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CONVERSÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO Art. 169, CC – “o negócio jurídico nulo não é suscetível de
confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo” Já, o art. 170 estabeleceu a “conversão do
negócio jurídico”, objetivando a preservação do negócio jurídico, em observância ao princípio
da economicidade. “Se o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este
quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem
previsto a nulidade”. Assim, Permite que observados certos requisitos (objetivo - necessidade de que o
segundo negócio em que se converteu o nulo tenha por suporte os mesmos elementos fáticos deste)
(subjetivo – relativo à intenção das partes de obter o efeito prático resultante do negócio em que se
converte o inválido) se transforme um negócio jurídico, inicialmente nulo, em outro, para propiciar a
consecução do resultado prático que as partes visavam com ele alcançar. ( compra e venda de bem
imóvel de valor elevado por meio de instrumento particular → um compromisso de compra e
venda de bem imóvel, que dispensa a forma pública)
OBS.: É que o negócio simulado ou simulação tem natureza consensual, pressupondo o acordo de
vontade, sendo este absolutamente dispensável para a conotação da reserva mental...
Segundo o indiscutível Nelson Nery " Reserva Mental é a emissão de uma declaração não querida em seu
conteúdo, tampouco em seu resultado, tendo por único objetivo enganar o declaratário" (Nery, Vícios, n.
3.1, p. 18)
Tem como elementos caracterizadores a declaração não querida em seu objeto e o intento de enganar
terceiros ou mesmo o declaratário...
Eis alguns exmplos:
1 - declaração do autor de determinda obra literária, anunciando que o produto da venda dos livros terá
destinação filantrópica, mas com o único intuito de obter lucros com boa vendagem...
2 - homem, com o propósito de manter relação sexual com uma mulher, afirma que se casará com ela
3 - estrangeiro que, em situação ilegal no país, casa-se com uma mulher da terra a fim de não ser expulso
pelo serviço de imigração
4 - declaração do testador que, com a preocupação de prejudicar herdeiro, dispõe em benefício de quem
se diz falsamente devedor
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA: PRESCRIÇÃO – Artigo 189, CC: “ Violado o direito
nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue pela prescrição, nos prazos a que aludem
os arts. 205 a 206” Trata-se de instituto de direito material. Importância: estabilidade e
consolidação de todos os direitos. REQUISITOS: a) violação do direito, com o nascimento da
pretensão, inércia do titular, c) o decurso do tempo fixado em lei. PRETENSÕES
IMPRESCRÍTIVEIS: A pretensão é deduzida em juízo por meio da ação. NÃO PRESCREVEM:
Os que protegem os direitos da personalidade, estado das pessoas (filiação, separação,
interdição, investigação de paternidade), potestativos, bens públicos de qualquer natureza, as
que protegem os direitos de propriedade (reivindicatória), as pretensões de reaver bens
confiados à guarda de outrem, a título de depósito, penhor ou mandato, as destinadas a anular
inscrição de nome empresarial feita com violação de lei ou do contrato. (OBS.: Preclusão =
perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida no momento próprio, só produz
efeito dentro do próprio processo. Perempção = também tem natureza processual, consiste na
perda do direito de ação pelo autor contumaz, que deu causa a três arquivamentos sucessivos,
não extingue o direito material, nem a pretensão que passam a ser oponíveis somente como
defesa, art. 268, parágrafo único).
Hipóteses legais: O art. 191 não admite a renúncia prévia da prescrição, isto é, antes que se tem há
consumado – nem da prescrição em curso – Renúncia pressupõe: que a prescrição já tenha sido
consumada e que não prejudique terceiros. O art. 192 estabelece que os prazos da prescrição não podem
ser alterados por acordo das partes. O art. 193 estabelece que “a prescrição pode ser alegada em qualquer
grau de jurisdição pela parte a quem aproveita”. O artigo 219, § 5 do CPC estabelece que: “ O juiz
pronunciará de ofício a prescrição” . Se a parte pessoalmente não invoca a prescrição poderá fazê-lo o
representante do M.P. em nome do incapaz ou dos interesses que tutela, não poderá quando atuar como
custos legis em matéria patrimonial. Art. 195: O s relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação
contra os seus assistentes ou representantes legais que derem causa à prescrição ou não alegarem
oportunamente” . Art. 196. “A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr”.
Não corre a prescrição: Artigos: 197, 198, 199,200, CC. Obs.: artigo 201 do CC. Interrupção da
prescrição: Artigos 202, 203 e 204 CC. Prazos prescricionais: Artigos 205, 206 CC.
DA DECADÊNCIA: Há a perda de um direito previsto em lei. O legislador estabelece que certo ato terá
que ser exercido dentro de um prazo previsto em lei. A decadência é a sanção conseqüente da
inobservância de um termo. Ocorre quando “ um direito potestativo não é exercido, são direitos sem
pretensão” O CC estabeleceu : Artigo 207: “Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam a
decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição” Aplica-se a decadência o
disposto nos artigos 195 e 198, I”. Art. 209 “É nula a decadência fixada em lei”. Art. 210 “Deve o juiz de
ofício conhecer da decadência fixada em lei. Art. 211 “ Se a decadência for convencional a parte a quem
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação”.