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GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE

DECRETO Nº 238 de 03 de Outubro de 1945

Baixa Regulamento do Arquivo Público.


GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE

DECRETO Nº 238 de 03 de Outubro de 1945

Baixa Regulamento do Arquivo Público.

O Interventor Federal no Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e de


acordo com o art. 3º do Decreto-Lei n. 617, de 3 de abril de 1945,

DECRETA:

Artigo único: O Arquivo Público do Estado reger-se-á pelo Regulamento que


com este baixa, revogadas as disposições em contrário.

Palácio do Governo do Estado de Sergipe. Aracaju, 3 de outubro de 1945, 57º


da República.

AUGUSTO MAYNARD GOMES


Francisco Leite Neto
REGULAMENTO DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE

CAPÍTULO I

Do Arquivo

Art. 1º. O Arquivo Público do Estado de Sergipe, criado pelo Decreto-Lei nº


617, de 3 de abril de 1945, tem por fim arrecadar, receber e conservar, sob
classificação técnica, todos os documentos de valor histórico-administrativo e de
qualquer natureza que interesse ao Estado.

Art. 2º. O Arquivo Público do Estado compreenderá três divisões gerais:

a) Biblioteca
b) Mapoteca
c) Museu

Parágrafo único: Estas divisões serão autônomas, sujeitas somente à


administração do Arquivo e a elas serão destinados os documentos e objetos que
lhes disserem respeito.

CAPÍTULO II

Do recolhimento de livros, papéis e documentos do Arquivo

Art. 3º. Logo que seja instalado em prédio próprio, o Arquivo, a este serão
recolhidos todos os livros, papéis, documentos findos, objetos, etc., que não sejam
precisos aos expedientes das repartições assim como tudo que disser respeito à
formação da Mapoteca e do Museu.

Art. 4º. A Secretaria Geral do Estado e as secretarias que se criarem,


fornecerão ao Arquivo, obras, livros, objetos que interessem ao mesmo, salvo os que
por sua natureza se destinem à Biblioteca Pública.

Art. 5º. As Prefeituras Municipais e os cartórios do Estado ficarão obrigados a


remeter ao Arquivo, sob penas de responsabilidade, os documentos e livros que
tiverem em sua guarda. Ultrapassando o tempo de trinta ( 30 ) anos, de qualquer
natureza.
Art. 6º. As casas impressoras e editoras de qualquer gênero, inclusive as
oficiais do Estado, ficam obrigadas a fornecer , de todas as obras publicadas a
respeito de Sergipe, um exemplar para as coleções do Arquivo além dos que são
obrigados a fornecer à Biblioteca Pública do Estado.

Art. 7º. A Diretoria do Arquivo Público se entenderá com os chefes de


Serviços Federais e das Prefeituras Municipais, para o fim de obter elementos para a
organização das divisões do Arquivo, podendo também se dirigir às autoridades de
outros Estados, com o mesmo objetivo.

Art. 8º. Existindo em alguma parte do Estado pequeno Arquivo ou Museu,


com objetos pessoais e de valor histórico, em abandono, serão transferidos para o
Arquivo Público desde que pertençam ao Estado ou Município.

Art. 9º. Além destas medidas também serão obtidas obras, objetos e tudo
que interesse ás divisões do Arquivo, por compra ou permuta desde que haja valor
histórico.

Parágrafo único: As compras ou permutas constantes do art. 9º só serão


realizadas depois de ouvido o Governo do Estado.

Art. 10º. Quando os chefes de repartições não puderem precisar o tempo em


que um documento, um processo ou um livro deixe de ser preciso ao seu expediente,
remeterá no prazo de cinco anos em original, enviando logo uma cópia devidamente
autenticada.

Art. 11º. Anualmente, pelo menos duas vezes, o Diretor do Arquivo visitará o
interior do Estado, a fim de obter elementos que venham enriquecer as divisões do
Arquivo e oficiará aos Chefes de Repartições solicitando a entrega de papéis e livros
que estejam nas condições previstas neste Regulamento.

CAPÍTULO III

Do Museu

Art. 12º. O Museu será constituído de qualquer objeto que se relacione com
as ciências, as artes, a história e a indústria, especialmente com a história de Sergipe,
com a sua natureza morta; Mineralogia e Geologia; com a sua natureza viva;
Botânica e Zoologia; além da história do homem de Sergipe; sentindo, pensando e
agindo, formando efetivamente a Arte e a Religião; intelectualmente e nas ciências;
ativos e industriais, como Militares e Civis.

CAPÍTULO IV

Da ordem de Serviço.

Art. 13º. Tudo quanto for remetido para o Arquivo será conferido com a lista
de remessa e ficará em sala especial para que seja registrada a sua procedência e
feita a sua classificação com destino à divisão onde vai permanecer, já devidamente
fichado e catalogado.

Art. 14º. Todos os documentos de difícil leitura, ou que não suportem


manuseio, serão copiados, arquivando-se o original.

Art. 15º. A chancela com que se marcarão os documentos, após catalogação e


número de ordem, será assim constituída: - O Escudo da República, seguindo-se a
legenda “ Arquivo Público do Estado de Sergipe”.

Parágrafo único: os documentos ficam autenticados imprimindo-se no meio


da folha a chancela, que será em alto relevo.

Art. 16º. O critério de classificação será o da matéria, observando-se a ordem


das datas de nossa história: - Capitania, Província e Estado.

Art.17º. No Arquivo haverá um fichário geral para a Diretoria e um fichário


para cada divisão e mais os seguintes livros: um de registro geral, com índice
remissivo alfabético; um de protocolo; um de registro de correspondência; um de
classificação para cada divisão; um de pedidos para consultas; um de registros de
móveis e utensílios e um para registro de portarias.

Art. 18º. O Arquivo terá com precisão de detalhes índices alfabéticos e


cronológicos para orientação do consulente e de três em três anos publicará um
catálogo completo.

Art. 19º. Todo exemplar recolhido ao Museu receberá sua classificação


científica e terá ao lado um cartão de identificação completa conferido com o
catálogo geral.

Art. 20º. Em salão próprio, serão franqueados ao exame livros, documentos


pedidos, com exceção dos que tiverem a nota – RESERVADO – os quais só poderão
ser facultados por ordem expressa escrita do Secretário Geral do Estado, que
também acontecerá com visitas em dia diferente do que for marcado pela Diretoria.

Art. 21º- Nenhum livro, documento, ou objeto do Arquivo poderá ser


retirado, a que pretexto for, salvo por ordem escrita do Secretário Geral do Estado.

Art. 22º. Será permitida consulta a qualquer chefe de repartição ou ao seu


enviado que se apresentar credenciado em objeto de serviço.

CAPÍTULO V

Das certidões e cópias

Art. 23º. Certidões e cópias serão fornecidas a quem requerer ao Diretor,


dizendo o fim e minunciando o assunto e, quando possível, sua localização entre os
documentos, pagando o interessado os emolumentos devidos na forma
orçamentária.

Art. 24º. Não serão dadas certidões de documentos que tenham a nota de -
RESERVADO – a não ser por ordem escrita do Secretário Geral do Estado.

Art. 25º. Para validade da cópia ou certidão deverá ser assinada pelo Diretor
ou pelo seu substituto legal, levando a mesmo o timbre do Arquivo e mais a chancela
com o respectivo selo.

CAPÍTULO VI

Do Pessoal

Art. 26º. O quadro efetivo do Arquivo terá os seguintes empregados: Um


Diretor, um Técnico de Arquivo, um Secretário, um Biblioteconomista, um
datilógrafo, três escriturários, três serventes e um porteiro.

Art. 27º. O empregado antes de fornecer o documento pedido, examinará a


ordem ou apresentará o livro de consulta e assinatura para nele ser lançada a do
solicitante, sem o que não o atenderá.

Art. 28º. O serviço de polícia do salão será feito pelo empregado designado
pelo Diretor, com o encargo de não permitir a danificação de documentos e objetos.
Art. 29º. Além das previsões da Lei Penal, será punido o funcionário que
revelar o assunto de documentos ou subtrair, extrair ou danificar objetos do
Arquivo.

Art. 30º. O Diretor do Arquivo exercerá todos os atos que forem precisos para
a boa marcha dos serviços a seu cargo, mantendo sua autoridade, dirigindo-se
sempre que preciso para tratar de despesas ou pedir providências que exorbitem de
sua alçada ao Secretário Geral do Estado.

Art. 31º. O Diretor pedirá, sempre que for preciso, o material para as divisões
do Arquivo, assim como o aumento de empregados para atender suas necessidades.

Art. 32º. Anualmente, no mês de julho, fará remesse de um relatório ao


Governo do Estado, dizendo das atividades e necessidades do Arquivo, enviando na
mesma ocasião a proposta orçamentária para o próximo exercício.

Art. 33º. Ao Técnico do Arquivo compete:

a) Fazer as classificações e distribuição de tudo quanto der entrada no


Arquivo;
b) Organizar e trazer em dias o fichário geral do Arquivo, assim como o de
cada divisão juntamente com os livros de registro;
c) Dar cumprimento aos artigos do Capítulo IV deste Regulamento, na parte
técnica;
d) solicitar do Diretor o que for necessário para a boa ordem técnica do
Arquivo.

Art. 34º. São obrigações do Secretário:

1º. Fazer todo o expediente da Secretaria;


2º. Conferir certidões;
3º. Auxiliar o Técnico nas classificações e organização dos catálogos;
4º. Servir em qualquer divisão sem prejuízo de suas funções.

Art. 35º. Ao Bibliotecário compete:


1º. Ser responsável pela boa ordem da Biblioteca;
2º. Manter a sua organização;
3º. Zelar pela boa conservação de todos os papéis e livros;
4º. Auxiliar o Técnico nos serviços do Arquivo;
5º. Substituir o Secretário em seus impedimentos.
Art. 36º. São deveres do datilógrafo fazer todo o serviço de datilografia do
Arquivo e auxiliar os trabalhos de classificação.

Art. 37º. Cumpre aos escriturários:

a) Deitar em ordem as peças que lhes forem distribuídas;


b) Manter a ordem de suas divisões e das salas de leitura, impedindo o
desvio ou destruição de peças;
c) Auxiliar todo o serviço de escrituração da repartição, extrair certidões
quando designados para este serviço.

Art. 38º. Os Serventes cumprirão as ordens de serviços e serão responsáveis


pelo asseio de todo o estabelecimento.

Art. 39º. O Porteiro tem por dever:

Dar entrada na correspondência oficial, escriturando o protocolo; registrar as


petições, com os indicativos de entrada e saída, expedir a correspondência oficial;
pagar as despesas miúdas depois de devidamente autorizadas.

Art. 40º. Para melhor ordem do serviço os funcionários não terão divisões
determinadas, servirão em qualquer, por proposta do Técnico ou do Diretor.

CAPÍTULO VII

Disposições Gerais

Art. 41º. O Arquivo publicará, de dois em dois anos, um volume de seus anais,
divulgando documentos que interessem a história de Sergipe com suas lenda e
tradições, das três épocas: Colônia, Província e Estado.

Art. 42º. A Diretoria do Arquivo solicitará ao Governo para que sejam feitas
excursões e explorações técnicas, em zonas do Estado que possuam locais históricos
sem corografia conhecida.

Art. 43º. Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio do Governo do Estado de Sergipe, Aracaju, 3 de outubro de 1945.

AUGUSTO MAYNARD GOMES

Francisco Leite Neto

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