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AS DIFICULDADES HISTÓRICAS DA HANSENÍASE E EVOLUÇÃO NO

TRATAMENTO: REVISÃO INTEGRATIVA 2004-2011

Bruna Larissa Almeida Alves¹; Cristianne de Souza Galvão²

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença que desde os templos bíblicos tem projeção no
imaginário popular devido principalmente as inúmeras deformidades, característica da fase
mais avançada da doença e pela conotação de pecado que traz consigo². Essa doença chegou
ao Brasil na época da colonização por vários pontos do litoral através dos portugueses que
juntos com os escravos africanos muito contribuíram para sua disseminação e intensidade
durante o período colonial da metade do século XVIII até início do século XIX, não bastante
o desenvolvimento do estado e o movimento migratório do século XX aumentou ainda mais a
freqüência de hanseníase no país.. Sabe-se que essa prática recebeu influência de antigos
modelos segregacionistas utilizados na Idade Média, o que afetou a vida desses indivíduos de
maneira por vezes irreversíveis, arrancando-os dos seios de suas famílias abruptamente e
jogando-os numa nova e dura realidade onde viveriam, então, com indivíduos em condições
iguais¹. A partir da década de 1920, o governo federal tomou para si a o controle da
hanseníase pela internação compulsória, medida esta que foi impulsionada partir da
descoberta do agente etiológico da doença no final do século XIX pelo médico norueguês
Armauer Hansen comprovando assim seu caráter infecto-contagioso. Na década de 30 foi
criada a Campanha Nacional de Combate à Lepra, para que a questão do confinamento
compulsório fosse tratada com o devido “empenho”, esta campanha é fruto da política estado-
novista do estado que ao tomar para si a responsabilidade de resolver o problema das doenças
que grassavam o país, via a lepra como um empecilho para o desenvolvimento e progresso da
nação, tendo em vista que as pessoas acometidas ficavam debilitadas demais para
continuarem trabalhando¹. Tão logo as políticas de saúde pública foram estipuladas para
garantir que seus trabalhadores tivessem boa saúde para continuarem movendo o Estado
através de seu trabalho. Nesse período da história procurava-se o restabelecimento da saúde
para doenças como a gripe e o isolamento dos doentes para males como a hanseníase e a
loucura. Essa situação começou a ser contornada com a descoberta da sulfona em 1940, a
primeira droga contra o bacilo micobacterium lepra, momento em que o modelo de
tratamento baseado no

cerceamento da liberdade em grandes instituições começou a ser criticado até que em 1962
ocorre o abandono do isolamento compulsório, o tratamento ficou descentralizado e na década
1. Aluna do 8º semestre – UEPA- Belém. Email: croft_gnr@hotmail.com

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de 1970 o tratamento passou a ser ambulatorial². A partir do século XX buscou-se a mudança
desse tratamento e ao invés de simplesmente confinar as pessoas nos hospitais-colônias,
procurou-se de fato tratar a doença por eles carregada, no entanto de acordo com a
Organização Mundial de Saúde o Brasil está em 2º lugar mundial e a hanseníase continua em
expansão. Atualmente, o tratamento é realizado através da poliquimioterapia, no qual o
portador de hanseníase deve ir uma vez ao mês a uma unidade da rede básica de saúde para
que a dose supervisionada seja administrada². É de fundamental importância saber que este
cuidado vai além das medicações e por isso uma equipe multidisciplinar deve atuar no sentido
de oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes. Assim é possível atuar na prevenção com
maior eficácia e no tratamento das limitações físicas. Mas as dificuldades ainda são muitas,
em alguns casos os portadores não tomam as medicações de forma correta devido à falta de
disciplina para administrarem as doses em suas casas e pelo mal-estar que pode decorrer da
poliquimioterapia¹. Desde a descoberta da hanseníase existe um esforço muito grande em
eliminá-la, seja do cenário mundial, regional ou local, porém o estigma, medo, preconceito e
os casos não diagnosticados contribuem para a não realização desse objetivo, pelo menos não
do jeito desejado. É fato que a incidência de indivíduos portadores com alguma incapacidade
física diminuiu consideravelmente, mas ainda há o receio em admitir a existência da doença e
procurar tratamento. Isso ocorre em decorrência do preconceito há muito tempo presente².
OBJETIVOS: Identificar e analisar as diferenças na assistência prestada ao portador de
hanseníase no passado e na atualidade. METODOLOGIA: Este é um estudo qualitativo-
descritivo realizado através de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL). Feito a partir do
portal da Biblioteca Virtual em Saúde onde foram acessadas as bases de dados LILACS;
também foi consultada a Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn). A amostra final foi de
seis artigos publicados entre os anos de 2004-2011. Identificou-se em relação à abordagem da
temática um artigo como pesquisa de campo, três como relatos de experiência e dois se
encaixam na modalidade revisão teórica. RESULTADOS: com a análise do conteúdo das
evidências foi possível identificar 4 Eixos Temáticos: 1 - Preconceito Os preconceitos imbuídos à
lepra foram produzidos num passado longínquo e permanecem na atualidade ainda que de
forma camuflada, pois mesmo com o conhecimento científico em torno da doença e apesar de
hoje os portadores acometidos por ela não serem mais isolados compulsoriamente, estes
ainda são estigmatizados e excluídos socialmente. 2 - Conhecimento Os hansenianos retêm
pouco conhecimento sobre suas causas, tratamento e cura, mesmo quando recebem o
tratamento medicamentoso realizado pelas unidades básicas de saúde. 3 – Reestruturação Os

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hansenianos ainda recebem uma assistência que possibilita a continuidade do estigma e
preconceito na população, é necessário uma reestruturação nessa assistência considerando os
processos de fortalecimento e desgaste na vida dos hansenianos, priorizando políticas públicas
de saúde que visem inseri-los socialmente. 4 - Diferenças históricas no tratamento:
Antigamente as pessoas eram tratadas de forma desumanizada, pois as autoridades só tinham
a preocupação em proteger aqueles que não eram portadores da doença. Isso só modificou-se
bastante tempo depois com a descoberta de um novo tratamento chamado de
poliquimioterapia que proporcionou aos pacientes a inclusão social. 5 - CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A prática de isolamento compulsório aos pacientes bacilíferos foi abolida há mais de
50 anos e foi fruto do desconhecimento acerca da doença. Contudo, a doença ainda hoje é
estigmatizada e os hansenianos ainda vivenciam situações de exclusão social em parte por
causa do estado que não investe o quanto deveria na área administrativa, financeira e recursos
humanos, principalmente a respeito da qualificação técnica, capacitando profissionais a
valorizar as dimensões subjetivas do adoecimento e do processo de cuidar, ao passo que a
assistência em hanseníase não se limita apenas ao tratamento medicamentoso, mas sim o ser
humano como um todo priorizando a qualidade de vida deste. IMPLICAÇÕES PARA
ENFERMAGEM: É de fundamental importância que a enfermagem adote medidas pelas
quais o preconceito que permeia a vida do portador de hanseníase e as dificuldades
encontradas para inserção no seu meio social sejam reduzidas constantemente, para isso é
necessário a adoção de práticas inclusivas, e de ações diretas visando o conhecimento sobre a
doença aos doentes e a sociedade em geral, estimulando assim também o diagnóstico precoce
e a prevenção de incapacidades ao portador de hanseníase. O enfermeiro ao realizar seu papel
de educador permanente pode baixar a prevalência da doença, reduzir a taxa de abandono
melhorando assim a qualidade de atendimento e contribuindo na redução da exclusão social
dos portadores de hanseníase.

Descritores: Isolamento; Preconceito; Tratamento; Incapacidade.

1. ROLIM et al. Significados associados à hanseníase pelos hansenianos. Hansen Int,


2006; 31 (2): 7-14.
2. MATTOS, D.M. & FORNAZARI, S.K. A lepra no Brasil: representações e práticas e
poder. Cadernos de Ética e Filosofia Política 6, 1/2005, pp. 45-57.

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3. ROCHA, A C; LANDIM, F L; CAPRARA, A; LEFÉVRE,A; LEFÉVRE, F. O
discurso coletivo de ex-hanseniano morador de um antigo leprosário no nordeste
do Brasil. Interface comunicação, saúde, educação, v.15, n.36, p.213-23, já/mar.
2011
4. CASTRO, S M S; WATANABE, H A W. Isolamento compulsório de portadores de
hanseníase: memória de idosos. História, ciências, saúde – Manguinhos, Rio de
janeiro 2009
5. DIAS, R C; PEDRAZZANI, E S. Políticas públicas na hanseníase: contribuição na
redução da exclusão social. Revista Bras. De Enfermagem, 2008.
6. EIDT, L. M. Breve Histórico da História: sua expansão do mundo para as
Américas, o Brasil e o Rio Grande do Sul e sua trajetória na saúde pública
brasileira. Saúde e Sociedade v.13, n.2,p.76-88, maio-ago 2004.

1. Aluna do 8º semestre – UEPA- Belém. Email: croft_gnr@hotmail.com

2.Aluna do 8º semestre – UEPA – Belém. Email: cr_isgalvao@hotmail.com

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