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Introdução
Com efeito, algumas das razoes que justificaram a assunção pública dessas
tarefas continuam a existir (actividades de interesse publico, que satisfazem
necessidades básicas universais dos cidadãos num quadro de concorrência
limitada, pelos menos, quanto ao numero de operadores) e exactamente por
isso que a Administração continua de certo modo comprometida com elas.
Tais tarefas, embora privatizadas, não são por isso puramente privadas, pois
estão sujeitas a uma programação ou disciplina publica incomparável com uma
mera responsabilidade administrativa de controlo. Para assinalar a dimensão
não puramente privada dessas actividades,são os casos dos conceitos de
actividades de serviço publico, ou de actividades privadas oneradas com
obrigações de serviço publico, ou de actividade de interesse económico geral:
em qualquer caso, pretende-se destacar o degrau intermédio entre os sectores
público e privado que essas actividades ocupam (sobretudo os serviços públicos
privatizados).
Não obstante, a premissa de que parte a doutrina que fala na nova crise da concessão
de serviços públicos esta em grande medida correcta.
Como já se percebeu, não se esta sequer a pensar na tese, que alias aqui se recusa,
que ve nas autorizações para a exploração das novas actividades
liberalizadas( correspondente aos anteriores serviços públicos em sentido
subjectivo)concessões encobertas (dado o seu regime jurídico, mais concessório do
que permissivo), e que assim recupera uma doutrina já com alguns anos que concebe
a concessão de serviços públicos como um acto que permite o exercício de uma
actividade económica liberalizada, mas dirigida e programada pelo Estado ( ou seja,
um serviço publico em sentido objectivo