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MILITANTE DO 25 DE ABRIL

Sendo um acérrimo defensor e militante do 25 de Abril, nunca imaginei que,


após 35 anos de comemorações deste evento, viesse a passá-lo em
companhia de um dos homens que intervieram nesse acto histórico.

Pertencendo à Associação Narciso Miranda Matosinhos Sempre, estive


presente no dia 24 de Abril no convívio que se realizou comemorando a
efeméride, que para muitos ainda é importante e tive a grata surpresa de ouvir
a palestra do Senhor General Alfredo Assunção.

Como digo, sendo um militante acérrimo e defensor do 25 de Abril, sou


conhecedor de muitas façanhas que levaram à Revolução dos Cravos, no
entanto não resisto em citar algumas palavras do Senhor General:
“Sinto algo que vai para além do desânimo, é desilusão. Porque não se
entende que em 35 anos se tenha desbaratado tanta generosidade e tanta
vontade de melhorar o País. Isso é para mim uma enorme desilusão.”
“Não estou (arrependido), mas como não pode fazer-se um segundo 25 de
Abril, espero que os jovens consigam mudar a lei eleitoral para que um cidadão
independente possa chegar ao Parlamento e que exijam aos políticos mais
seriedade e que olhem menos para a barriga e mais para o País real”

Para mim o mais importante foi que dei conta, no meu relógio, do passar de 24
para 25, pois que, da mesma forma que dormia quando nasceu o 25 de Abril,
como muitos, continuamos a dormir durante estes 35 anos. Pouco ou nada
fazemos para defender o 25 de Abril de 1974. Tantas foram as conquistas que
nos proporcionou e contudo, temo-las visto fugir à frente dos nossos olhos.
Delegamos o nosso presente e futuro naqueles em quem votámos, esperando
que nos defendam, só que a realidade tem sido outra, os nossos votos têm
servido de “trampolim” para alguns falsos democratas que mais não fazem do
que servirem-se do 25 de Abril.

Disse ainda o General Alfredo Assunção, que “os operacionais avançaram na


madrugada, fizeram o 25 de Abril e depois regressaram aos quartéis, dando
lugar àqueles que do 25 de Abril se apoderaram” Não posso estar mais de
acordo com tais palavras. Realmente sinto e verifico, que tendo sido o 25 de
Abril feito para dar Liberdade ao Povo, foram conquistadas muitas regalias e a
felicidade, à época, era incontida.

Deparo hoje, volvidos 35 anos, com inúmeras famílias onde acontece estarem,
infelizmente, marido, mulher, filhos, nora ou genro todos no desemprego.
Uns já acabaram o período em que lhes era pago o respectivo subsídio, outros
estão próximo do fim, outros fazem Cursos de Formação, embora de “muita
utilidade” mas que na prática não “lhes traz pão”. Quando muito há promotores
desses Cursos de Formação, que saem beneficiados, pois que, sem a
participação dos desempregados, esses Cursos não tinham por onde “se
alimentarem”. De que forma resistirão essas famílias a tão grande flagelo?
Onde andam os senhores beneficiados com a Democracia? Quiçá estarão em
bons e nobres restaurantes a saborearem uns bons pratos de carne ou marisco
e os pobres que se lixem e passem a comer, novamente, arroz com chouriço.
Quantos se interrogam das dificuldades das famílias mono parentais, que por si
só, não conseguem respostas para as dificuldades do presente e incertezas do
futuro.

Está a chegar, para os “ricos” o período das férias, uns deslocar-se-ão para o
Algarve, para o Brasil, para o México, para as Bahamas, etc., etc. e o povo em
dificuldades ficará por cá, nas nossas praias, pois que ainda não conseguiram
retirar ao povo esse direito, onde consta que “o sol quando nasce é para
todos”. Felizmente, ainda não lhes é permitido “revogar” por Decreto-lei, esta
realidade, pois que o sonho de novo “apartheid” existe. Pobres para um lado e
ricos para outro…

Só que o capitalismo, as classes dominantes e favorecidas nunca desarmaram,


mantiveram-se na “tocaia” e fizeram o seu trabalho de recuperação dos
privilégios perdidos. Misturaram-se e camuflaram-se no seio dos, generosos,
que beneficiaram do 25 de Abril e nas fábricas, nos campos, nas pescas, nos
sindicatos, nos partidos políticos, nas repartições públicas e outros locais e aí
desenvolveram o trabalho de recuperação dos benefícios perdidos e hoje
verifica-se que o POVO está a passar por idênticas situações das do 24 de
Abril (fome, desemprego, perseguições, falta de liberdade).

Mesmo muitos que, em teoria, defendem a Liberdade e a Democracia, mais


não fazem do que servirem-se dessa mesma Liberdade e Democracia para
viverem faustosa e arrogantemente e mais não são do que pequenos
ditadores, que nunca se imaginaram com tanto poder, conquistado à sombra
dos votos dos bem intencionados e que deles esperavam o exercício da
verdadeira Liberdade e Democracia.

Como podemos consentir que em Matosinhos haja um Presidente de Câmara,


eleito pelo Partido Socialista, que exerce esse poder em conformidade com as
suas conveniências, tentando amordaçar os que dele discordam, mandando
retirar cartazes, distribuindo benesses, desrespeitando o direito à igualdade na
imprensa, exercendo o poder sem critérios democráticos. A este
comportamento só nos ocorre compará-lo a um pequeno ditador, a quem
muitos elegeram pensando estar na presença de um socialista, democrata,
mas que, como diz o povo: “a montanha pariu um rato”.
A Esperança deu lugar à Incerteza, o Sonho ao Pesadelo, a Alegria à Tristeza
e com isto não posso deixar de pensar…
TRISTE FADO O NOSSO, ATÉ QUANDO AGUENTAMOS COM TUDO ISTO?

Como poderemos consentir as vergonhas dos MILENIUM, BPN, BPP, CASA


PIA e outros do conhecimento público, mas que continuam a ser inquiridos com
muito “respeitinho” e sem grandes alardes? Escandalosamente têm sido
“protegidos com as almofadas” (dinheiro dos nossos impostos). Só alguma
Comunicação Social, vai cumprindo o seu papel de informar, pois temos que
ter em conta, especialmente a nível local, os media controlados pelos senhores
do sistema que mais parecem revistas cor-de-rosa. Estes, só publicam noticias
sobre o que lhes mandam e interessa. Caso assim não fosse estes já não
existiriam, até pelas suas mediocridades.

Alto e bom som, cumpre-me evidenciar o honrado comportamento, a nível


local, do Jornal de Matosinhos, que pressionado, resistindo heroicamente às
tentativas baixas, e anacrónicas, de se deixar comprar, é o único semanário,
em 28 anos de existência, a manter a espinha dorsal direita, a não trazer ao
colo os falsos democratas desta “paróquia”, já que o papel triste, e reles, de
“sovela”, não quadra ao carácter de quem o dirige e nele trabalha.

CELSO ISAURO

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