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INTRODUÇÃO
contribuintes.
por nossos legisladores que editam leis no intuito de mitigar a força imperativa
seletividade.
presente monografia.
infraconstitucionais.
ineficaz.
sentido harmônico”.
informam.
fundamentais do contribuinte.
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e seletividade.
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, II, preceitua que “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Tal
sem prejuízo das demais garantias que lhe foram dadas pela Magna Carta.
mister que o seja por meio de lei ordinária1, emanada do Poder Legislativo, e
essenciais.
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A Constituição Federal prevê que a instituição de empréstimos compulsórios (art.148), imposto residual
(art.154, I) e contribuições sociais (art.195, §4º) se dará mediante a edição de Lei Complementar.
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Diante das considerações feitas acima, tem-se como certo que tributo
Federal
ao princípio da legalidade.
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permite ao Executivo que altere as alíquotas dos tributos ali citados, atendidas
Segundo Carrazza:
existência de uma lei, emanada do Poder Legislativo, que fixe limites mínimos
aos demais tributos, com relação aos quais sequer a alíquota poderá ser
alterada por ato do Executivo, ainda que as condições e limites tenham sido
Nacional.
impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá
em lei até o último dia daquele em que foi editada.” (2007, p.112).
lei até noventa dias antes do término do exercício em que foram editadas.
Com relação aos tributos que constituem exceção à essa regra, dentre
para que os efeitos da medida permaneçam, ela deverá ser convertida em lei
data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado
ou aumentou.
Caso a lei passe a vigir após esta data, teremos para a situação três
possíveis interpretações.
A segunda interpretação afirma que a lei será eficaz tão logo se inicie o
E continua:
“E, há, ainda, uma terceira interpretação, que, data venia, nos parece
melhor atender à segurança jurídica da tributação: a lei que criar ou
aumentar um tributo somente incidirá a partir do dia 1º de janeiro
seguinte ao exercício financeiro em que se completou a noventena”.
(2007, p.198/199).
financeiro”.
Nonagesimal
justamente pelo uso e manejo dos tributos, com a finalidade de atingir alvos
e o IOF, razão pela qual estão elencados no art.150, §1º, primeira parte, como
imediata destes tributos tão logo seja editada a lei que os tenham instituído,
decorridos os noventa dias de sua publicação, visto que não figura entre as
lei tributária produza efeitos sobre fatos ocorridos anteriormente à sua edição.
Conclui-se, portanto, que a lei nova será aplicável tão somente a fatos
da obrigação tributária.
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situações iguais devem receber tratamento igual, ao passo que, aqueles que se
igualdade:
aplicação.
E continua:
Poderes, não pode o mesmo alterar o conteúdo da norma a fim de que esta
igualdade tributária.
contribuinte (...)”.
subjetiva:
importado. Assim, por meio do fato signo presuntivo de riqueza, qual seja, a
que possui.
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contributiva.
E prossegue afirmando:
industrializado.
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Nos impostos indiretos o contribuinte definido em lei não é quem, de fato, realiza o pagamento do
imposto. Conforme explica Luciano Amaro: “Uma classificação, de fundo econômico, mas com reflexos
jurídicos, é a que divide os tributos em diretos e indiretos. Os primeiros são devidos, “de direito”, pelas
mesmas pessoas que, “de fato”, suportam o ônus do tributo; é o caso do imposto de renda. Os indiretos,
ao contrário, são devidos “de direito”, por uma pessoa (dita “contribuinte de direito”), mas suportados por
outra (“contribuinte de fato”): o “contribuinte de direito” recolhe o tributo, mas repassa o respectivo
encargo financeiro para o “contribuinte de fato”; os impostos que gravam o consumo de bens ou serviços
(IPI, ICMS, ISS) estariam aqui incluídos”. (2002, p.88).
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Assim sendo, não seria possível ao IPI observar referido princípio, tendo
essenciais, “voluptuários”.
produtos.
contribuinte de direito, definido na lei, não é quem, de fato, suporta o ônus pelo
pagamento do tributo.
mínimos, ou até mesmo, com alíquota zero. Embora aquele que possui maior
tem menos.
“Impostos há, porém, que, por sua natureza, não permitem que se
atenda ao princípio da capacidade contributiva. É o caso do ICMS,
que, positivamente, com ele não se coaduna. De fato, a carga
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que tanto aquele que tem mais quanto o que tem menos, pagam o mesmo
ser exercida pelos entes políticos nos limites por ela estabelecidos.
não a exerça. Exemplificando: o Imposto sobre Grandes Fortunas (art. 153, VII
pretexto de não ter a União exercido a competência que lhe fora outorgada
princípio federativo.
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determinados fatos geradores. É o que ocorre no art. 153, §3º, III, supracitado.
Não fosse tal vedação contida na própria Constituição, o fato gerador por
de definir os fatos que por eles não podem ser alcançados. Ao definir tais fatos,
nos à imunidade.
Federal, a pessoa por ela beneficiada está imune à tributação por parte de
entes políticos.
implica em dizer, portanto, que não ocorrerá incidência de IPI sobre tais
produtos.
ao desenvolvimento econômico.
relação ao outro.
há que ser analisado o alcance da imunidade prevista no art. 150, VI, “a” da
CF.
contribuinte “de direito”, aquele definido na lei, e o contribuinte “de fato”, aquele
dessa questão:
imunidade recíproca.
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defende que:
considerando que este também é um imposto indireto, cujo valor a ser pago a
ser um ente político, acobertado pela regra de imunidade, teria sua incidência
afastada.
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Sabe-se que a função primordial dos tributos é gerar receita aos cofres
extremamente reduzida.
extrafiscalidade consiste:
regras:
respectivamente.
dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do art. 51; e III- a sua
“industrializado”:
o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a
recondicionamento.
Contudo, para a ocorrência do fato gerador do IPI não basta apenas que
aperfeiçoe para o consumo”, mas que seja objeto de uma operação que
Tributário Nacional.
industrializado.
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cumulatividade.
em operação posterior”.
industrializado do exterior”.
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definido no inciso II, qual seja, “a saída dos estabelecimentos a que se refere o
Conforme explica Leandro Paulsen, “se impõe a saída por força de uma
jurídico. As saídas sem tal pressuposto não dão ensejo, a rigor, à incidência do
“(...) nos termos do art.46 do CTN, combinado com seu art.51, o IPI
tem como fato gerador a saída dos produtos industrializados
(transformados, beneficiados, montados, renovados ou
recondicionados) do estabelecimento industrial ou daquele a ele
equiparado por lei ou, ainda, do estabelecimento comercial que
forneça produtos industrializados a estabelecimento industrial”.
(2009, p.102)
de um negócio jurídico.
exterior. Por esse motivo pode-se falar, como explica Leandro Paulsen (2009,
como sendo:
relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar (Lei nº
5.172, de 1966, art. 51, parágrafo único).
“(...) só pode ser tributada a operação com produto que tenha sido
industrializado por uma das partes do negócio jurídico, de maneira
que não é dado fazer incidir o imposto em outras situações,
tampouco colocar como contribuinte senão a pessoa que pratica a
industrialização ou que com ela realiza a operação”. (2009, p.113)
2.5 Não-cumulatividade
Art. 153.(...)
§ 3º. O imposto previsto no inciso IV:
I – (...)
II – será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas anteriores.
cumulatividade ao IPI não fora outro senão evitar uma elevada tributação por
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meio do IPI, uma vez que sua incidência ocorre em cada operação realizada
anterior.
produtos isentos, com alíquota zero ou não tributados, o contribuinte terá direito
a crédito do IPI?
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situação hipotética definida na lei como fato gerador do IPI, este será devido
pelo contribuinte.
Nogueira (1990, p.14), “(...) é o inverso, isto é, o fato de a situação ter ficado
Nesta situação não há que se falar em incidência de IPI, uma vez que o
o ICMS, caso em que o texto constitucional dispõe, em seu art. 155, §2º, inciso
ou não tributadas.
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de 2009:
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2007, a saber:
com alíquota zero ou beneficiados pela isenção, não terá o contribuinte direito
produto”.
dos serviços”.
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sua observância.
tais produtos; e, quanto mais essenciais, menos gravosas deverão ser suas
alíquotas.
seletividade do IPI:
sobrevivência humana.
são essenciais.
contribuinte.
assim que Roque Antônio Carrazza (2007, p.98) observa que “o princípio da
seletividade tem por escopo favorecer aos consumidores finais, que são os
produto.
pela própria Constituição Federal em seu art. 145, §1º, dispondo que “sempre
princípio da igualdade.
a capacidade contributiva.
argumenta que:
produtos”.
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que:
Quanto mais essencial o produto, menor será a alíquota que sobre ele
irá incidir. Quanto menos essencial o produto, maior será a alíquota a incidir
das alíquotas.
tributo.
“todos os fatos que não tem a aptidão de gerar tributos compõem o campo da
mesmo entendimento:
definição:
Nas palavras de Paulo de Barros Carvalho (2005, p.491), “(...) não pode
jurídico.
p.68), “(...) por via indireta, o IPI, de algum modo (ainda que mais diluído),
seletividade”.
Carrazza:
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contribuinte.
saber:
legislador ordinário, mas também de mais uma regra asseguradora dos direitos
efetivamente paga.
CONCLUSÃO
face à voracidade dos entes políticos em arrecadar cada vez mais recursos
financeiros.
função extrafiscal.
Industrializados.
produtos, cumpre relevante papel na busca pela tão almejada justiça fiscal.
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