalidade do estabelecimento ou a vigilância do Patrimônio
Municipal.
§ 1º O plantão extraordinário legitima-se quando visa a substituir o plantonista titular legalmente afastado ou que faltou ao
serviço.
§ 2º A comprovação das condições do parágrafo anterior, para fins de pagamento, será feita perante o Órgão Central de Pessoal
com a indicação dos impedimentos, faltas, convocações e folgas constantes na escala semanal programada para o mês.

Art. 41. A convocação do funcionário para prestar serviço ou plantão extraordinário, bem como serviço noturno, obedecerá a
regulamento específico.

Art. 42. A freqüência ao serviço será apurada através de ponto, que deverá ser registrado - preferencialmente - por meio
mecânicos, no início e fim do expediente.
Parágrafo único. O Prefeito determinará a forma de apuração da freqüência dos funcionários não obrigados a ponto.

Art. 43. Nos dias úteis, só por determinação do Prefeito poderão deixar de funcionar as Repartições Municipais, ou serem
suspensos seus trabalhos.

CAPÍTULO VIII - DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 44. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo, ficará sujeito a estágio probatório por
período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual sua aptidão, capacidade e desempenho serão objeto de avaliação por Comissão
Especial designada para esse fim, com vista à aquisição da estabilidade, observados os seguintes quesitos:
I - assiduidade;
II - pontualidade;
III - disciplina;
IV - capacidade e iniciativa;
V - responsabilidade;
VI - relacionamento.
§ 1º É condição para a aquisição da estabilidade, avaliação do desempenho no estágio probatório por Comissão Especial, nos
termos deste artigo.
§ 2º A avaliação será realizada por trimestre e a cada uma corresponderá um competente Boletim.

Art. 45. A avaliação do servidor ocorrerá no efetivo exercício do cargo para o qual foi nomeado.
§ 1º Os afastamentos legais até trinta dias não prejudicam a avaliação do trimestre.
§ 2º Quando os afastamentos, no período considerado, forem superiores a trinta dias, a avaliação do estágio ficará suspensa até o
retorno do servidor às suas atribuições, retomando-se a contagem do tempo anterior para efeito do trimestre.
§ 3º Os critérios de avaliação estabelecidos neste artigo, não se aplicam nos casos específicos de afastamentos motivados por
acidente em serviço, agressão não provocada em serviço, moléstias profissionais, quando a pontuação será integral.

Art. 46. Três meses antes de findar o período de estágio probatório a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo
com o que dispuser a lei ou regulamento, será submetida à homologação da autoridade competente, sem prejuízo da continuidade
do estágio.
§ 1º Em todo o processo de avaliação, o servidor deverá ter vista de cada Boletim de Estágio, podendo se manifestar sobre os
itens avaliados pela respectiva chefia, devendo apor sua assinatura.
§ 2º O servidor que não preencher algum dos requisitos do estágio probatório, deverá receber orientação adequada para que
possa corrigir as deficiências.
§ 3º Verificado, em qualquer fase do estágio, resultado insatisfatório por três avaliações consecutivas ou cinco intercaladas, será
processada a exoneração do servidor.
§ 4º Sempre que se concluir pela exoneração do estagiário, ser-lhe-á assegurada vista do processo, pelo prazo de cinco dias
úteis, para apresentar defesa e indicar as provas que pretenda produzir.
§ 5º A defesa, quando apresentada, será apreciada em relatório conclusivo, por comissão especialmente designada pelo Prefeito,
podendo, também, serem determinadas diligências e ouvidas testemunhas.
§ 6º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, se era
estável, observado o disposto no artigo 55, do Estatuto do Funcionalismo.

Art. 47. O estagiário, quando convocado, deverá participar de todo e qualquer curso específico referente às atividades de seu
cargo.

Art. 48. Nos casos de cometimento de falta disciplinar, inclusive durante o primeiro e o último trimestre, o estagiário terá a sua
responsabilidade apurada através de sindicância ou processo administrativo disciplinar, observadas as normas estatutárias,
independente da continuidade da apuração do estágio probatório pela Comissão Especial.

CAPÍTULO IX - DA ESTABILIDADE
Art. 49. O funcionário ocupante do cargo de provimento efetivo, nomeado em virtude de concurso público, adquire estabilidade
após 3 (três) anos de exercício.
Parágrafo único. A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao cargo.

Art. 50. O funcionário estável não poderá ser demitido senão em virtude de inquérito administrativo em que se lhe tenha
assegurado ampla defesa ou de sentença condenatória passada em julgado.

CAPÍTULO X - DO ACESSO

Art. 51. Acesso é a passagem do funcionário estável a uma posição que lhe assegure maior o vencimento básico.
Parágrafo único. O acesso dar-se-á por:
I - progressão, quando realizado dentro da mesma classe, para grau imediatamente superior;
II - promoção, quando efetuado de classe a classe ou de um nível educacional para outro superior.

Art. 52. Na forma que a lei determinar, o acesso terá como base:
I - na progressão, a avaliação da eficiência do funcionário e o grau de instrução exigido para o exercício do cargo;
II - na promoção, a aptidão para o exercício do novo cargo aferida de concurso interno, aplicando-se também o fator
antigüidade.

Art. 53. Será declarado sem efeito, em benefício do funcionário a quem cabia direito à promoção, o ato que a formalizou
indevidamente.
§ 1º O funcionário beneficiado indevidamente com a promoção não fica obrigado a restituir o que tiver recebido a mais.
§ 2º O funcionário a quem cabia a promoção será indenizado da diferença de retribuição a que tem direito.

Art. 54. Não poderá ter acesso o funcionário que:


I - se ache cumprindo estágio probatório;
II - não preencha os requisitos estabelecidos em lei para o provimento;
III - haja obtido conceito insuficiente na avaliação de eficiência;
IV - haja sido punido, durante o último ano, com pena de suspensão, multa ou destituição de função.
Parágrafo único. O Órgão Central de Pessoal poderá instituir cursos especiais para funcionários, contendo em seu currículo as
matérias básicas do curso fundamental ou médio, com validade no âmbito municipal, para suprir exigências estabelecidas para
progressão.
CAPÍTULO XI - DA TRANSFERÊNCIA

Art. 55. Transferência é o deslocamento do funcionário estável de um para outro cargo de provimento efetivo do mesmo nível de
retribuição.
Parágrafo único. Na comparação entre as retribuições, levar-se-ão em conta os horários semanais de trabalho a que ambos os
cargos estejam sujeitos.

Art. 56. A transferência far-se-á:


I - a pedido, atendida a conveniência do serviço;
II - "ex-officio", no interesse da administração.
§ 1º Somente será individual a transferência quando verificada através de amplo chamamento pelo órgão competente a
inexistência de outros interessados e dependerá de:
I - habilitação profissional ou prova objetiva de serviço com verificação do grau de instrução;
II - teste vocacional quando os cargos forem de natureza diversa.
§ 2º No caso de candidato em maior número que o de vagas, a seleção será feita através de prova objetiva de serviço, grau de
instrução e tempo de serviço, sendo considerado em dobro o número de pontos do tempo de serviço.

Art. 57. O funcionário em estágio probatório não poderá ser transferido, a não ser por necessidade de serviço e contando o tempo
de estágio na outra função.
CAPÍTULO XII - DA READAPTAÇÃO

Art. 58. Readaptação é a forma de provimento do funcionário estável em cargo de igual padrão ou inferior, mais compatível com
a sua aptidão ou vocação, podendo ser processada a pedido ou a "ex-officio".
§ 1º Dar-se-á a readaptação quando se verificar que o funcionário, em relação do exercício do cargo que ocupa:
I - tornou-se totalmente inapto em virtude de modificações permanentes de seu estado físico ou psíquico;
II - não mais apresenta pendores vocacionais condizentes.
§ 2º A verificação das condições aludidas no parágrafo anterior será realizada pelo Órgão Central de Pessoal que indicará, à
vista de laudo médico, estudo social e teste vocacional, o cargo em que julgue possível a readaptação do funcionário.
§ 3º A autoridade competente apreciará a indicação na forma do parágrafo anterior e atribuirá ao funcionário, em caráter
experimental, tarefas correspondentes ao cargo indicado, na mesma repartição em que estiver lotado, pondo-o em observação e
repetindo o procedimento até que possa ser indicada a readaptação ou seja considerado inadaptável.
§ 4º Caso inexistam na mesma repartição as tarefas inerentes ao cargo indicado, admitir-se-á o estágio experimental em outra.
§ 5º Verificada imediatamente, ou através do estágio a adaptabilidade do funcionário e comprovada sua habilitação, será ele
readaptado, ouvido previamente o órgão colegiado competente.
Art. 59. Realizando-se a readaptação em cargo de padrão inferior, ficará assegurado ao funcionário vencimento ou remuneração
correspondente ao cargo que ocupava.

Art. 60. Inexistindo vagas serão atribuídas ao funcionário as tarefas do cargo indicado até que se disponha deste para o regular
provimento.

Art. 61. Verificada a inaptidão parcial, o órgão de biometria médica indicará, dentre as tarefas do cargo, as que não possam ser
exercidas pelo funcionário.

Art. 62. A atribuição e a delimitação de tarefas far-se-ão mediante portaria do Órgão Central do Pessoal.

CAPÍTULO XIII - DA REINTEGRAÇÃO

Art. 63. A reintegração, que decorrerá da decisão administrativa ou judiciária, é o reingresso no serviço público municipal de
funcionário demitido, com ressarcimento de prejuízos correspondentes às vantagens ligadas ao cargo.

Art. 64. O funcionário reintegrado terá direito ao cargo que ocupava anteriormente ou ao tratamento dispensado aos demais
ocupantes de cargos de classe, respeitadas as mesmas condições que lhes foram estabelecidas.

CAPÍTULO XIV - DA REVERSÃO

Art. 65. Reversão é o retorno do aposentado à atividade no serviço público municipal, verificado, em processo, que não subsistem
os motivos determinantes da aposentadoria.
§ 1º A reversão far-se-á a pedido ou "ex-officio".
§ 2º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão, sem que mediante inspeção médica fique provada a capacidade para o
exercício do cargo.
§ 3º Não haverá reversão para funcionário aposentado por tempo de serviço, prevalecendo o direito para os convocados
anteriormente à presente Lei, não lhes dando direito a outra aposentadoria.
§ 4º Os funcionários em exercício por reversão, até a publicação da presente Lei, incorporarão as vantagens de tal instituto aos
seus proventos quando dita reversão alcançar cinco (5) anos.

Art. 66. A reversão far-se-á no cargo anteriormente exercido ou, se transformado, no resultante da transformação.
§ 1º Comprovada a habilitação pelo órgão competente, poderá o aposentado reverter ao serviço municipal em outro cargo de
mesmo nível de retribuição.
§ 2º A reversão não será nunca superior a 50% (cinquenta porcento) do percebido pelo aposentado.

Art. 67. Para nova aposentadoria, a reversão dará direito à contagem do tempo em que o funcionário esteve aposentado.

Art. 68. O funcionário que reverter somente poderá ser aposentado com maior provento, antes de decorridos três (3) anos de
efetivo exercício, se sobrevier outra moléstia que o incapacite definitivamente para o exercício público ou for invalidado em
consequência de acidente ou agressão não provocada, no exercício de suas atribuições.
Parágrafo único. Não será contado para o fim deste artigo o tempo em que o funcionário após a reversão tenha gozado licença
motivada pela mesma moléstia.

CAPÍTULO XV - DA DISPONIBILIDADE

Art. 69. O funcionário estável será posto em disponibilidade quando houver sido declarado por lei extinto ou desnecessário ao
cargo de que era titular e não for possível seu imediato aproveitamento.
§ 1º A disponibilidade não exclui nomeação para Cargo em Comissão, com direito de opção, ou a designação para a Função
Gratificada.
§ 2º Enquanto não vagar cargo nas condições previstas para o aproveitamento do funcionário em disponibilidade nem se
verificar qualquer das hipóteses a que alude o parágrafo anterior, deverá o Prefeito atribuir-lhe, em caráter temporário, funções
compatíveis com o cargo que ocupava.
§ 3º Nas hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º será assegurado ao funcionário provento correspondente ao vencimento do cargo de
que era detentor.
CAPÍTULO XVI - DO APROVEITAMENTO

Art. 70. Aproveitamento é a forma de investidura do funcionário em disponibilidade em cargo de provimento efetivo equivalente
por sua natureza e retribuição àquele de que era titular.
§ 1º Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o que estiver há mais tempo em disponibilidade e no caso
de empate o que contar com mais tempo de serviço público municipal; perdurando o empate, ainda, o mais idoso.
§ 2º Se dentro dos prazos legais o funcionário não entrar em exercício no cargo em que houver sido aproveitado, será tornado
sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade com a perda de todos os direitos de sua anterior situação.
§ 3º Em nenhum caso se poderá efetuar aproveitamento sem que, através do Órgão Central de Pessoal fique provada a
capacidade física e mental e a aptidão para o exercício do cargo.
§ 4º Será aposentado com a retribuição correspondente ao cargo anteriormente ocupado, o funcionário em disponibilidade que
for julgado incapaz, em inspeção médica, levando-se em conta na aposentadoria para efeitos de tempo de serviço, o período de
disponibilidade.

Art. 71. O funcionário poderá ser aproveitado a pedido em cargo de natureza diversa daquele de que era titular desde que provada
a aptidão pelo órgão competente através de prova objetiva de serviço ou habilitação profissional.
Parágrafo único. Se o cargo em que vier a ser aproveitado o funcionário, na forma deste artigo tiver retribuição inferior ao de
que era titular, ser-lhe-á assegurado o pagamento da diferença.

CAPÍTULO XVII - DA FUNÇÃO GRATIFICADA

Art. 72. Função Gratificada é a instituída por lei para atender a encargos de chefia, assessoramento e outros de confiança, sendo
privativa de funcionário.
Parágrafo único. A designação do funcionário para o desempenho de Função Gratificada será feito por ato expresso do
Prefeito.

CAPÍTULO XVIII - DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 73. Dar-se-á a substituição de titular de Cargo em Comissão ou de Função Gratificada durante o seu impedimento legal
quando se tornar indispensável tal providência em face das necessidades do serviço.
§ 1º A substituição poderá ser automática, na forma do regulamento.
§ 2º Quando a substituição for por prazo não superior a sessenta (60) dias, e houver impossibilidade de assumir o substituto, ou
inexistir este, poderá o titular da repartição, mediante portaria, designar outro funcionário estável.
§ 3º O substituto perceberá o vencimento ou a gratificação durante o período de afastamento do titular.

Art. 74. Para efeitos do artigo anterior poderão ser considerados como de impedimento os trinta (30) dias que se seguirem à
vacância do cargo ou da função.
CAPÍTULO XIX - DA VACÂNCIA

Art. 75. A vacância do cargo decorrerá de:


I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - transferência;
V - readaptação;
VI - aposentadoria;
VII - exclusão por afastamento;
VIII - por falecimento.

Art. 76. Dar-se-á a exoneração:


I - a pedido;
II - ex-officio quando:
a) se tratar de Cargo em Comissão;
b) não forem satisfeitas as condições do estágio probatório;
c) ocorrer posse em outro cargo, ressalvados os casos de Cargos em Comissão e acumulação permitida em lei.

Art. 77. A abertura de vaga ocorrerá na data da Lei que cria o cargo ou do ato de exoneração, demissão, promoção, transferência,
readaptação, aposentadoria ou exclusão por afastamento ou falecimento.

Art. 78. A vacância da Função Gratificada dar-se-á por dispensa, a pedido ou ex-officio, ou por destituição.

TÍTULO III - DOS DIREITOS E VANTAGENS


CAPÍTULO I - DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 79. A apuração do tempo de serviço será feita em dias.


Parágrafo único. O número de dias será convertido em anos, considerando o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

Art. 80. Será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de:


I - férias;
II - casamento;
III - luto;
IV - exercício de outro cargo no Município, de provimento em comissão;
V - convocação para o serviço militar obrigatório;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - exercício de função ou cargo de governo ou administração, por nomeação do Presidente da República, de Governador ou
de Prefeito;
VIII - missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido
expressamente autorizado pelo Prefeito com ou sem prejuízo de retribuição;
IX - freqüência a aulas e realização de provas na forma dos artigos 95 e 96;
X - doação de sangue, mediante comprovação;
XI - licença:
a) prêmio;
b) a funcionária gestante;
c) por acidente em serviço ou doença profissional;
d) para tratamento de saúde;
e) nos casos dos incisos I, II e III do § 4º do artigo 162;
f) para concorrer a cargo eletivo.
Parágrafo único. Constituí tempo de serviço municipal, para todos os efeitos legais, o anteriormente prestado ao Município
pelo funcionário, qualquer que tenha sido, a forma de admissão.

Art. 81. Para efeito de aposentadoria e disponibilidade, computar-se-á integralmente o tempo:


I - de serviço prestado pelo funcionário em função ou cargo público federal, estadual ou municipal, inclusive em organizações
autárquicas e Associação dos Municipários;
II - de serviço ativo nas forças armadas e auxiliares, prestado durante a paz, computando-se pelo dobro o tempo em operação de
guerra;
III - de serviço prestado em sociedade de economia mista nas quais tenha participação o Município, desde que relativo a período
de vigência desta última condição;
IV - de trabalho prestado a instituição de caráter privado que tiver sido transformada em estabelecimento de serviço público;
V - durante o tempo em que estiver na Presidência da Associação dos Municipários;
VI - em que o funcionário:
a) esteve em disponibilidade;
b) já esteve aposentado;
c) houver exercido mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
d) esteve em licença, no caso do art. 162, § 2º, inciso IV;
e) esteve afastado para cursos de interesse do Município e devidamente autorizado.
VII - quando cedido para outros órgãos públicos ou estabelecimentos de ensino particular.
Parágrafo único. Será computado, para os efeitos deste artigo e para fins de promoção por antigüidade o tempo em que o
funcionário haja exercido o mandato de Vereador do Município de Bagé.

Art. 82. Para efeito de concessão de adicionais, o tempo de serviço computar-se-á nos termos do art. 131, deste Estatuto.

Art. 83. É vedada a contagem acumulada de tempo de serviço, simultaneamente prestado em mais de um cargo, função ou
emprego público.

Art. 84. Não será computado o tempo de serviço gratuito exceto o período de mandato legislativo municipal, anterior à nomeação
para os efeitos do art. 81.
CAPÍTULO II - DAS FÉRIAS

Art. 85. O funcionário gozará, obrigatoriamente, por ano, trinta (30) dias de férias, de acordo com a escala que for organizada.
§ 1º É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 2º Somente depois do primeiro ano de exercício adquirirá o funcionário direito a férias.
§ 3º Os funcionários que operam diretamente com Raios X, substâncias radiativas e solda elétrica, próxima a fontes de
irradiação, terão direito, quando no efetivo exercício de suas atribuições, a vinte (20) dias consecutivos de férias por semestre, não
acumuláveis e intransferíveis.
§ 4º As férias de professores coincidirão com o período de férias escolares, obedecidas as restrições regulamentares.
§ 5º O Município, poderá comprar dez (10) dias de férias de cada funcionário, desde que requerida até três (3) dias de
antecedência do período de gozo.
§ 6º Em casos de exoneração e aposentadoria, será devida ao servidor a remuneração correspondente ao período de férias cujo
direito tenha adquirido.
§ 7º O servidor, quando exonerado de suas funções terá direito também a remuneração relativa ao período incompleto de férias,
na proporção de um doze avos por mês de serviço ou fração superior a quinze dias.
§ 8º Não terá direito à remuneração do período de férias de que trata o parágrafo anterior, o servidor que requerer a sua
exoneração, ou for demitido a bem do serviço público.

Art. 86. Cabe ao chefe do órgão organizar, no mês de novembro, a escala de férias para o ano seguinte, atentando, sempre que
possível, para a conveniência dos funcionários.
§ 1º A escala poderá ser alterada de acordo com a conveniência do serviço ou do funcionário.
§ 2º O funcionário que exerça Cargo em Comissão ou Função Gratificada não será incluído na escala de férias, devendo ser
determinada em entendimento com a autoridade a que estiver subordinado a época em que deverá gozá-las.

Art. 87. Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se estivesse em exercício.
Parágrafo único. À família do funcionário que falecer em gozo de férias será paga a retribuição relativa a todo o período.

Art. 88. É proibido a acumulação de férias.


§ 1º Quando, por absoluta necessidade do serviço, o funcionário não puder gozar férias no ano correspondente, deverá gozá-las,
obrigatoriamente, no ano seguinte.
§ 2º No caso do parágrafo anterior, o chefe do órgão comunicará, por escrito, no mês de dezembro, a transferência de férias e as
razões que a determinaram.

Art. 89. O funcionário que em um exercício gozar licença nos casos do art. 147, inciso I e II, por período superior a sessenta (60)
dias, consecutivos ou não, terá protelado por igual período o direito ao gozo de férias no ano seguinte.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de licença decorrente de acidente no serviço, agressão não
provocada ou moléstia profissional.

Art. 90. O funcionário que tiver gozado, num exercício, mais de trinta (30) dias de licença para tratar de interesses particulares, ou
no caso do art. 147, inciso VII, somente após um ano da apresentação fará jus a férias.

Art. 91. Perderá o direito às ferias o funcionário que, no ano antecedente àquele em que deveria gozá-las, tiver mais de dez (10)
faltas não justificadas.

Art. 92. O funcionário promovido, transferido ou relotado, quando em gozo de férias, não é obrigado apresentar-se antes de
concluí-las.

Art. 93. É facultado ao funcionário gozar as férias onde lhe convier, cumprindo-lhe, entretanto, comunicar previamente o
endereço eventual a seu chefe imediato.

CAPÍTULO III - DAS VANTAGENS AO FUNCIONÁRIO ESTUDANTE

Art. 94. O Município facilitará a seus funcionários a conclusão de cursos em que estejam inscritos ou em que venham a se
inscrever.

Art. 95. Nenhum desconto sofrerá na retribuição, o funcionário regularmente matriculado em estabelecimento de ensino superior
ou de 2º grau por motivo de afastamento do serviço por doze turnos de trabalho para realizar as provas durante o ano.
§ 1º O mesmo direito será assegurado ao funcionário que se inscrever em exame supletivo ou de habilitação a curso superior.
§ 2º O funcionário interessado deverá comprovar perante o seu chefe imediato as datas em que se realizarão as diversas provas,
bem como o comparecimento, sob a pena de ser considerado faltoso ao serviço.

Art. 96. É assegurado ao funcionário que estiver regularmente matriculado em estabelecimento de ensino superior, o direito de se
afastar do serviço para assistir a aulas obrigatórias em número de horas não excedentes a um quinto (1/5) do regime semanal de
trabalho a que estiver subordinado.
§ 1º A existência, no Município de Bagé, de curso equivalente em horário diverso do de trabalho, exclui o direito ao funcionário
a vantagem deste artigo.
§ 2º O chefe deverá exigir que o funcionário comprove:
I - previamente, a freqüência obrigatória estabelecida para cada disciplina e o horário semanal em que será ministrada;
II - mensalmente, o comparecimento às aulas, sob pena de ser considerado faltoso ao serviço.
§ 3º O funcionário que estiver cumprindo estágio probatório não poderá fruir a vantagem prevista neste artigo.
§ 4º Se a matrícula for no 1º ou 2º grau, a dispensa se dará em um turno por dia, qual seja naquele em que o funcionário estudar.

Art. 97. O funcionário que se valer do disposto nos artigos anteriores fica obrigado a trazer perfeitamente em dia a tarefa que lhe
competir.
Parágrafo único. Havendo necessidade, o chefe do funcionário providenciará para que o mesmo complete sua tarefa fora do
horário de trabalho, sem direito de perceber gratificação por serviço extraordinário.

Art. 98. Ao funcionário que for indicado pelo estabelecimento de ensino em que estiver cursando, ou pela respectiva organização
estudantil, para participar de viagem oficial de estudo e intercâmbio cultural ou competições esportivas, poderá ser concedida
autorização sem prejuízo da retribuição.
Parágrafo único. A concessão do benefício de que trata este artigo será feita à vista de correspondência oficial do
estabelecimento de ensino ou da entidade estudantil, ou mediante requerimento do funcionário devidamente instruído com
documento comprobatório de sua indicação.

Art. 99. O órgão de colocação de pessoal, ao indicar a lotação ao funcionário, providenciará para que os estudantes sejam
distribuídos pelos diversos órgãos municipais de modo que a execução dos dispostos neste Capítulo não venha causar embaraços
ao bom andamento dos serviços.

Art. 100. O Município promoverá assistência aos funcionários e seus dependentes através de convênio firmado com o Instituto de
Previdência do Estado do Rio Grande do Sul - IPE.
Parágrafo único. Caberá especialmente ao Município:
I - pagar a diferença do IPERGS para o funcionário acidentado em serviço;
II - a profilaxia da tuberculose entre os funcionários, incluindo o levantamento toráxico e a organização do respectivo
cadastro, periodicamente revisado;
III - a organização de programa de educação e propaganda sanitária e de prevenção contra acidentes no trabalho;
IV - a realização de cursos de treinamento, aperfeiçoamento e especialização profissional.

CAPÍTULO V - DAS CONCESSÕES DIVERSAS

Art. 101. Sem prejuízo do vencimento ou de qualquer direito ou vantagem legal, o funcionário poderá faltar ao serviço, até oito
(8) dias corridos, por motivo de seu casamento ou de falecimento de cônjuge, filhos, pai ou irmãos, devidamente comprovado.

Art. 102. Por morte do funcionário ou do aposentado, será concedido auxílio funeral no valor de duas (2) vezes o maior padrão da
Prefeitura.
§ 1º O processo de concessão do auxílio funeral obedecerá a rito sumário, a concluir-se no prazo de quarenta e oito horas (48) da
prova de óbito.
§ 2º Será concedido auxílio complementar se solicitado, para cobrir despesas de transporte da família, remoção do corpo e
outros decorrentes do falecimento, ocorrido quando no desempenho de serviço, dentro ou fora do Município, mediante
comprovante de despesa, ou a simples concessão de viaturas.

Art. 103. À viúva do funcionário falecido em consequência de acidente no serviço ou de agressão não provocada no exercício de
suas atribuições, enquanto mantiver este estado, e desempregada ou na sua falta aos filhos menores de 18 anos, ou inválidos de
qualquer idade, será concedida uma pensão tal que somada a que lhe for assegurada pela instituição previdenciária, perfaça o valor
do vencimento ou remuneração, respeitada a situação funcional que detinha na data da ocorrência.
Parágrafo único. A pensão será reajustada sempre que o forem os vencimentos dos funcionários municipais e na mesma
proporção.

Art. 104. Além dos cargos de treinamento e aperfeiçoamento realizados pelo órgão competente, poderá o Município conceder
auxílio escolar a funcionários ou ocupantes de Cargo em Comissão que, por seus conhecimentos, aptidões e atuação a ele se tenha
recomendado, desde que:
I - se trate de curso de especialização profissional ou estágio;
II - a especialização se relacione com as atividades que desempenha;
III - exista disponibilidade orçamentária própria.
§ 1º A concessão de auxílio escolar dependerá da manifestação do Órgão Central de Pessoal, do setor competente e do Prefeito.
§ 2º O funcionário beneficiado com o auxílio escolar, se pedir exoneração nos dois (2) anos subsequente ao seu término, fica
obrigado a indenizar o Município das importâncias dispendidas pelo Município com transporte, diárias e custos do estágio ou
curso, devidamente corrigidos, isto é, com juros e correção monetária.

Art. 105. O Prefeito poderá, ouvido o órgão competente e dentro dos recursos orçamentários, conferir prêmio ao funcionário que,
por sua destacada atuação durante a vida funcional ou em circunstâncias excepcionais, a tal se recomende, ou seja autor de
trabalho espontaneamente realizado e considerado de interesse público ou de utilidade para a administração.

CAPÍTULO VI - DAS CONSIGNAÇÕES E DESCONTOS EM FOLHAS

Art. 106. É permitido a consignação em folha de pagamento a entidade de ensino, seguro à previdência e a associações de classe,
podendo servir de garantia a:
I - caução para o exercício do próprio cargo ou função;
II - juros e amortizações de empréstimos ou financiamentos imobiliários para casa própria;
III - cota para educação própria, de filhos ou netos;
IV - pagamento de contribuições e despesas financiadas ou afiançadas;
V - plano de seguro de vida e acidentes pessoais.

Art. 107. Terão caráter obrigatório os seguintes descontos:


I - quantias devidas ou contribuições que em virtude de lei devam ser retidas a favor da Fazenda Pública;
II - contribuição para previdência e assistência;
III - prêmio de seguro de vida em grupo;
IV - PENSÃO alimentícia, em cumprimento de decisão judicial;
V - as quantias consignadas em favor do Sindicato dos Municipários de Bagé.

Art. 108. Nenhum desconto em folha, além dos obrigatórios, poderá ser efetuado sem prévia autorização do funcionário.
Parágrafo único. O pagamento ao consignatário será realizado no decorrer do mês subsequente ao do desconto.

Art. 109. A soma das consignações não poderá exceder a setenta porcento (70%) da retribuição.

CAPÍTULO VII - DO VENCIMENTO, GRATIFICAÇÃO E VANTAGENS


Seção I - Disposições Gerais

Art. 110. Vencimento é a retribuição devida ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo correspondente a padrão fixado em lei
acrescido de aumentos trimestrais.

Art. 111. Além do vencimento poderão ser deferidos ao funcionário as seguintes gratificações:
I - de função;
II - adicionais por tempo de serviço;
III - por regime especial de trabalho:
a) de tempo integral;
b) de dedicação exclusiva.
IV - por serviço ou plantão extraordinário;
V - por serviço noturno;
VI - pelas seguintes atividades especiais:
a) exercício em determinadas zonas ou locais;
b) execução de trabalho com risco de vida ou saúde;
c) operações de veículos automotores complexos;
d) participação em órgão de deliberação coletiva;
e) representação de Chefia de Gabinete e Secretários.
VII - VETADO.

Art. 112. Remuneração é o vencimento acrescido das gratificações nele incorporadas por lei.

Art. 113. Satisfeitos os requisitos legais, poderá o funcionário perceber, ainda, as seguintes vantagens:
I - abono familiar;
II - auxílio para compensar diferença de caixa;
III - diárias.

Art. 114. Será admitida procuração para fim de recebimento de qualquer importância dos cofres municipais, decorrentes do
exercício de função ou cargo, quando o funcionário se encontrar fora da sede ou comprovadamente impossibilitado de locomover-
se.

Art. 115. É proibido, fora dos casos expressamente previstos neste Estatuto, ceder ou gravar vencimento, gratificação ou
vantagem decorrente do exercício de função ou cargo público.

Art. 116. Perderá o vencimento ou remuneração do cargo efetivo, salvo o direito de opção e o de acumulação, o funcionário:
I - nomeado para Cargo em Comissão;
II - quando no exercício do mandato eletivo remunerado municipal, havendo coincidência de horário.
§ 1º Ao funcionário posto à disposição do governo federal, estadual ou de outro município, será lícito optar expressamente pelo
vencimento ou remuneração sem prejuízo de gratificação que venha a ser concedida por qualquer daquelas administrações, bem
como os cedidos a estabelecimento de ensino.
§ 2º Deverá constar na portaria se o funcionário é posto à disposição com ou sem ônus para o Município.

Art. 117. O funcionário que não comparecer ao serviço, salvo motivo legal ou moléstia comprovada, perderá a retribuição do dia
ou, no caso de plantão, a que lhe caberia se não houvesse faltado.
§ 1º O funcionário perderá ainda:
I - um terço (1/3) da retribuição durante o afastamento decorrente de:
a) prisão administrativa ou suspensão preventiva;
b) condenação judicial, por sentença definitiva, a pena que não determine demissão.
II - um sexto (1/6) da retribuição do dia se comparecer ao serviço dentro de hora seguinte à marcada para o início ou se retirar
antes de findo o período de trabalho, salvo os afastamentos do art. 96 e os casos especiais, devidamente autorizados pelo chefe a
que estiver subordinado, em face de justo motivo.
§ 2º Se o funcionário faltar no primeiro e no último dia útil da semana, será descontado o domingo, o mesmo acontecendo com
relação ao feriado se a falta ocorrer em dia contíguo.
§ 3º O funcionário que por doença não estiver em condições de trabalhar, ficará obrigado a fazer pronta comunicação ao chefe
imediato para o necessário exame médico.

Art. 118. As retribuições devidas ao funcionário por semana, por dia e por hora de trabalho são as seguintes:
I - a semanal um cinquenta e dois avos (1/52) da anual;
II - a diária, o quociente entre a semanal e o número de jornadas que lhe cabe realizar por semana;
III - a horária, o quociente entre a semanal e o número de horas a que está sujeito por semana.

Art. 119. As gratificações relativas a regime de tempo integral, dedicação exclusiva, serviço ou plantão extraordinário e serviço
noturno excluem-se mutuamente.

Art. 120. O funcionário afastado pelos motivos previstos no artigo 80, continuará percebendo a gratificação que lhe caiba, salvo
as exceções indicadas neste Estatuto.
Parágrafo único. Quando afastado em virtude das licenças previstas nos incisos I, II, III e VIII do art. 147, o funcionário
perceberá a gratificação se da respectiva condição não for dispensado.

Art. 121. As reposições e indenizações à Fazenda Municipal serão descontadas em parcelas não excedentes à sexta (6ª) parte da
retribuição mensal.
Parágrafo único. Não caberá o desconto parcelado quando o funcionário solicitar exoneração ou abandonar o cargo.

Art. 122. A retribuição devida ao funcionário, não será objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo quando se tratar de:
I - pensão de alimentos;
II - de dívida à Fazenda Pública, decorrente de execução judicial.

Art. 123. A lei estabelecerá os padrões de vencimentos dos cargos, tendo em vista especialmente os deveres e responsabilidades.

Art. 124. Os cargos de provimento efetivo terão aumentos de cinco porcento (5%) sobre o vencimento básico, denominados
avanços, cuja concessão automática se processará por triênio de efetivo exercício.

Art. 125. Para efeito de concessão de avanço, não se considerará interrupção de atividade qualquer dos afastamentos previstos no
art. 80.
Parágrafo único. A concessão de avanços será protelada na razão de:
I - dez (10) dias por falta não justificada;
II - trinta (30) dias por dia de suspensão ou multa.

Art. 126. O funcionário provido em outro cargo, por nomeação, promoção, transferência, readaptação, aproveitamento,
reenquadramento ou correção, manterá os avanços trienais conquistados no cargo anterior.

Art. 127. Ao completar o funcionário trinta e cinco (35) anos de serviço público municipal, ser-lhe-ão concedidos, a pedido, dois
(2) avanços independentemente do disposto nos artigos 124 e 125...(vetado).
Parágrafo único. Para os exclusivos efeitos do disposto neste artigo, o limite máximo de avanços fixados em lei poderá ser
dilatado para até mais dois (2).
Seção III - Das Gratificações
Subseção I - Da Gratificação de Função

Art. 128. A gratificação de função será percebida cumulativamente com o vencimento ou com o provento do funcionário em
disponibilidade.

Art. 129. A gratificação ficará incorporada ao vencimento do funcionário que tiver exercido Função Gratificada durante cinco (5)
anos consecutivos ou dez (10) anos intercalados. VETADA A EMENDA, por INCONSTITUCIONAL.
§ 1º Se o funcionário houver exercido funções de níveis diferentes, ser-lhe-á assegurada a de maior valor, desde que
desempenhada durante o mínimo de dois (2) anos, atribuindo-se-lhe, quando não ocorrer tal hipótese, a gratificação da função
exercida de valor imediatamente inferior.
§ 2º Nada perceberá o funcionário pelo exercício de Função Gratificada de nível igual ou inferior à incorporada, salvo se vier a
desempenhar outra de nível superior, quando terá direito à diferença que passará a integrar o vencimento depois de dois (2) anos
de exercício.
§ 3º O funcionário beneficiado por este artigo não se pode eximir, sem justo motivo, ao desempenho de função que lhe seja
atribuída, desde que compatível com a incorporação.
§ 4º O funcionário efetivo que haja exercido Cargo em Comissão, nas condições deste artigo terá assegurado o respectivo
vencimento, mediante opção.

Art. 130. O valor da gratificação incorporada ao vencimento do funcionário, nos termos do artigo anterior, não poderá ser
absorvido em virtude de aumentos ou alterações posteriores ao plano de pagamento.

Subseção II - Das Gratificações Adicionais

Art. 131. O funcionário estável, ao completar quinze (15) e vinte e cinco (25) anos de serviço público, contados na forma deste
Estatuto, passará a perceber, respectivamente, a gratificação adicional de quinze porcento (15%) ou vinte e cinco porcento (25%)
sobre o vencimento ou remuneração.
Parágrafo único. A gratificação de quinze porcento (15%) cessará uma vez concedida a de vinte e cinco porcento (25%).
Art. 132. Na contagem do tempo de serviço para efeito de concessão das gratificações adicionais, somente será computado o
tempo de serviço estranho ao Município até o máximo de:
1 - três (3) anos para a de quinze porcento (15%);
2 - cinco (5) anos para a de vinte e cinco porcento (25%).
§ 1º Compreende-se também como serviço municipal o prestado em empresa cujo patrimônio tenha sido encampado pelo
Município, desde que o serviço haja passado para este sem solução de continuidade.
§ 2º Compreende-se, também, como serviço municipal sendo um órgão cooperativo do governo municipal, regido por Estatuto
próprio ou prestado à Associação dos Municipários de Bagé, desde que o servidor haja passado ou venha a passar para o
Município sem solução de continuidade.
§ 3º Computar-se-á integralmente o tempo de serviço prestado nas forças armadas e auxiliares do País e em dobro quando em
operações de guerra, desde que a soma destas parcelas com o quinto de serviço a que se refere este artigo não ultrapasse a
totalidade do tempo de serviço municipal.
§ 4º Computar-se-á o total de tempo de serviço prestado à União, ao Estado ou aos municípios deste integrantes, desde que
concedam idêntica vantagem ou a concediam quando do ingresso do funcionário no serviço municipal.

Subseção III - Da Gratificação por Regime Especial

Art. 133. A lei fixará, em termos percentuais, as gratificações devidas aos funcionários convocados para prestar regime de tempo
integral ou de dedicação exclusiva.
Parágrafo único. A gratificação incidirá também sobre o valor da gratificação de função ou do cargo em comissão.

Art. 134. O funcionário que haja cumprido regime de tempo integral, de que trata o inciso I, alínea a) do art. 38, durante dez (10)
anos, consecutivos ou não, terá automaticamente alterado o seu horário semanal de trabalho, passando a subordinar-se ao regime
de convocação, salvo nos casos em que:
I - requer dispensa do regime, a qualquer tempo;
II - for o regime suprimido no serviço público municipal.
§ 1º A alteração do horário de trabalho, ressalvadas as exceções deste artigo, vincula o funcionário ao novo regime,
assegurando-lhe a continuidade da gratificação.
§ 2º Sobre a gratificação assegurada ao funcionário, nos termos do artigo anterior, não incidirão quaisquer outras gratificações.

Subseção IV - Da Gratificação por Serviço ou Plantão Extraordinário

Art. 135. O funcionário, convocado para prestação de serviço ou plantão extraordinário, perceberá correspondente à retribuição
devida pelo trabalho cumprido o valor normal da hora, acrescida:
§ 1º O percentual de 50% (cinquenta porcento), quando o trabalho for executado em dias úteis, além da sua jornada normal de
trabalho.
§ 2º O percentual de 100% (cem porcento), quando o trabalho for executado nos domingos e ou feriados.
§ 3º Nenhum funcionário poderá realizar serviço extraordinário, superior a 30% (trinta porcento) da sua jornada mensal de
trabalho.
§ 4º As horas que porventura ultrapassarem o disposto no parágrafo terceiro, serão compensadas com folgas acordadas com o
responsável pelo Setor a que estiver afeto o funcionário.

Art. 136. É vedado o pagamento de gratificação por serviço ou plantão extraordinário não prestado com o objetivo de remunerar
outros serviços ou encargos.
Parágrafo único. O funcionário que a perceber indevidamente será obrigado a restituí-la quando comprovada a má-fé.

Subseção V - Da Gratificação por Serviço Noturno

Art. 137. Ao funcionário convocado para prestar serviço noturno em regime substitutivo ao diurno e que já não esteja obrigado à
prestação de trabalho nesse horário pelas especializações do respectivo cargo, será atribuída a gratificação de 20% (vinte
porcento) da retribuição diária normal.

Subseção VI - Das Gratificações por Atividades Especiais

Art. 138. Serão estabelecidas em lei as gratificações pelo exercício em determinadas zonas ou locais, pela dificuldade de operação
de veículos automotores complexos e pela execução de trabalho de natureza especial ou com risco de vida ou saúde.

Art. 139. Serão arbitradas pelo Prefeito, quando não previstas em lei ou regulamento, as gratificações relativas a participação em
órgão de deliberação coletiva de caráter permanente e as concedidas a título de representação pelo exercício de função de sua
imediata confiança.
Parágrafo único. A gratificação por trabalho técnico especializado ou científico de utilidade para a administração e que não
constitua atribuição de cargo provido ou de órgão municipal, será também arbitrado pelo Prefeito e paga após a sua conclusão.
Seção IV - Das Vantagens
Subseção I - Do Abono Familiar

Art. 140. Ao funcionário ou aposentado será concedido abono familiar na razão de cinco porcento (5%) do menor vencimento
básico do sistema classificado pelos seguintes dependentes:
I - filhos menores de dezoito (18), anos, desde que solteiros e dependentes dos pais;
II - filhos inválidos de qualquer idade que sejam comprovadamente incapazes de exercer qualquer atividade remunerada;
III - filhos estudantes que freqüentam curso de grau médio, regular ou preparatório e superior em estabelecimento de ensino,
público ou particular, desde que não exerçam atividades remuneradas até a idade de 24 anos, que sejam solteiros e dependentes
dos pais.
§ 1º Por beneficiário inválido o abono será pago pelo triplo.
§ 2º Compreendem-se neste artigo os filhos de qualquer condição, os enteados, os tutelados e os menores que, mediante a
autorização judicial, estejam submetidos à guarda do funcionário.
§ 3º São condições para percepção do abandono:
I - que as pessoas relacionadas neste artigo vivam efetivamente às expensas do funcionário ou aposentado;
II - que a invalidez de que trata o inciso II deste artigo seja comprovada mediante inspeção médica, pelo órgão competente do
Município.
§ 4º No caso de ambos os cônjuges serem funcionários públicos o direito de um não exclui o do outro.
§ 5º Se não viverem em comum, o abono será concedido unicamente ao que tiver os dependentes sob sua guarda e às suas
expensas ou, se ambos os tiverem, a um e outro, de acordo com a respectiva distribuição.
§ 6º Quando os filhos do funcionário ou aposentado estiverem mediante autorização judicial, sob a guarda e manutenção de
outra pessoa, a ela será pago o abono familiar.

Art. 141. Por cargo exercido em acúmulo não será devido abono familiar.

Art. 142. A verificação das condições estabelecidas para a percepção do abono terá por base as declarações do funcionário,
devidamente comprovadas, ficando este disciplinar e criminalmente responsável pelas falsidades porventura constantes de tais
declarações, além de ser obrigado à devolução das quantias ilegalmente recebidas.
§ 1º As declarações e provas referidas neste artigo serão produzidas de acordo com as normas estabelecidas pelo regulamento,
perante o Órgão Central de Pessoal e renovadas anualmente as que, por sua natureza, dependerem de comprovação periódica.
§ 2º Qualquer alteração, relativamente aos dependentes, que resulte em redução do abono familiar, deverá ser comunicada ao
Órgão Central de Pessoal, dentro do prazo de quinze (15) dias da data em que a alteração tenha ocorrido, sob pena de sanções
legais.

Art. 143. A concessão de abono retroagirá até o máximo de seis (6) meses da data da comprovação da dependência.

Art. 144. O abono familiar não sofrerá qualquer redução por motivo de faltas ao serviço ou de cumprimento de pena disciplinar
de suspensão ou multa; não estará sujeito a imposto ou taxa, nem servirá de base para cálculo de qualquer contribuição, ainda que
para fins de previdência social.

Subseção II - Do Auxílio para Diferença de Caixa

Art. 145. Ao funcionário afiançado que tenha por atribuições pagar ou receber em moeda corrente, bem como levar e trazer
continuadamente valores numerários de instituições bancárias ou congêneres, será concedido auxílio, fixado em lei para
compensar diferença de caixa.
Parágrafo único. A percepção de vantagem de que trata este artigo será concedida somente quando o funcionário estiver no
desempenho dessas atribuições.
Subseção III - Das Diárias

Art. 146. Ao funcionário que, designado pelo Prefeito, se deslocar para fora do Município temporariamente, em objeto de serviço
ou estudo de interesse da Administração, será concedido transporte e diária na forma do regulamento.

CAPÍTULO VIII - DAS LICENÇAS


Seção I - Disposições Gerais

Art. 147. O funcionário terá direito à licença:


I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença em pessoa da família;
III - para repouso à gestante e à puérpera;
IV - para concorrer a cargo público eletivo e exercê-lo;
V - para prestação de serviço militar obrigatório;
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para acompanhar cônjuge servidor público;
VIII - em caráter especial, como prêmio.
Parágrafo único. Ao funcionário em comissão só será concedida licença:
I - para tratamento de saúde, desde que haja sido submetido a inspeção médica para ingresso e julgado apto;
II - nos casos dos incisos II e IV.

Art. 148. A concessão de licenças poderá ser delegada a outra autoridade por ato expresso do Prefeito.

Art. 149. A licença dependente de inspeção médica será concedida pelo prazo indicado no respectivo laudo.
Parágrafo único. A licença somente terá início na data do pedido se o funcionário se apresentar para exame nas vinte e quatro
(24) horas subsequentes.

Art. 150. O pedido de prorrogação de qualquer licença deverá ser apresentado, no mínimo, cinco (5) dias antes de sua conclusão.

Art. 151. O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a vinte e quatro (24) meses, salvo nos casos do
inciso IV do art. 147, quando a licença terá a duração do mandato, e no inciso VII do mesmo artigo, quando poderá ser prorrogada
por até igual período e neste caso o funcionário não receberá retribuição.

Art. 152. O funcionário poderá gozar licença onde lhe convier, ficando, porém, obrigado a comunicar previamente o endereço ao
chefe a que estiver imediatamente subordinado.

Seção II - Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 153. A licença para tratamento de saúde será:


I - a pedido do funcionário;
II - ex-officio.
§ 1º Num e noutro caso é indispensável a inspeção médica pelo órgão competente do Município.
§ 2º Sempre que a inspeção se realizar na sede do órgão médico, o funcionário deverá aguardar o resultado em serviço, salvo
nos casos de licença em prorrogação ou de moléstia que determine a interrupção imediata do exercício, a critério da autoridade
médica.
§ 3º O funcionário que se recusar a submeter-se à inspeção médica, será suspenso até que ela se efetue.
§ 4º No caso de licença negada, as faltas correrão à exclusiva responsabilidade do funcionário, salvo durante os dias em que o
órgão de biometria atestar tenha a ele estado à disposição de junta médica.

Art. 154. A inspeção de saúde será efetuada:


I - por um médico do Órgão de Biometria nos casos de licença até trinta (30) dias e à funcionária gestante;
II - por uma junta médica, constituída de três (3) membros designados pelo Chefe do Órgão de Biometria nos demais casos.

Art. 155. O funcionário em licença para tratamento de saúde deverá, no mínimo cinco (5) dias antes de sua conclusão, submeter-
se à nova inspeção, a ser realizada por outro perito.
Parágrafo único. No caso de licença até quinze (15) dias, poderá o laudo médico determinar que, uma vez concluído o período,
retorne o funcionário ao serviço, dispensada a reinspeção.

Art. 156. Nas licenças prolongadas, antes de se completarem trezentos e sessenta (360) dias, deverá o Órgão de Biometria médica
pronunciar-se sobre a natureza da doença indicando se o caso é de:
I - concessão de nova licença;
II - retorno ao serviço com ou sem limitação de tarefas;
III - readaptação.

Art. 157. Quando o funcionário se encontrar fora do Município, estando legalmente afastado do exercício do cargo, poder-se-lhe-
á conceder licença mediante laudo de outro serviço médico oficial, até trinta (30) dias.
§ 1º Será, excepcionalmente, admitido atestado passado por médico particular, com firma reconhecida, quando for comprovada
pelo funcionário a inexistência de serviço médico oficial na localidade.
§ 2º No caso a que se refere o parágrafo anterior, o atestado só produzirá efeito depois de homologado pelo Órgão Central de
Pessoal, com audiência do órgão médico competente.
§ 3º Caso não seja homologado o atestado, o funcionário será obrigado a reassumir imediatamente o exercício do cargo, sendo
computados como faltas os dias de ausência.

Art. 158. Em gozo de licença para tratamento de saúde, o funcionário deverá abster-se de atividade remunerada ou não
compatível com o seu estado, sob pena de interrupção imediata da licença.

Art. 159. O funcionário licenciado para tratamento de saúde, é obrigado a reassumir o exercício do cargo, se for considerado apto
em inspeção médica.

Art. 160. Será integral o vencimento ou remuneração do funcionário licenciado para tratamento de saúde, acidentado em serviço,
vítima de agressão não provocada, no exercício de suas atribuições ou atacado de moléstia profissional.
§ 1º Acidente é o evento danoso que tenha por causa imediata ou mediata o exercício das atribuições do funcionário.
§ 2º No caso de acidente em serviço ou agressão não provocada, no exercício das atribuições, é indispensável, para concessão de
licenças e tratamento do funcionário pelo órgão competente, a respectiva comprovação, que será feita no prazo de oito (8) dias
mediante processo regular realizado "ex-officio", que incluirá a reconstituição detalhada da ocorrência.
§ 3º Entende-se por moléstia profissional a que for atribuída como relação de causa e efeito, as condições inerentes ao serviço
ou a fatos nele ocorridos devendo o laudo médico estabecer-lhe a rigorosa caracterização.

Art. 161. As moléstias passíveis de tratamento ambulatorial, compatíveis com o exercício do cargo, não darão motivo a licença.

Seção III - Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 162. O funcionário poderá obter licença por motivo de doença na pessoa de ascendente, descendente e colateral consagüíneo
ou afim, até o segundo grau civil, e do cônjuge do qual não esteja legalmente separado, desde que prove ser indispensável a sua
assistência e esta não possa ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 1º A comprovação das condições prevista neste artigo, como preliminar para concessão da licença, far-se-á mediante o
preenchimento do formulário próprio, visado pela autoridade a que o funcionário estiver imediatamente subordinado, a qual
expressará sua concordância ou não com as declarações nele constantes.
§ 2º Provar-se-á a doença mediante inspeção de saúde procedida pelo órgão de biometria médica ao qual se encaminhará o
formulário referido no parágrafo anterior.
§ 3º O encaminhamento previsto no parágrafo anterior será feito mesmo que a autoridade a quem cabe visar o formulário
declare por escrito discordar, total ou parcialmente, dos elementos nele contidos, cabendo neste caso ao órgão competente realizar
investigação social.
§ 4º A licença de que trata este artigo será concedida por um prazo de trinta (30) dias com remuneração integral, podendo ser
renovada até noventa (90) dias a critério do chefe de biometria médica.

Seção IV - Da Licença para Repouso à Gestante e à Puérpera

Art. 163. À servidora gestante será concedida, no período perinatal, mediante inspeção médica, licença-maternidade de 180 (cento
e oitenta) dias com remuneração.
§ 1º Os casos patológicos, verificados antes ou depois do parto e deste decorrentes, serão considerados objeto de licença para
tratamento de saúde.
§ 2º A funcionária gestante quando em serviço de natureza braçal, terá direito a ser colocada em função compatível com seu
estado, a contar do quinto mês de gestação.
§ 3º Durante o período da licença-maternidade, a Servidora Municipal terá direito à sua remuneração integral, nos mesmos
moldes devidos no período de percepção do salário-maternidade pago pelo regime geral de Previdência Social.
§ 4º Fica vedado à servidora, no período da licença-maternidade, exercer qualquer atividade remunerada e, a criança não poderá
ser mantida em creche ou organização similar nesse período, sob pena de perder o direito à licença, bem como, a respectiva
remuneração.
§ 5º Será concedido auxílio-maternidade, em parcela única, à servidora quando do nascimento de filho, em quantidade
equivalente a 50% (cinquenta porcento) do seu vencimento básico.
§ 6º Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor terá direito à licença-paternidade de 15 (quinze) dias consecutivos.
§ 7º As servidoras e os servidores que, quando da sanção desta Lei Complementar, estiverem gozando das licenças e benefícios
previstos nesta Lei, serão automaticamente contemplados pela extensão de suas respectivas licenças.

Art. 163-A. A servidora, que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido o salário-maternidade na
seguinte proporção:
I - 180 (cento e oitenta) dias, se a criança tiver até 01 (um) ano de idade;
II - 60 (sessenta) dias, se a criança tiver acima de 01 (um) até 04 (quatro) anos de idade; e
III - 15 (quinze) dias, se a criança tiver acima de 04 (quatro) até 08 (oito) anos de idade.

Seção V - Da Licença para Concorrer a Cargo Público e Exercê-lo

Art. 164. O funcionário que concorrer a cargo público eletivo, será licenciado, pelo período determinado pela legislação
específica.
§ 1º Para entrar em licença deverá o funcionário fazer prova junto ao Órgão Central de Pessoal de estar registrado na Justiça
Eleitoral.
§ 2º Feita a prova de que trata o parágrafo anterior, será o funcionário licenciado:
I - com o vencimento do cargo de que for titular efetivo, ou a remuneração mesmo no caso em que esteja exercendo outro em
comissão ou Função Gratificada;
II - sem vencimento, quando for unicamente titular de cargo de provimento em comissão.

Art. 165. Eleito, o funcionário será licenciado a partir da posse desde que haja coincidência de horário entre o trabalho e o
exercício de vereança, caso não haja, o funcionário ficará normalmente exercendo o seu cargo como funcionário e mais a
vereança.
Parágrafo único. Eleito Vereador do Município poderá o funcionário efetivo antes de entrar no exercício do mandato optar pelo
vencimento ou remuneração ou pelo subsídio fixo, da vereança, nos casos de haver incompatibilidade de horário, e quando não
houver incompatibilidade o funcionário ficará exercendo seu cargo e mais a vereança, sem necessidade de optar e com direito a
receber como funcionário e como Vereador.
Seção VI - Da Licença para Prestação do Serviço Militar Obrigatório

Art. 166. Será concedida licença, sem vencimentos, nos termos da lei federal, ao funcionário que for convocado para prestar
serviço militar ou desempenhar outros encargos atinentes à segurança nacional.
Parágrafo único. A licença será concedida à vista de documento oficial que prove a incorporação obrigatória ou a matrícula em
curso de formação da reserva.

Art. 167. O funcionário desincorporado reassumirá, dentro de trinta (30) dias o exercício do cargo, sob pena de demissão.

Art. 168. Ao funcionário oficial da reserva das forças armadas será também concedida licença, sem vencimentos, nos termos do
art. 166 e seu § único, durante os estágios previstos pelos regulamentos militares.

Seção VII - Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 169. Somente depois de dois (2) anos de Exercício poderá o funcionário obter licença, sem vencimentos, para tratar de
interesses particulares.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se igualmente ao funcionário que tenha sido beneficiado com bolsa de estudo, de interesse
próprio.
§ 2º A licença poderá ser negada quando o afastamento for incoveniente ao interesse do serviço ou acarretar a designação de
substituto.
§ 3º O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença, sob pena de demissão se o período de afastamento
ultrapassar trinta (30) dias consecutivos.

Art. 170. O funcionário poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício do cargo, desistindo do restante da licença.

Art. 171. Não será concedida nova licença antes de decorridos dois (2) anos do término ou desistência da anterior.

Seção VIII - Da Licença à Funcionária Casada com Servidor Público

Art. 172. A funcionária casada com servidor público civil ou militar ou de entidade de Administração Indireta, terá direito à
licença, sem vencimento, quando o marido for mandado servir fora do Município de Bagé.
Parágrafo único. A licença somente será concedida mediante pedido devidamente instruído e vigorará pelo tempo que durar a
comissão ou a nova função do marido, até o máximo estabelecido no art. 151.

Seção IX - Da Licença-Prêmio

Art. 173. Por quinquênio de ininterrupto exercício, conceder-se-á automaticamente ao funcionário público municipal licença de
três (3) meses (vetado).

Art. 174. A pedido do funcionário a licença-prêmio poderá, no todo ou em parte, ser:


I - gozada;
II - contada em dobro, para efeitos de disponibilidade, aposentadoria e gratificações adicionais;
III - convertida em dinheiro, quando de interesse mútuo.
§ 1º No fracionamento do trimestre, as parcelas nunca serão inferiores a um (01) mês a serem gozadas, salvo no caso de
prorrogação, decorrente a um (01) bimestre no mínimo entre uma e outra, de acordo com a escola anual a ser aprovada pelo titular
da repartição e atendida a conveniência do serviço.
§ 2º Terá preferência para entrar em gozo de licença-prêmio o funcionário que a requerer por moléstia positivada pelo órgão de
biometria médica.
§ 3º Iniciado o gozo de Licença-Prêmio, total ou parcial, não poderá ela ser interrompida sob pretexto algum, salvo por interesse
da Administração.
§ 4º (Este artigo foi vetado pelo art. 2º da Lei Municipal nº 2.794, de 23.12.1991).

Art. 175. Manifestada por escrito, a opção do funcionário relativamente ao modo de fluir a vantagem de que trata esta Seção, terá
ela caráter irreversível.

Art. 176. Não terá direito à licença-prêmio o funcionário que, num quinquênio tiver:
I - sofrido pena de suspensão superior a trinta (30) dias;
II - faltado ao serviço sem justificativa legal por mais de quinze (15) dias;
III - gozado licença-prêmio:
a) por prazo superior a noventa (90) dias, consecutivos ou não, em razão de doença em pessoa da família ou para acompanhar
cônjuge servidor civil ou militar;
b) por prazo superior a cento e oitenta (180) dias, consecutivos ou não, para tratamento de saúde, exceto as decorrentes de
acidente em serviço, agressão não provocada ou moléstia profissional;
c) para tratar de interesses particulares.
§ 1º Para os efeitos de não concessão de licença-prêmio as licenças a que alude o inciso II deste artigo não se adicionam.
§ 2º O quinquênio a considerar não poderá ter início em período de licença ou suspensão.
§ 3º Na hipótese do inciso II deste art. o início do novo quinquênio dar-se-á a contar do dia imediato à última falta.

CAPÍTULO IX - DA APOSENTADORIA
Seção I - Disposições Preliminares

Art. 177. O funcionário será aposentado por:


I - invalidez;
II - limite de idade;
III - tempo de serviço.

Art. 178. O funcionário em estágio probatório só tem direito a aposentadoria quando invalidado por acidente em serviço, agressão
não provocada, no exercício das suas atribuições ou moléstia profissional.
Parágrafo único. A disposição deste artigo aplica-se também ao funcionário em comissão.

Art. 179. O limite de idade e o tempo de serviços necessários para a aposentadoria serão reduzidos, na forma da lei federal,
quando o funcionário houver prestado serviço de natureza especial.

Seção II - Da Aposentadoria por Invalidez

Art. 180. O funcionário será aposentado por invalidez, quando verificada por junta especial de três médicos, designados pelo
Prefeito, sua incapacidade para o serviço público em geral.
§ 1º A aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença para tratamento de saúde e somente concedida após
verificar-se a impossibilidade de readaptação do funcionário.
§ 2º O laudo da junta médica deverá declarar a natureza e a sede da doença ou lesão, fazendo menção expressa quando possível
de enquadramento nas alíneas a) ou b) do inciso I do art. 185.
§ 3º Salvo no caso em que a junta médica julgar o funcionário definitivamente incapaz para o serviço público, o laudo médico
sempre indicará o prazo no fim do qual deverá o aposentado ser reinspecionado para fins de possível reversão.
§ 4º A aposentadoria concedida nos termos deste artigo não exclui a realização de inspeção de saúde a pedido ou Ex-Officio
para fins de reversão, sempre que ocorra a presunção de que não mais subsiste o estado de saúde que a determinou.

Art. 181. Enquanto não se formalizar a aposentadoria, o funcionário permanecerá em licença para tratamento de saúde.

Seção III - Da Aposentadoria por Limite de Idade

Art. 182. Ao atingir a idade preconizada por Lei Federal, será o funcionário automática e compulsoriamente aposentado.
Parágrafo único. O retardamento do ato que declarar a aposentadoria não impedirá que o funcionário se afaste do exercício do
cargo no dia imediato àquele em que atingir a idade limite.

Seção IV - Da Aposentadoria por Tempo de Serviço

Art. 183. O funcionário será aposentado, a pedido, quando contar trinta e cinco (35) anos de serviço público, trinta (30) se do sexo
feminino, vinte e cinco (25) se professora e trinta (30) se professor.

CAPÍTULO X - DO PROVENTO

Art. 184. Provento é a retribuição assegurada ao funcionário em disponibilidade ou aposentado.

Art. 185. O provento será:


I - integral quando o funcionário:
a) for invalidado em consequência de acidente em serviço, agressão não provocada, no exercício de suas atribuições ou
moléstia profissional;
b) for acometido de tuberculose ativa, neoplasia maligna, pênfigo foliáceo, cegueira, lepra, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, estados avançados de Paget (osteíte deformante), doença de Parkinson espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, alienação mental especificada como psicose, neuropatias, pneumopatias, doenças traumo-
ortopédicas, vasculopatias, gastroenteropatias, síndrome de imunodeficiências, diabete e hanseníase, desde que nas suas formas
graves, contagiosas ou incuráveis e incapacitantes para o exercício da função pública e outras moléstias que a lei venha a indicar,
com base em conclusões da medicina especializada;
c) contar trinta e cinco (35) anos de serviço público se do sexo masculino, trinta (30) anos se do feminino, 25 se professora e
30 se professor.
II - proporcional na razão de um trinta e cinco avos (1/35) ou um trinta avos (1/30) por ano de serviço público, conforme se
tratar do sexo masculino ou feminino, um vinte e cinco avos (1/25) se professora e um trinta avos (1/30) se professor, se o tempo
for inferior ao exigido para provento integral, nos casos de:
a) invalidez não enquadrada nas alíneas a) e b) do inciso anterior;
b) limite de idade.

Art. 186. Será excepcionalmente concedida a aposentadoria com provento integral, qualquer que seja o tempo de serviço, ao
funcionário que se invalidar pela prática de ato humanitário ou de devoção à causa pública, devidamente comprovado e ouvido o
órgão colegiado competente.

Art. 187. Com prevalência do que conferir maior benefício ao funcionário, o provento de aposentadoria não será inferior:
I - ao salário-mínimo vigente no Município;
II - ao terço do vencimento de remuneração.

Art. 188. (vetado), quanto à emenda.


O funcionário efetivo, por ocasião da aposentadoria, será considerado estabilizado no cargo em comissão em que estiver
regularmente provido, ou terá o valor da Função Gratificada ainda não encorporada, em cujo desempenho se encontrar incluído no
cálculo do provento, juntamente com o vencimento do cargo efetivo, desde que o exercício em postos de confiança, embora de
níveis diferentes, abranja, sem interrupção, no mínimo de dois (2) anos anteriores.

Art. 189. A gratificação por regime de tempo integral ou de dedicação exclusiva, serviço noturno ou execução de trabalho com
risco de vida e saúde será encorporada ao provento do funcionário que a tenha percebido durante cinco (5) anos consecutivos ou
dez (10) anos intercalados e desde que, por ocasião da aposentadoria, se encontre no seu exercício.
Parágrafo único. Quando o funcionário tiver percebido em período diverso as gratificações por regime de tempo integral e
dedicação exclusiva sem que faça jus à incorporação desta, ser-lhe-á assegurado o cômputo do período para os efeitos de inclusão
no provento da gratificação por regime integral,(vetado).

Art. 190. Sempre que forem aumentados, por qualquer causa, os vencimentos dos funcionários em atividade, deverá ser feita
automaticamente a revisão dos proventos de inatividade, na mesma base do que for atribuído aos ativos, respeitada a
proporcionalidade do tempo de serviço.

CAPÍTULO XI - DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 191. É assegurado ao funcionário o direito de requerer, pedir reconsideração e recorrer, bem como a representar.
Parágrafo único. As petições, salvo determinações expressas em lei ou regulamento, serão sempre dirigidas ao Prefeito e terão
despacho final no prazo de quarenta (40) dias. As petições deverão ser sempre protocoladas, devendo constar o nome e a
qualificação, os fundamentos de fato e de direito e o pedido de nova decisão.

Art. 192. O pedido de reconsideração deverá ter novos argumentos ou provas susceptíveis de reformular o despacho, a decisão ou
o ato.
Parágrafo único. O pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, será submetido à autoridade que houver prolatado
o despacho, proverido a decisão ou praticado o ato. Quando a defesa ou o pedido tiver mais de um fundamento, deverá a
autoridade examinar todos.

Art. 193. Caberá recurso ao Prefeito, sendo indelegável sua decisão, quando o pedido de reconsideração houver sido despachado
por autoridade diversa ou não decidido no prazo legal.
§ 1º Terá caráter de recurso o pedido de reconsideração quando o autor do despacho, decisão ou ato houver sido o Prefeito.
§ 2º A decisão sobre qualquer recurso será proferida depois de haver o órgão colegiado competente emitido parecer sobre a
matéria, tanto de Direito, quanto de mérito.

Art. 194. O pedido de reconsideração e o recurso, os quais não tem efeito suspensivo, se produzidos darão lugar às retificações
necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato impugnado.

Art. 195. O direito de reclamação administrativa prescreve em um ano a contar do ato ou fato do qual se originar.
§ 1º O prazo de prescrição principia a correr da data da publicação do ato impugnado ou quando este for de natureza reservada,
da data em que dele tiver ciência o interessado.
§ 2º Os pedidos de reconsideração e o recurso quando cabíveis e apresentados dentro do prazo de que trata este artigo,
interrompem a prescrição.

Art. 196. A representação será dirigida ao chefe imediato do funcionário ao qual cabe, se a solução não for de sua alçada,
encaminhá-la a quem de direito.
Parágrafo único. Se não for dado andamento à representação, dentro do prazo de cinco (5) dias, poderá o funcionário dirigí-la
direta e sucessivamente à autoridade superior.

Art. 197. As representações são isentas de pagamento de Taxa de Expediente.

Art. 198. Terá direito de vista do processo o funcionário ou seu representante legal, que deverá responder, devolvendo os autos
com o parecer.
TÍTULO IV - DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I - DA ACUMULAÇÃO
Art. 199. É vedada a acumulação remunerada, compreendendo-se a de quaisquer cargos, funções ou empregos do Município, ou
deste com os de outras entidades de Administração Direta ou Indireta, federal, estatal ou municipal.

Art. 200. Excetua-se da proibição do artigo anterior a acumulação de:


I - dois cargos de magistério;
II - um cargo de magistério com outro técnico e científico;
III - um cargo de magistério com o de juiz;
IV - dois cargos privativos de médico;
V - outros cargos na forma porque a lei federal estabelecer.
§ 1º Em qualquer dos casos, a acumulação somente é permitida quando haja correlação de matérias ou compatibilidade de
horários.
§ 2º Quando o provimento em cargo público municipal resultar em acumulação permitida, na forma deste artigo, deverá constar
essa circunstância do ato respectivo.

Art. 201. O funcionário ocupante de cargo de provimento efetivo ou em disponibilidade, quando nomeado para cargo em
comissão, poderá optar entre seu vencimento ou remuneração e o cargo em comissão.

Art. 202. A proibição de acumular não se aplica aos aposentados quanto:


I - ao exercício de mandato eletivo;
II - ao exercício de um cargo em comissão;
III - a contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados;
IV - à participação de órgão de deliberação coletiva, na forma da lei.

Art. 203. Não se compreende na proibição de acumular a percepção de:


I - pensões com vencimento, remuneração ou provento;
II - gratificações e vantagens das previstas neste Estatuto com vencimento, remuneração ou provento.

Art. 204. Constatada, em inquérito administrativo, a acumulação proibida e provada a boa fé, o funcionário deverá optar por um
dos cargos.
Parágrafo único. Provada a má fé:
I - perderá ambos os cargos, se a acumulação se verificar na esfera municipal;
II - será demitido do cargo municipal, comunicando-se o fato à outra entidade governamental na qual detenha cargo ou
função;
III - restituirá o que houver percebido indevidamente.

CAPÍTULO II - DOS DEVERES

Art. 205. São deveres do funcionário:


I - manter assiduidade;
II - ser pontual;
III - usar de descrição;
IV - tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferências pessoais;
V - desempenhar, pessoalmente, com zelo e presteza os encargos que lhe competirem e os trabalhos de que forem incumbidos
dentro de suas atribuições;
VI - ser leal às instituições constitucionais e administrativas a que servir;
VII - observar as normas legais e regulamentares;
VIII - representar ou comunicar a seu chefe imediato irregularidades de que tiver conhecimento no órgão em que servir;
IX - respeitar e acatar seus superiores hierárquicos e obedecer as sua ordens, exceto quando manisfestamente ilegais;
X - freqüentar cursos legalmente instituídos, para seu aperfeiçoamento e especialização;
XI - providenciar para que esteja sempre em dia no assentamento individual a sua declaração de família;
XII - manter espírito de cooperação e solidariedade com os companheiros de trabalho;
XIII - manter coleção atualizada de leis, regulamentos e demais normas necessárias ao desempenho de suas atribuições;
XIV - zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
XV - apresentar-se ao serviço convenientemente trajado ou uniformizado quando for o caso;
XVI - sugerir providências tendentes ao aperfeiçoamento do serviço;
XVII - atender preferencial e prontamente:
a) requisições destinadas à defesa da Fazenda Municipal;
b) pedidos de certidões para fins de direito;
c) pedidos de informações da Câmara Municipal;
d) diligências solicitadas por Comissão de Inquérito;
e) deprecados judiciais.
Parágrafo único. Será considerado como co-autor o superior e hierárquico que, recebendo denúncia ou representação a respeito
de irregularidades no serviço ou de faltas cometidas por funcionário seu subordinado, deixar de tomar as providências necessárias
à sua apuração.
CAPÍTULO III - DAS PROIBIÇÕES
Art. 206. Ao funcionário é proibido:
I - referir-se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos da Administração Pública
Municipal, podendo porém, em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço;
II - retirar, modificar ou substituir, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existente na
repartição;
III - entreter-se durante as horas de trabalho em palestras, leituras ou outras atividades estranhas ao serviço;
IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificável;
V - retirar-se do recinto de trabalho durante as horas de expediente, sem prévia licença do seu superior imediato;
VI - ingerir bebidas alcóolicas durante o horário de trabalho ou apresentar-se alcoolizado ao serviço;
VII - atender a pessoas na repartição, para tratar assuntos particulares;
VIII - promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição ou se tornar solidário com elas;
IX - incitar greves, a elas aderir ou participar de atos de sabotagem contra o serviço público;
X - entregar-se a atividaes político-partidárias nas horas e locais de trabalho;
XI - desviar ou empregar quaisquer bens do Município em atividades particulares, políticas, sociais e religiosas;
XII - exercer atribuições diferentes das definidas em lei ou regulamento como própria do cargo ou função em que esteja
legalmente investido;
XIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal, em detrimento da dignidade ou função pública;
XIV - fazer contratos de natureza comercial ou industrial com a Administração Municipal, por si ou por representante de
outrem;
XV - exercer comércio ou participar de sociedades comerciais, exceto como acionista, cotista ou comanditário;
XVI - exercer função de direção ou gerência de empresa industrial ou comercial de que participe ou não o Município, salvo
quando se tratar de função de confiança deste, caso em que o funcionário será considerado como exercendo cargo em comissão;
XVII - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresa, estabelecimento ou instituição, que tenha
relações industriais ou comerciais com o Município, em matéria que se relacione com a finalidade da repartição em que esteja
lotado;
XVIII - praticar a usura;
XIX - aceitar representação de Estado estrangeiro;
XX - coagir ou aliciar subordinados com objetivos político-partidários;
XXI - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer órgão municipal, exceto quando se tratar de
parente até o segundo grau;
XXII - receber propinas, comissões, presentes e vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XXIII - valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividades estranhas às funções ou para lograr direta ou
indiretamente qualquer proveito;
XXIV - cometer a pessoas estranhas à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos que competir a si
ou a seus subordinados.
Parágrafo único. Não está compreendido na proibição dos itens XV e XVI deste artigo a participação de funcionário na direção
ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.

CAPÍTULO IV - DA RESPONSABILIDADE

Art. 207. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente.

Art. 208. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe em prejuízo da Fazenda Municipal ou
de terceiros.
§ 1º O ressarcimento do prejuízo causado à Fazenda Municipal, no que exceder aos limites da caução e na falta de outros bens
que respondam pela indenização, será liquidado mediante desconto em prestações mensais não excedentes à décima parte do
vencimento ou remuneração.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Municipal através de composição
amigável ou em ação refressiva.
§ 3º Não sendo possível a composição amigável, o titular do órgão jurídico do Município designará um Procurador para ajuizar
a ação regressiva no prazo de sessenta (60) dias da data em que transitar em julgado a condenação imposta.
§ 4º A não observância, por ação, ou omissão, do disposto no § anterior, apurada em processo regular, constitui falta de exação
no cumprimento do dever.

Art. 209. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao funcionário nessa qualidade.

Art. 210. A responsabilidade administrativa resulta de atos ou omissões praticadas no desempenho do cargo ou função.

Art. 211. As cominações civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem como
as instâncias civil, penal e administrativa.

CAPÍTULO V - DAS PENAS E SUA APLICAÇÃO

Art. 212. São penas disciplinares:


I - repreensão;
II - suspensão ou multa;
III - destituição da Função Gratificada;
IV - demissão;
V - cassação de disponibilidade.
§ 1º Na aplicação de penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos dela resultantes para
o serviço público.
§ 2º À primeira infração, de acordo com a sua natureza e gravidade, poderá ser aplicada qualquer das penas indicadas neste
artigo.
§ 3º No caso de pequena falta que for por sua natureza e reduzida a gravidade não demande a aplicação das penas previstas neste
artigo, será o funcionário advertido particular e verbalmente.

Art. 213. A repreensão será aplicada por escrito:


I - na falta de cumprimento do dever funcional;
II - na reinteração de ato pelo qual o funcionário haja sido advertido;
III - quando ocorrer procedimento público incoveniente.

Art. 214. A suspensão, que não poderá exceder a noventa (90) dias consecutivos, perdendo o funcionário todas as vantagens e
direitos decorrentes do exercício do cargo, aplicar-se-á:
I - quando a falta for intencional e se revestir de gravidade;
II - na violação das proibições consignadas neste Estatuto;
III - nos casos de reincidência em falta já punida com repreensão;
IV - como gradação de penalidade mais grave, tendo em vista circunstância atenuante.
§ 1º Também será punido com pena de suspensão o funcionário que:
I - atestar falsamente a prestação de serviço ou plantão extraordinário, bem como propor, permitir ou receber gratificação a
essse título por trabalho não realizado;
II - recusar-se, sem justo motivo, à prestação de serviço ou plantão extraordinário;
III - for o responsável pelo retardamento de processo sumário;
IV - deixar de atender a convocação de Comissão de Inquérito para prestar depoimento.
§ 2º A pena de suspensão não será aplicada enquanto o funcionário estiver em licença por qualquer dos motivos constantes do
art. 147.
§ 3º Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de vinte e cinco
porcento (25%) por dia de retribuição.
§ 4º Os efeitos de conversão da pena de suspensão em multa não serão alterados mesmo que ao funcionário seja assegurado
afastamento legal remunerado durante o período.
§ 5º A pena de multa nenhum prejuízo acarreta na contagem de tempo de serviço, a não ser para efeito da concessão de avanço e
licença-prêmio.

Art. 215. A destituição da Função Gratificada dar-se-á:


I - quando se verificar falta de exação no seu desempenho;
II - quando for constatado que, por negligência ou benevolência, o funcionário contribuiu para que se não apurasse, no devido
tempo, a falta de outrem.
Parágrafo único. Ao detentor de cargo em comissão enquadrado nas disposições deste artigo caberá a pena de demissão sem
perda do cargo efetivo de que seja titular.

Art. 216. Será aplicada a pena de demissão nos casos de:


I - indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas;
II - ofensa física contra funcionário ou particular, produzida em serviço, salvo em legítima defesa;
III - abandono do cargo, caracterizado pelo não comparecimento do funcionário por mais de trinta (30) dias consecutivos, sem
autorização legal;
IV - ausências excessivas ao serviço sem motivo legal, em número superior a sessenta (60) dias interpolados durante um ano;
V - transcressão de qualquer das disposições cosntantes dos incisos XVIII a XXIV do art. 206, considerada sua gravidade, efeito
ou reincidência;
VI - falta de exação no desempenho das atribuições, de tal gravidade que resulte em dano pessoal ou material de monta;
VII - incontinência pública e escandalosa e vícios de jogos proibidos;
VIII - perda do cargo em razão do disposto no art. 68 do Código Penal ou por expressa decisão transitada em julgado;
IX - acumulação proibida na forma do § único do art. 204;
X - aplicação indevida de dinheiro público;
XI - reincidência na transcressão prevista no inc. I § 1º do art. 214;
XII - lesão dos cofres públicos ou dilapidação do Patrimônio Municipal;
XIII - revelação de fato ou informação de natureza sigilosa, que o funcionário conheça em razão do cargo ou função;
XIV - corrupção passiva nos termos da Lei Penal;
XV - prática de outros crimes contra a Administração Pública.

Art. 217. Atendendo à gravidade da falta, a demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem do serviço público", a qual constará
sempre do ato de demissão fundada nos incisos XI e XIV do artigo anterior, e no seu inciso XV quando a pena cominada na Lei
Penal for a de reclusão.
Art. 218. Aplicar-se-á a pena de cassação de disponibilidade quando ficar provado em processo que o funcionário disponível:
I - praticou, quando em atividade, qualquer dos atos para os quais é cominada neste Estatuto a pena de demissão;
II - aceitou cargo ou função pública contra disposição expressa em lei;
III - aceitou representação de Estado estrangeiro, sem autorização legal;
IV - foi condenado por crime que importaria em demissão se estivesse em atividade;
V - firmou contrato de natureza comercial ou industrial com a Administração Municipal por si ou como representante de
outrem;
VI - exerce advocacia administrativa;
VII - pratica a usura;
VIII - incorreu na hipótese do § 2º do art. 70.

Art. 219. O ato que demitir o funcionário mencionará sempre a disposição legal em que se fudamentou.

Art. 220. Uma vez submetido a inquérito administrativo, o funcionário só poderá ser exonerado, a pedido, depois da conclusão do
processo e de reconhecida a sua inocência.
Parágrafo único. Excetua-se do disposto neste artigo o funcionário estável processado por abandono de cargo ou ausências
excessivas ao serviço.

Art. 221. A aplicação de penalidades prescreverá em:


I - um (1) ano, a de repreensão;
II - dois (2) anos, a de suspensão ou multa;
III - três (3) anos, as de destituição de função e demissão por abandono de cargo ou faltas excessivas ao serviço;
IV - quatro (4) anos, as de disponibilidade e demissão nos demais casos.
§ 1º O prazo de prescrição contar-se-á da data do conhecimento do ato ou fato por superior hierárquico.
§ 2º No caso de inquérito administrativo, a prescrição interrompe-se na data da instauração.
§ 3º O prazo de prescrição será suspenso quando ocorrer a hipótese do § 2º do art. 214.
§ 4º Se a infração disciplinar for também prevista como crime na Lei Penal, por esta regular-se-á a prescrição sempre que os
prazos forem superiores aos estabelecidos neste artigo.

Art. 222. Para aplicação de penas disciplinares são competentes:


I - o Prefeito em qualquer caso, por período de até quinze (15) dias;
II - os Secretários Municipais e os titulares de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito, até a suspensão ou multa limitada
ao máximo de quinze (15) dias;
III - os Diretores Gerais de Secretaria, até a de suspensão por dez (10) dias;
IV - os Superintendentes e Diretores de Divisão até a de suspensão por cinco (5) dias;
V - as demais chefias no caso de repreensão;
VI - mais de quinze (15) dias será mediante uma Comissão de Inquérito composta por três (3) ou cinco (5) membros, nomeados
pelo Prefeito, com a finalidade de promover à averiguação do fato ocorrido.

Art. 223. Toda pena, das previstas no art. 212, que for emposta ao funcionário deverá constar de seu assentamento individual,
bem como o resultado, em qualquer hipótese, de inquérito administrativo em que for indiciado.
Parágrafo único. Para os efeitos do disposto neste artigo, todo o chefe de órgão que aplicar qualquer penalidade deverá,
imediatamente, encaminhar comunicação sobre o fato ao Órgão Central de Pessoal.

CAPÍTULO VI - DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 224. Cabe ao Prefeito ordenar, fundamentalmente, a prisão administrativa do responsável por dinheiro, valores e outros bens
pertencentes à Fazenda Municipal ou que se acharem sob a guarda desta, no caso de alcance ou omissão em prestar contas nos
devidos prazos.
§ 1º O Prefeito ao ordenar a prisão, comunicará imediatamente o fato à autoridade judiciária competente e providenciará no
sentido de ser realizado com urgência processo de tomada de contas.
§ 2º A prisão administrativa não excederá a noventa (90) dias.

Art. 225. O funcionário poderá ser suspenso preventivamente até noventa (90) dias desde que seu afastamento seja necessário
para que não venha ele a influir na apuração da falta imputada.
Parágrafo único. Os efeitos da suspensão preventiva cessarão uma vez decorrido o respectivo prazo, ou antes se ultimada a
instrução do inquérito, salvo nos casos de alcance ou malversação de dinheiro público, quando se prolongarão até a decisão final
do processo.

Art. 226. São competentes para ordenar a suspensão preventiva:


I - o Prefeito em qualquer caso, inclusive nas prorrogações até o limite fixado no artigo anterior;
II - os Secretários Municipais e os titulares de órgãos subordinados diretamente ao Prefeito até o máximo de trinta (30) dias.

Art. 227. O funcionário terá direito à diferença de retribuição e à contagem:


I - tempo de serviço relativo ao período em que tenha estado preso ou suspenso, quando no processo não houver resultado pena
disciplinar ou esta se limitar à de repreensão;
II - período de afastamento que exceder do prazo da suspensão disciplinar aplicada.

TÍTULO V - DO PROCESSO DISCIPLINAR


CAPÍTULO I - DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES

Art. 228. A autoridade que tiver ciência ou notícia de ocorrência de irregularidade no serviço municipal ou de falta funcional é
obrigada a promover de imediato a sua apuração, sob pena de se tornar co-responsável.

Art. 229. As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas por meio de:
I - sindicância quando:
a) a ciência ou notícia não for suficiente para sua determinação ou para apontar o funcionário faltoso;
b) sendo determinado o indiciado, não for a falta confessada, documentalmente provada ou manifestamente evidente.
II - inquérito administrativo, quando:
a) a gravidade da ação ou omissão torne o autor passível de pena das previstas no inciso III do art. 212;
b) na sindicância ficar comprovada a ocorrência de irregularidade ou falta funcional grave, ainda que sem indicação de autoria.
Parágrafo único. Quando a aplicação da pena disciplinar de repreensão, suspensão ou multa prescindir de sindicância, a
autoridade dará ciência prévia ao faltoso dos motivos determinantes da punição, dos quais deverá ficar registro expresso na
repartição.

CAPÍTULO II - DA SINDICÂNCIA

Art. 230. Toda a autoridade municipal é competente para, no âmbito do órgão sob sua chefia, determinar a realização de
sindicância.
§ 1º A sindicância será cometida a funcionário de hierarquia igual ou superior à do implicado, se houver.
§ 2º O sindicante decidirá tempo integral ao encargo, ficando dispensado de suas atribuições normais até a apresentação do
relatório.

Art. 231. O sindicante efetuará, em caráter de sigilo funcional e de forma sumária as diligências necessárias ao esclarecimento da
ocorrência e indicação do respónsável, apresentando, no prazo máximo de cinco (5) dias úteis, relatório a respeito.
§ 1º Preliminarmente, deverá o sindicante ouvir o autor da representação e o funcionário implicado, se houver.
§ 2º Reunidos os elementos apurados, o sindicante traduzirá no relatório as suas conclusões pessoais, indicando o possível
culpado, qual a irregularidade ou transgressão e o seu enquadramento nas disposições estatutárias.
§ 3º O sindicante somente sugerirá a instauração de inquérito administrativo quando os fatos apurados comprovadamente na
sindicância a tal conduzirem, na forma do inciso II do art. 230.

Art. 232. A autoridade de posse do relatório do sindicante, acompanhado de elementos que o instruirem, decidirá, no prazo de
cinco (5) dias úteis, pela aplicação de penalidade de sua competência, pela instauração de inquérito administrativo, se for o caso e
estiver na sua alçada, ou pelo encaminhamento a quem competir a aplicação da pena cabível ou a instauração do inquérito.
Parágrafo único. A autoridade, quando solicitada por qualquer das partes, dará aos implicados prazo de até quarenta e oito (48)
horas para apresentação de elementos de defesa, podendo, para esse efeito realizar diligências complementares julgadas
necessárias e ser dilatado para até dez (10) dias o prazo estabelecido para a decisão.

CAPÍTULO III - DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO


Seção I - Disposições Gerais

Art. 233. O inquérito administrativo será realizado por Comissão constituída de três (3) funcionários estáveis, designados pelo
Prefeito, dos quais pelo menos um Bacharel em Direito.
Parágrafo único. As comissões de inquérito, quando permanentes, serão renovadas anualmente pelo terço, funcionando seus
membros em regime de tempo integral, com Secretário designado pelo Prefeito.

Art. 234. São autoridades competentes para determinar a instauração de inquérito administrativo, além do Prefeito, os Secretários
Municipais e os titulares das demais repartições.

Art. 235. Os membros da Comissão de Inquérito, exceto o Bacharel em Direito, deverão ser de categoria igual ou superior à do
indiciado, se houver, não podendo nenhum deles estar ligado ao mesmo por qualquer vínculo de subordinação ou parentesco.

Art. 236. Não poderá fazer parte da Comissão, nem secretariá-la, o autor da denúncia ou representação, ou o que tenha realizado a
sindicância.

Art. 237. O inquérito administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo de cinco (5) dias úteis, contados da data da sua
instauração, e ter ultimada sua instrução em noventa (90) dias, prorrogáveis, a juízo da autoridade que o houver mandado
instaurar, por até sessenta (60) dias, quando circunstâncias ou motivos especiais o justifiquem.

Seção II - Dos Atos e Termos Processuais


Art. 238. Na realização do inquérito administrativo serão observadas as seguintes normas:
I - o Presidente da Comissão, ao instalar o trabalho, autuará a portaria e as demais peças existentes e designará dia, hora e local
para a primeira audiência, determinando a citação do indiciado ou indiciados;
II - a citação será feita com antecedência mínima de quarenta e oito horas (48) da marcada para a audiência inicial e o
instrumento respectivo conterá, além do dia, hora e local, a qualificação funcional do indiciado e a falta que lhe é imputada;
III - caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o encarregado da diligência certificar o ocorrido, à vista de, no
mínimo, duas testemunhas;
IV - quando houver fundada suspeita de ocultação do indiciado, proceder-se-á à citação por hora certa;
V - estando o indicado ausente do Município, se conhecido seu endereço, será citado por via postal, em carta registrada,
juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso de recebimento;
VI - não sendo encontrado o indiciado, por se achar em lugar incerto e não sabido, será citado mediante edital, publicado por
duas vezes nos jornais locais, com prazo de quinze (15) dias a contar da primeira publicação e juntada dos comprovantes
respectivos;
VII - a citação pessoal, as intimações e as notificações serão feitas pelo Secretário, apresentando ao destinatário o instrumento
correspondente em duas vias para que, retendo uma delas, passe recibo devidamente datado na outra;
VIII - a tomada de depoimento das testemunhas obedecerá, preferentemente, a seguinte ordem: primeiro as apresentadas pelo
denunciante, a seguir as indicadas pela Comissão, e por último as indicadas pelo indiciado;
IX - antes de depor, a testemunha será devidamente qualificada, declarando o nome, estado civil, idade, profissão, residência,
nível de instrução, se é parente do indiciado ou se mantém ou não relações com o mesmo, e em que grau;
X - ao ser inquirida uma testemunha, as demais não poderão estar presentes, salvo o caso em que a Comissão julgue necessária a
acareação.
§ 1º Não havendo indiciado, a Comissão intimará as pessoas, funcionários ou não, que presumivelmente possam esclarecer a
ocorrência objeto do inquérito.
§ 2º Quando a Comissão entender que os elementos da denúncia são insuficientes para bem caracterizar a ocorrência, poderá
ouvir previamente a vítima ou a pessoa que noticiou a irregularidade ou falta funcional.

Art. 239. Feita a citação e não comparecendo o indiciado, o processo prosseguirá à sua revelia com defensor designado pelo
Presidente da Comissão, o mesmo acontecendo nos casos dos incisos V e VI do artigo anterior, se não comparecer no prazo
fixado.

Art. 240. O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por intermédio de defensor, assistir aos atos probatórios que se realizarem
perante a Comissão, requerendo o que julgar conveniente.
Parágrafo único. Se o indiciado não tiver constituído defensor, poderá requerer ao Presidente da Comissão a designação de um
dentre os funcionários, preferentemente Bacharel em Direito.

Art. 241. O indiciado, dentro do prazo de setenta e duas (72) horas, após o interrogatório, poderá requerer diligência, produzir
nova prova documental e arrolar testemunhas até o máximo de cinco (5).
Parágrafo único. Se as testemunhas de defesa não forem encontradas e o indiciado, dentro de setenta e duas (72) horas não
indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.

Art. 242. A testemunha somente poderá eximir-se de depor nos casos previstos no Código Penal.
§ 1º Se arrolados como testemunha, o Prefeito, os Secretários do Município e os Vereadores, bem como autoridades - federais e
estaduais - de níveis hierárquicos a eles assemelhados ou superiores, serão ouvidos em local, dia e hora previamente ajustados
com a autoridade processante.
§ 2º Os Servidores Municipais arrolados como testemunhas serão requisitados aos respectivos chefes de serviço e os federais e
estaduais, bem como os militares, serão notificados por intermédio das repartições ou unidades a que pertencerem.
§ 3º No caso em que a pessoa estranha ao serviço público se recuse a depor perante a Comissão, o Presidente solicitará à
autoridade policial providências no sentido de ser ela ouvida na Polícia, encaminhando, para tanto, àquela autoridade a matéria,
reduzida a itens, sobre a qual deva ser ouvida.

Art. 243. Durante o curso do processo, a Comissão promoverá as diligências que se fizerem necessárias à elucidação do objeto do
inquérito, podendo, inclusive, recorrer a técnicos e peritos.
Parágrafo único. Os órgãos municipais atenderão com prioridade as solicitações da Comissão.

Art. 244. Compete à Comissão conhecer de novas imputações que surgirem contra o indiciado durante o processo, caso em que
este poderá produzir provas em sua defesa.

Art. 245. A Comissão, à vista de elementos de prova colhidos no decurso do processo, poderá indicar o funcionário que será
imediatamente citado para fins de interrogatório e acompanhamento do processo nos termos deste Capítulo.
Parágrafo único. A indicação de que trata este art. será feita através de portaria do Presidente da Comissão que encaminhará ao
órgão central de pessoal para fins de registro.

Art. 246. Na formação material do processo serão obedecidas as seguintes normas:


I - todos os termos lavrados pelo Secretário terão forma processual sucinta e, quando possível, padronizada;
II - a juntada de documentos será feita pela ordem cronológica de apresentação, mediante despacho do Presidente da Comissão;
III - a cópia da ficha funcional deverá integrar o processo desde a indicação do funcionário;
IV - juntar-se-á também ao processo, após o competente despacho do Presidente, o mandato que, revestido das formalidades
legais permitirá a intervenção do procurador do indiciado.

Art. 247. Ultimada a instrução do processo, intimar-se-á o indiciado, ou seu defensor, correndo da data da intimação o prazo de
dez (10) dias para apresentação de defesa por escrito, sendo-lhe falcutado o exame do processo em mãos do Secretário.
§ 1º Havendo dois (2) ou mais indiciados, o prazo será comum e de vinte (20) dias.
§ 2º O prazo de defesa poderá ser suprimido, a critério da Comissão, quando esta julgá-la desnecessária ante a inconteste
comprovação, no curso do processo, da inocência do indiciado.

Art. 248. Esgotado prazo de defesa, a Comissão apresentará o seu relatório dentro de dez (10) dias.
§ 1º Se a defesa tiver sido dispensada ou apresentada antes da fluência do prazo, contar-se-á o destinado à feitura do relatório a
partir do dia seguinte ao da dispensa ou apresentação.
§ 2º No relatório, a Comissão apreciará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que foi acusado, as
provas que instruírem o processo e as razões da defesa, propondo, então, justificadamente, a absolvição ou a punição, sugerindo,
neste caso, a pena que couber.
§ 3º Deverá também a Comissão em seu relatório sugerir providências tendentes a evitar a reprodução de fatos semelhantes ao
que originou o processo, bem como quaisquer outras que lhe pareçam do interesse do Serviço Público Municipal.

Art. 249. Apresentando o relatório, a Comissão ficará à disposição da autoridade que houver mandado instaurar o inquérito para
qualquer esclarecimento ou providência julgada necessária.

Art. 250. Recebido o processo, a autoridade que houver determinado sua instauração, ouvido o órgão colegiado competente,
deverá apreciá-lo no prazo de quinze (15) dias.
§ 1º Quando não forem de sua alçada a aplicação das penalidades e as providências indicadas, a autoridade propô-las-á ao
Prefeito, dentro do prazo marcado para julgamento.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo para decisão final, contado da data do recebimento do processo pelo Prefeito,
será também de quinze (15) dias.
§ 3º A autoridade julgadora promoverá a publicação em jornais locais, no prazo de oito (8) dias, da decisão que proferir,
expedirá os atos decorrentes do julgamento e determinará providências necessárias à sua execução.
§ 4º Cumprindo o disposto no parágrafo anterior, dar-se-á ciência da solução do processo ao autor da representação e ao
funcionário que houver presidido a Comissão de Inquérito, após o que será o processo remetido ao órgão central de pessoal para
arquivamento, onde permanecerá por cinco (5) anos.

Art. 251. Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade que houver determinado a
instauração do processo, providenciará para que, simultaneamente, se instaure o inquérito policial.

Art. 252. A decisão que reconhecer a prática de infração capitulada na lei penal implicará, sem prejuízo das sanções
administrativas, na remessa do inquérito à autoridade competente, ficando translado ou autos suplementares na repartição.

Art. 253. É assegurada a intervenção do indiciado ou seu defensor em qualquer fase do processo.

Art. 254. Tanto no inquérito administrativo, como na sindicância, poderá ser arguida suspeição ou nulidade, durante ou após a
formação da culpa, devendo a argüição fundamentar-se em texto legal, sob pena de ser dada como inexistente.
Parágrafo único. As irregularidades processuais que não constituírem vícios substanciais insanáveis, suscetíveis de influirem
na apuração da verdade ou na decisão do processo, não lhe determinarão a nulidade.

CAPÍTULO IV - DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO OU POR AUSÊNCIA EXCESSIVA AO SERVIÇO

Art. 255. É dever do chefe imediato conhecer dos motivos que levam o funcionário a faltar consecutiva ou freqüentemente ao
serviço sem justificativa legal, buscando solucionar o problema porventura ocorrente, aplicando ou propondo a penalidade
cabível, ou promovendo, oportunamente, as medidas indicadas para cada caso.
Parágrafo único. Constatadas as primeiras faltas, deverá o chefe imediato comunicar o fato ao órgão da administração local,
cujo chefe promoverá as diligências referidas neste artigo, sob pena de se tornar co-responsável.

Art. 256. Quando o número de faltas ultrapassar a trinta (30) consecutivas ou sessenta (60) interpoladas durante um ano, embora
tomadas todas as providências previstas no artigo anterior, o Chefe do Órgão Administrativo da Repartição onde sirva o
funcionário encaminhará de imediato ao órgão central de pessoal comunicação a respeito, especificando as medidas adotadas.

Art. 257. O órgão central de pessoal, de posse dos elementos de que trata o art. anterior, promoverá sindicância e, à vista do
resultado nela colhido, proporá:
I - a solução, se ficar provada a existência de força maior, coação ilegal ou circunstância ligada ao estado físico ou psíquico do
funcionário, que contribua para não se caracterizar o abandono de cargo ou que possa determinar a justificabilidade das faltas
freqüentes;
II - a instauração de inquérito administrativo se inexistirem provas das situações mencionadas no inciso anterior ou, existindo,
forem julgadas insatisfatórias.
Parágrafo único. Salvo no caso em que, através da sindicância, ficar caracterizada, de logo, a intenção do faltoso em deixar o
cargo, ser-lhe-á permitido continuar a exercê-lo, a título precário, sem prejuízo da conclusão do processo.

CAPÍTULO V - DA REVISÃO DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

Art. 258. Da revisão do inquérito administrativo de que haja resultado punição, poderá ser requerida, em qualquer tempo, uma só
vez, quando:
I - a decisão for contrária do texto expresso da lei ou à evidência dos autos;
II - a decisão se fundar em depoimentos, exames ou documentos falsos ou viciados;
III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar a inocência do interessado ou de autorizar diminuição de pena.
§ 1º Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.
§ 2º O processo de revisão correrá apenso ao originário.
§ 3º O pedido de revisão não tem efeito suspensivo e nem permite agravação da pena.

Art. 259. O pedido de revisão será dirigido ao Prefeito que o julgará, após exame pelo órgão colegiado competente, no prazo
máximo de sessenta (60) dias.
Parágrafo único. Tratando-se de funcionário falecido, desaparecido ou incapacitado de requerer, poderá a revisão ser solicitada
por qualquer pessoa.

Art. 260. Prescreve em cinco (5) anos o direito de revisão de que trata este Capítulo.

TÍTULO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 261. Além de servidores regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT -, poderá o Serviço Público Municipal dispor
de empregados contratados para o exercício de:
I - atividade de saúde e ensino;
II - serviços especializados de engenharia e de obras que os empreendimentos em realização assim o exijam;
III - atividades de processamento de dados e de comunicações telefônicas;
IV - trabalhos braçais.
Parágrafo único. Poderão, ainda, ser admitidos como estagiários, por prazo certo não superior a onze (11) meses, sem
renovação e com dispensa automática ao final da tarefa, estudantes universitários que não tenham atingido o penúltimo semestre
do curso para realização de trabalhos eventuais com seu grau de especialização.

Art. 262. O empregado de que trata o artigo anterior ficará sujeito ao regime de emprego previsto na Consolidação das Leis do
Trabalho e na legislação vigente peculiar ao mesmo regime de emprego.
§ 1º O contrato de empregado, com prazo estipulado ou não, será sempre feito através do órgão central de pessoal, devendo
constar do mesmo a função a exercer, o regime semanal de trabalho e a dotação orçamentária específica.
§ 2º Quando a contratação se referir à execução de trabalho em obra determinada, deverá esta ser indicada no contrato, bem
como a dotação orçamentária ou o Crédito Adicional a ela destinada.
§ 3º O salário do empregado enquadrar-se-á dentro das condições legais do mercado de trabalho e, na sua fixação, serão
considerados os encargos e obrigações a desempenhar.

Art. 263. Fica o Executivo autorizado a realizar contratos de trabalho dentro das normas traçadas nos artigos anteriores,
dependendo o que delas se afastar de autorização expressa do Legislativo, nos termos da Lei Orgânica.

Art. 264. Aos atuais empregados são proporcionadas as seguintes oportunidades para provimento de cargos no Quadro do
Funcionalismo:
I - (Este inciso foi revogado pelo parágrafo único do art. 1º da Lei Municipal nº 2.313, de 21.12.1984, com efeitos a partir de
28.02.1985);
II - possibilidade de concorrer nos concursos internos para o cargo correspondente à função exercida ou a ela assemelhada, em
igualdade de condições com os funcionários situados nas respectivas linhas de acesso.
Parágrafo único. A investidura dos empregados beneficiados pelo inciso II será feita por nomeação dispensado o estágio
probatório para os que disponham de estabilidade.

Art. 265. Aplica-se aos empregados estáveis o disposto no parágrafo único do artigo 16 deste Estatuto.

Art. 266. Os funcionários mantidos na interinidade, desde quando era permitida essa forma de provimento, ficam efetivados nos
cargos que detêm.

Art. 267. Os atuais empregados que contêm mais de dez (10) anos de serviço, quando da publicação da presente Lei, passarão a
integrar o Quadro Único nos cargos que estejam exercendo.
Parágrafo único. Os empregados beneficiados pelo presente artigo poderão optar pela permanência sob o regime da CLT. Dita
opção por um ou outro Regime de Trabalho deverá ser realizada até seis meses da data da publicação do presente Estatuto.

Art. 268. (Este artigo foi revogado pelo art. 1º da Lei Municipal nº 2.368, de 15.09.1986).
Art. 269. As provas de habilitação promovidas antes da vigência deste Estatuto, para o provimento de cargos dos aludidos no
inciso I do art. 14 realizar-se-ão de acordo com as normas vigentes à data de sua abertura.

Art. 270. São mantidos na forma da Lei, as gratificações por aulas excedentes e de incentivo à produtividade, bem como as
disposições relativas à substituição por impedimento legal de titular de cargo de magistério.

Art. 271. Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos definidos em lei ou regulamento, como próprios de seu cargo ou
função, não decorre nenhum direito ao servidor, incorrendo em falta grave o chefe que determinar ou permitir tal situação.

Art. 272. É vedado ao servidor trabalhar sob as ordens de parente até segundo grau, salvo quando se tratar de função de imediata
confiança e livre escolha, não podendo, porém, exceder a dois (2) o número de auxiliares nessas condições.

Art. 273. O órgão central de pessoal fornecerá, gratuitamente, documento de identidade funcional aos servidores que solicitarem.

Art. 274. Consideram-se da família do funcionário, além de cônjuge e filhos, quaisquer outros parentes que vivam às suas
expensas e constem no seu assentamento individual.

Art. 275. Na contagem de dias corridos, dos prazos fixados neste Estatuto, será observado o seguinte:
I - excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á do vencimento;
II - quando o prazo terminar em domingo ou dia em que não haja expediente, o seu vencimento será prorrogado para o primeiro
dia útil seguinte.

Art. 276. A atribuição de qualquer direito ou vantagem, cuja concessão dependa de ato ou portaria do Prefeito, dos Secretários
Municipais ou de outras autoridades com competência para tal, somente produzirá efeito a partir da data da expedição do ato.
Parágrafo único. Nenhum direito decorre de ato baixado por autoridade incompetente.

Art. 277. Repartições, para os exclusivos efeitos deste Estatuto são as Secretarias Municipais e demais órgãos diretamente
subordinados do Prefeito.

Art. 278. Entende-se por órgão colegiado competente, para os efeitos deste Estatuto, o Conselho Municipal de Administração de
Pessoal (COMAP), o qual será criado por decreto do Poder Executivo, nomeando seus integrantes, no máximo cinco (5) membros
incluindo o Secretário de Administração, que será seu Presidente como membro nato.

Art. 279. Por motivo de convicção filosófica, religiosa ou política, nenhum servidor poderá ser privado de qualquer de seus
direitos, nem sofrer alterações em sua atividade funcional.

Art. 280. É vedado exigir atestado de ideologia como condição para posse ou exercício de cargo ou função pública.

Art. 281. Ao ingressar no Serviço Público Municipal, será o funcionário inscrito, obrigatoriamente, em instituição de previdência
social.
§ 1º O Município concorrerá com cinquenta porcento (50%) das importâncias fixadas para contribuição previdencial.
§ 2º Poderão fazer parte das instituições a que alude este artigo, o Prefeito, os Vereadores, os Secretários do Município e os
titulares de cargos em comissão, desde que comuniquem sua intenção ao órgão central de pessoal, dentro de trinta (30) dias após a
posse no cargo respectivo.
§ 3º Os servidores que deixarem o Serviço Público Municipal, inclusive os de que trata o parágrafo anterior, serão excluídos da
instituição de previdência, salvo se, por ocasião do afastamento, manifestarem expressamente seu desejo de permanência,
passando então a correr às suas expensas o valor total das contribuições fixadas.
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se, no tocante ao seguro coletivo, também ao caso de licença para tratar de
interesses particulares.

Art. 282. Os funcionários municipais, no exercício de suas atribuições, não estão sujeitos à ação penal por ofensa irrogada em
informações, pareceres ou quaisquer escritos de natureza administrativa.
Parágrafo único. Ao chefe imediato do funcionário cabe mandar riscar a requerimento do interessado, as injúrias ou calúnias
por ventura encontradas.

Art. 283. O servidor que esteja sujeito à fiscalização de órgão profissional e por este for suspenso do exercício da profissão,
enquanto durar a medida, não poderá desempenhar atividade que envolva responsabilidade técnico-profissional.

Art. 284. O Executivo regulará as condições necessárias à perfeição, execução deste Estatuto, observados os princípios gerais nele
consignados.

Art. 285. O disposto neste Estatuto é extensivo aos funcionários das autarquias, respeitada, quanto à prática de atos
administrativos, a competência dos respectivos titulares.
Parágrafo único. Os sistemas de pessoal das autarquias deverão ser estabelecidos em consonância com o vigente na
Administração Centralizada, ressalvadas as peculiaridades dos respectivos serviços.
Art. 286. É autorizada a transferência de funcionários de um para outro Quadro do Município, desde que haja vaga, sejam os
cargos idênticos e se verifique o interesse da Administração.
Parágrafo único. Ao Prefeito compete proferir o despacho final, salvo no caso de transferência entre autarquias, quando a
decisão resultará da concordância dos respectivos titulares.

Art. 287. O dia 28 DE OUTUBRO é consagrado ao Servidor Público Municipal, sendo anualmente Ponto Facultativo para os
órgãos municipais.

Art. 288. Ressalvados os direitos adquiridos, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, são revogadas as disposições em contrário,
especialmente na Lei Municipal nº 28, de 1º de outubro de 1948, e toda a legislação sobre pessoal cuja matéria esteja regulada
neste Estatuto.

Art. 289. O presente Estatuto entrará em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE BAGÉ, 03 DE JULHO DE 1984.

____________________
CARLOS SÁ AZAMBUJA
PREFEITO

LEI MUNICIPAL Nº 3.375, DE 25/02/1997


Altera a Estrutura Administrativa do Município de Bagé e Cargos e Funções na
Administração Direta, bem como estabelece o Plano de Carreira do Funcionalismo Público
Municipal, e dá outras providências.

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Fica criada a estrutura administrativa do Município de Bagé e instituído o Plano de Carreira do Funcionalismo Público
Municipal da Administração Direta.

Art. 2º Para efeito desta Lei entende-se:


I - Funcionalismo Público Municipal da Administração Direta é o conjunto de funcionários e técnicos de nível superior que,
ocupando cargos ou funções no quadro do funcionalismo público, desempenham atividades obreiras, administrativas ou
especializadas, visando atingir os objetivos a que se propõe a administração;
II - Operário comum é aquele que desempenha tarefa simples, sem nenhuma exigência de escolaridade;
III - Operário especializado é aquele que desempenha tarefa de alguma complexidade, sendo-lhe exigido conhecimento
específico de uma atividade profissional e escolaridade de 1º grau incompleto;
IV - Funcionário administrativo é aquele que desempenha tarefa na burocracia bem como outras atividades cujo desempenho
exige conhecimentos de níveis médio e superior;
V - Funcionário especializado é aquele que ocupa cargo que tenha como requisito a formação superior.

Art. 3º O Funcionalismo Público Municipal será regido pela presente Lei no que couber, e nos demais casos pelo estatuto próprio.

CAPÍTULO II - DA CARREIRA DO FUNCIONÁRIO


Seção I - Dos Princípios Básicos da Carreira

Art. 4º A carreira do funcionário tem como princípios básicos:


I - Profissionalização e valorização através de sua formação e atualização constantes, visando a consecução dos objetivos da
administração;
II - Progressão na carreira mediante promoções alternadas por merecimento e por antigüidade, realizadas anualmente.

Seção II - Da Estrutura da Carreira

Art. 5º A carreira do Funcionalismo Público Municipal da Administração Direta é estruturada em 7 (sete) classes, dispostos
gradualmente.
§ 1º Cargo corresponde a um conjunto de atribuições e responsabilidades do funcionário, com os características expressos em
Lei.
§ 2º Classes são os diversos estágios em que se encontra o funcionário durante o desenvolver de sua carreira profissional, nos
termos definidos nesta Lei.

Art. 6º As classes serão designadas pelas Letras de "A" a "G", em ordem alfabética.
Art. 7º Cada classe conterá um número determinado de cargos fixados em Lei.

Seção IV - Dos Níveis

Art. 8º Os níveis correspondem à habilitação que deve ter o funcionário, para o cargo que desempenha.

Art. 9º Os níveis são designados pelos algarismos de "1" a "5", e conferidos de acordo com as seguintes exigências:
Nível 1 - Destina-se a funcionários que ocupam cargos sem exigência de qualificação específica ou de grau de instrução;
Nível 2 - Destina-se a funcionários que ocupam cargos para o qual se exige 1º grau incompleto e habilitação específica em uma
atividade profissional;
Nível 3 - Destina-se a funcionários que ocupam cargos para o qual se exige 1º grau completo;
Nível 4 - Destina-se a funcionários que ocupam cargos para o qual se exige 2º grau completo;
Nível 5 - Destina-se a funcionários que ocupam cargos para o qual se exige 3º grau completo.

Art. 10. PERTENCEM AO NÍVEL 1 - contínuos, serventes, rondas, porteiros, operários, cozinheiros, lavadeiras servente-
merendeiras, auxiliares de pedreiro, auxiliares de eletricista, auxiliares de soldador, auxiliares de torneiro-mecânico, lavadores de
viaturas, ferramenteiros, auxiliares de carpinteiro, auxiliares de mecânico, auxiliares de operador de máquinas viárias, calceteiros,
auxiliares de tratorista, auxiliares de topógrafo, asfaltadores e Serviços Gerais ;
PERTENCEM AO NÍVEL 2 - motoristas instaladores hidro-sanitários, costureiros, eletricistas, pedreiros, pintores,
carpinteiros, mecânicos, chapistas, toneiros-mecânicos, soldadores, ferreiros, eletricistas mecânicos, operadores de máquinas
viárias, operadores de usina de asfalto, caldeiristas, fotógrafos, dinamiteiro, auxiliares de saneamento, tratoristas, músicos e
guardas municipais;
PERTENCEM AO NÍVEL 3 - telefonistas, técnicos em telefonia, atendentes, auxiliares administrativos, auxiliares
fazendários, recepcionistas, fiscais de obras, instrutores, almoxarifes, fiscais rodoviários, animadores culturais, Agente
Comunitário de Saúde e Atendente de Educação Infantil ;
PERTENCEM AO NÍVEL 4 - oficiais administrativos, oficiais fazendários, auxiliares de engentaria, arquivistas, auxiliares de
assistentes sociais, topógrafos, desenhistas, técnicos em contabilidade, auxiliares de laboratório, digitadores de dados, operadores
de computador, fiscais de tributos, programadores, auxiliares de enfermagem, professores lotados no turismo, técnicos agrícolas,
educadores, tesoureiros, Auxiliar de Câmara Escura , Auxiliar de Saúde Bucal , Intérprete de Libras , Operador de
Eletrocardiograma , Operador de Eletroencefalograma , Técnico em Enfermagem , Técnico em Informática , Técnico em Prótese
Dentária , Técnico em Raio X , Visitador , Técnico em Eletromecânica e Técnico em Laboratório ;
PERTENCEM AO NÍVEL 5 - assistentes sociais, psicólogos, fonoudiólogos, psicomotricistas, enfermeiros, fisioterapeutas,
nutricionistas, advogados, administradores, economistas, informatas, contadores, engenheiros, arquitetos, engenheiros-agrônomos,
engenheiros-mecânicos, veterinários, odontólogos, médicos clínicos, médicos especialistas, auditores e farmacêuticos-
bioquímicos, Orientador Educacional .

Art. 11. Os níveis são conservados quando da promoção do funcionário à classe superior.

CAPÍTULO III - DO PROVIMENTO


Seção I - Do Concurso de Ingresso

Art. 12. Cabe à Secretaria de Administração e Recursos Humanos, a promoção de concursos públicos de provas ou provas e
títulos, através de empresa ou órgão independente com especialização comprovada, para provimento de cargos no Quadro de
Funcionários.
§ 1º Os concursos de que trata o artigo são realizados para o provimento de cargos de classe "A", para quaisquer dos níveis
previstos nesta Lei.
§ 2º Os concursos têm validade por 2 (dois) anos, a partir da data da publicação dos resultados finais, prorrogáveis por mais 2
(dois) anos, quando do interesse da administração.
§ 3º Os editais para concurso público deverão destinar no mínimo 10% (dez por cento) do número de vagas para pessoas
portadoras de deficiência.

Art. 13. São pré-requisitos para inscrição em concurso público para cargos no Plano de Carreira do Funcionalismo Municipal:
I - brasileiro nato ou naturalizado;
II - habilitação exigida para o exercício do cargo;
III - ter idade mínima de 18 (dezoito anos);
IV - boa conduta pública e privada;
V - estar em dia com as obrigações eleitorais e militares.

Seção II - Do Ingresso

Art. 14. Compete à Secretaria de Administração e Recursos Humanos, nomear os candidatos aprovados em Concurso Público
para provimento de cargos no Plano de Carreira dos funcionários municipais, observada a ordem de classificação.

Art. 15. Para obter nomeação, o candidato aprovado, em concurso deverá ser submetido à inspeção de saúde, a ser realizada pelo
Órgão de Biometria do Município, realizando os seguintes exames:
a) eletrocardiograma;
b) raio X de Tórax P.A.;
c) exame qualitativo de urina;
d) exame bioquímico de glicose;
e) hemograma e creatinina; e
f) exame psicológico.
Parágrafo único. Somente decorridos os prazos de 90 (noventa) e 180 (cento e oitenta) dias, respectivamente, da inspeção de
saúde, poderá o candidato julgado inapto, requerer nova inspeção e novo exame.

Art. 16. A nomeação será tornada sem efeito se o interessado não iniciar o exercício do cargo no prazo de 30 (trinta) dias, a contar
da data da publicação do ato de nomeação.

CAPÍTULO IV - DA PROMOÇÃO

Art. 17. Promoção é o ato pelo qual o Funcionário Público Municipal tem acesso a classe imediatamente superior, dentro do nível
a que pertence.

Art. 18. A promoção far-se-á, alternadamente por merecimento e por antigüidade.


§ 1º O Funcionário, após concluir o estágio probatório, poderá ser promovido por merecimento no máximo 3 (três) vezes, com
intervalo mínimo entre as promoções, de 5 (cinco) anos.
§ 2º A promoção por merecimento acrescerá ao nível básico do funcionário o valor equivalente a 5% (cinco por cento) a título
de "vantagem por merecimento".
§ 3º Anualmente, uma comissão de funcionários constituída por um representante de cada secretaria ou órgão da Administração
Direta, escolhido por seus colegas de secretaria ou órgão, em reunião convocada para tal finalidade, selecionará 10% (dez por
cento) dos funcionários efetivos a serem promovidos por merecimento, entre aqueles que apresentarem os requisitos para tal. Tais
promoções serão efetuadas por ocasião do dia do Funcionário Público.
§ 4º Da reunião que trata o parágrafo anterior, deverá necessariamente participar sem direito a voto o Sindicato dos
Municipários de Bagé (SIMBA).
§ 5º Os critérios adotados para a promoção por merecimento são os seguintes:
I - Idoneidade moral;
II - Disciplina;
III - Assiduidade;
IV - Pontualidade;
V - Dedicação ao serviço;
VI - Eficiência;
VII - Cursos concluídos.
§ 6º Decreto do Executivo deverá regulamentar o parágrafo anterior.
§ 7º A promoção por antigüidade se efetuará, automaticamente, a cada 5 (cinco) anos de efetivo serviço, nos termos do artigo 23
desta Lei.

CAPÍTULO V - DO SALÁRIO

Art. 19. Salário é a retribuição pecuniária ao funcionário, pelo exercício do cargo correspondente à classe e ao nível de
habilitação.

Art. 20. Fica criado o Piso Municipal de Salários (PMS), servindo de base para o cálculo dos níveis básicos de habilitação dos
funcionários, nos termos da Constituição Federal.
Parágrafo único. O valor e reajustes do Piso Municipal de Salários (PMS), criado no "caput" deste artigo, serão objetos de Lei
Municipal específica.

Art. 21. Até 20 (vinte) de dezembro de cada exercício, deverá ser pago o 13º salário dos Funcionários Públicos Municipais.
Parágrafo único. A critério do Poder Executivo, poderá ser concedida antecipação de 50% (cinquenta por cento) do 13º salário,
no mês de julho de cada ano.

Art. 22. Os valores correspondentes aos níveis básicos de habilitação serão obtidos multiplicando-se o Piso Municipal de Salários
(PMS) pelo respectivo coeficiente, de acordo com a seguinte tabela:

NÍVEL 1 - 1.1 do PMS;


NÍVEL 2 - 1.3 do PMS;
NIVEL 3 - 1.5 do PMS;
NÍVEL 4 - 1.7 do PMS;
NÍVEL 5 - 3.0 do PMS.
Art. 23. O cálculo dos salários correspondentes às classes do Plano de Carreira do Funcionalismo Público Municipal será obtido
adicionando-se ao nível básico de habilitação do funcionário, percentual correspondente a sua respectiva classe, de acordo com a
seguinte tabela:

CLASSE "A" - 0% - de 00 a 05 anos;


CLASSE "B" - 10% - de 05 anos e um dia a 10 anos;
CLASSE "C" - 20% - de 10 anos e um dia a 15 anos;
CLASSE "D" - 30% - de 15 anos e um dia a 20 anos;
CLASSE "E" - 40% - de 20 anos e um dia a 25 anos;
CLASSE "F" - 50% - de 25 anos e um dia a 30 anos;
CLASSE "G" - 60% - mais de 30 anos.

Art. 24. Todas as vantagens e gratificações percebidas pelos Funcionários Públicos Municipais incidirão sempre sobre o valor do
nível básico correspondente.

CAPÍTULO VI - DA GRATIFICAÇÃO ESPECÍFICA PARA TRABALHO NO INTERIOR

Art. 25. Os funcionários municipais que desempenham suas atividades no interior do Município podem perceber uma gratificação
especial a título de ajuda de custo, que terá o valor equivalente a 1/25 (um vinte e cinco avos) do Piso Municipal de Salários
(PMS), por dia, para todos os níveis.

CAPÍTULO VII - DO REGIME DE TRABALHO

Art. 26. O Regime de Trabalho é de 40 (quarenta) horas semanais para os funcionários dos níveis 1 (um) e 2 (dois) e 33 (trinta e
três) horas semanais para os demais funcionários.
§ 1º Os funcionários pertencentes ao nível 5 (cinco) e educadores terão carga horária de 20 (vinte) horas semanais.
§ 2º A critério da Administração e por necessidade justificada, para suprir falta temporária, os funcionários pertencentes ao nível
5 (cinco) e educadores poderão ser convocados para 40h (quarenta horas) semanais.
§ 3º O valor da convocação mencionada no "caput" do parágrafo anterior, sempre será o correspondente ao nível básico e sobre
ele não incidirão quaisquer vantagens pecuniárias.
§ 4º Quando do interesse da administração, poderá o Executivo estabelecer turno único de trabalho, nos termos da legislação.

CAPÍTULO VIII - DAS DIÁRIAS DE VIAGEM

Art. 27. O valor correspondente às diárias de viagem para os Servidores Municipais (CCs, AGs, e GFs) será equivalente a 90%
(noventa por cento) do Piso Municipal de Salários (PMS), percebendo os Secretários Municipais, Chefe de Gabinete do Prefeito e
Procurador-Coordenador o percentual de 150% (cento e cinquenta por cento).

Art. 28. Quando se tratar de viagem para fora do Estado, o valor da diária será acrescido do percentual de 50%. Quando se tratar
de deslocamento inferior a 24 (vinte e quatro) horas, a diária será reduzida no percentual de 50% (cinquenta por cento).

CAPÍTULO IX - DOS CARGOS EM COMISSÃO, GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS


ESPECÍFICAS DO PLANO DE CARREIRA DO FUNCIONALISMO MUNICIPAL DE BAGÉ

Art. 29. Os Cargos em Comissão, Gratificação de Função e Função Gratificada, terão provimento com base no critério de
confiança, sendo de livre nomeação e exoneração por ato do Prefeito Municipal.
§ 1º Os Cargos em Comissão somente poderão ser providos por pessoas que não possuam vínculo com qualquer esfera
governamental. A Gratificação de Função destina-se ao servidor que, em cedido de outro órgão governamental, preste serviço ao
município. Função Gratificada é especifica dos funcionários municipais, regidos pelo presente Plano de Carreira.
§ 2º São pré-requisitos para nomeação dos cargos mencionados no "caput" deste artigo, os descritos no artigo 13, desta Lei.

Art. 30. As Funções Gratificadas e Gratificações de Funções que se criam por esta Lei são os seguintes:

FG-1 e GF-1 - 0.5 do PMS;


FG-2 e GF-2 - 0.8 do PMS;
FG-3 e GF-3 - 1.0 do PMS;
FG-4 e GF-4 - 1.3 do PMS;
FG-5 e GF-5 - 2.3 do PMS;
FG-6 e GF-6 - 3.3 do PMS;
FG-7 e GF-7 - 4.3 do PMS.

Art. 31. Ao Poder Executivo será facultado convocar, levando em consideração a complexidade e o tipo de assessoria exercida
por funcionários detentores de FG/GE, elevando de 10% (dez por cento) a 70% (setenta por cento) da FG/GF correspondente,
nunca ultrapassando a 20% (vinte por cento), desprezadas as funções e no máximo 4 (quatro) FG/GF do total de cada Secretaria
ou órgãos afins, fixados por esta Lei.

Art. 32. Ficam criados os seguintes tipos de Cargos em Comissão e respectivos valores:

CC-1 - 1.0 do PMS;


CC-2 - 2,0 do PMS;
CC-3 - 3.0 do PMS;
CC-4 - 4.0 do PMS;
CC-5 - 5.0 do PMS;
CC-6 - 6.0 do PMS;
CC-7 - 7.0 do PMS;
CC-8 - 8.0 do PMS.

Art. 33. Ao Poder Executivo será facultado convocar, levando-se em consideração a complexidade e o tipo de assessoria exercida
por funcionários detentores de Cargos em Comissão, elevando de 10% (dez por cento) a 30% (trinta por cento) do Cargo em
Comissão correspondente, nunca ultrapassando o limite de 20% (vinte por cento), desprezadas as funções, e no máximo 4 (quatro)
Cargos em Comissão, do total de cada Secretaria ou órgãos afins, fixados por esta Lei, desde que não possuam quaisquer outros
tipos de gratificações, convocações ou adicionais.

CAPÍTULO X - DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Art. 34. A Estrutura Administrativa Municipal é constituída pelos seguintes órgãos, que servirão de estrutura básica para o quadro
permanente de cargos e funções:
1 - ÓRGÃOS DE APOIO ADMINISTRATIVO
1.1 - Gabinete do Prefeito;
1.2 - Gabinete do Vice-Prefeito;
1.3 - Procuradoria Jurídica;
1.4 - Secretaria Municipal de Planejamento;
1.5 - Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos;
1.6 - Secretaria Municipal da Fazenda.
2 - ÓRGÃOS EXECUTIVOS MUNICIPAIS
2.1 - Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social;
2.2 - Secretaria Municipal do Educação;
2.3 - Secretaria Municipal de Atividades Urbanas;
2.4 - Secretaria Municipal de Obras Viárias do Interior;
2.5 - Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer;
2.6 - Secretaria Municipal de Habitação;
2.7 - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo;
2.8 - Secretaria Municipal de Saúde;
2.9 - Secretaria Municipal de Cultura;
2.10 - Secretaria Municipal do Meio Ambiente;
2.11 - Secretaria Municipal de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa.

Art. 35. O Gabinete do Prefeito terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de Função e Cargos
em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Oficial Administrativo 03
Auxiliar Administrativo 01
Informata 02
Motorista 03
Recepcionista 01
Contínuo 02
Servente 02

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Chefe de Gabinete 01 Lei Específica
Oficial de Gabinete 09 06 05
§ 1º a § 3º deste
Assessor de Gabinete 12
artigo
Assessor Parlamentar 01 04 03
Assessor de Imprensa 02 04 03
Assessor de Relações Públicas 01 04 03
Coordenador de Relações Comunitárias 01 07 08
Coordenador de Comunicação 01 07 08
Coordenador da Coordenadoria da Mulher 01 07 07
Coordenador do Parque do Gaúcho 01 07 07
Assessor Especial de Relações Comunitárias 01 06 05
Assessor Especial de Comunicação 01 06 05
Coordenador Comunitário 04 05 04
Coordenador dos Serviços de Comunicação 01 05 04

§ 1º O Assessor de Gabinete (AG) perceberá, a partir do valor correspondente a CC-1 até a CC-8, a critério do Executivo,
levando em consideração a complexidade e tipo de assessoria exercida. Somente 50% (cinquenta por cento) do total de das AGs
fixadas por esta Lei poderão ser providos na CC-8.
§ 2º A convite do Chefe do Executivo o funcionário municipal poderá desempenhar assessoria de gabinete. Neste caso perceberá
a remuneração do seu cargo, acrescido da diferença remuneratória relativa a AG que vier a ocupar.
§ 3º A diferença remuneratória percebida pelo funcionário no parágrafo anterior não é passível de incorporação ou vinculação.

Art. 35-A. Fica criada a SECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PESSOA IDOSA, com a seguinte
Estrutura de Cargos Permanentes e de Funções Gratificadas, Gratificações de Função e Cargos em Comissão:

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Assistente Social 01
Motorista 01
Oficial Administrativo 01
Psicólogo 01
Recepcionista 01
Serviços Gerais 01

FUNÇÕES GRATIFICADAS, GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Lei
Secretário 01 --
Específica
Chefe de Gabinete 01 07 06
Assessor Especial 01 06 05
Coordenador de Políticas de Proteção Social
01 05 04
Básica
Coordenador de Política de Proteção Social
01 05 04
Especial

Art. 35-B. Fica criada a SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE com a seguinte Estrutura de Cargos Permanentes
Relotados da atual Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente, e cria Funções Gratificadas, Gratificação de Função e Cargos
em Comissão:

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Agente de Campo 03
Biólogo 04
Fiscal Ambiental 02
Motorista 02
Oficial Administrativo 01

FUNÇÕES GRATIFICADAS, GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Lei
Secretário 01 --
Específica
Chefe de Gabinete 01 07 06
Coordenador do Aterro Sanitário 01 06 06
Assessor Especial 01 06 05
Coordenador de Controle Ambiental 01 05 04
Coordenador de Políticas Ambientais 01 05 04
Responsável pelo Horto Municipal 01 04 03

Parágrafo único. As atribuições previstas para a Secretaria Municipal de Saúde para o exercício da função de órgão ambiental,
bem como para a representação em colegiados passam a ser de responsabilidade da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Art. 36. O PROBAM 06 terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de Função e Cargos em
Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Oficial Administrativo 01
Servente 01

FUNÇÕES GRATIFICADAS, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Sem
Presidente 01
Remuneração
Assessor de Gabinete 01 06 05

Art. 37. O Gabinete do Vice-Prefeito terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de Função e
Cargos em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Oficial Administrativo 01
Auxiliar Administrativo 01
Recepcionista 01
Ronda 01
Motorista 01
Contínuo 01
Servente 02

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO


NOME Nº FG/GF CC
§ único deste
Chefe de Gabinete do Vice-Prefeito 01
artigo
Oficial de Gabinete do Vice-Prefeito 03 06 05
Art. 35, § 1º a §
Assessor de Gabinete do Vice-Prefeito 05

Parágrafo único. O Chefe de Gabinete do Vice-Prefeito perceberá 75% (setenta e cinco por cento) da remuneração do Chefe de
Gabinete do Prefeito.

Art. 38. A Procuradoria Jurídica terá os seguintes cargos permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de Função e Cargos
em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Procurador Jurídico 05
Auditor 01
Oficial Administrativo 02
Auxiliar Administrativo 01
Contínuo 01

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Procurador-Coordenador 01 Lei Específica
Responsável pelo Patrimônio Imobiliário 01 05 --
§ único deste
Assessor Jurídico 04
artigo

§ 1º O cargo de Assessor Jurídico será desempenhado por um Advogado, que exercerá a advocacia geral e assessorará o
Procurador-Coordenador Jurídico em todas as suas tarefas. A remuneração será 8.0 do PMS, sendo este provido em cargo em
comissão.
§ 2º Os Servidores Estatutários que desempenham as funções inerentes ao cargo de Assessor Jurídico, há mais de 10 anos junto
à Procuradoria Jurídica do Município, terão direito a perceber o valor correspondente a 80% (oitenta por cento) do nível 5,
assegurada a sua permanência na inatividade.

Art. 39. A Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas,
Gratificações de Função e Cargos em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Oficial Administrativo 04
Auxiliar Administrativo 02
Auxiliar de Topógrafo 01
Motorista 02
Recepcionista 01
Fiscal de Transportes 12
Contínuo 01
Servente 01
Técnico em Edificação 02

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Assessor Administrativo 01 07 06
Assessor Especial 01 07 06
Responsável pelo Setor de Orçamentos 01 06 --
Responsável pelo Setor de Projetos 01 06 05
Responsável pelo Setor de Transporte Urbano 01 05 04
Responsável pelo Setor de Prestação de Contas 01 04 --
Responsável pelo Setor de Controle e Atualização
01 04 --
de dados

Art. 40. A Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções
Gratificadas, Gratificações de Função e Cargos em Comissão:

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Oficial Administrativo 15
Auxiliar Administrativo 12
Motorista 11
Motorista de Viatura pesada 10
Recepcionista 02
Psicólogo 02
Porteiro 01
Ronda 01
Contínuo 02
Telefonista 12
Guarda Municipal 05
Servente 02
Técnico em Segurança do Trabalho 01

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Chefe de Gabinete do Secretário 01 07 06
Assessor Especial 01 07 06
Coordenador de Recursos Humanos 01 07 --
Coordenador Técnico-Administrativo 01 07 --
Responsável pelo Almoxarifado 01 06 --
Responsável pelo Setor de Controle da Folha de
01 06 --
Pagamento
Responsável pelo Cartório Eleitoral 01 05 04
Responsável pelo Setor de Recrutamento,
Seleção, Aperfeiçoamento, Concurso Públicos e 01 05 --
Admissões
Responsável pelo Setor de Movimentação e
01 05 --
Registro
Responsável pelo Setor de Assistência e Benefício 01 05 --
Responsável pelo Arquivo Geral de Documentos 01 05 --
Secretário da Junta de Alistamento Militar 01 05 --
Responsável pelo Protocolo 01 05 --

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA
CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Fiscal Rodoviário 03
Servente 06
Jardineiro 02
Pintor 01
Ronda 04

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Administrador da Rodoviária 01 06 05

Art. 41. A Secretaria Municipal da Fazenda terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de Função
e Cargos em Comissão:

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Oficial Fazendário 35
Contador 06
Tesoureiro 07
Digitador de Dados 06
Operador de Computador 05
Programador de Computador 01
Fiscal de Tributos 07
Almoxarife 01
Auxiliar Fazendário 12
Recepcionista 03
Motorista 03
Contínuo 03
Servente 04

FUNÇÕES GRATIFICADAS, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
§ único, artigo
Procurador Fazendário Municipal 01
38
Chefe de Gabinete do Secretário 01 07 06
Assessor Técnico Fazendário 02 07 06
Assessor Técnico Fazendário II 06 03 02
Responsável pela Informática 02 07 06
Coordenador de Receita 01 07 --
Coordenador de Despesa 01 07 --
Tesoureiro Geral 01 07 --
Contador Geral 01 07 08
Supervisor da Central de Compras 01 07 06
Responsável pelo Setor do IPTU 01 07 --
Responsável pelo Setor de Cadastro do ISSQN 01 07 --
Responsável pela Fiscalização do ISSQN 01 07 --
Responsável pelo Setor de ICMS 01 07 06
Responsável pelo Setor de ITBI 01 06 --
Responsável pelo Setor de Patrimônio e Bens
01 06 --
Móveis
Sub-Contador 01 05 04
Assessor Especial do Gabinete do Secretário 03 05 04
Responsável de Supervisão dos Materiais
01 05 --
Aplicados
Responsável pelo Setor de Cadastro e Alteração
01 04 --
do I.P.T.U.
Responsável pelo Setor de Marcas e Sinais 01 03 --
Responsável pelo Setor de I.T.R. 01 03 --

Parágrafo único. A remuneração do cargo de Procurador Fazendário Municipal será de 8.0 do PMS, sendo este provido em
Cargo em Comissão.

Art. 42. A Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas,
Gratificações de Função e Cargos em Comissão:

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Assistente Social 16
Nutricionista 02
Oficial Administrativo 07
Auxiliar Administrativo 08
Instrutor Profissional 30
Recepcionista 02
Almoxarife 01
Costureira 02
Motorista 04
Servente 30
Ronda 20
Auxiliar de Carpinteiro 02
Auxiliar de Pedreiro 02
Contínuo 01
Lavadeira 05
Cozinheiro 12
Eletricista 01
Pedreiro 02
Pintor 02
Carpinteiro 02
Psicólogo 12

FUNÇÕES GRATIFICADAS, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Assessor Administrativo 01 06 05
Assessor Especial 01 06 05
Coordenador de Creches 01 06 05
Coordenador dos Serviços Sociais 01 05 04
Coordenador de Cursos Profissionalizantes 01 05 04
Coordenador do Programa de Erradicação do
01 04 03
Trabalho Infantil
Coordenador do Programa de Ações Continuadas
01 04 03
da Juventude
Coordenador Geral do Centro do Idoso 01 06 06
Coordenador Administrativo do Centro do Idoso 01 05 05
Responsável pelo Almoxarifado 01 05 --
Responsável pelo Controle de Pessoal 01 04 --
Supervisor de Creche 04 05 04
Responsável Por Setor 02 02 --

Art. 43. A Secretaria Municipal de Educação terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de
Função e Cargos em Comissão:

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
ATENDENTE DE BERÇÁRIO 150
ATENDENTE DE EDUCAÇÃO INFANTIL 30
ALMOXARIFE 01
AUXILIAR ADMINISTRATIVO 05
CARPINTEIRO 02
BIBLIOTECÁRIO 02
CONTADOR 01
CONTÍNUO 02
EDUCADOR ESPECIAL 01
EDUCADORES 65
ELETRICISTA 02
INSTALADOR HIDRO-SANITÁRIO 02
INTÉRPRETE EM LIBRAS 14
MÉDICO NEUROLOGISTA INFANTIL 01
MOTORISTA 23
MOTORISTA VIATURA PESADA 25
NUTRICIONISTA 06
OFICIAL ADMINISTRATIVO 10
ORIENTADOR EDUCACIONAL 40
PEDAGOGO 03
PEDREIRO 08
PINTOR 02
PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL 01
PROFESSOR 1.270
PROFESSOR BERÇARISTA 30
PROFESSOR DE ADMINISTRAÇÃO 05
PROFESSOR DE CIÊNCIAS 25
PROFESSOR DE COMUNICAÇÃO 02
PROFESSOR DE CONTABILIDADE 03
PROFESSOR DE DIREITO 02
PROFESSOR DE ECONOMIA 03
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 15
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA 25
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL 50
PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO 11
PROFESSOR DE ESPANHOL 15
PROFESSOR DE GEOGRAFIA 20
PROFESSOR DE HISTÓRIA 20
PROFESSOR DE INFORMÁTICA 02
PROFESSOR DE MATEMÁTICA 30
PROFESSOR DE PORTUGUÊS 30
PROFESSOR DE PSICOLOGIA 02
PROFESSOR DE SALA DE RECURSOS 20
PROFESSOR DE SÉRIES INICIAIS 100
PROFESSOR DE TECNOLOGIA E NEGÓCIOS
03
IMOBILIÁRIOS
PROFESSOR ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO DE
01
JOVENS E ADULTOS
PROFESSOR ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO DE ÁREA
01
RURAL
PROFESSOR ESPECIALISTA EM SUPERVISÃO
01
ESCOLAR
RONDA 60
SECRETÁRIO DE ESCOLA 64
SERVENTE 02
SERVENTE-MERENDEIRA 316
TÉCNICO EM ESCRITURAÇÃO ESCOLAR 01
TÉCNICO EM INFORMÁTICA 30

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Chefe de Gabinete do Secretário 01 07 06
Assessor Especial 01 07 06
Diretor Geral 01 07 06
Coordenador Administrativo 01 06 05
Coordenador do Departamento Técnico-
01 06 05
Pedagógico
Responsável pelo Almoxarifado 01 06 --
Responsável pelos Serviços Gerais 01 06 --
Responsável pela Manutenção e Conservação dos
01 04 03
Prédios Escolares da Zona Urbana
Responsável pela Manutenção e Conservação dos
01 04 03
Prédios Escolares da Zona Rural
Diretores de Escola de Educação Infantil 15 04 --

DIREÇÕES DE ESCOLAS

NOME Nº FG/GF
Diretor de Grupo Escolar Categoria "A" 15 04
Diretor de Grupo Escolar Categoria "B" 20 03

§ 1º As direções de escolas municipais são em número de 38 (trinta e oito), com a seguinte remuneração: quem desempenha
Direção em escola de Ensino Fundamental Completo receberá uma FG/GF4 (Função Gratificada ou Gratificação de Função 4), e
quem desempenha Direção em Escola de Ensino Fundamental Incompleto receberá uma FG/GF3 (Função Gratificada ou
Gratificação de Função 3).
§ 2º Os professores que possuírem apenas uma matrícula, ao assumirem o cargo de Diretor de Escola, recebem, além da Função
Gratificada ou Gratificação de Função correspondente, mais uma remuneração equivalente ao respectivo padrão e nível para o
cumprimento de mais 20 horas.
§ 3º O servidor que desempenhar a função de Diretor de Escola, além da FG (função gratificada), perceberá também uma
gratificação de 50% (cinquenta por cento) sobre a FG correspondente.

SUPERVISÕES DE ÁREA E DE ESCOLA

NOME Nº FG/GF
Supervisor de Área 12 03
Supervisor de Escola 39 -

§ 1º Os professores que possuírem apenas uma matrícula, ao assumirem o cargo de Supervisor de Área, recebem, além da
Função Gratificada ou Gratificação de Função correspondente, mais uma remuneração equivalente ao respectivo padrão e nível
para o cumprimento de mais 20 horas.
§ 2º Os professores que possuírem apenas uma matrícula, ao assumirem o cargo de Supervisor de Escola, recebem mais uma
remuneração equivalente ao respectivo padrão e nível para o cumprimento de mais 20 horas.

SECRETARIAS MUNICIPAIS

Parágrafo único. Os professores que desempenham atividade em Secretaria Municipal e possuírem apenas uma matrícula,
detentores ou não de Função Gratificada ou Gratificação de Função, recebem mais uma remuneração equivalente ao respectivo
padrão e nível para o cumprimento de mais 20 horas.

Art. 44. A Secretaria Municipal de Atividades Urbanas terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações
de Função e Cargos em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Engenheiro 01
Arquiteto 03
Oficial Administrativo 07
Auxiliar Administrativo 06
Desenhista 05
Topógrafo 02
Auxiliar de Topógrafo 01
Almoxarife 01
Operador de Máquinas Viárias 06
Motorista 16
Fiscal de Obras 05
Auxiliar de Operador de Máquinas Viárias 05
Instalador Sanitário 02
Pintor 03
Eletricista 07
Auxiliar de Eletricista 07
Pedreiro 06
Auxiliar de Pedreiro 04
Soldador 04
Armador de Ferragem 02
Mecânico 02
Motorista Operador de Munck 01
Caldeireiro 03
Operador de Usina 03
Asfaltador 01
Carpinteiro 03
Auxiliar de Carpinteiro 02
Calceteiro 11
Contínuo 01
Ronda 28
Eletricista-Mecânico 01
Auxiliar de Mecânico 02
Servente 03
Operário 10
Engenheiro Civil 04
Técnico em Eletromecânica 01
Técnico em Laboratório 01

FUNÇÕES GRATIFICADAS, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Chefe de Gabinete do Secretário 01 07 06
Assessor Especial 01 07 06
Coordenador de Serviços Urbanos 01 07 06
Responsável pela Assessoria Técnica 01 07 --
Responsável pela Unidade de Fiscalização 01 06 05
Responsável pelo Serviço de Iluminação 01 06 --
Responsável pelo Almoxarifado 01 06 --
Responsável pela Limpeza Pública 01 05 04
Responsável pela Fábrica de Esquadrias 01 05 04
Responsável pelo Setor de Usinagem 01 05 04
Responsável pelo Setor de Pavimentação Asfáltica 01 05 04
Responsável pelo Controle de Pessoal 01 05 --
Responsável pelo Serviço de Urbanismo 01 05 --
Responsável pelos Serviços de Parques e Jardins 01 04 --
Responsável de Serviços no Centro Administrativo 01 04 --
Responsável pela Oficina Mecânica (Lixo) 01 03 --
Encarregado de Turma 10 01 --

§ 1º Para efeito de remuneração dos funcionários estáveis, lotados na SMAU, na função de desenhista, o cálculo do salário será
obtido acrescendo-se ao nível básico correspondente o respectivo adicional, de acordo com a tabela abaixo:
DESENHISTA I - 0.0
DESENHISTA II - 1.0
DESENHISTA III - 2.0
§ 2º A alteração nos cargos a que se refere o parágrafo anterior, para efeito de ascensão de uma para outra categoria, far-se-á
mediante os seguintes critérios de avaliação:
DESENHISTA I - Deverá ser detentor de cargo de desenhista arquitetônico;
DESENHISTA II - Deverá ser apto a copiar, em nanquim, qualquer tipo de desenho arquitetônico, com detalhamento em
instalações elétricas, hidro-sanitárias e paisagismo e possuir experiência mínima de 10 (dez) anos;
DESENHISTA III - Deverá ser apto a executar a lápis e nanquim, a partir de 1 croquis, desenhos de projetos arquitetônicos,
elétricos, hidro-sanitários e estruturais, desenhos topográficos a partir de apontamentos técnicos, desenhos de projetos de
saneamento e de projetos de pavimentação, desenhos industriais e de perspectivas, desenhos de projetos elétricos para redes de
distribuição de energia urbana e rural, levantamento de imóveis para cadastro e possuir experiência mínima de 15 (quinze) anos.
Executar, também, desenhos de projetos cartográficos.

Art. 45. A Secretaria Municipal de Obras Viárias do Interior terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas,
Gratificações de Função e Cargos em Comissão:

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Engenheiro 01
Topógrafo 02
Oficial Administrativo 02
Auxiliar Administrativo 04
Motorista de Viatura Leve 03
Motorista de Viatura Pesada 15
Almoxarife 01
Operador de Máquinas Viárias 15
Mecânico 05
Auxiliar de Mecânico 05
Contínuo 02
Carpinteiro 01
Auxiliar de Carpinteiro 01
Pedreiro 02
Auxiliar de Pedreiro 02
Ferramenteiro 02
Lavador de Viaturas 01
Soldador 02
Eletricista Mecânico 02
Ronda 05
Servente 08
Auxiliar de Operador de Máquinas Viárias 08
Operário 10
Chapista 02
Torneiro Mecânico 02

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Assessor Especial 01 07 06
Supervisor da Unidade de Manutenção Mecânica 01 06 05
Responsável pelo Almoxarifado 01 06 05
Supervisor de Pessoal dos Serviços Viários 01 05 04
Supervisor de Estradas 01 05 04
Responsável pela Mecânica Pesada 01 05 04
Responsável pelo Setor de Calçamento 01 05 --
Responsável pela Fábrica de Bueiros 01 05 04
Responsável pela Mecânica Leve 01 04 --
Responsável pela Mecânica Pequena 01 04 --
Responsável pela Carpintaria 01 04 --
Responsável pelo Escritório 01 03 --
Responsável pela Pedreira 01 03 --
Encarregado da Equipe de Calçamento 03 02 --
Encarregado de Trechos 03 02 --
Encarregado do Posto de Lavagem 01 02 --
Encarregado da Equipe de Bueiros 03 02 --

Art. 46. A Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas,
Gratificações de Função e Cargos em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Oficial Administrativo 04
Auxiliar Administrativo 02
Professor Com Especialização de 3º Grau 01
Recepcionista 01
Motorista 04
Contínuo 01
Servente 04
Jardineiro 02
Pedreiro 01
Pintor 01
Ronda 03
Serviços Gerais 01
Tratorista 01

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Lei
Secretário 01 --
Específica
Chefe de Gabinete 01 07 06
Assessor Especial de Gabinete 01 06 05
Assessor Administrativo 01 06 05
Coordenador de Futebol Amador 01 06 05
Coordenador de Esportes de Quadra 01 06 05
Coordenador de Juventude 01 06 05
Assessor Especial de Juventude 01 05 04
Coordenador das Promoções Esportivas e Lazer 01 05 04
Coordenador do Complexo Presidente Médici 01 05 04

Art. 47. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções
Gratificadas, Gratificações de Função e Cargos em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Engenheiro-Agrônomo 04
Veterinário 02
Técnico-Agrícola 01
Oficial Administrativo 02
Auxiliar Administrativo 01
Motorista 01
Recepcionista 02
Ronda 02
Operário 01
Servente 07
Tratorista 11
Auxiliar de Tratorista 01
Contínuo 01
Fiscal 04
Economista 01
Técnico em Turismo 02
Turismólogo 02

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Assessor Administrativo 01 06 05
Assessor Especial 01 05 04
Responsável pela Patrulha Agrícola 01 03 --
Responsável pela Carpintaria 01 04 --
Responsável pela Pedreira 01 03 --
Coordenador do PROCON 01 07 07
Responsável pela Unidade de Artesanato 01 03 --

Art. 48. A Secretaria Municipal de Habitação terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de
Função e Cargos em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Oficial Administrativo 02
Auxiliar Administrativo 01
Recepcionista 02
Motorista 02
Fiscal 04
Servente 03
Ronda 02
Assistente Social 01
Auxiliar de Topógrafo 01
Contínuo 01
Procurador Jurídico 01
Psicólogo 01
Topógrafo 01
Arquiteto 01

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 02 Lei Específica
Assessor Administrativo 02 06 05
Responsável pela Fiscalização 01 05 04
Administrador do Mercado Público 01 04 03

Art. 49. A Secretaria Municipal de Saúde terá os seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de Função e
Cargos em Comissão.

CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Médicos Clínicos e Especialistas 50
Dentista 20
Assistente Social 29
Nutricionista 03
Farmacêutico-Bioquímico 09
Fisioterapeuta 27
Fonoaudiólogo 02
Enfermeiro 31
Psicólogo 02
Oficial Administrativo 14
Auxiliar de Saneamento 02
Auxiliar de Laboratório 05
Auxiliar de Enfermagem 05
Secretário e/ou Recepcionista 10
Recepcionista 39
Motorista 16
Contínuo 02
Servente 07
Operário 01
Ronda 01
Informata 01
Técnico em Raio X 05
Auxiliar de Câmara Escura 02
Operador de Eletrocardiograma 02
Psicopedagogo 01
Terapeuta Ocupacional 01
Instrutores-oficineiros 04
Fiscal Sanitário 05
Técnico em Enfermagem 25
Biólogo 02
Psicólogo Organizacional 01
Contador 01
Veterinário 01
Neurologista 01
Nutricionista 02
Odontólogo Especialista em Endodontia 01
Odontólogo Especialista em Perodontia 01
Operador Eletroencefalograma 01
Operador Eletrocardiograma 01
Psicólogo Clínico 07
Radiologista 01
Técnico em Prótese Dentária 01
Atendente de Farmácia 12
Engenheiro Agrônomo 02
Fiscal Ambiental 01
Fonoaudiólogo Especialista em Audiologia 02
Agente de Campo 36
Médico Dermatologista 02
Médico Endocrinologista 01
Médico Ecografista 03
Médico Especialista em Dependência
01
Química
Médico Oncologista 01
Médico Traumatologista 01
Médico Endocrinologista 01
Médico Geriatra 01
Médico Ginecologista Obstetra 02
Médico Psiquiatra 02
Médico Vascular 01
Médico Neurologista Infantil 01
Odontólogo Especialista em Endodontia 01
Odontólogo Especialista em Cirurgia Maxilo
01
Facial
Odontólogo Especialista em
01
Odontopediatria
Odontólogo Protesista 01
Operador de Eletrocardiograma 01
Técnico em Enfermagem 16
Terapeuta Ocupacional 01

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO


NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Assessor Especial 01 06 05
Assessor de Saúde 1 07 § 1º deste artigo
Assessor de Saúde 2 12 § 2º deste artigo
Responsável pelo Almoxarifado 01 06 --
Coordenador de Programas em Saúde 01 07 07
Coordenador do ESF 01 06 06
Coordenador da Farmácia Popular 01 06 06
Coordenador do CAPS AD 01 06 06
Coordenador da Residência Terapêutica 01 06 06
Coordenador de Produtos Farmacêuticos e Correlatos 01 06 06
Coordenador de Doenças Infecto-Contagiosas 01 05 05

§ 1º O Assessor de Saúde 1 perceberá o valor correspondente a CC-1 até CC-4, a critério do Executivo, levando em
consideração as atividades de assessorias de rotina.
§ 2º O Assessor de Saúde 2, Coordenador de Área, perceberá o valor correspondente a CC-5 até CC-7, a critério do Executivo,
levando em consideração a complexidade e tipo de assessoria exercida.
§ 3º A convite do Chefe do Executivo o funcionário municipal poderá desempenhar assessoria de saúde. Neste caso perceberá
além de sua remuneração básica, a FG-1 a FG-5, levando-se em consideração a complexidade e o tipo de assessoria exercida.

CENTRO MATILDE FAYAD


CARGOS PERMANENTES

NOME Nº
Nutricionista 01
Assistente Social 02
Psicólogo 04
Fisioterapeuta 02
Fonoaudiólogo 02
Técnicos em Psicomotricidade 04
Dentista 01
Neurologista 01
Pediatra 01
Otorrinolaringologista 01
Auxiliar de Enfermagem 02
Servente-Merendeira 02
Oftalmologista 01
Ronda 01
Serviços Gerais 01
Secretário-Prontuarista 01
Psiquiatra 01

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Diretor 01 07 06
Responsável pelo do Serviço de Neurologia 01 07 06
Responsável pelo Serviço de Eletroencefalograma 01 04 03
Vice-Diretor 01 06 05

Art. 50. A Secretaria Municipal de Cultura atenderá as disposições do Capítulo VII, Seção I da Lei Orgânica Municipal e terá os
seguintes Cargos Permanentes, Funções Gratificadas, Gratificações de Função e Cargos em Comissão.

CARGOS PERMANENTES
NOME Nº
Oficial Administrativo 02
Auxiliar Administrativo 02
Professor 05
Contínuo 02
Ronda 02
Auxiliar de Biblioteca 05
Bibliotecário 02
Músico 22
Arquivista 02
Professor Especialista em Música e Dança 20

Funções Gratificadas, GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO E CARGOS EM COMISSÃO

NOME Nº FG/GF CC
Secretário 01 Lei Específica
Chefe de Gabinete do Secretário 01 07 06
Diretor de Cultura 01 05 04
Vice-Diretor de Cultura 01 04 --
Maestro da Banda Municipal 01 04 --
Coordenador de Programação Cultural 01 04 --
Coordenador de Difusão Cultural 01 04 03
Diretor do IMBA 01 05 04
Diretor da Biblioteca Pública 01 05 --
Diretor da Biblioteca Infantil 01 05 --
Vice-Diretor do IMBA 01 04 --
Vice-Diretor da Biblioteca Pública 01 04 03
Vice-Diretor da Biblioteca Infantil 01 04 03
Coordenador do Centro Cultural do Museu Dom
01 06 06
Diogo
Coordenador do Centro Histórico Vila Santa
01 06 06
Thereza
Responsável pelas Promoções Culturais e
01 04 --
Artísticas

Parágrafo único. Os cargos ora criados nesta Secretaria (Secretário e Chefe de Gabinete do Secretário), terão vigência a partir
de 1º de janeiro de 1998.

CAPÍTULO XI - DAS FÉRIAS

Art. 51. Terá direito a 1/3 da sua remuneração o funcionário que entrar em gozo de férias, nos termos dos artigos 85 (oitenta e
cinco) a 93 (noventa e três) do Estatuto do Funcionalismo Público Municipal.
Parágrafo único. É proibida a acumulação de férias. O funcionário que não puder gozar as férias no ano correspondente deverá
gozá-las, obrigatoriamente, no ano seguinte.

CAPÍTULO XII - DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

Art. 52. Consideram-se atividades insalubres as que não apresentam condições favoráveis à saúde, expondo o funcionário a
agentes físicos, químicos ou biológicos que possam produzir doenças.

Art. 53. Atividades perigosas são aquelas que determinam risco de vida para os funcionários que as executam.

Art. 54. O adicional de insalubridade será de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) ou 10% (dez por cento) e diz
respeito aos graus máximo, médio e mínimo de atividade insalubre, devendo ser calculado sobre o Piso Municipal de Salários
(PMS).

Art. 55. O adicional de periculosidade será de 30% (trinta por cento), calculado sobre o Nível Básico correspondente.
Art. 56. Por ato do Poder Executivo serão regulamentados os artigos 54 e 55 da presente Lei.

CAPÍTULO XIII - DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 57. Quando se tratar de Função Gratificada Incorporada e o funcionário estiver percebendo outra Função Gratificada, lhe será
devida apenas a diferença do valor da atual para a incorporada.

Art. 58. Os atuais ocupantes dos cargos e funções previstos na Lei nº 2.880/92, serão automaticamente enquadrados nos mesmos
previstos nesta Lei.

Art. 59. Os funcionários que optaram por permanecer no quadro em extinção, terão os mesmo percentuais de aumento dos
optantes.

Art. 60. O Piso básico do Magistério Municipal será o equivalente a 1.7 do Piso Municipal de Salários (PMS).

Art. 61. O Servidor Municipal e ocupante de Ccs e AGs com curso superior que for detentor de cargo para o qual a Lei não exige
curso superior terá direito a perceber, um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o nível 5 (cinco) desta Lei, assegurando a
permanência na inatividade.
§ 1º Quando o referido funcionário passar a ocupar cargo de nível superior, perde a vantagem concedida no "caput" deste artigo.
§ 2º Será exigida a formação em nível de Ensino Fundamental completo para ocupação de CCs e Ags, de 1 a 6 e em nível de
Ensino Médio completo para CCs e Ags 7 e 8, com exceção dos cargos em serviço de Procurador Fazendário e Assessor Jurídico,
que terão exigência de nível de ensino superior completo e formação em Direito.

Art. 62. Todo funcionário com habilitação obtida em curso de Doutorado, Mestrado, Pós-Graduação ou especialização, com carga
mínima de 300 (trezentas) horas aula, exercício do cargo de nível superior correspondente a especialização, terá um adicional de
40% (quarenta por cento) sobre o seu nível básico correspondente, assegurando a permanência na inatividade.
Parágrafo único. Também receberão um adicional de 40% (quarenta por cento) sobre seu nível básico correspondente, os
servidores que possuírem doutorado, mestrado ou notória especialização com carga horária mínima de 4.000 (quatro mil) horas-
aula, assegurando a permanência na inatividade.

Art. 63. O Operador e o Mecânico de Máquinas Viárias, bem como o Motorista de viaturas com mais de 2,5 toneladas, perceberá
a título de salário produtividade e conservação um adicional sobre seu nível básico, até o limite de 50% (cinquenta por cento). A
regulamentação deste artigo será por ato do Poder Executivo.

Art. 64. (Este artigo foi suprimido pelo art. 1º da Lei Municipal nº 4.167, de 06.08.2004).

Art. 65. Os funcionários municipais, opcionalmente, contribuirão em favor do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande
do Sul - IPERGS, exclusivamente, para Assistência Médica, Hospitalar e Ambulatorial.
§ 1º Os funcionários municipais, terão prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação da presente Lei, para optarem pelo plano
de saúde do IPE.
§ 2º (Este parágrafo foi revogado pelo art. 1º da Lei Municipal nº 4.190, de 19.11.2004).
§ 3º O servidor que não optar pelo desconto do Plano de Saúde do IPERGS, no prazo previsto pela presente Lei, poderá fazê-lo,
em qualquer tempo, obedecendo a carência de 6 (seis) meses, para poder usufruir do benefício da assistência médica, hospitalar e
ambulatorial.

Art. 66. O funcionário que estiver em gozo de licença para tratamento de Interesse particular, prevista no art. 69 do Estatuto do
Funcionalismo Público Municipal, somente terá direito a Assistência e Previdência do órgão previdenciário conveniado com o
Município, se mantiver, no período de licença, às suas custas a contribuição previdenciária correspondente à administração e à sua
própria.

Art. 67. Ao funcionário ou aposentado será concedido abono familiar de 5% (cinco por cento) sobre o Piso Municipal de Salários
(PMS), nos termos dos artigos 140 a 144 do Estatuto do Funcionalismo Público Municipal.

Art. 68. Ao funcionário que tenha por atribuição pagar ou receber, em moeda corrente, bem como transportar continuamente
valores numerários será concedido um adicional de 30% (trinta por cento) do seu nível básico correspondente, a título de diferença
de caixa.
Parágrafo único. A percepção de vantagem de que trata este artigo será concedida somente quando o funcionário estiver no
desempenho dessas atribuições.

Art. 69. Os Servidores Municipais, de qualquer Secretaria ou Órgãos afins, da administração direta ou indireta, quando
contemplados com quaisquer tipos de vantagens previstos na legislação municipal, estas serão obrigatoriamente calculadas sobre o
nível básico correspondente, nos termos da Constituição Federal.

Art. 70. Os Servidores Municipais que pertencem ao nível 05 (cinco), perceberão uma gratificação especial de 50% sobre o seu
nível básico correspondente.
Parágrafo único. A gratificação especial de que trata o parágrafo anterior será calculada apenas sobre o valor de 20h (vinte
horas) semanais, independentemente da carga horária ser de 20h (vinte horas) ou 40h (quarenta horas) semanais.

Art. 71. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei, correrão por conta de Dotações Orçamentárias específicas, previstas no
orçamento de 1997 e subsequentes.

Art. 72. Ficam revogadas as Leis 1.955, 2.092, 2.637, 2.726, 2.796, 2.760, 2.716, 2.793, 2.753, 2.725, 2.739, 2.742, 2.720, 2.730,
2.880, 3.008 e 3.162.

Art. 73. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, com efeitos retroativos a 1º
de janeiro de 1997.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE BAGÉ, em 25 de fevereiro de 1997.

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