Sunteți pe pagina 1din 14

O MERCADO

• O mercado, em sua definição primitiva, dizia respeito a um lugar determinado onde os


agentes econômicos realizavam suas transações.
• Mas o conceito de mercado, em sua acepção econômica mais ampla, está bem distante
dessa abstração. Como observa Galbraith, “mercado, agora, é uma abstração. Já não
existe a conotação geográfica. Executivos de grandes empresas industriais ou do setor
financeiro falam das dificuldades com que se defrontam no mercado. E eles não estão se
referindo a nenhum lugar, mas a uma abstração econômica”.
• O mercado define-se pela existência de forças aparentemente antagônicas: as de procura e
as de oferta. Quando ambas ocorrem simultaneamente, definem um mercado.
• Quando há procura por trabalhadores e pessoas dispostas a trabalhar, temos um mercado
de trabalho. Quando temos pessoas aplicando e outras procurando empréstimos no banco,
teremos um mercado de capitais.
• Quando se diz que um mercado está em expansão, é porque nele estão ocorrendo
simultaneamente deslocamentos para mais na procura e na oferta. De forma análoga, em
um mercado em contração a demanda e a oferta estão diminuindo.
• Esses movimentos provocam deslocamentos para mais e para menos nas curvas de oferta
e de demanda. E, na dependência de suas variações relativas, os preços e as remunerações
de equilíbrio sinalizam o que está ocorrendo.

PRINCIPAIS ESTRUTURAS DE MERCADO


• Classificação de Stackelberg → Segundo o número de agentes envolvidos.

OFERTA Pequeno número Grande número


Um só vendedor
DEMANDA de vendedores de vendedores
Monopólio
Um só comprador Quase monopsônio Monopsônio
bilateral
Pequeno número de
Quase-monopólio Oligopólio bilateral Oligopsônio
compradores
Grande número de Concorrência
Monopólio Oligopólio
compradores perfeita
• Concorrência Perfeita → deve preencher todas as seguintes condições:
o Atomização → O número de compradores e vendedores é de tal ordem que nenhum
deles possui condições para influenciar o mercado.
o Homogeneidade → O bem ou serviço, no mercado de produtos, ou o fator de produção,
no mercado de fatores, é perfeitamente homogêneo, ou seja, nenhuma empresa
consegue diferenciar o produto que oferece.
o Mobilidade → cada agente comprador e vendedor atua independentemente de todos os
demais. A mobilidade é livre e não há quaisquer acordos entre os que participam do
mercado.Também não há restrições governamentais de qualquer espécie.
o Permeabilidade → Não há quaisquer barreira para entrada ou saída dos agentes que
atuam ou querer atuar no mercado.
o Preço-limite → Nenhum vendedor de produto ou recurso pode praticar preços acima
daquele que está estabelecido no mercado, resultante da livre atuação das forças de
oferta e procura e nenhum comprador pode impor um preço abaixo do equilíbrio. O
preço-limite é dado pelo mercado.
o Extrapreço → Não há qualquer eficácia em formas de concorrência fundamentadas em
mecanismos extrpreço, como por exemplo a diferenciação através de aumento de
qualidade que permita a valorização de um produto perante aos demais.
o Transparência → Não há qualquer agente que detenha informações privilegiadas ou
diferentes daquelas que todos detêm.

• Monopólio → Essa estrutura se situa no extremo oposto da concorrência perfeita. As


condições que a caracterizam são:
o Unicidade → Há apenas um vendedor, dominando inteiramente a oferta. Sob
monopólio, os conceitos de empresa e de ramo de atividade sobrepõem-se.
o Insubstitutibilidade → O produto da empresa monopolista não tem substitutos
próximos.
o Barreira a entrada → A entrada de um novo concorrente no mercado monopolista é, no
limite, impossível. Podem decorrer de disposições legais (por ex. patentes), de direitos
de exploração outorgados pelo poder público a uma única empresa, de domínios de
tecnologias de produção e, em outros casos, de condições operacionais exigidas pela
própria atividade.
o Poder → O poder é exercício sobre o preço e a quantidade ofertada, objetivando manter
a situação de monopólio, praticando preços ou escalas de produção que desestimulem o
ingresso de concorrentes, maximizar os lucros ou até controlar reações públicas à
situação de monopólio.
o Extrapreço → Sob rigor conceitual, pode-se dizer que a capacidade de dominação é de
tal ordem que mecanismos deste tipo não seriam necessários, notadamente quando
destinados à obtenção de mais vantagens econômicas. Quando os monopólios recorrem
a expedientes extrapreço, os objetivos são mais de natureza institucional, ligados, por
exemplo, à melhoria de imagem pública, do que econômicos, vinculados à
maximização de resultados operacionais.
o Opacidade → Os mais diferentes aspectos que envolvem as operações de um
monopólio, suas operações e transações são mantidas dentro de “caixas pretas”.

o Oligopólios → Em todas as características dessa estrutura de mercado, os conceitos são


mais flexíveis, comparativamente aos casos extremados de concorrência perfeita e de
monopólio.
o Número de concorrentes → Geralmente é pequeno. No entanto, podem existir
oligopólios, mesmo quando o número de concorrentes é bastante grande. Em alguns
casos, o oligopólio pode resultar das altas taxas de participação no mercado de que
desfrutam os competidores de maior porte.
o Diferenciação → Tanto podem ocorrer oligopólios de produtos diferenciáveis, como de
produtos não diferenciáveis. A existência ou não de oligopólios independe do grau em
que os produtos se diferenciam.
o Rivalização → Tipicamente, os concorrentes que atuam sob condições de oligopólio são
fortes rivais entre si. Mas há também situações de oligopólio em que os concorrentes se
unem em acordos setoriais. Isto significa que os oligopólios tanto podem caracterizar-se
pela alta rivalidade entre empresas líderes, como pelo conluio.
o Barreiras → Tipicamente, o ingresso de novos concorrentes nas estruturas oligopolistas
é difícil. Há altos obstáculos, em grande parte derivados da dominação exercida pelas
empresas líderes e de grande porte, que detêm parcelas substantivas do mercado.As
barreiras são geralmente ligadas a escala de produção, às altas exigências de capital ou
o domínio de tecnologias de processos. Mas isso não significa que novas empresas não
possam surgir. Há casos em que as estruturas definidas são surpreendidas por
concorrentes novos que entram no mercado com unidades de pequeno porte para
atender a nichos regionais, mas através de aprendizado, rompem as barreiras e com o
tempo passam a participar do pequeno grupo de líderes.
o Preço, extrapreço e poder → Devido ao pequeno número de concorrentes dominantes, o
controle sobre preço geralmente é grande nos oligopólios. Há espaço para práticas de
acordos e conluios e de outras formas de conspiração contra o interesse público. Mas,
em contrapartida, a rivalização pode estabelecer-se de tal forma que o poder de cada
concorrente é minado por uma “guerra de preços” ou de formas extrapreço de
concorrência, a ponto de todos se prejudicarem mutuamente, pelo menos durante algum
tempo.
o Visibilidade → Algo entre a opacidade dos monopólios e a perfeita transparência
ocorrida na concorrência perfeita: os oligopólios são geralmente caracterizados pela alta
visibilidade de suas estratégias empresariais.

• Concorrência Monopolística → Essa estrutura contém características que se encontram


nas definições usuais de mercados perfeitamente competitivos e monopolizados, sendo
identificado por uma série de casos situados entre os dois extremos conceituais.
• Na concorrência monopolística, o número de concorrentes é grande. Todavia, cada um
possui suas próprias patentes ou diferencia de tal forma seus produtos que passa a criar
um segmento próprio de mercado, que então dominará e procurará manter.
• Contudo, o consumidor encontra facilmente substitutos, não ocorrendo dessa forma a
caracterização essencial do monopólio puro.
• As características principais dessas estruturas de mercado são:
o Competitibilidade → É elevado o número de concorrentes, com capacidades de
competição relativamente próximas.
o Diferenciação → Essa é a mais significativa peculiaridade da concorrência
monopolística. O produto de cada concorrente apresenta particularidades capazes de
distingui-lo dos demais e de criar um mercado próprio para ele. No entanto, existem
substitutos para seu produto, que porém não serão substitutos perfeitos. Quanto mais
diferenciado for seu produto, mais monopolizará o segmente de mercado que atua.
o Substitutibilidade → No caso dessa estrutura de mercado, existem substitutos para os
produtos ofertados. Contudo, não serão substitutos perfeitos. Ou seja, trata-se de um
caso intermediário entre a insubstitutibilidade do monopólio puro e a plena
homogeneidade da concorrência perfeita.
o Preço-prêmio → A capacidade de cada concorrente controlar o preço depende do grau
de diferenciação percebido pelo comprador. A diferenciação, quando percebida e aceita,
pode dar origem a um preço-prêmio, gerando resultados favoráveis e estimuladores.
o Baixas barreiras → As barreiras em mercados monopolisticamente competitivos tendem
a ser baixas. Essa facilidade é bem maior do que nas estruturas dominadas por
oligopólios, mas algumas barreiras, como as ligadas à capacidade efetiva de
diferenciação, tornam o ingresso menos fácil do que no caso da concorrência pura.
A DEMANDA
• A demanda por determinado produto é determinada pelas várias quantidades que os
consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em função de vários níveis possíveis de
preços, em dado período de tempo.
• Embora as reações de cada consumidor aos preços sejam diferentes, definindo-se a partir
de padrões de comportamento, de necessidades, de reações e de sensibilidades
econômicas também diferentes, a totalização de todos os comportamentos, pela lei dos
grandes números, resultará, sob condições normais, em correlação inversa típica – quanto
mais baixo os preços, maior o total da quantidade demandada.
• Dessa forma, temos que a quantidade demandada é uma função do preço, ou QD = f (p).
• Exemplo de uma escala típica de demanda:

Preços
($)
6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

2 4 6 8 10 12 14
Quantidades demandadas (mil
unidades/ano)

• ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA
• Percebemos que a quantidade demandada é sensível ao preço. Se totalizarmos as reações
de todos os consumidores a variações nos preços, perceberemos que de maneira geral a
quantidade demandada cai quando os preços aumentam. Contudo, nada nos autoriza
supor que o grau de sensibilidade da demanda ao preço é igual para qualquer produto.
• Há produtos que uma variação no preço pode ter um grande impacto na sua demanda.
Outros produtos podem ter uma sensibilidade menor ao preço, ou seja, uma variação no
preço pode ter uma impacto pequeno na demanda total.
• A essa sensibilidade da demanda ao preço de um produto, damos o nome de elaticidade-
preço da demanda.
• є = Variação percentual da quantidade demandada / Variação percentual do preço
• Suponhamos, por exemplo, que o preço de determinado bem sofra uma redução de 30%.
Caso as quantidades demandadas aumentem 30%, esse produto terá uma elaticidade-
preço unitária, ou seja, є = 1.
• Imaginemos agora uma segunda possibilidade, onde uma redução de 30% no preço de um
bem gerou um aumento de apenas 15% na demanda. Nesse caso, є = |0,5|, ou seja,
teremos o caso de uma demanda inelástica.
• Imaginemos agora uma terceira possibilidade, onde uma redução de 30% no preço de um
bem gerou um aumento de 45% na quantidade demandada. Nesse caso, є = |1,5|, ou seja,
estaríamos diante de uma demanda elástica em relação ao preço.
• Essas três possibilidades estão ilustradas nos gráficos abaixo.

Demanda elástica Elasticidade-preço unitária Demanda inelástica

Preços Elasticidade-preço unitária


Preços Preços

Quantidade Quantidade Quantidade


• Além dessas três hipóteses, podem também ser definidas duas outras opções extremas, a
demanda perfeitamente elástica, onde є tende ao infinito, e a demanda anelástica ou
plenamente inelástica, onde є = 0.
Demanda perfeitamente elástica Demanda plenamente inelástica

Preço Preço

Quantidade Quantidade
• Cabe observar que uma mesma curva de demanda pode apresentar diferentes coeficientes
de elasticidade-preço ao longo de seu percurso.

• FATORES DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO


• Essencialidade → Os produtos de maior essencialidade tendem a ter coeficientes de
elasticidade-preço baixos, inferiores a um (demanda inelástica) e, em casos de alta
essencialidade, próximos a zero.
• Hábitos → A rigidez ou a flexibilidade de hábitos de consumo é também forte fator
determinante da elasticidade-preço da demanda. No limite, a sustentação de hábitos que
se transformam em vícios praticamente independe do preço dos bens que os satisfazem.
• Substitutibilidade → Quanto maior o número de produtos que se substituem mutuamente,
maiores os coeficientes de elasticidade-preço de todos eles, caso não interfiram em seu
consumo outros fatores determinantes. Não havendo substitutos, a curva de demanda
tende a ser mais inelástica.
• Periodicidade de aquisição → O intervalo de tempo entre uma e outra aquisição do
produto é também apontado como fator determinante da elasticidade-preço da demanda.
Grandes intervalos podem “apagar” da memória do consumidor os preços de referência.
• Importância no orçamento → A importância dos gastos com o produto em relação ao
orçamento total do agente econômico tende a influenciar a elasticidade-preço da
demanda. Produtos com baixa representatividade no percentual total do orçamento
geralmente são produtos cuja demanda é inelástica. Produtos com alta representatividade
no percentual total do orçamento geralmente são produtos cuja demanda é elástica.

• TIPOS DE BENS
• Bens normais → A quantidade demandada aumenta proporcionalmente a um aumento na
renda.
• Bens inferiores → A quantidade demandada diminui quando há um aumento na renda.
• Bens superiores → A quantidade demandada aumenta mais que proporcionalmente a um
aumento na renda.
• Bens necessários → A quantidade demandada aumenta em proporção menor do que o
aumento da renda.
• Substitutos perfeitos → Um aumento de preço em um bem A levará a um aumento da
demanda do bem B.
• Complementares perfeitos → Um aumento de preço em um bem A levará a uma queda na
demanda de um bem B.
• Preferência quase-lineares → Um aumento da renda não alterará em nada a demanda por
um determinado bem X.

• DESLOCAMENTOS DA CURVA DE DEMANDA: FATORES DETERMINANTES


• Renda → O poder aquisitivo da sociedade, determinado pelo nível da renda per capita e
pela estrutura de sua distribuição às diferentes classes sociais, é um dos mais importantes
fatores determinantes da demanda, embora as variações da demanda em resposta a
variações de renda não sejam iguais para todos os produtos.
• Atitudes e preferências → O gosto dos consumidores, suas atitudes e preferências também
deslocam a curva de demanda para mais ou para menos. A demanda pela maioria dos
produtos é fortemente influenciada por fatores ligados a crenças, valores e
comportamentos modais podendo, por exemplo, ser influenciada por campanhas
publicitárias.
• Preço dos bens substitutos → A demanda por um produto X pode ser afetada por
variações nos preços de produtos substitutos. Uma queda no preço de um bem substituto
Y poderá levar a uma queda na demanda pelo bem X.
• Preço dos bens complementares → A demanda por um produto X pode ser afetada por
variações nos preços de produtos complementares. Uma queda no preço de um bem
complementar Y poderá levar a um aumento na demanda pelo bem X.
• Expectativa → A demanda por determinados produtos, notadamente quando essenciais,
pode ser influenciada por expectativas quanto à normalidade de seu suprimento.
• Número de consumidores → Mudanças significativas no número de consumidores
potenciais é fator relevante para o posicionamento da curva de demanda de um grande
número de produtos. Exemplo: envelhecimento da população poderá levar a uma
aumento da demanda por determinados medicamentos.
A OFERTA
• A oferta de determinado produto é determinada pelas várias quantidades que os
produtores estão dispostos e aptos a oferecer no mercado em função de vários níveis
possíveis de preços, em um dado período de tempo.
• O comportamento típico dos produtores é o de aumentarem as quantidades ofertadas, caso
os preços aumentem, reduzindo-as em caso de redução de preços incompatíveis com os
custos de produção.
• Exemplo de uma escala típica de oferta:
Preços
($)
6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

2 4 6 8 10 12 14
Quantidades demandadas (mil unidades/ano)
• Dessa forma, verificamos que, assim como a demanda, a oferta se dá em função do preço,
ou seja: QO = f (P)

• ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA
• Também no caso da oferta, há diferentes graus possíveis de sensibilidade dos produtores
aos preços, sensibilidade essa chamada de elasticidade-preço da oferta. Dessa forma,
teremos que:
• η = variação percentual da quantidade ofertada / variação percentual do preço
• Suponhamos, por exemplo, que o preço de determinado bem sofra um aumento real de
30%. Caso as quantidades ofertadas também aumentem em 30%, dizemos que esse
produto tem uma elaticidade-preço da oferta unitária, ou seja, η = 1.
• Em outros casos, não sendo possível aos produtores aumentar as quantidades ofertadas na
rigorosa proporção do aumento do preço, diz-se que a oferta é inelástica. Nesse caso, 0<
η<1.
• Imaginemos agora uma terceira possibilidade, onde um aumento de 30% no preço de um
bem gerou um aumento de 45% na quantidade ofertada. Nesse caso, η = 1,5, ou seja,
estaríamos diante de uma oferta elástica em relação ao preço.
• O sinal da elasticidade-preço da oferta, contrariamente ao que ocorre no caso da
demanda, é positivo. Isso ocorre porque, em curvas típicas de oferta, os preços e as
quantidades ofertadas caminham em igual direção.
• Essas três possibilidades estão ilustradas nos gráficos abaixo.
Oferta elástica Oferta inelástica
Elasticidade-preço unitária

Preços Preços Preços

Quantidade Quantidade Quantidade

• FATORES DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA


• Disponibilidade de fatores → Embora os produtores possam sensibilizar-se com as
variações para mais nos preços dos produtos, dispondo-se a produzir mais, eles podem
encontrar diferentes graus de dificuldade para expandir a produção, em função da
disponibilidade de recursos econômicos.
• Ocorrendo flexibilidade na oferta de fatores ou então ociosidade, as quantidades ofertadas
podem ser aumentadas, no caso de estimulação via preços. Mas situações de pleno
emprego de algum recurso ou de oferta inflexível tornam inelástica a capacidade de
oferta, por mais que os produtores se encontrem estimulados para expandi-la.
• Defasagens de resposta → o fator tempo é também determinante no que tange a questão
da elasticidade-preço da oferta. Independentemente da disponibilidade ou não de
recursos, há determinados produtos que exigem grandes intervalos de tempo para ser
produzidos, definindo curvas de oferta inelástica, como por exemplo o caso de alguns
produtos provenientes da produção agrícola.

• DESLOCAMENTOS DA CURVA DE OFERTA


• A curva de oferta se deslocará em virtude de alguns motivos principais, dentre os quais
destacamos:
• Capacidade instalada → é um dos mais importantes fatores determinantes da oferta de
qualquer produto. Deslocamentos da curva de oferta para mais e para menos decorrem
essencialmente de investimentos em capacidade produtiva.
• Condições de oferta dos fatores de produção → Mantidas inalteradas todas as demais
condições que prevalecem no mercado de fatores, se ocorrerem modificações na oferta de
qualquer um deles, os padrões de remuneração poderão alterar-se, para mais ou para
menos, transferindo-se desta forma para o curso de processamento. Sob novos padrões de
custos, a disposição dos produtores para cada nível de preço será alterada, deslocando
conseqüentemente a oferta para mais ou para menos.
• Preços dos insumos → De igual forma, os movimentos que se observam no mercado e no
preço de insumos redefinem padrões de sensibilidade em relação a oferta dos produtores.
• Tecnologia → Mudanças tecnológicas modificam padrões de produtividade e de produção
e podem transferir-se para as curvas de oferta. Novas tecnologias geralmente atuam no
sentido de alterar a oferta para mais, independentemente dos preços de mercado dos
produtos resultantes.
• Expectativas → As expectativas dos produtores quanto á evolução da demanda
transmitem-se para a capacidade de oferta, o mesmo ocorrendo com suas expectativas
quanto ao comportamento futuro dos preços de seus produtos.

• O EQUILÍBRIO DE MERCADO: A INTERSEÇÃO DEMANDA-OFERTA


• Em todas as estruturas de mercado, as posições dos produtores e dos consumidores em
relação a uma dada escala de preços podem estar em conflito. Expostos a preços
considerados baixos, os produtores dispõem-se a produzir menos, comparativamente às
situações em que os preços se consideram satisfatórios. Já os consumidores estão em
posição oposta: os preços baixos estimulam uma maior demanda. Estas posições
conflituosas resultam dos próprios conceitos e das conformações básicas da demanda e da
oferta.
• Há, contudo, uma posição de equilíbrio: a interseção das curvas de demanda e oferta.
Nesse ponto de interseção defini-se o preço de equilíbrio.
• Conceitualmente, há um único preço de equilíbrio que ajusta os interesses dos que
realizam a oferta e dos que exercem a demanda.
Preço Quantidades (unidades/ano) Relações
unitário ($) Demandadas Ofertadas estabelecidas
2,00 18.000 6.000 QD > QO
2,50 16.000 7.000 QD > QO
3,00 14.000 8.000 QD > QO
3,50 12.000 9.000 QD > QO
4,00 10.000 10.000 QD = QO
4,50 8.000 11.000 QD < QO
5,00 6.000 12.000 QD < QO
5,50 4.000 13.000 QD < QO
6,00 2.000 14.000 QD < QO
• Como os números evidenciam, para níveis de preço abaixo ou acima de 4,00 haverá uma
diferença entre a quantidade demandada e a quantidade ofertada e, portanto, um
desequilíbrio.
• Apenas quando o preço é de 4,00 teremos uma situação de equilíbrio. É, efetivamente, o
único preço que harmoniza os interesses conflitantes dos produtores e dos consumidores.

Preço ($)

6,50
6,00 O Preço e quantidade de
Quantidade
5,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00 2
D
4 6 equilíbrio
8 10 12 14 16 18(Mil unidades/ano)
• Os deslocamentos das curvas de demanda e oferta, a não ser que sejam simultâneos no
tempo e rigorosamente proporcionais, modificam os preços de equilíbrio, jogando-os para
mais ou para menos.
A B C D
D’ O’
P D P D P D O P D
O O O’ O
D’

Q Q Q Q
• A primeira hipótese A registra o que ocorre com o preço de equilíbrio quando a demanda
se expande e a oferta permanece inalterada: ocorrerá um aumento do preço e da
quantidade de equilíbrio. Exemplos clássicos são os movimentos dos preços dos peixes
durante a semana santa ou de flores no dia de finados. Os preços dos peixes e das flores
nessas situações só não se elevam para níveis ainda maiores porque os produtores
antecipam-se aos movimentos esperados e se preparam para abastecer os mercados.
• A segunda hipótese, B, mostra que uma retração da demanda, permanecendo a oferta
inalterada, levará a uma queda do preço e da quantidade de equilíbrio do mercado. Por
exemplo, nos estádios de futebol, bandeiras, bonés e camisetas com as cores e o logotipo
do time perdedor são vendidas por preços mais baixos após os jogos.
• A terceira hipótese, C, mostra que, mantendo-se inalterada a demanda, uma expansão da
oferta levará a um aumento da quantidade de equilibro e a uma queda nos preços de
equilíbrio do mercado. O exemplo clássico dessa situação é o da expansão da oferta de
produtos agrícolas perecíveis em época de safra.
• A quarta hipótese, D, mostra que, mantendo-se inalterada a demanda, uma retração na
oferta levará a uma diminuição da quantidade de equilíbrio e um aumento do preço de
equilíbrio no mercado.Um exemplo seria o caso de períodos prolongados de seca que
inevitavelmente afeta as pastagens. Nesse caso, a oferta de boi gordo diminui, elevando a
cotação do produto.
• A Elasticidade e a Intensidade dos Movimentos
• Como regra admite-se que quanto menos elásticas forem as curvas tanto mais intensas
serão as flutuações dos preços resultantes de aumentos ou reduções da oferta e da
demanda. D
A B C
D O
O O O
P O’ P D O’ P D O’ P O’
D

Q Q Q Q
• Em A, com uma curva de demanda perfeitamente elástica, não se registram modificações
nos preços em decorrência de aumentos ou reduções da oferta. Nesse caso, o consumidor
está disposto a pagar um único preço, qualquer que seja a quantidade ofertada.
• Em D, contrariamente, teremos uma curva de demanda perfeitamente inelástica. Nesse
caso, quaisquer alterações na oferta provocam bruscas modificações nos preços, dado que
a quantidade demandada será a mesma, independentemente do preço. Nesse caso,
portanto, a quantidade ofertada será determinante para a determinação do preço.
• Nos dois outros casos, veremos que a intensidade de variação nos preços em virtude de
uma variação na oferta é relativamente menor em B do que em C. Isso se deve ao fato de,
no caso B, a demanda ser mais elástica (e portanto mais sensível a variações no preço)
que no caso C.
A B C D
D’ D’ D’ D’
P D P D P D P D

Q Q Q Q
• Idênticas observações são também validas quando consideramos os graus da elasticidade-
preço da oferta.

• EFEITOS DO ESTABELECIMENTO DE UM PREÇO MÁXIMO OU MÍNIMO


• Quando o governo estabelece um preço máximo que implica uma restrição efetiva em um
mercado, haverá escassez do bem.
Preço ($)
6,50
6,00 O
5,50
D
Preço e quantidade de
5,00 equilíbrio
4,50
4,00
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
2 4 6 8 10 12 14 16 18 Quantidade
(Mil unidades/ano)
• PREÇO MÁXIMO
• Exemplos: regulação dos preços dos aluguéis ou dos preços dos combustíveis (preço
máximo)
• No caso representado acima, o preço de equilíbrio seria de R$ 4,00. Contudo, ao
estabelecer o preço máximo de R$ 3,00, os ofertantes só estarão dispostos a ofertar 8.000
unidades. Por outro lado, os consumidores estarão dispostos a demandar 13.000 unidades.
Tempos, portanto, um excesso de demanda. Haverá, portanto, uma escassez do produto
no mercado.
• No caso do mercado de combustíveis: havendo fixação de preço máximo e um excesso de
demanda, quem obterá o combustível?
• 1 ª possibilidade → surgimento de filas nos postos. Os primeiros que chegarem nos postos
conseguirão a gasolina.
• São feitas vendas “por baixo do pano” → o ofertante dará preferência a clientes antigos,
amigas, ou por qualquer outro critério estabelecido por ele.
• Mercado negro e a violação da lei → para contornar o controle de preços, os
consumidores que não conseguem adquirir a quantidade desejada ao preço máximo
estabelecido procuram fornecedores que estejam dispostos a vender o produto a preços
ilegais, ou seja, acima de teto estabelecido.
• O governo estabelece um racionamento → o governo decide a melhor forma de distribuir
a quantidade disponível entre os consumidores.
• PREÇO MÍNIMO
• A política de preço mínimo tem por objetivo beneficiar o produtor, garantindo um nível
de preço geralmente superior ao preço de equilíbrio de mercado.
• O mercado de produtos agrícolas é um dos mercados que tradicionalmente sofrem a
aplicação de políticas de preço mínimo.
• O mercado de trabalho é outro caso de ocorrência de fixação de preços mínimos,
denominado salário mínimo.
• No caso de um preço mínimo acima do preço de equilíbrio de mercado, haverá uma
quantidade ofertada superior a quantidade demandada. Nesse caso, o governo poderá
adotar dois tipos distintos de política:
o Programa de compras → nesse caso, o governo compra o excedente.
o Programa de subsídio → nesse caso o governo permite que o preço diminua
mas, para manter a receita dos produtores, paga a estes um subsídio, que é a
diferença entre o preço mínimo e o preço pago pelos consumidores.

• AS FUNÇÕES E IMPERFEIÇÕES DO MERCADO


• O MERCADO COMO ALOCADOR DE RECURSOS
• Uma das mais importantes funções dos movimentos de preços, resultantes de
deslocamentos para mais e para menos da demanda e da oferta, é a de orientar a alocação
dos recursos na economia considerada como um todo.
• Os preços são uma espécie de índice de escassez, orientando o emprego de recursos para
a produção de bens e serviços que satisfaçam, simultaneamente, às exigências
manifestadas pelos consumidores e aos requisitos de resultados que animam os
produtores.
• Como o mercado consegue atingir o equilibro?
• Se, por exemplo, no início de uma seqüência de tentativas e erros, os produtores
decidissem colocar no mercado Qo unidades com a expectativa fosse de Po, eles poderiam
se decepcionar em um primeiro momento: haveria nesse exemplo uma oferta maior que a
demanda. Essa decepção iria leva-los em um segundo momento a ofertar uma quantidade
menor, o que levaria a uma redução do preço, levando uma redução também da
quantidade, até o ponto em que o equilíbrio fosse atingido.
• Esse movimento é uma espécie de mão invisível do mercado, conforme definição de
Adam Smtih.
• VIRTUDES, VÍCIOS E INTERVENÇÕES REGULATÓRIAS
• Embora os comandos centrais, em substituição ao mercado, tenham se mostrado pouco
eficazes, os mercados passaram também a ser vistos por duas ópticas – uma, enfatizando
as virtudes, outra, seus vícios. E como resultado de caráter geral, generalizou-se a prática
de intervenções regulatórias, à busca de conciliar o interesse privado e público.
• Virtudes:
• O mercado gera índices de escassez, orientando a alocação dos recursos escassos da
sociedade.
• O mercado é um centro de estimulação, que leva a maior qualificação dos recursos e dos
produtos em virtude da concorrência.
• O mercado orienta as sociedades a conservarem seus recursos escassos → Os preços
sinalizam o que deve ser conservado e estimulam a busca de tecnologias alternativas.
• O mercado possibilita as trocas voluntárias → concilia interesses o objetivos.
• O mercado viabiliza a liberdade de escolha econômica → quando se suprime o mercado, o
processo de escolha é tolhido para todos, centralizando-se decisões alocativas.
• Vícios:
• O processo de alocação exclusivamente via mercado registra ineficácias, do ponto de
vista social → (in) justiça distributiva.
• O mercado não se estrutura apenas segundo as hipóteses da concorrência perfeita →
prevalecem, na realidade, estruturas imperfeitamente competitivas, que podem viabilizar
práticas que conspirem contra o interesse público.
• O mercado não garante o pleno emprego dos recursos → dificilmente o mercado leva a
economia a operar sobre suas fronteiras de possibilidade de produção.
• O mercado não é capaz de penalizar agentes econômicos que geram externalidades
negativas, ao produzir ou a consumir.
• O mercado não é adequado para gerar determinadas categorias de bens e serviços, de
interesse público → Portanto, sempre haverá necessidade de governos.
• Os mecanismos do mercado, limitados a preços, fragilizam-se diante do poder de outros
mecanismos persuasórios e alocativos.
• Do balanceamento dessas virtudes e vícios, todos fortemente relacionados com os pontos
fortes e fracos dos sistemas econômicos vistos sob prismas institucionais, resultaram
diferentes categorias de intervenções regulatórias exercidas pelo governo, tais como:
o Co-participação do governo no processo produtivo,originalmente para a geração de
bens e serviços públicos.
o Controle de preços e fixação de tetos mínimos.
o Fixação de quotas de produção: limitação de acesso a recursos.
o Constituições de estoques reguladores.
o Regulamentação de práticas operacionais em estruturas imperfeitamente competitivas.
o Controle de externalidades, notadamente as que conduzem à degradação ambiental.
o Implantação de mecanismos redistributivos de renda.
o Repressão ao abuso de poder de mercado.

S-ar putea să vă placă și