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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

TRABALHO DE DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL

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POR:

ADALIE SOARES DE SÁ

GABRIELA ELOISA K. FORTES

LÍVIA PINESCHI

LUIZA SIMEÃO MARQUES LARANJEIRA

MARCELO

PATRÍCIA COUTINHO PEREIRA

VOLTA REDONDA ʹ RJ

2011
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JADPF)

O controle de constitucionalidade concentrado, realizado pela via abstrata, é


representado por várias ações de cunho constitucional, tais como a ADIN, ADIN por Omissão,
ADC e a Representação Interventiva. Ao lado destas ações se posiciona a Argüição de
Descumprimento de Preceito Fundamental ʹ ADPF, que será objeto deste trabalho.

O artigo 102 da Constituição Federal de 1988, em seu parágrafo primeiro, prevê que a
arguição de descumprimento de preceito fundamental será apreciada pelo Supremo Tribunal
Federal. Tal artigo revelava-se de eficácia limitada, pelo que veio a ser regulamentado através
da Lei n° 9.882/99, que definiu o procedimento ao qual a ação em tela deve ser submetido.

Y JHipóteses de Cabimento)

As hipóteses de cabimento da ADPF dividem-se em duas modalidades:

Arguição como ação autônoma, cuja previsão esta no caput do artigo 1º da lei n° 9882/99;

Aqui o objeto é efetivamente reparar ou evitar uma lesão a preceito fundamental,


resultante de ato do Poder Público. Há, portanto, a existência de caráter preventivo quando se
busca evitar uma lesão, e caráter repressivo na hipótese em que a ação vem a ser usada como
forma de reparação da lesão ao disposto na Constituição.

Insta salientar que os atos aos quais se refere o artigo não se restringem aos atos
normativos, abarcando também os atos administrativos.

2) Arguição por equivalência ou equiparação, cuja previsão esta no parágrafo único do artigo
1º da Lei supracitada;

Neste aspecto, a arguição pode ser utilizada quando for relevante o fundamento da
controvérsia constitucional sobre a lei ou ato normativo federal, estadual, municipal, distrital,
incluídos os anteriores à Constituição de 1988. Para tanto, deve haver comprovação da
controvérsia judicial, da divergência jurisprudencial, relevante na aplicação do ato violador.
Uma vez entendido que a ADPF pode ter como objeto atos editados antes da
Constituição de 1988, verifica-se a sua importância como instrumento de análise, em abstrato,
de recepção Jou não) de leis e atos normativos anteriores, por nossa Carta Magna.

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A constituição e a lei infraconstitucional deixaram de conceituar Preceito fundamental,


passando essa responsabilidade para o STF.

Os ministros do STF ainda não o definiram, mas já disseram o que não é preceito, um
exemplo, quando o ministro relator Néri da Silveira apresentou a questão de ordem ADPF1-RJ,
o tribunal não conheceu de argüição de descumprimento ajuizada pelo partido Progressista do
Brasil J PC do B), contra a o prefeito do Rio de Janeiro que vetou o projeto de lei,aprovado pela
Câmara municipal,de forma imotivada. Considerando incabível porque o veto constitui ato do
poder Executivo, insuscetível de ser enquadrado no conceito de ato do poder publico.

Enquanto o STF não define, o que se entende por preceitos fundamentais, há algumas
sugestões doutrinarias:

- Professor Cássio Juvenal Faria diz que seriam normas qualificadas, que veiculam e servem de
vetores de interpretação para outras normas constitucionais, cita como exemplo: princípios
fundamentais, cláusulas Pétreas, princípios constitucionais sensíveis,garantias fundamentais e
princípios gerais da atividade econômica;etc.

- Outro doutrinador que também deu uma definição é Bulos.Ele os qualificam de


fundamentais, os grandes preceitos que informam o sistema constitucional,que estabelecem
comandos basilares e imprescindíveis à defesa dos pilares do agir constituinte originaria.

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De acordo com Constituição Federal a competência originaria é do STF para apreciar


não só a lesão ao preceito fundamental. Mas também o controle concentrado de
constitucionalidade de leis ou atos normativos, além dos federais, estaduais, municipais e atos
anteriores a constituição federal que ferem os preceitos fundamentais.
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Os legitimados para a propositura da referida ação são os !&!& Y % '(
previstos no art. 103, I a IX, da CF/88 e no art. 2.º, I a IX, da lei nº 9868/99 Jconforme o art. 2, I
da lei nº 9882/99), com as observações sobre a # $ !), aplicada tal qual na ADI
genérica.

O art. 2º. II da lei nº 9882/99 permitia a legitimação para *"*#&&"&


!+#,", mas foi vetado.

Apesar do -, o art. 2º,§1º, estabelece que, ͞na hipótese do inciso II, faculta-se ao
interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento
de preceito fundamental ao ."#,", que, examinando os fundamentos
jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo.
! 

Proposta a ação diretamente no STF, por um dos legitimados, deverá o relator


sorteado analisar a regularidade formal da petição inicial, que deverá conter, além dos
requisitos do art. 282 CPC e observância das regras regimentais:  a indicação do preceito
fundamental que se considera violado;  a indicação do ato questionado;  a prova da
violação de preceito fundamental;  o pedido, com suas especificações;  se for o caso, a
comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito
fundamental que se considera violado.

A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será


apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos
necessários para comprovar a impugnação Jparágrafo único do art. 3º, da lei em análise).

Liminarmente, o relato, não sendo o caso de argüição, faltante um dos requisitos


apontados, ou inepta a inicial, indeferirá a petição inicial, sendo cabível o &%-,
no prazo de  &, para atacar tal decisão.

Fundamental notar que, de acordo com o art. 4º, §1º, da Lei nº 9.882/99, não será
admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer
outro meio eficaz capaz de sanar a lesividade. Trata-se do # /#&& Jcaráter
residual), que, segundo o Ministro Celso de Mello, condiciona o ajuizamento da ação à ͞...
ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a lesividade
indicada pelo autor͟ JADPF ʹ 6/RJ, | de 19.09.2000).

Evoluindo, o STF entendeu que o # /#&& deve ser interpretado no


contexto da ! & "%"": ͞Princípio da subsidiaridade, Jart. 4º, §1º, da Lei nº
9.882/99): inexistência de outro meio eficaz de sanar a lesão, compreendido no contexto
global, como aquele apto a solver a controvérsia constitucional relevante de forma ampla,
geral e imediata. A existência de processos ordinários e recursos extraordinários não deve
excluir, u , a utilização da argüição de descumprimento de preceito fundamental, em
virtude da feição marcadamente objetiva dessa ação͟ JY 00, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
07.12.2005, | de 27.10.2006).

Havendo pedido de liminar e apreciado pelo relator, este solicitará as informações


necessárias às autoridades responsáveis pela prática do ato praticado, no prazo de 10 dias,
podendo, ainda, caso entenda necessário, ouvir as partes nos processos que ensejaram a
argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que
emita parecer sobre questão, ou, ainda, fixar data para declarações em $ #,".

Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de


memoriais, por requerimento os interessados no processo.

Ouvido o MP Jart. 7º, parágrafo único, da Lei nº 9.882/99, acatando o mandamento do


art. 103 §1º da CF/88), o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, pedindo
dia para julgamento.

Da mesma forma que ocorre no julgamento da ADI, a decisão Jjulgamento) sobre a


argüição será proferida pelo Î   da ! &" Jart. 97 da CF/88), desde que
presente o Î     u
u  u   
u , previsto no art. 8º da lei, qual seja,
a exigência de estarem presentes pelo menos 2/0& &&, ou seja, pelo menos 1&
 &&.

Conforme se verifica no processo de ADI, a decisão que julgar procedente ou


improcedente o pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é
/-"( 2 #  &   +2 &&3 Jart. 12 da lei), cabendo, contudo,
contra o descumprimento da decisão proferida pelo STF, na forme de seu Regimento Interno,
"!+2.

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icJulgada em 29 de Abril de 2010. Tendo como Relator o Min. Eros Grau ® do órgão
competente: STF

icObjeto: Lei de Anistia dada pelo Presidente da República e Congresso Nacional

icCausa de Pedir e Pedido: não-recebimento pela CF/88, dos dispositivos do art.1º.§1º


da Lei 6.683/79, que trata da concessão de anistia a todos, que em determinado
período J02 de Setembro de 1961 a 15 de Agosto de 1979), cometeram crimes
#"/& & .&., segundo esse preceito, aos crimes conexos, de qualquer
natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política.

icModalidade: Repressiva, uma vez que a lei já vige e gerou efeitos.

icArgumentante: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil- OAB


®Legitimado Ativo

icHouve solicitação de informações, e posterior encaminhamento para o MP Jfls.3)

icAmicus Curiae deferido a Associação de Juizes. Jfls.4. item 13.) Intencionando


demonstrar que crimes comuns não podem ter tratamento extensivo dos políticos,
posto que ocorridos crimes de homicídio a serem discutidos em esfera penal.
Também o Centro pela Justiça e o Direito Internacional- CEJIL, a Associação Brasileira
de Anistiados Políticos- ABAP e a Associação Democrática e Nacionalista de Militares-
ADNAM Jfls. 7 Item 23)

icO MP entende essa extensão inconstitucional, porém o AGU discorda, e argumenta


que a ADPF deve ser indeferida, devido à segurança jurídica gerada pela anistia.

icIndeferimento de pedido para realização de audiência pública. Jfl.8 item 24)


icPor não ser incidental, é desnecessária a comprovação de controvérsia jurídica, pois é
isso que se discute no presente ADPF.

icHouve Pedido de Preliminar, que foi indeferido. Jfls.10)

icMesmo não estando definida a legitimidade passiva, e os agentes, é possível a ADPF,


onde não há réus, pois o que se discute é a constitucionalid ade da norma e o
descumprimento de preceito fundamental. Jfls.12) Admite -se então a subsidiariedade
da ADPF, visto que trata-se de lei anterior a CF/88, cujos preceitos só podem ser
analisados via esse instrumento.

icNa Decisão, defende o caráter genérico e objetivo da anistia. Jfls.20)

Significa a verdade histórica o acesso aos documentos. Jfls.20-21) Fala ainda sobre a
necessidade do Princípio da Dignidade Humana, e da Liberdade de Imprensa Jfls.26)

Por dizer que a interpretação do direito tem caráter constitutivo, e não meramente
declaratório, começa dizendo em toda repercussão que teria a ADPF contra a Lei de
Anistia, que já possui segurança jurídica, sendo necessária na época que foi feita, e por
isso válida. Jfls.43)

Lei 9.455/97- ... é insuscetível de graça ou anistia a prática de tortura, entre outros
crimes. Jfls. 56) Não alcança as anistias concedidas anteriormente. O Brasil não
subscreveu nenhuma norma internacional que contenha algo similar com a
Imprescritibilidade dos crimes de guerra e dos crimes contra a humanidade. Porém a
ONU vem dizer que é crime contra a ordem pública, contra a humanidade, e tem
caráter internacional.

Discorre que a história não se reescreve, e que deve ser interpretada no seu contexto,
que era melhor a anistia na época, que valeu para ambos os lados, e que não deve ser
analisada no tempo atual. Jfls.58)
Discorre sobre a diferença do modo de entender a lei entre o Brasil e por exemplo o
Chile, Uruguai e Argentina, pois aqui é função do Legislativo fazê-la, cabendo ao
Judiciário a penas comparar o ato ou lei com a norma pré-constituída. Nesses países
não foram anistiados quem já estava sendo processado ou tivesse sido condenado, ou
cometido crimes lesa-humanidade ou crimes de sangue. Então o erro aqui é da lei já
efetiva, e não de sua interpretação, cabendo a mudança ao Legislativo e não ao
Judiciário. Jfls.61)

A Lei de anistia de 1979 foi reafirmada no texto da EC 26/85, pelo poder constituinte
da CF/88, pois já não pertencia à ordem decaída, integrou-se na nova ordem, logo não
pode ser vista como inconstitucional, posto que recebida. Podemos apenas discutir
seus princípios e fundamentos. Jfls.70)

Sobre a constitucionalidade das leis 8.159/91 e 11.111/05 versa a ADI 4077, sobre a
legitimidade da lei de anistia e possibilidade de acesso aos documentos históricos.
Jfls.72)

Julga improcedente a Ação, por determinar ser esse o meio inadequado de obter tal
fim, dizendo ser competência do Legislativo mudar tal lei, para que possa ser
interpretada de forma diversa. Porém ressalvando que reprova tais atos ocorridos
naquela época, e que a decisão não fará, nem deverá fazer ninguém esquecer tais
atos. Jfls.73

icEfeitos da decisão são:


Xu , ou seja para todos os destinatários.
-Não há retroatividade, posto que manteve o  u  Î 
-Vinculante, ou seja, atinge aqueles órgãos emanadores ou possíveis de decisões
similares, do Poder Judiciário e da Administração Pública, dado em Via Abstrata,
obrigando o seu cumprimento, posto que julgou a norma válida.

Resta dizer aqui, que o próprio relator falou indiretamente do Princípio da Não -
Fossilização, quando disse caber ao Legislativo mudar a Lei de Anistia, ou expurgá -la do
ordenamento, pois ele pode mudar aquilo que fez, e não cabe ao Judiciário dar uma
interpretação anulatória a tal lei.
Pode ainda, o próprio STF rever essa decisão.


  : Y 7

Y|. Disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argui%C3%A7%C3%A3o_de_descumprimento_de_preceit
o_fundamental. Em 17.05.2011.

ADPF 135-   Y u. Disponível em


http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ADPF153.pdf. Em
17.05.2011.

ALMEIDA, Eloísa Machado de. u 


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 Dissertação de
Mestrado em Ciências Sociais PUC/SP. Disponível em
http://www.sbdp.org.br/arquivos/material/296. Acesso em 16.05.2011 .
MORAES, Alexandre de. |    u
. 23ª.edição. Editora Atlas S.A. SP/2008.

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