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POR:
ADALIE SOARES DE SÁ
LÍVIA PINESCHI
MARCELO
VOLTA REDONDA ʹ RJ
2011
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JADPF)
O artigo 102 da Constituição Federal de 1988, em seu parágrafo primeiro, prevê que a
arguição de descumprimento de preceito fundamental será apreciada pelo Supremo Tribunal
Federal. Tal artigo revelava-se de eficácia limitada, pelo que veio a ser regulamentado através
da Lei n° 9.882/99, que definiu o procedimento ao qual a ação em tela deve ser submetido.
Arguição como ação autônoma, cuja previsão esta no caput do artigo 1º da lei n° 9882/99;
Insta salientar que os atos aos quais se refere o artigo não se restringem aos atos
normativos, abarcando também os atos administrativos.
2) Arguição por equivalência ou equiparação, cuja previsão esta no parágrafo único do artigo
1º da Lei supracitada;
Neste aspecto, a arguição pode ser utilizada quando for relevante o fundamento da
controvérsia constitucional sobre a lei ou ato normativo federal, estadual, municipal, distrital,
incluídos os anteriores à Constituição de 1988. Para tanto, deve haver comprovação da
controvérsia judicial, da divergência jurisprudencial, relevante na aplicação do ato violador.
Uma vez entendido que a ADPF pode ter como objeto atos editados antes da
Constituição de 1988, verifica-se a sua importância como instrumento de análise, em abstrato,
de recepção Jou não) de leis e atos normativos anteriores, por nossa Carta Magna.
Os ministros do STF ainda não o definiram, mas já disseram o que não é preceito, um
exemplo, quando o ministro relator Néri da Silveira apresentou a questão de ordem ADPF1-RJ,
o tribunal não conheceu de argüição de descumprimento ajuizada pelo partido Progressista do
Brasil J PC do B), contra a o prefeito do Rio de Janeiro que vetou o projeto de lei,aprovado pela
Câmara municipal,de forma imotivada. Considerando incabível porque o veto constitui ato do
poder Executivo, insuscetível de ser enquadrado no conceito de ato do poder publico.
Enquanto o STF não define, o que se entende por preceitos fundamentais, há algumas
sugestões doutrinarias:
- Professor Cássio Juvenal Faria diz que seriam normas qualificadas, que veiculam e servem de
vetores de interpretação para outras normas constitucionais, cita como exemplo: princípios
fundamentais, cláusulas Pétreas, princípios constitucionais sensíveis,garantias fundamentais e
princípios gerais da atividade econômica;etc.
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Os legitimados para a propositura da referida ação são os !&!& Y % '(
previstos no art. 103, I a IX, da CF/88 e no art. 2.º, I a IX, da lei nº 9868/99 Jconforme o art. 2, I
da lei nº 9882/99), com as observações sobre a # $ !), aplicada tal qual na ADI
genérica.
Apesar do -, o art. 2º,§1º, estabelece que, ͞na hipótese do inciso II, faculta-se ao
interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento
de preceito fundamental ao ."#,", que, examinando os fundamentos
jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo.
!
Fundamental notar que, de acordo com o art. 4º, §1º, da Lei nº 9.882/99, não será
admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer
outro meio eficaz capaz de sanar a lesividade. Trata-se do # /#&& Jcaráter
residual), que, segundo o Ministro Celso de Mello, condiciona o ajuizamento da ação à ͞...
ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a lesividade
indicada pelo autor͟ JADPF ʹ 6/RJ, | de 19.09.2000).
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icJulgada em 29 de Abril de 2010. Tendo como Relator o Min. Eros Grau ® do órgão
competente: STF
Significa a verdade histórica o acesso aos documentos. Jfls.20-21) Fala ainda sobre a
necessidade do Princípio da Dignidade Humana, e da Liberdade de Imprensa Jfls.26)
Por dizer que a interpretação do direito tem caráter constitutivo, e não meramente
declaratório, começa dizendo em toda repercussão que teria a ADPF contra a Lei de
Anistia, que já possui segurança jurídica, sendo necessária na época que foi feita, e por
isso válida. Jfls.43)
Lei 9.455/97- ... é insuscetível de graça ou anistia a prática de tortura, entre outros
crimes. Jfls. 56) Não alcança as anistias concedidas anteriormente. O Brasil não
subscreveu nenhuma norma internacional que contenha algo similar com a
Imprescritibilidade dos crimes de guerra e dos crimes contra a humanidade. Porém a
ONU vem dizer que é crime contra a ordem pública, contra a humanidade, e tem
caráter internacional.
Discorre que a história não se reescreve, e que deve ser interpretada no seu contexto,
que era melhor a anistia na época, que valeu para ambos os lados, e que não deve ser
analisada no tempo atual. Jfls.58)
Discorre sobre a diferença do modo de entender a lei entre o Brasil e por exemplo o
Chile, Uruguai e Argentina, pois aqui é função do Legislativo fazê-la, cabendo ao
Judiciário a penas comparar o ato ou lei com a norma pré-constituída. Nesses países
não foram anistiados quem já estava sendo processado ou tivesse sido condenado, ou
cometido crimes lesa-humanidade ou crimes de sangue. Então o erro aqui é da lei já
efetiva, e não de sua interpretação, cabendo a mudança ao Legislativo e não ao
Judiciário. Jfls.61)
A Lei de anistia de 1979 foi reafirmada no texto da EC 26/85, pelo poder constituinte
da CF/88, pois já não pertencia à ordem decaída, integrou-se na nova ordem, logo não
pode ser vista como inconstitucional, posto que recebida. Podemos apenas discutir
seus princípios e fundamentos. Jfls.70)
Sobre a constitucionalidade das leis 8.159/91 e 11.111/05 versa a ADI 4077, sobre a
legitimidade da lei de anistia e possibilidade de acesso aos documentos históricos.
Jfls.72)
Julga improcedente a Ação, por determinar ser esse o meio inadequado de obter tal
fim, dizendo ser competência do Legislativo mudar tal lei, para que possa ser
interpretada de forma diversa. Porém ressalvando que reprova tais atos ocorridos
naquela época, e que a decisão não fará, nem deverá fazer ninguém esquecer tais
atos. Jfls.73
Resta dizer aqui, que o próprio relator falou indiretamente do Princípio da Não -
Fossilização, quando disse caber ao Legislativo mudar a Lei de Anistia, ou expurgá -la do
ordenamento, pois ele pode mudar aquilo que fez, e não cabe ao Judiciário dar uma
interpretação anulatória a tal lei.
Pode ainda, o próprio STF rever essa decisão.
: Y7
Y|. Disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argui%C3%A7%C3%A3o_de_descumprimento_de_preceit
o_fundamental. Em 17.05.2011.