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Biblioteca sem Livros?

Autor: Cláudio de Moura Castro


claudioc@pitagoras.com.br

As bibliotecas servindo ao ensino superior encontram-se em


uma encruzilhada difícil, mas prenhe de novos caminhos. É
bem conhecido o aumento exponencial de livros publicados e
títulos de periódicos científicos e semicientíficos. Ou seja, ter
uma boa biblioteca é uma aventura cada vez mais cara.

Ao mesmo tempo, de duas décadas para cá, Na verdade, vivemos com poucos gastos e
praticamente não aumentaram os recursos pouca demanda. Isso não seria preocupante se
financeiros das bibliotecas não soubéssemos muito bem da
Não há como
públicas. As privadas, escapar da impossibilidade de ter uma educação de
tendo de viver do que necessidade de qualidade sem a presença íntima das
obter mais
pagam seus alunos, resultados com bibliotecas.
encontram limitações menos recursos.

financeiras ainda mais graves. Com o Se especularmos sobre as saídas para o


acirramento da concorrência, foram-se os dias dilema, há duas direções óbvias: Não há como
em que o ensino superior privado era muito escapar da necessidade de obter mais
lucrativo. A equação é simples, para comprar resultados com menos recursos. Ao mesmo
mais livros teriam de cobrar mais dos alunos, já tempo, é preciso criar nos alunos o hábito de
que não há mais tanto lucro para financiar tais freqüentar e usar as bibliotecas. Mas antes de
gastos. Portanto, com que recursos comprar entrar nas soluções, vale a pena esmiuçar
livros? melhor as funções de uma biblioteca.

Os alunos brasileiros não têm hábito de Para que serve uma biblioteca de ensino
freqüentar bibliotecas e, ainda mais grave, não superior?
têm o hábito de ler. Fecha-se aqui o círculo Deve haver muitas maneiras de segmentar as
vicioso. Ainda que houvesse recursos para a funções de uma biblioteca. Para nossos
expansão das bibliotecas, plenamente objetivos, podemos distinguir três grandes
justificada pela necessidade de dar acesso a categorias: a biblioteca de pesquisa, a
alunos e professores ao mundo do saber biblioteca de referência e a biblioteca para
acumulado, isso seria um enorme gasto com oferecer aos alunos as leituras indicadas. Cada
poucos benefícios, dada a falta de uso. uma dessas bibliotecas tem funções e
problemas diferentes.

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A biblioteca de pesquisa usar seus recursos para concentrar os acervos
Falar em bibliotecas no ensino superior evoca de sua biblioteca em algumas poucas áreas em
imediatamente a idéia da biblioteca de que têm alguma pesquisa. Sendo assim, pelas
pesquisa, pelas mesmas razões que falamos melhores razões, os muitos alunos das áreas
em universidade, quando estamos realmente sem pesquisa financiam os acervos dos grupos
falando do ensino superior, onde a pesquisa é de pós-graduação, em que pode haver alguma
para poucas instituições. pesquisa. As implicações de eqüidade para as
políticas do Ministério da Educação (MEC),
Na verdade, uma biblioteca que realmente dê tentando forçar a pesquisa no ensino privado,
respaldo à pesquisa publicável em periódicos não são das mais saudáveis.
sérios é muito cara. Como prever os livros que
os pesquisadores precisariam para fazer Gostemos ou não, para a maioria dos cursos e
corretamente seu trabalho? A cada ano, das instituições, a pesquisa é imaginária. Ou é
somente no Brasil, há quase 50 mil novos um sonho impossível ou é uma farsa para
títulos. Vários milhares deles são técnicos ou agradar o MEC. Somente em dez
científicos, sendo candidatos a compras por universidades há pelo menos uma publicação
bibliotecas das IES. Isso é mais do que o significativa por professor/ano. Sabemos bem
acervo total das bibliotecas da maioria das IES. que, mesmo nos países mais prósperos, a
Há áreas em que os livros são menos proporção de instituições que fazem pesquisa
importantes em função de a comunicação publicável não passa de dois a três por cento
científica ocorrer por artigos científicos do total.
publicados em periódicos, cujas assinaturas
são também muito caras. Não tem fim o Todavia, há uma outra pesquisa que interessa,
número de periódicos que seriam desejáveis ou e muito. É a pesquisa feita pelos alunos. Não é
imprescindíveis. O portal da Capes vem para ser publicada, não é para revolucionar a
crescendo em quantidade de títulos e já anda ciência. É o aprendizado do método científico
pela casa dos 9 mil. Somente no Brasil, que só é possível pela prática da pesquisa,
publicam-se muitas centenas de periódicos mesmo que seja curta, simples e
científicos. despretensiosa.

Uma instituição privada, cujos custos têm de Para a maioria O computador é a


ferramenta de
ser arcados pelas mensalidades dos alunos, avassaladora das IES, é pesquisa por
não tem a mais remota condição de ter uma preciso pensar na excelência e com
ele a biblioteca
biblioteca desse calibre, fornecendo massa biblioteca que dá apoio à adquire uma
crítica para a pesquisa em todas as áreas em pesquisa dos alunos. renovada vocação
para a pesquisa.
que oferece cursos. Naturalmente, algumas Bases de dados para as
universidades privadas de certo porte podem pesquisas empíricas, periódicos menos

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incompreensíveis e livros clássicos da área são passo para conquistá-lo. Por outro lado, é
as primeiras sugestões que vêm à mente. preciso não gastar recursos com livros cuja
Obviamente, o planejamento das compras deve probabilidade de serem lidos é ínfima. A
ser feito em comum acordo com os professores biblioteca não é para impressionar o MEC ou
que estão engajados em orientar trabalhos quem quer que seja, mas para ser consultada.
práticos de alunos. Se a pesquisa dos alunos
for corretamente direcionada para alguns A biblioteca de leituras obrigatórias
poucos temas, é possível criar uma biblioteca Todo curso universitário tem uma lista de
minimamente decente nas áreas escolhidas. leituras obrigatórias. Idealmente, os alunos
deveriam comprar os livros-textos indicados em
A biblioteca de referência cada disciplina. Mas há cursos com mais de um
Talvez, os bibliotecários tenham uma definição livro e outros em que as leituras estão
melhor, mas a biblioteca de referência é o esparramadas em múltiplas fontes. Na prática,
acervo que atende a leitores de todas as poucos podem dispor dos recursos necessários
profissões e variados níveis de educação. para as compras indicadas. Uma estimativa
Classicamente, são os dicionários, com poucas pretensões de exatidão indica um
enciclopédias, jornais e revistas de interesse valor de 800 reais por ano.
geral. Some-se a isso os clássicos e os livros
imperdíveis. E há também os livros e revistas Por essa razão, o MEC obriga à biblioteca
no campo do “faça você mesmo”. Toda comprar um livro para cada dez alunos. Como
biblioteca deve ter um bom estoque de os livros ou capítulos de livros são necessários
materiais desse tipo. Para alunos e exatamente no mesmo momento, a obrigação
professores, é uma janela para o mundo, criada pelo MEC de haver um livro para cada
sobretudo, fora de suas áreas de dez alunos é ridiculamente inadequada. Mas no
especialização ou profissionalização. caso das particulares, comprar mais livros só
pode ser feito, passando a conta para os
Devemos pensar que esse acervo deve cobrir alunos, pois não há outras fontes para pagar
do mais atraente ao mais tais custos.
Somente em dez
universidades hermético. O mais fácil, e
brasileiras há pelo
até mais vulgar, tem o Na prática, esse é o mais angustiante problema
menos uma
publicação papel de levar o de biblioteca encontrado pelo ensino privado, já
significativa por
estudante para a que a pesquisa é uma quimera distante. Os
professor/ano.
biblioteca. Adquirido o alunos precisam ler certos materiais, não têm
hábito, leituras mais substanciais vão aparecer. recursos para comprá-los e não é possível
Perguntei a uma bibliotecária: tem assinatura financiar um número suficiente de exemplares
da Playboy? Por que não? Se isso leva o aluno na biblioteca.
a freqüentar a biblioteca, está dado o primeiro

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As bibliotecas americanas usam o chamado Por que uma biblioteca em uma dada cidade
sistema de reserva, pelo qual os livros deveria comprar um mesmo livro que já está
indicados somente podem ser lidos na própria em uma outra biblioteca em uma mesma
biblioteca e são emprestados por um número cidade (afora os títulos de leitura indicada nos
limitado de horas. cursos)? Uma política inteligente do MEC seria
penalizar a biblioteca que comprasse livros de
A alternativa de fotocopiar os materiais tem uso infreqüente, já disponíveis em outras
sido abundantemente usada. De fato, é graças bibliotecas. Igualmente, deveria penalizar as
a ela que boa parte dos alunos garantem um IES que não tivessem um sistema rápido e
mínimo de leituras. Mas há restrições legais às fluido de empréstimos interbibliotecas. E sem
cópias, diante da legislação de propriedade catálogos dos acervos on-line de todas as
intelectual. Na verdade, esse é um campo de bibliotecas locais, permanecemos na idade da
batalha e há grande ambigüidade nessa pedra.
legislação, merecendo a detida atenção
daqueles que operam IES ou que pensam em O COMUT , pela sua simplicidade, trouxe uma
ensino superior. Mas adiante, voltaremos a pequena revolução no sistema de circulação de
este mesmo problema, apresentando possíveis artigos científicos entre bibliotecas. Havendo
saídas. começado com fotocópias, pagas com selos ou
bônus servindo como moeda, passou para
Novas técnicas e novas tendências cartões de crédito e versões eletrônicas dos
Na presente seção, discutiremos maneiras de documentos copiados.
tornar a biblioteca mais efetiva e mais
completa, sem que sejam necessários recursos Um passo possível, sem qualquer tecnologia
financeiros exorbitantes que, de resto, não mais moderna, é a publicação de livros ou
existem na maioria dos casos. Ou seja, aqui cadernos, reunindo em um só tomo todas as
cuidamos da questão de como obter mais com leituras de uma disciplina. No processo de
menos recursos. preparar tais materiais, eliminam-se os
capítulos que não são indicados, encurtando
A revolução da informática e das dramaticamente o número de páginas,
telecomunicações não poderia passar ao largo sobretudo em disciplinas em que há muitas
das bibliotecas. E de fato, com a tecnologia já leituras soltas ou quando o livro-texto é enorme
existente, escancaram-se novas portas, e somente algumas partes serão utilizadas. O
oferecendo soluções impensáveis há algum problema desta solução é a dificuldade
tempo. Mas com um pouquinho de inteligência administrativa de negociar direitos autorais com
e imaginação é possível fazer muito, mesmo muitas editoras e autores. A Xerox nos Estados
sem qualquer uso de tecnologias modernas. Unidos lançou essa possibilidade, já faz vários
anos. Mas no Brasil, ainda não conhecemos

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nada similar, apesar de alguns
Uma estimativa O acesso à internet já está
anúncios de iniciativas nessa linha. com poucas amplamente difundido dentre alunos
pretensões de
exatidão indica um de cursos superiores – seja por linha
Uma alternativa que proporciona um investimento de discada ou banda larga. De fato, 92%
R$800,00 por ano
potencial incalculável de benefícios para que universi- dos alunos dos cursos superiores
para os alunos mais pobres é oferecer tários atinjam sua privados têm acesso à internet (na
carga de leitura.
todas as leituras em meio magnético, faculdade, no trabalho ou em casa).
de tal forma que ele possa receber ou gerar Ou seja, o computador difunde-se mais do que
seu próprio CD, com todas as leituras do curso. o livro.
O custo de um CD é desprezível e
praticamente todos os alunos de um curso Para trabalhos de alunos, mesmo em níveis
superior sabem como copiar arquivos. O pré-universitários, a internet já provocou uma
problema aqui é a legislação de propriedade grande revolução. Infelizmente, há um passivo
intelectual. Esta operação parece estar em uma temível. Antes da internet, o aluno tinha que
zona cinzenta. copiar o que encontrava, entendendo ou não.
Hoje, muitos apresentam trabalhos com textos
Mas ao se revelar esta alternativa possível, que sequer leram. Mas o potencial está aí e
resolve-se de maneira dramática um problema impõe ao professor um desafio de propor
crítico do ensino superior. Ler pelo monitor trabalhos que não possam ser feitos pela mera
pode não ser uma atividade tão amena como transcrição de textos encontrados na internet.
fazê-lo em papel. Mas pode-se dizer o mesmo No fundo, isso é um lado muito positivo.
do transporte coletivo. Todos gostariam de ter
seu próprio carro, mas o ônibus permite ir a Para assuntos mais sérios, as bibliotecas on-
lugares onde precisamos ir. O CD do aluno é line revelam-se uma grande solução para as
uma solução paliativa, mas é amplamente leituras da maioria dos alunos que não podem
melhor do que as alternativas possíveis que comprar livros. Ainda estamos muito longe de
estão por aí. ter um acervo que cubra as leituras que os
alunos devem fazer em seus cursos. Na
A biblioteca virtual e os recursos entrópicos da verdade, os livros mais recentes estão sendo
internet são a grande e mais espetacular vendidos – por bom preço – e não seria viável
revolução. Instalou-se o caos da WWW, que tê-los on-line, a não ser que se encontrem
oferece uma riqueza extraordinária de maneiras de remunerar os autores. Mas não há
informações e cacofonias. O lixo da web não dúvidas de que, dentre as políticas
pára de aumentar. Mais devagar ou mais governamentais, resolver as pendências de
depressa, o número de leituras sérias, direitos autorais deveria ser uma grande
disponíveis eletronicamente também aumenta. prioridade.

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Um livro de ensino médio ou fundamental, pré- instituição. É ilustrativo o caso da Capes que
selecionado pelo MEC, pode ter tiragens de paga vários milhões de dólares por ano para
muitas dezenas de milhares de exemplares. acesso à base de periódicos da Elsevier. Como
Comprar seus direitos autorais e torná-los a CAPES não dá às instituições privadas direito
domínio público pode ser caro. Mas as tiragens de acesso, os custos estão totalmente fora do
dos livros de ensino superior são muito mais alcance delas.
modestas e os proventos dos autores
ridiculamente limitados. Não são tais rendas Finalmente, há um conceito curioso, que jamais
que motivam autores a escrever. vi apresentado desta forma. Trata-se da idéia
de uma “biblioteca potencial”. Não é possível
Ao mesmo tempo, negociar a venda de direitos prever quais livros serão necessários para
de reprodução eletrônica de livros e artigos é conduzir uma pesquisa sobre um tema ainda
algo que está acima das possibilidades de não definido. Seja para permitir uma pesquisa
qualquer IES, individualmente, pelo tempo convencional com fins de publicação, seja uma
necessário e pela inexperiência. Estamos, pesquisa de alunos, as bibliotecas, públicas e
portanto, diante de uma dimensão do ensino privadas, são pobres e desatualizadas. Mas
superior em que o poder público poderia gerar mesmo que tivessem recursos, antecipar o que
políticas e iniciativas de grandes o pesquisador vai precisar é um tiro no escuro.
conseqüências. Só por acaso se acerta o alvo.

Há que notar uma diferença importante nas Por que não inverter a ordem e só comprar o
bibliotecas virtuais. Algumas são de acesso livro quando isso se mostrar necessário, diante
livre. Qualquer leitor pode entrar no Google e da demanda de algum professor ou aluno? A
ter acesso ao que lá está. Não são poucas as objeção clássica é que o ciclo de compra, envio
fontes abertas de informações e cada vez há e catalogação é tão grande que quando chega
mais bibliotecas virtuais no Brasil. Por exemplo, o livro, já não é mais necessário. Felizmente, a
há um movimento de colocar on-line os Amazon.com mudou isso, com os livros
clássicos da literatura e da ciência brasileira. chegando no dia seguinte. É perfeitamente
São publicações com copyright vencido e, às possível criar um mecanismo pelo qual um
vezes, difíceis de encontrar em papel. professor possa pedir livros da Amazon ou do
Submarino no mesmo dia, quando houver
Mas para as atividades profissionais de necessidade. Ou seja, o livro pode estar em
pesquisa, as bases de dados são fechadas e o suas mãos em poucos dias, mesmo no caso de
acesso a elas pode ser muito caro. Por vir de outro país. Obviamente, a biblioteca
exemplo, o acesso à coleção de periódicos de precisa fazer sua parte, isto é, catalogar (ou
psicologia custa mais de cinco mil dólares por registrar provisoriamente) no mesmo instante
ano, dependendo do número de alunos da em que chegar o livro.

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interesse dos alunos em visitá-las. Quando
Há muito que podemos fazer para tornar as nada, economizam para o aluno o dinheiro do
bibliotecas mais dinâmicas, mais eficientes e jornal ou da Veja. Nesse processo, ajudam a
mais baratas. As tecnologias que aparecem criar o hábito de freqüentá-las.
todos os dias têm um grande potencial. Mas
diante da inação e da falta de imaginação que O aparecimento de apresentações musicais
se vê por todos os lados, na prática, o centro nas bibliotecas não é recente, pelo menos nos
de gravidade da biblioteca é a máquina de Estados Unidos. É mais uma razão para as
xérox. Em que pesem os custos, o trabalho, as visitas e para criar o hábito, tanto de ouvir
filas e as inconveniências, a biblioteca não música como de freqüentar a biblioteca.
passa muito de um local onde se fazem
fotocópias. É um fim melancólico. Mas não As áreas de trabalho vão progressivamente se
precisaria ser assim. diversificando. Em alguns lugares, que haja um
silêncio sepulcral. Em outros, que haja espaço
A biblioteca multiuso e sedutora para conversar, na esperança de que algumas
Na seção anterior, tentamos mostrar que há um conversas sejam sobre estudos.
grande número de possibilidades de obter mais
eficiência da biblioteca, de conseguir mais com Os computadores migraram para as bibliotecas
menos recursos. Aqui, tomamos o outro lado faz muito tempo. Essa é uma das razões mais
da questão: como atrair os alunos, para que potentes para atrair alunos, mesmo que seja
possam ser seduzidos pelos livros? Afinal, se para verificar e-mails ou dar uma olhada furtiva
não conseguirmos fazer os alunos lerem, para em sites pornográficos. Mas o computador é a
quê bibliotecas? ferramenta de pesquisa por excelência.
Portanto, com ele a biblioteca adquire uma
A biblioteca tradicional é um lugar aonde se vai renovada vocação para a pesquisa.
para retirar livros e materiais de leitura. Para
alguns poucos, oferece Há universidades nos Estados Unidos
Negociar a venda
de direitos de também espaços afirmando ser a nova geração de bibliotecas o
reprodução
convenientes para a local onde os alunos vão aprender a fazer
eletrônica de livros
e artigos é algo que leitura. Com o tempo, as pesquisa. Não deixam por menos. É lá que se
está acima das
bibliotecas foram estabelece o contato com os materiais escritos
possibilidades de
qualquer IES, ampliando suas funções. ou com as bases de dados eletrônicas. É o
individualmente,
Em primeiro lugar, ponto de partida da pesquisa.
pelo tempo
necessário e pela passam a incluir em seu
inexperiência.
acervo leituras mais Obviamente, a contrapartida é que a equipe da
leves, como revistas de interesse geral e biblioteca passa de guardadora de livros a
jornais. Isso aumenta exponencialmente o tutores em métodos de pesquisa. É uma

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mudança e tanto, do ponto de vista de sua atividades para todos os momentos e para
preparação prévia. Mas é uma mudança todos os perfis de alunos. Do ponto de vista do
correta. espaço, essa biblioteca é voraz, requerendo
para funcionar um espaço bem maior do que as
Finalmente, há duas outras mudanças que tradicionais. Ela se funde com a lanchonete,
valem registrar, pelo que representam. A com as áreas de convivência.
primeira foi popularizada pela livraria Barnes & E os livros? Que livros? Caminhamos para
Noble. Trata-se da oferta de “comes e bebes” bibliotecas sem livros? Uma grande escola
em suas lojas. O hábito difunde-se e, mesmo americana, a Universidade do Texas, ousou
no Brasil, muitas livrarias já têm seus bares ou dar esse passo. Levou para outras bibliotecas
lanchonetes. O salto da livraria para a ou para outros locais quase todos os seus
biblioteca não requer muita imaginação. Se livros. A biblioteca virou tudo, menos depósito
sucos e salgadinhos vendem mais livros, de livros. É um exemplo que exagera as
parece razoável supor que tornariam também tendências observadas hoje. É bobagem
os espaços das bibliotecas mais atraentes e perder tempo especulando se a biblioteca do
confortáveis. futuro não terá livros. Mas cabe constatar que,
seja para trazer alunos mais para perto dos
Para resumir, resolvido o problema do acervo, livros, seja pelo aparecimento espontâneo de
o principal desafio para a biblioteca é atrair outras funções para a biblioteca, o fato é que
alunos. É assim que deve ser, pois adquirido o os livros se tornam uma alternativa, dentre
hábito, o freqüentador pode chegar a ler coisas inúmeras outras atividades e funções que
mais substanciosas. Poderíamos pensar que a ganham mais visibilidade.
meta é fazer com que o aluno vá para a
biblioteca sem pensar e sem questionar o Como sugere a presente nota, há muito a ser
porquê de estar indo. É preciso criar o reflexo feito, há muito a ousar. Mas é inescapável o
condicionado de ir para a biblioteca em todos imperativo de transformar a biblioteca e
os momentos de folga. Uma vez lá, as coisas transformar os alunos em leitores e
acontecem e as atividades mais educativas freqüentadores dessa instituição mutante.
automaticamente aparecem.

Para isso, tudo tem de militar a favor. A


arquitetura tem de ser agradável e acolhedora.
A temperatura e a acústica também têm de
colaborar. Esse não é um empecilho menor,
pois a maioria dos arquitetos brasileiros não
gosta de se preocupar com esses dois
assuntos. A biblioteca precisa oferecer

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