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Sistema Motor
Caminho das fibras nervosas:
Córtex Motor Cerebral – Giro Pós-central ou área 4 (origem do 1o neurônio motor)
Coroa radiada
Cápsula interna (entre o Tálamo e o Putamen)
O 1o neurônio motor forma o Feixe Piramidal (feixes córtico-espinhal e córtico-
nuclear)
Mesencéfalo
Ponte (onde está o núcleo do VII Par)
Bulbo (origem do 2o neurônio motor, do núcleo do XII Par e do 1o neurônio
sensitivo)
Medula Espinhal (2o neurônio motor)
Decussação das Pirâmides.
C1-C7
T1-T12
L1-L5
S1-S5
Fusos Musculares
Síndrome de Djerine (lesão na pirâmide bulbar): poupa o VII par, com alteração
motora bráqui-crural contralateral e paralisia contralateral da língua tipo central
(sem atrofia).
Síndrome de Djerine (AVEI na porção antero-medial bulbar): poupa o VII par, com
alteração motora bráqui-crural contralateral e paralisia ipsilateral da língua tipo
periférica (com atrofia e miofasciculações na hemilíngua lesada).
Sistema Extrapiramidal:
Composta pelos Gânglios da Base e pela Substância Negra.
Os Gânglios da Base são compostos por:
Corpo Estriado = Neoestriado (núcleo caudado + putamen) e Globo Pálido.
Núcleo Subtalâmico.
O neoestriado inibe o globo pálido externo, que inibe o globo pálido interno, que
inibe o tálamo. Ao inibir o GPe, o neoestriado estimula o GPi e inibe o tálamo.
Lesão do GPi = hipercinesia.
Lesão do GPe = parkinsonismo.
O núcleo subtalâmico ativa o GPi, que inibe o tálamo. Uma lesão no núcleo
subtalâmico gera Hemibalismo contralateral (movimentos súbitos de arremesso do
MS).
Divide-se em:
Arquicerebelo:
Núcleos fastidial e vestibulares são responsáveis pela regulação do equilíbrio.
Palicerebelo:
Núcleos emboliforme e globoso e feixes espino-cerebelares são responsáveis pela
propriocepção inconsiente.
Núcleo rubro é responsável pelo ajuste fino do movimento.
Neocerebelo:
Núcleo denteado e circuito cortiço-ponto-cerebelo-tálamo-cortical controla o córtex
pelo cerebelo.
Núcleo denteado e Triângulo de Mollaret (circuito cerebelo-rubro-olivo-cerebelar).
Sistema Sensorial:
Síndromes dolorosas/tátil:
Síndrome de Brown-Séquard:
Hemianestesia dolorosa e tátil contralateral a lesão;
Hemiparesia/plegia flácida ou espástica contralateral a lesão;
Perda da sensibilidade vibratória e proprioceptica ipisilateral a lesão.
Síndrome de Wallemberg:
Hemi-hipo/anestesia do hemicorpo contralateral a lesão;
Hemi-hipo/anestesia da hemiface ipisilateral a lesão.
Síndrome talâmica:
Síndrome Djerine-Roussy (AVEI talâmico):
Distúrbio hemianestésico;
Dor talâmica: dor espontânea de forte intensidade e difícil controle no hemicorpo
contralateral.
III Par (oculomotor): responsável pelo movimento do olhar para cima, para baixo e
para dentro, abrir as pálpebras e mover as pupilas e corpos ciliares. Sua lesão
causa estrabismo divergente (para fora - lateral) no olho ipsilateral. Pode haver
diplopia (agravada quando o paciente tenta olhar para cima), ptose palpebral e
midríase paralítica.
Síndrome de Parinaud: desvio do olhar conjugado para baixo.
V Par (trigêmeo):
Ramo oftálmico: sensibilidade da córnea, porção superior da face, incluindo fronte e
dorso nasal e porção ântero-superior do couro cabeludo.
Ramo maxilar: sensibilidade da região maxilar, narinas, lábio superior e arcada
dentária superior.
Ramo mandibular: sensibilidade da região mandibular, mento, lábio inferior, arcada
dentária inferior e 2/3 anteriores da língua.
Núcleos sensitivos: espinhal do trigêmeo, principal do trigêmeo e mesencefálico do
trigêmeo.
Reflexos Mesencefálicos:
Reflexo fotomotor e consensual
Reflexo de Convergência
Reflexos Pontinos:
Reflexo óculo-cefálico e óculo-vestibular
Reflexo córneo-palpebral
Reflexo de piscar
Reflexos Bulbares:
Reflexo do engasgo
Reflexo do vômito
Soluço
Reflexo cílio-espinhal
O I Par (olfatório) e o II Par (óptico) não se originam no tronco encefálico. Eles são
uma extensão do cérebro e suas fibras pertencem ao SNC, ao contrário dos demais
pares de nervos cranianos que compõe o sistema nervoso periférico.
I Par (Olfatório): sua lesão aguda pode causar anosmia, e se for crônica, causa
perda progressiva do paladar.
O Cérebro ou Telencéfalo:
O córtex cerebral (área cinzenta periférica) é dividido em áreas citoarquiteturais
numeradas de 1 a 52 (áreas de Brodmann).
Lobo Frontal
Motricidade voluntária e involuntária (automática);
Expressão da linguagem (fala);
Iniciativa;
Raciocínio;
Planejamento;
Solução de Problemas;
Comportamento Social;
Concentração (memória imediata).
Lobo Parietal:
Capta e processa a sensibilidade somática (tato, dor, temperatura e propriocepção)
e a sensibilidade cinestésica.
Integra mensagens da interpretação visual e (em menor grau) da auditiva.
- Córtex Somatosensorial Primário (áreas 1, 2, 3): responsável pela consciência
imediata dos sentidos do tato, dor, temperatura, pressão, vibração e propriocepção.
Lesões causam hemiparesia/plegia e hemihipoestesia/anestesia (tudo
contralateral).
- Córtex Somatosensorial Associativo (áreas 5, 7): são áreas de reconhecimento
sensitivo, onde estão armaze3nadas diversas sensações (queimadura, agulhada,
beliscão). Lesões causam agnosia (perda da capacidade de reconhecer o
estímulo), astereoagnosia (perda da capacidade de reconhecer um objeto pelo tato,
mas pode reconhece-lo pela visão, pelo som, pelo cheiro). Acomete o lado
contralateral.
- Córtex Associativo Geral (áreas 39, 40): processam informações sensoriais e as
comparam com experiências anteriores. Respondem pelo entendimento dos gestos,
dos símbolos, da escrita, dos números, da orientação direita-esquerda. Sua lesão
causa a síndrome de Gerstmann (agrafia + alexia, acalculia, agnosia, desorientação
espacial direita-esquerda, apraxia - dificuldade de realizar o movimento).
Lobo Temporal:
Audição (porção lateral);
Música;
Compreenção da Linguagem Falada;
Olfato (porção medial);
Memória;
Comportamento Emotivo (porção medial).
- Córtex Auditivo Primário (área 41): responsável pela percepção dos sons. Como
há fibras aferentes bilaterais para ambos os ouvidos, sua lesão não causa
hipoacusia.
- Córtex Auditivo Associativo (área 42): responsável pelo reconhecimento do som.
Uma lesão bilateral causa agnosia auditiva. Uma lesão isolada na área 42 causa
amusia (incapacidade de reconhecer melodias).
- Área de Wernicke ou da Compreensão da Fala (área 22): sua lesão (AVE de
artéria cerebral média) causa a afasia de Wernicke ou sensorial (não compreende
nenhuma palavra que falam para ele, nem o que ele mesmo fala, criando palavras
incompreensíveis). Outro tipo de lesão leva a aprosidia sensorial (perda da
intonação da fala, sem emoção).
- Área Olfatória (área 28 e 34): úncus e área etorrinal do giro parahipocampal.
- Área da Memória: responsável pela memória dos fatos recentes (hipocampo),
como dos fatos antigos (corpo mamilar e giros do lobo temporal medial). Lesões
podem causar amnésia lacunar ou total (como no TCE). Na epilepsia, o paciente
pode experimentar sensações de deja vu (parece conhecer um lugar onde nunca
esteve) ou jamai vu (não reconhece lugares familiares).
- Áreas Comportamentais: sua lesão causa inexplicável raiva e agressividade,
ansiedade, pânico, discreta paranóia. Lesões bilaterais determinam ilusões
auditivas ou visuais, desorientação, alterações de comportamento, incluindo
religiosidade e hipergrafia.
Lobo Occipital:
Visão;
Interpretação visual;
Interpretação espacial;
Interpretação da leitura.
- Córtex calcarino (área 17): responsável pela precepção do estímulo visual. Sua
lesão unilateral leva a hemianopsia contralateral. Faz-se campimetria visual.
- Córtex Visual Associativo (áreas 18 e 19): processa e reconhece aquilo que o
paciente está enxergando. Uma lesão no hemisfério dominante causa agnosia
visual (o paciente enxerga, mas não sabe o que é, não sabe o nome e nem sabe
para que serve). Sua lesão bilateral causa a Síndrome de Anton (fica cego, sem
reconhecer que está cego). Outras lesões podem causar alexia sem agrafia,
incapacidade de distinguir rostos de pessoas conhecidas e síndrome de Balint.
Síndrome de Balint:
Simultanagnosia: perda de a noção espacial, incapacidade de reconhecer cenários
e paisagens.
Ataxia Óptica: não consegue alcançar objetos com a mão.
Apraxia Óptica: não consegue desviar olhar voluntariamente numa paisagem ou
cenário.
Sistema Límbico:
Margeia em forma de arco o corpo caloso, formado pelo hipocampo e giro
cingulado.
Não se sabe sua função (2006).
Síndrome de Klüver-Bucy: comportamento plácido, passivo aos fatos e ameaças,
sem reações de raiva e com intensa liberação sexual.
Diencéfalo: Hipotálamo e Tálamo.
Hipotálamo:
Centro cerebral para todas as funções do SNA, controle sobre a hipófise e sistema
límbico.
Combina as emoções com a atuação do SNA.
Regulam a temperatura corporal pelo tônus vascular cutâneo.
Tálamo:
É retransmissora de diversas funções, pois recebe fibras sensoriais de todos os
sentidos, menos olfatório.
Funções do Tálamo:
- Coma e vigília: infartos na porção interna do tálamo causa sonolência patológica.
- Função somato-sensorial: termo-álgica e vibratório-proprioceptiva.
- Visão, audição e paladar.
- Função motora.
- Função límbica: modula reações emocionais, controlando o comportamento de
defesa e auto-preservação e o afeto.
Síndromes talâmicas:
- Síndrome de Dejerine-Roussy: oclusão da artéria tálamo-geniculada, causando
hemianestesia do hemicorpo contralateral para todas as sensibilidades, dor
talâmica (espontânea, dimidiada, refratária a analgésicos, piora ac/ emoções e
pode responder a anticonvulsivantes).
- Ataxia cerebelar com ou sem Coreoatetose: infarto da porção antero-lateral,
causando comprometimento da regulação cerebelar e extrapiramidal dos núcleos
talâmicos. Ocorre tremor intencional (mão talâmica).
- Distúrbios de Afetividade: instabilidade emocional, tendência ao riso e choro
espasmódico, pelo comprometimento do núcleo anterior, envolvido com sistema
límbico.