Ficha de Leitura

Introdução à Sociologia
Autor: Irving Zeitlin

El Iluminismo: sus fundamentos filosóficos

Os iluministas tinham a certeza de que a mente pode dominar o universo e usá-lo conforme as
necessidades do homem.
A razão se transformou no ‘’deus’’ destes filósofos, que se inspiraram nos avanços científicos
ocorridos nos séculos anteriores. Tais avanços os levaram a uma concepção de universo baseada
na ‘’aplicabilidade universal das leis naturais’’.
Os filósofos iniciaram a tarefa de criar um mundo novo através da razão e da verdade. Se a
ciência havia revelado a ação das leis naturais no mundo físico, possivelmente descobririam-se
leis parecidas no âmbito social e cultural.
Os pensadores iluministas investigaram todos os aspectos da vida social; analisaram as
instituições políticas, religiosas, sociais e morais. Por fim descobriram que os valores e as
instituições tradicionais eram irracionais, pois tais atrasavam o desenvolvimento do homem,
impedindo-o de realizar suas potencialidades.
A crítica se transformou na arma mais importante dos pensadores. Eles combateram
superstições, fanatismo e intolerância; lutaram contra a censura e clamaram por liberdade de
pensamento.
Alguns estudiosos do Iluminismo acham que os filósofos estavam ‘’mais ligados’’ à Idade
Média e menos livres dos preconceitos do pensamento cristão medieval do que eles próprios
supunham. E. Cassirer, que talvez tenha sido o maior historiador de filosofia do século XVIII,
compartilha esta opinião até certo ponto: Os ensinamentos dos filósofos dependiam dos séculos
anteriores muito mais do que eles pensavam. Entretanto, como demonstrou Cassirer, o
Iluminismo realmente criou uma força de pensamento filosófico que era original em sua
totalidade.
‘’Em mayor medida que antes, la filosofía va a convertirse em la actividad mediante la cual
es posible descubrir la forma fundamental de todos los fenômenos naturales e espirituales.’’
Pág. 14
O Pensamento iluminista tem tanto um aspecto negativo e crítico como um aspecto positivo e
construtivo, sendo isso considerado uma qualidade.

El espírutu del Iluminismo

Para os iluministas a razão e a ciência permitiam ao homem alcançar cada vez mais liberdade
e progresso.
A novidade do pensamento iluminista foi a adoção do modelo metodológico de Newton.
‘’Según Descartes, Spinoza y Leibniz (...) la razón era el domínio de lãs ‘’verdades eternas’’,
que lo son tanto para el hombre como para Dios.’’ Pág. 17
Segundo Locke a mente humana nasce em branco, vazia. As ideias só surgem através da
experiência.
A razão por si só não nos proporciona um conhecimento da realidade: ‘’ El conocimiento de la
realidad natural o social depende de la unidad de la razón y la observación en el método
científico.’’ Pág. 20

Montesquieu

Segundo J.B. Vico, ‘’O mundo social é certamente obra dos homens.’’

A classificação das sociedades proposta Montesquieu é dada através de seu estudo da história,
dos relatos dos viajantes e de seus próprios relatos de viagens.
Quando ele fala em República, pensa em cidades-estados gregas e italianas, pela relação
definida entre os sistemas políticos e outras condições sociais.
Montesquieu e sua concepção das leis

Em âmbito social, as leis dependem da forma que tem determinada sociedade, assim, as leis
de uma república são diferentes das de uma monarquia, por exemplo.
Para Montesquieu as mudanças de uma sociedade estão determinadas por variáveis
demográficas e sociais. Os costumes surgem espontaneamente na existência social; as leis,
diferentemente, são estabelecidas por um legislador de maneira formal e explícita.

Rousseau

Para Rousseau a liberdade de um homem continua sendo um ideal fundamental, mas não pode
ser alcançado pela rejeição da vida em sociedade ou pelo retorno ao ‘’estado natural’’.
O principal objetivo de Rousseau era abordar uma ordem social cujas leis estariam em
máxima harmonia com as leis fundamentais da natureza.

O Estado de Natureza

Rousseau afirma que a linguagem é o produto da convivência social, concluindo que o homem
em estado de natureza não tem linguagem nem conhecimento. Suas necessidades são simples e
puramente físicas: alimento e repouso; vida orientada apenas pelos acontecimentos do presente.
No estado de natureza os homens seriam em muitos aspectos como os animais irracionais:
nem bons, nem maus. Sem educação, linguagem ou progresso.

A origem da sociedade

Primeiro se formam famílias, que logo se unem para formar uma sociedade, a medida que o
tempo passa aprendem a comunicar-se, desenvolvem a capacidade de acumular conhecimentos
e transmiti-los através das gerações.
O que abriu portas para a desigualdade social foi a divisão do trabalho, pois alguns homens
começaram a prosperar mais que outros, acumulando riquezas e transmitindo-as a seus
descendentes. Surgem, deste modo, as classes, e a sociedade então se divide e se volta contra si
mesma.
Rousseau acreditava que o governo havia surgido para proteger a propriedade. Com a
presença constante das desigualdades sócias surgem as guerras, um conflito (fenômeno social)
entre homens individualistas em estado de natureza.
Com o propósito de controlar a guerra entre classes estabeleceu-se o Estado civil.

Contrato social

Permite a vontade comum de todos, sem a perda da vontade individual.

O governo é uma ameaça constante para a liberdade do homem. Mas ao mesmo tempo, é
indispensável. Então, se o governo é uma ameaça para a democracia, a aristocracia seria a
melhor forma de governo.
Para concluir, são várias as razões para que se possa considerar Rousseau como um precursor
da sociologia. Principalmente graças a sua atenção ao homem natural. Além disso, foi um dos
primeiros a estudar de maneira relativamente sistemática as origens, as formas e as
conseqüências da desigualdade social. Compreendeu claramente que a existência de classes e os
conflitos entre elas influenciam sobre todos os aspectos da vida e dos homens. Por último,
estudou as possibilidades de mudança na sociedade dividida em classes.

Alunas: Marcella T. S. Elesbão e Vanessa B. Zago