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“FIMCA”
E
NÍVEL CENTRAL:
CICLOOXIGENASES (COX)
São enzimas essenciais para a síntese de prostaglandinas a partir do ácido
aracdônico (AA) liberado pelas fosfolipases A2 da membrana celular.
FARMACOCINÉTICA:
Todos os AINES (exceto Paracetamol) são ácidos fracos facilmente absorvidos
no estômago e intestino. A velocidade de absorção está aumentada com o uso de
comprimidos de rápida dissolução ou efervescente; Ligam-se extensivamente às
proteínas plasmáticas (95 – 99%); São metabolizados pelo fígado e excretados pelos
rins.
MECANISMO DE AÇÃO:
Os AINEs são inibidores específicos da enzima ciclooxigenase (COX). As
COX transformam ácido araquidonico, um lípido presente nas células, em mediadores
prostanóides. Há dois tipos, a COX-1, presente em quase todos os tecidos; e a COX-2
induzida localmente por citocinas produzidas por leucócitos em resposta a danos ou
invasão microbiana. A COX-2 é essencialmente, mas não exclusivamente inflamatória,
uma vez que fisiologicamente existem tecidos que a produzam em baixas
concentrações, como o renal, pulmonar e cerebral. A COX-2 tem papel importante na
geração da inflamação, uma vez que ela produz os mediadores prostanóides pró-
inflamatórios, como algumas prostaglandinas e leucotrienos. A inibição destas enzimas
pelos AINE na redução da febre ou efeito antipirético é causada pela inibição da
formação de prostaglandinas E2 pela COX-1. Esta prostaglandinas é um mediador
importante para a ativação do centro nervoso (no hipotálamo), regulador da
temperatura corporal. Altos níveis de prostaglandinas E2 em estados inflamatórios
(como infecções) elevam a temperatura.
O efeito analgésico é devido à inibição da produção local de prostaglandinas
quando da inflamação. Estas prostaglandinas se forem produzidas, vão sensibilizar as
terminações nervosas locais da dor, que será iniciada por outros mediadores
inflamatórios como a bradicinina.
Os efeitos anti-inflamatórios também estão largamente dependentes da inibição
da produção de prostanóides, já que estes mediadores são importantes em quase todos
os fenômenos associados à inflamação, como vasodilatação, dor e atração de mais
leucócitos ao local.
RESUMO AO QUADRO DE SUA AÇÃO:
Inibição da síntese de prostaglandinas (PG):
Inibe a COX-1 ou COX-2 ou ambas, impedindo a formação de PG
Também antagonizam os receptores das PG
Inibem a liberação de histamina dos mastócitos.
Inibem a migração de leucócitos PMN (polimorfonucleares) e
monócitos, reduzindo a quimiotaxia.
Redução da permeabilidade capilar, diminuindo o edema e
vermelhidão.
Inibem a liberação da PGE1 na área pré-óptica do hipotálamo
anterior, inibindo o mecanismo da FEBRE.
USOS TERAPÊUTICOS:
Inflamação: são as drogas de 1ª linha para inibir o processo inflamatório em
doenças reumáticas e não-reumáticas, incluindo artrite reumatóide, osteoartrite, artrite
psoríaca, espondilite anquilosante. Esses fármacos não revertem à progressão da
doença reumática, mas retardam a destruição das cartilagens e ossos e aumentam a
mobilidade das articulações.
Analgésica: é a melhor opção para o tratamento da dor leve a moderada.
Ação antipirética: os AINES diminuem a temperatura corporal elevada pela
ação nos centros hipotalâmicos.
Outros: a Aspirina (AAS) pode ser utilizada profilaticamente para reduzir a
formação de trombos, profilaxia do infarto e de doenças coronarianas.
FARMACOCINÉTICA:
A forma não-ionizada é absorvida passivamente por difusão pelo TGI;
Mais de 50% ligam-se às albuminas plasmáticas;
Sofrem ampla distribuição;
São metabolizados pelas enzimas hepáticas;
Excretados pelos rins através da filtração glomerular, secreção tubular e
reabsorção tubular;
São sensíveis ao pH da urina.
REAÇÕES ADVERSAS:
EFEITOS GASTROINTESTINAIS:
Desconforto gástrico, náuseas, vômitos, por serem altamente irritantes
para a mucosa gástrica;
Aumento da secreção ácida gástrica;
Hemorragias gástricas;
Úlceras, gastrite medicamentosa;
Fator: inibição das PGE2 e PGI2 – inibem a secreção ácida gástrica e
promovem a secreção de muco citoprotetor.
HIPERSENSIBILIDADE:
Urticárias;
Choque anafilático.
INTOXICAÇÃO AGUDA:
Náuseas, vômitos;
Hiperventilação pulmonar – alterações do equilíbrio ácido-base;
Depressão do centro respiratório, falência respiratória e choque
circulatório;
Medidas: lavagem gástrica, administração EV de bicarbonato,
administração de vitamina K e transfusão de sangue (em casos de
choque).
INTOXICAÇÃO CRÔNICA:
Distúrbios gastrointestinais;
Úlceras pépticas;
Alteração do tempo de coagulação;
Reações de hipersensibilidade.
DERIVADOS DA PIRAZOLONA:
Fenilbutazona (butazolidina): Ex. (BUTAZONA),
Dipirona Ex.: (NOVALGINA),
Oxifenilbutazona E(TANDERIL®) e feprazona (Zepelan®).
São rapidamente absorvidas pelo TGI, metabolizadas pelo
fígado e lentamente excretadas pelos rins;
MECANISMO DE AÇÃO:
Inibem a síntese e liberação de PGs;
REAÇÕES ADVERSAS:
Intoxicação aguda:
Intoxicação crônica:
DERIVADOS DO PARA-AMINOFENOL:
MECANISMO DE AÇÃO:
São fracos inibidores das PGs periféricas, porém potentes inibidores das
PGs do SNC;
VANTAGENS:
Não afetam o equilíbrio ácido-base;
Não afetam o tempo de coagulação;
Não provocam irritações nem hemorragias gástricas;
REAÇÕES TÓXICAS:
Necrose hepática;
Náuseas, vômitos, dores abdominais;
Insuficiência hepática;
CONTRA-INDICAÇÕES:
Durante a gravidez:
Tratamento com AINEs em gestantes têm sido associados, à vasoconstrição do
ducto arterioso fetal, hipertensão arterial pulmonar síndrome de hipertensão pulmonar
persistente no recém-nascido) e inibição da agregação plaquetária (anormalidades na
hemostasia).
INTRODUÇÃO:
AÇÕES REGULADORAS
Sobre o hipotálamo e a hipófise anterior: ação de retroalimentação negativa,
resultando em diminuição da liberação dos glicocorticóides endógenos.
FARMACOCINÉTICA:
Administração: oral, tópica e parenteral
Ligação às proteínas plasmáticas globulinas de ligação dos glicocorticóides
(CGB) no sangue penetram nas cels por difusão metabolizadas no fígado.
EFEITOS INDESEJÁVEIS:
Os efeitos indesejáveis são observados principalmente com o uso sistêmico
prolongado como agentes antiinflamatórios ou imunossupressores.
Supressão da resposta à infecção
Supressão da síntese de glicocorticóides endógenos
Ações metabólicas
Síndrome de Cushing (iatrogênica)
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
AÇÃO CURTA:
Hidrocortisona:
Apresentações Comerciais (succinato de hidrocortisona)
Injetável 100 mg e Injetável 500 mg.
É um antiinflamatório esteróide; (succinato de hidrocortisona; corticosteróide;
vasoconstritor; imunossupressor; cortisol (outro nome genérico); glicocorticóide).
É usado para: asma brônquica; colite ulcerativa; doença do colágeno; edema
angioneurótico (angioedema); inflamação grave; insuficiência supra-renal; pênfigo;
reação alérgica grave.
Posologia:
Uso Injetável
Aplicar via intramuscular, no quadrante superior externo das nádegas,
profundamente.
Aplicar via intravenosa, lentamente.
Para cada marca, sempre conferir nas informações do fabricante a via
permitida.
Adultos (hidrocortisona succinato) (via intramuscular ou intravenosa)
Inicialmente 100 a 500 mg; repetir se necessário, cada 2 a 6 horas. O tempo de
administração intravenosa deve ser de 30 segundos para 100 mg, ou 10 minutos para
500 mg. Se houver necessidade de dose diária de manutenção, ela não deve ser inferior
a 25 mg.
Crianças (hidrocortisona succinato)
Insuficiência supra-renal (via intramuscular ou intravenosa): 0,20 a 0,28 mg por
kg de peso corporal por dia, divididos em 3 aplicações.
Outras indicações (via intramuscular): 0,7 a 4 mg por kg de peso corporal cada 12 ou
24 horas.
REAÇÕES ADVERSAS:
Doença ulcerosa do estômago e do intestino.
Convulsões.
Osteoporose e risco aumentado de fracturas ósseas.
Diminuição da resistência a infecções.
Acne.
Doença de Addison provocada pela terapêutica.
Aumento de peso.
Fraqueza muscular.
HTA (Hipertensão Arterial).
Atrofias cutâneas com diminuição da cicatrização.
AÇÃO INTERMEDIÁRIA:
PREDNISOLONA
Posologia:
Uso Oral
Adultos
2,5 a 15 mg, 2 a 4 vezes por dia.
Crianças
0,14 a 2 mg por kg de peso corporal ou 4 a 6 mg por m2 de superfície corporal por dia,
em doses divididas.
Podem ter uma ação rápida, intermédia ou prolongada. Dependendo do seu tipo
de ação são aplicados em diferentes patologias. Nos tratamentos prolongados
recomenda-se a redução ou mesmo a progressiva eliminação destes medicamentos.
PREDNISOLONA
(Oftálmico)
É antiinflamatório esteróide oftálmico; costicosteróide oftálmico;
(glicocorticóide).
PARA QUE SERVE: inflamação da conjuntiva bulbar; inflamação da conjuntiva
palpebral; inflamação da córnea; inflamação do segmento anterior do globo ocular.
Posologia:
Uso Tópico Ocular (nos olhos)
• Adultos
1 a 2 gotas no saco conjuntival a cada hora, durante o dia, e a cada 2 horas
durante a noite. Obtido um efeito favorável (geralmente após 24 a 48 horas), a dose
pode ser reduzida para 1 gota a cada 4 horas e a seguir para 1 gota 3 a 4 vezes ao dia.
METILPREDNISOLONA
APRESENTAÇÕES COMERCIAIS: Injetável 40 mg/ 2 ml, de 125 mg/2 ml e 500
mg/8 ml.
É antiinflamatório esteróide; corticosteróide; imunossupressor;
[glicocorticóide].
SERVE: inflamação; imunossupressão.
POSOLOGIA
COMO SE USA
Uso Injetável
Para aplicações via intramuscular (acetato e succinato) ou intravenosa
(succinato). aplicar via intravenosa lentamente. Aplicar via intramuscular no quadrante
superior externo das nádegas, profundamente.
Succinato (por via intramuscular ou intravenosa)
Adultos
Iniciar com 10 a 40 mg via intravenosa, lentamente (acima de 1 minuto). Dar
doses subsequentes, aplicadas por via intramuscular ou intravenosa.
Crianças
0,5 a 1,7 mg por kg de peso corporal a cada 24 horas.
Acetato (exclusivamente via intramuscular)
Adultos
10 a 80 mg, cada 1 ou 2 semanas.
REAÇÕES ADVERSAS:
Pode aumentar os riscos de toxicidade do fígado de: acetaminofeno
(paracetamol). Pode aumentar os riscos de ulceração gastrintestinal ou hemorragia com:
álcool; anticoagulantes (cumarínicos e derivados da indandiona); estreptoquinase;
uroquinase. Pode agravar a queda de potássio no sangue com: anfotericina B
(injetável); inibidores da anIdrase carbônica.
pode aumentar o risco de edema (inchaço por retenção de líquidos) com: esteróides
anabólicos; androgênios. Pode ter sua ação diminuída por: antiácidos; efedrina;
indutores das enzimas hepáticas.
AÇÃO PROLONGADA:
Betametasona
Sendo um cortisoteróide, utiliza-se no controlo de doenças inflamatórias,
doenças reumáticas, doenças alérgicas, edema cerebral, hiperplasia adrenal e em
processos inflamatórios do globo ocular e do ouvido.
A betametasona pertence a um grupo de fármacos designados por
corticosteróides. Os corticosteróides são hormonas produzidas em condições
fisiológicas pelo organismo, ao nível das glândulas supra-renais, tendo efeitos a quase
todos os níveis. A sua libertação perante situações de stress faz parte da resposta
fisiológica compensatória, e tem como finalidade evitar que os mecanismos orgânicos
de defesa saiam fora do controlo endógeno.
Estas hormonais exercem múltiplos efeitos:
DEXAMETASONA:
O efeito principal deste medicamento é a profunda alteração promovida na
resposta imune linfocitária, devido à ação antiinflamatória e imunossupressora,
podendo prevenir ou suprimir processos inflamatórios de várias naturezas.
Uso terapêutico
Síndrome de Cushing
Isquemia cerebral
Prevenção da síndrome da membrana hialina
Tratamento da síndrome da angústia respiratória em adultos por
insuficiência pulmonar pós-traumática
Tratamento do choque por insuficiência adrenocortical e como
coadjuvante do choque associado com reações anafiláticas
Tratamento de processos alérgicos e inflamatórios graves, agudos e
crónicos envolvendo o olho e seus anexos
Administração oral
REAÇÕES ADVERSAS:
Os efeitos secundários da dexametasona são:
Hipertensão arterial ; Astenia e miopatia ; Úlcera péptica ; Petéquias
Eritema ; Acne ; Cefaleias ; Hirsutismo ; Supressão do crescimento nas crianças ;
Amenorreia ; Cataratas e glaucoma ; Aumento do peso e apetite ; Náuseas e mal estar
entre outros.
CONCLUSÃO:
REFERÊNCIA BBLIOGRÁFICA:
Livro de Farmacologia Rang Dale 5ª Edição Capitulo 27 Pág 470