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O Caso dos Exploradores de Cavernas.

Introducao:
Os acusados, processados pelo crime de homicídio doloso, foram condenados a pena de morte.
Diante do inconformismo geral, recorreram da decisao do Tribunal do Condado de Stowfield
para o Superior Tribunal de Newgarth.

Fatos:
Cinco membros de uma Sociedade Amadora de Exploradores de Cavernas foram acometidos por
um desabamento, durante uma expedição na caverna, que os deixou aprisionados.
Após a sociedade ter tomado ciência do ocorrido, os resgates foram iniciados.
Porém estas atividades não foram inicialmente bem sucedidas. Dez operários morreram em um
deslizamento durante as tentativas de resgate. No período em que estavam aprisionados (20° dia
após a avalanche) descobriram que os exploradores possuíam um rádio transmissor, e, a partir
disto, a sociedade conseguiu realizar uma breve comunicação com os aprisionados e passar-lhes
algumas informações.
Dentre elas, a mais importante, foi a informação de que diante dos perigos que o resgate
representava, seria necessário, ao menos, mais dez dias de prazo para a desobstrução da caverna.
O longo período de reclusão na caverna, juntamente com a ausência total de mantimentos,
colocava em risco de morte iminente os exploradores. Após o final do resgate, descobriu-se que
um dos membros foi morto para servir de alimento aos demais. Os quatro sobreviventes foram
condenados, em primeira instância, de acordo com a Lei de Stowfield à forca. O livro se passa no
momento do julgamento em 2° instância.

Elementos do caso:
Configuração, ou não, de um estado de necessidade. (risco de morte e ação em legítima defesa);

A possível celebração de um acordo (ou contrato). Qual a legitimidade para contratar nessa
situação?

Uma ação voluntária ou involuntária. Os exploradores tinham consciência do ato, tinham


alternativas ao ato, agiram com o amparo da lei. Discussão relacionado ao conceito de
intencionalidade.
Lei Penal de Commonwealth : “Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será
punido com a morte”.
Detalhe importante: a lei de Commonwealth não permite nenhuma exceção aplicável a este
dispositivo. Truepenny.

Consideracoes:

Voto do Juiz Truepenny - Presidente do Tribunal (Pág. 17):


Vota pela extinção da execução penal.
Argumentos:
Não há elementos na lei que possam excluir a culpabilidade dos exploradores. Porém, dada a
circunstância excepcional em que se encontraram esses homens e o clamor público em torno do
caso, o melhor é a clemência executiva, ou seja, o perdão da pena por parte do Poder Executivo.

Voto do Juiz Foster (Pág. 27):


Os acusados devem ser considerados inocentes das coautorias do crime de homicídio contra Roger
Whetmore e que a sentenca de condenacao deve ser reformada.
Argumentos:
Baseia-se no Direito Natural para dar seu voto.
Os exploradores nao estavam sujeitos a legislacao vigente porque nao se encontravam em um estado
sociologista, mas em estado natural.

- matar em legítima defesa é excludente de ilicitude (Pág. 39). Diz o artigo 23 do Código Penal Brasileiro:
Exclusão de ilicitude
Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato:
I – em estado de necessidade;
II – em legítima defesa;
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Art. 386 do Código de Processo Penal (CPP), diz:


O Juiz absolvirá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheca:
VI- existirem circunstancias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e §
1.o do art. 28, todos do código penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existencia.

OBS.:
- Dispositivo legal: A parte do enunciado legal em que se prevê o efeito de sua incidência.

- Caso concreto: O fato que é objeto de uma relação jurídica submetida a exame, discussão e
julgamento.

- Excludente da Legítima Defesa: (?).

Voto do Juiz Tatting (Pág. 43):


Retirou-se do caso por julgar-se completamente incapaz de afastar as dúvidas legais que o
assediavam.

Voto do Juiz Keen (Pág. 58):


Confirma a sentenca condenatória.
Argumentos:
Baseia-se no Direito Positivo para dar seu voto.
Faz duas argumentacoes:
a primeira, que nao é de competencia deste tribunal de dar clemencia aos réus, que a clemencia é
de competencia do chefe do Poder Executivo; desaprova, portanto, o voto do presidente deste
tribunal em que ele instrui o chefe do Poder Executivo sobre o que fazer neste caso.
Esclarece, no entanto, que se fosse o chefe do Poder Executivo, daria nao apenas a clemencia aos
réus, mas os perdoaria, pois os mesmos já teriam sofrido o suficiente para pagar por qualquer
crime que já tenham cometido. Mas esta opiniao é como cidadao e que sua decisao será guiada
pela legislacao do País.
A segunda questao que deve ser colocada de lado diz respeito a decidir se o que estes homens
fizeram foi justo ou injusto, mau ou bom. Diz que como juiz ele deve aplicar o ordenamento
jurídico do País, nao suas concepcoes morais.
A única questao é saber se os acusados, dentro do significado do N.C.S.A. (n.s.) § 12-A,
privaram intencionalmente Roger Whetmore da vida. O texto da norma é o seguinte:
Quem quer que, intencionalmente, prive a outrem da vida será punido com a morte.
E qualquer observador imparcial concederá que os acusados privaram intencionalmente Roger
Whetmore da vida.
Ao fim de suas observacoes, confirma a sentenca condenatória.

Voto do Juiz Handy (Pág. 72):


Conclui que os réus sao inocentes e que a sentenca deve ser reformada.
Argumentos:
Se diz desapontado com seus colegas de tribunal, que fizeram distincoes entre Direito Positivo e
Direito Natural, o sentido e o propósito da legislacao, funcoes judiciais e executivas, legislacao
oriunda do judiciário e do legislativo; mas que ninguém levantou a questao da natureza jurídica
do contrato celebrado na caverna, se era unilateral (“faculdade de exigir o cumprimento reserva-
se única e exclusivamente a uma das partes, sendo que a outra contrai uma obrigação cujo
adimplemento fica subordinado à vontade da que pode exigi-lo”) ou bilateral (entre duas partes,
sendo que “cada parte pode exigir da outra a execução do contrato que projetaram”); e se
Whetmore desconsiderou a sua anuencia (aprovacao, consentimento) antes que se tivesse atuado
com fundamento nela.
A fim de demonstrar que a decisao torna-se fácil terá que divulgar certas realidades:
- O caso despertou enorme interesse público no País e no exterior;
- Em uma pesquisa junto a opiniao pública, 90% expressou a opiniao que os acusados deveriam
ser perdoados ou deixados em liberdade, com uma espécie de pena simbólica.
Diz ainda que se sugerir que o Tribunal leve em conta a opiniao pública, seus colegas ficarao
horrorizados.
Lembra que em suas discussoes o Presidente do Tribunal propos que mesmo outros tribunais
tendo condenado os exploradores a forca, que outro poder do Estado os absolva, caminho através
do qual pode-se evitar a prática de uma injustica e ao mesmo tempo preservar o respeito a
legislacao.
Caso a solucao do caso seja deixada ao chefe do Poder Executivo, ele irá se recusar de perdoar
os homens ou substituir a pena por outra mais branda, tendo em vista que é um homem com
idade avancada e de princípios muito conservadores.

Observacoes:
O direito natural deriva da natureza de algo, de sua essência. Sua fonte pode ser a natureza, a
vontade de Deus ou a racionalidade dos seres humanos.
O direito natural é o pressuposto do que é correto, do que é justo, e parte do princípio de que
existe um direito comum a todos os homens e que o mesmo é universal. Suas principais
características, além da universalidade, são imutabilidade e o seu conhecimento através da
própria razão do homem.
Anteriormente, o direito natural tinha o papel de regular o convívio social dos homens, que não
necessitavam de leis escritas. Era uma visão objetiva. Com o surgimento do direito positivo,
através do Estado, sua função passa a ser uma espécie de contrapeso às atividades legitiferante
do Estado, fornecendo subsídios para a reivindicação de direitos pelos cidadãos, passando a ter
um caráter subjetivo.
O direito positivo pode ser definido como o conjunto de normas jurídicas escritas e não escritas,
vigentes em um determinado território e, também internacionalmente, na relação entre os
Estados. É a instituição de um sistema de regras e princípios que ordenam o mundo jurídico.

Manifestacao do Juiz Tatting (Pág. 91):


Depois de acompanhar dois votos de seus colegas do Tribunal, questionado pelo Presidente do
tribunal se desejaria reexaminar sua posicao, o Juiz Tatting expressou que sentia-se ainda mais
fortalecido emsua conviccao de nao participar do julgamento.

Conclusao:
O Superior Tribunal divide-se e, com isso, constata-se o empate de votos na decisao, daí ser
confirmada a decisao condenatória do Tribunal de primeira instancia.
Foi determinado o horário e o local da sentenca e o executor público está instruído a proceder
para pendurar cada um dos acusados pelo pescoco e aguardar até o momento em que eles
morram na forca.

Post Scriptum:
As diferentes argumentacoes foram imaginadas com o único propósito de focalizar certas
posturas filosóficas divergentes a respeito do Direito e do Estado.

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