Na primeira parte deste estudo, visto quinta-feira passada, aprendemos alguns ensinamentos sobre as contribuições feitas por Davi e por todo o povo para a construção do templo que seria realizada por Salomão. Vimos que o escritor dos dois livros de crônicas, os escreveu para estimular o povo pós- exílio a contribuírem com a obra de Deus. Que essa obra era grande porque era para o Senhor, que devia ser feita por amor a ele, que precisava ser espontânea, como fruto da fé e o do conhecimento dele mesmo. Hoje continuando a lição veremos as demais verdades expostas nesse texto. 5. DEVE COMEÇAR PELA LIDERANÇA, 2 e 6 A contribuição para Deus deve começar por aqueles que estão na liderança da obra de Deus. Davi foi o primeiro a contribuir e não questionou a nenhum outro sobre esse assunto antes que ele mesmo desse o exemplo. Ele diz ter contribuído tanto como sendo rei, como sendo crente em Deus. Diz ter se esforçado para isso o que significa que teve que fazer planos para contribuir com os tesouros reais sem prejudicar outros projetos do reino. Depois de contribuir e perguntar aos demais cabeças das tribos e da sociedade como um todo, recebe uma resposta positiva em que todos contribuem também. Davi entendia que se a obra era grande e era para Deus, aqueles que eram lideres sobre o povo de Deus deveriam ser os primeiros a exemplar. Para Davi era inadmissível e extremamente vergonhoso esperar que o povo contribuísse sem que os líderes o fizessem primeiro. O cronista esperava que os líderes de sua época olhassem para o exemplo da liderança na época de Davi. Uma pessoa que se acha investida de liderança deve primar por Deus e por sua investidura e sua própria imagem de líder sendo exemplo em tudo aquilo que irá questionar de outras pessoas. Um líder deve ser o primeiro a demonstrar exemplo para que possa ter a dignidade do cargo que assumiu. Se um líder ainda hoje vive de forma a querer que outros façam o que ele manda, mas não o que faz, porque não faz o que é certo, ele não tem vocação e nem competência para o cargo que ocupa, é um empecilho para a obra de Deus. 6. DEVE SER FEITA EM ABUNDÂNCIA E DIVERSIDADE, 2, 7 e 8 Davi contribuiu com 100 toneladas de ouro de Ofir, 240 toneladas de prata purificada. Os demais líderes deram 170 toneladas de ouro, 375 toneladas de prata, 645 toneladas de bronze, 3450 toneladas de ferro. Esses números dizem respeito a abundância com que se deve contribuir com Deus que é grande e tem uma grande obra. As pedras preciosas de vários tipos e a variedade de metais dizem a respeito da diversidade com que se deve dar para Deus. Se Deus era grande e grande era sua obra, nenhum devia se apresentar diante dele com mesquinharia ou avareza. O cronista esperava que o povo de sua época depois do exílio também fosse abundante e desse com diversidade para a obra de Deus. Paulo diz que quem semeia muito colhe muito, que semeia pouco ceifa pouco. Também é possível hoje aplicar o mesmo principio revelado nesse texto. A abundância existiria facilmente se todos contribuíssem com a obra de Deus. A diversidade também existiria se todos entendessem que além dos dízimos e ofertas se pode contribuir com outras coisas. O que acontece, porém, é que nem todos são fiéis, o que torna pouco os recursos da igreja diante da demanda que é grande. Comprar tudo que necessita para a casa de Deus apenas com os poucos dízimos e ofertas não é apenas impossível como também é pura falta de compreensão da realidade a nossa volta. Muitos querem e esperam ser abençoados com toda sorte de bênçãos e em todas as áreas da vida, mas, não desejam contribuir conforme esperam de Deus. 7. APÓS A CONTRIBUIÇÃO, A ALEGRIA DEVE TOMAR CONTA NO CORAÇÃO DO CRENTE, 9 O verso 9 destaca algo extraordinário: a alegria que tomou conta de todos após darem toneladas e mais toneladas de metais preciosos para a construção da casa de Deus. A quantidade de ouro, prata, outros metais e pedras preciosas das quais todos esses homens se desfizeram mostra não apenas a prosperidade com que Deus os presenciou, mas também a graça com que foram tomados seus corações. Muitos contribuindo com bem pouco ficariam por demais tristes. Esses mesmo dando tanto, ainda ficaram muito alegres. Não houve o menor sinal de avareza ou amor ao dinheiro por parte dessas pessoas. O escritor queria com essa narrativa despertar nas pessoas do seu tempo o desejo de contribuir e sentirem a mesma alegria. Paulo diz aos coríntios que ninguém deve contribuir com tristeza. Podemos com isso lembrar ainda das primeiras lições dessas reuniões. Que não devemos amar ao dinheiro e que nossos tesouros não devem estar nele ou nesse mundo. Que não temos trazido nada para este mundo e nada levaremos dele. O que você sente após dar o seu dízimo para a casa de Deus? Você dar oferta ou acha que o dizimo já é dar demais? O que você sente não sendo uma pessoa que dizima e oferta para Deus? Como você queria que a igreja de Deus fosse adornada? Se Deus desse para você conforme você dar para ele, você estaria satisfeito e alegre? 8. A CONTRIBUIÇÃO DEVE SER FEITA SEGUNDO A CONSCIÊNCIA DE QUE DEUS É TUDO, GOVERNA TUDO E POSSUI TUDO, 10-14 Davi tem uma concepção de Deus e de sua obra que vai além do entendimento de muitos hoje em dia. O seu entendimento sobre a eternidade de Deus o incentiva nessa sua empreitada para a construção do templo. Mas, não apenas, a eternidade, ele fala ainda sobre o poder, a grandeza, a vitória e a majestade. Davi entendia ser Deus o dono e possuidor de todas as coisas que existem nesse mundo sejam de que natureza forem. Ele reina sobre o mundo e governa sobre todos. A ele pertencem todas as riquezas e glórias e ele domina sobre tudo. Ele tem toda a força e fortalece e engrandece a quem quer. Só quem não tem esse entendimento de Deus é que vive escravizado pelo dinheiro e pela matéria. Negando o que é de Deus, sonegando o que pertence a ele, e permanece vivendo sem temor e que ao invés de gozar de bênçãos, tem provado na verdade e de todo tipo de privações físicas e matérias. Passando necessidades não como prova, mas como conseqüência da vida mesquinha, incrédula e infiel que leva. Deus ainda é o mesmo e não mudou em nada. Suas bênçãos e maldições estão de pé e serão destinadas a cada um conforme ele já determinou. 9. A CONTRIBUIÇÃO DEVE SER FEITA SEGUNDO A CONSCIÊNCIA DE QUE NÃO SOMOS NADA, NÃO MANDAMOS EM E NADA E NÃO TEMOS NADA, 14-17 Davi não tinha apenas uma visão de eternidade, poder, gloria, força e outras coisas a respeito de Deus, ele também tinha uma visão a respeito de si mesmo e das demais pessoas que o torna digno de nossa mais sincera admiração. Ele tinha uma concepção de que não era ninguém, uma vez que entendia quem Deus era de fato. O que é também fascinante era que ele tinha uma idéia de que tanto ele como todos aqueles que tinham abundante riqueza, não passavam de pessoas que não tinham vida permanente nesse mundo. Ele sabia da vida passageira aguardada para todos eles. Entendiam que eram estranhos e peregrinos nesse mundo. E que todas as coisas, incluindo os bens e as riquezas vinham de Deus e de nossas mãos deveriam tornar para ele, como forma de gratidão e consciência. Se tinham alguma coisa era porque Deus tinha dado a todos eles e por isso não podiam ver a necessidade de se ter um templo e de se realizar algo para ele, sem se sentirem diretamente responsáveis por isso. São essas atitudes, essas ações de gratidão e fé que dizem quem somos, a quem amamos e aonde esta o nosso coração, assim como quem manda em nossa vida também. Ainda somos como seres humanos iguais ao povo descrito por Davi nesses últimos versos. A nossa relação financeira com a obra de Deus mudará se entendermos o que nos ensina esse texto riquíssimo da palavra de Deus. A nossa vida mudará e Deus certamente nos fará prosperar se a disposição do nosso coração for para glorificar o nome dele através de nossos bens, contribuindo por amor, com abundancia, com alegria e humildade diante dele. Que Ele vos abençoe e faça proveitosas todas essas lições. Pr. Wellington