Sunteți pe pagina 1din 15

tem contribuído para o avanço da contabilidade no Brasil Visão geral

Apresentação da disciplina:

Desenvolvimento de conteúdos relevantes


articuladores das disciplinas do semestre

Objetivo da Disciplina

Geral
- Consolidar o conhecimento do semestre
de estudo através da articulação
disciplinar.
Específicos
• Apresentar palestras sobre o tema do
semestre;
• Elaborar atividades de forma
interdisciplinar vinculadas ao tema
integrador;
Oportunizar aos alunos aprendizado
adicional sobre o tema do semestre

Conteúdo Programático:

-Seminários sobre os conteúdos das


diversas disciplinas do semestre.

Metodologia:

Os conteúdos programáticos ofertados


nessa disciplina serão desenvolvidos por
meio das Tele-Aulas de forma expositiva e
interativa (chat - tira dúvidas em tempo
real), Aula Atividade por Chat para
aprofundamento e reflexão e Web Aulas
que estarão disponíveis no Ambiente
aprofundamento, reflexão e atividades de
aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão
também realizadas atividades de
acompanhamento tutorial, participação em 1
Ciências Contábeis

WEB AULA 01 Fórum, atividades práticas e estudos


independentes (auto estudo) além do
LEGISLAÇÃO CONTÁBIL E NORMAS BASEADAS
Material do Impresso por disciplina.
EM REGRAS
Avaliação Prevista:
INTRODUÇÃO
O sistema de avaliação da disciplina
Atualmente, acompanhamos no Brasil um processo de adoção das
compreende em assistir a tele-aula,
normas internacionais que são emitidas pelo International Accounting
participação no fórum, produção de
Standard Board (IASB), e serão implantadas no Brasil pelo Comitê de
texto/trabalho no portfólio, realização de
Pronunciamentos Contábeis (CPC).
duas avaliações virtuais, uma avaliação
As demonstrações contábeis elaboradas e publicadas ao final de 2010
presencial embasada em todo o material
deverão obrigatoriamente seguir as normas emitidas pelo CPC, ou
didático, tele-aula e web aula da
seja, as demonstrações contábeis que vamos ver nos jornais do
disciplina.
próximo ano (2011), quando são publicadas as demonstrações do
ano anterior, deverão já adotar integralmente todas as normas
contábeis emitidas pelo CPC.
Esta mudança impactará na contabilidade brasileira de forma
abrangente, atingindo a grande maioria dos setores da economia,
deixando de fora (por enquanto) apenas algumas exceções como a
contabilidade pública e algumas empresas que tem regulação
específica, como bancos que estão sujeitas as normas emitidas pelo
Banco Central, as empresas de energia elétrica que seguem as
normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), entre
outras.
Porém, vemos hoje uma quebra de paradigmas na normatização
contábil brasileira, estamos migrando de normas baseadas em regras
para as normas baseadas nos princípios.

NORMAS BASEADAS EM REGRAS E NORMAS


BASEADAS EM PRINCÍPIOS
Normas Baseadas Em Regras

As normas baseadas em regras são normalmente aquelas que


surgem em países que tiveram influência do direito romano, como
Portugal, Espanha, países da América latina como consequência da
colonização pelos países ibéricos, etc.
As normas baseadas em regras buscam definir o ‘como devem ser
feito’ os reconhecimentos na contabilidade. Essas normas são
tradicionalmente adotadas em países que tem essa forte influência da
lei na regulamentação social. O Brasil é um típico exemplo dessa
situação.
Contudo, alguns países não seguem essa linha de tradição do direito,
como os Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, até a crise de 1929, ocorrida na Bolsa de Nova
York, podia-se verificar um quadro de pouca regulação contábil nos
Estados Unidos. Contudo, com a ocorrência da crise, necessitou-se de
alterações nas legislações, era necessário que a contabilidade se
tornasse mais confiável, para favorecer a reestruturação do mercado
de capitais.
Ciências Contábeis 2
Nesse momento (pós-crise de 1929), o governo americano institui
normas e delegou a responsabilidade sobre a emissão de normas
contábeis para um órgão específico, que após algumas mudanças,
encontra-se hoje sobre o nome de Financial Accounting Standard
Board (FASB).

O FASB é o responsável pela emissão das normas


contábeis nos Estados Unidos, e sempre seguiu a mentalidade das
normas baseadas em regras, onde este estipulava todas as normas a
serem seguidas pelos contadores na execução da contabilidade e
pelos auditores na conferência.

As normas contábeis são também facilmente visualizadas no Brasil


(antes do surgimento do CPC), pois todas as atividades do contador
eram regradas principalmente pelo que estava na lei, se a lei
autorizasse o contador poderia fazer.

Nesse sentido, as normas baseadas em regras regulamentam toda a


atividade do contador, balizando sua atuação e o reconhecimento dos
fatos contábeis.

O que não significa exatamente que isso impediria a ação oportunista


de alguns entes que atuam no mercado. Para se ter um exemplo, o
caso Enron, que ocorreu no início deste século é uma clara evidência
que as normas baseadas em regras não garantem total segurança
nos registros contábeis, pois uma das transações que a Enron fez
para maquiar seus balanços era perfeitamente aceito pela legislação
contábil americana. Nessa legislação, a norma contábil dizia que se a
empresa (nesse caso a Enron) tivesse participações de até 3% no
capital de outra empresa (Entidade de propósito específico), a Enron
não precisaria consolidar (apresentar junto), as demonstrações
contábeis dessas empresas de propósitos específicos. Então, o que a
Enron fez foi criar diversas empresas de propósito específico, onde
detinha até 3% do capital, e lançava os prejuízos ocorridos em
transações nessas empresas, e ao final do período não precisava
apresentar os demonstrativos dessas empresas criadas.

Totalmente dentro da norma contábil regulada por aquele país,


porém, totalmente contra a essência contábil, que preza que essas
empresas deveriam ser evidenciadas em conjunto (consolidação) com
os demonstrativos da Enron. Com isso, a Enron conseguiu enganar
muitos investidores no mercado americano, até quando foi
descoberto todo o escândalo contábil, mas já era tarde demais. A
Enron estava fechando suas portas tendo retirado muito dinheiro do
mercado e levando junto consigo a empresa de auditoria Arthur
Andersen.

Porém, as normas baseadas em


regras apresentam as vantagens de serem facilmente conferidas.
Basta observar o que estava disposto na lei e em seguida verificar se
na contabilidade está igual, sendo assim, o contador não exerce
nenhum tipo de julgamento, ele apenas executa o texto da lei. A
norma baseada em regra é aquela que diz o ‘como deve ser
feito’.

Nesse tipo de economia, onde o contador apenas executa a lei, vê-se


uma menor valorização da classe contábil, pois o contador não exerce
nenhum tipo de julgamento.

ontudo, no mundo contábil, não se tem apenas as normas baseadas


em regras, temos também as normas baseadas em princípios que
será explicitada a seguir.
WEB AULA 02
LEGISLAÇÃO CONTÁBIL E NORMAS BASEADAS
EM PRINCÍPIOS
NORMAS BASEADAS EM PRINCÍPIOS

Por outro lado, temos as normas que são baseadas em princípios,


estas são as normas que orientam ‘o que deve ser feito’, não o
‘como deve ser feito’, como fazem as normas baseadas em regras.

Essas normas decorrem de países que tiveram sua colonização pelo


Reino Unido, como os Estados Unidos, o Canadá, etc.

As normas baseadas em princípio são emitidas por órgãos não


governamentais e são visualizadas com maior facilidade nos
pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standard
Board (IASB), que é o órgão responsável pela emissão de normas
contábeis que visam ser adotadas em todo o mundo.

São essas normas do IASB que agora o Brasil está convergindo


através dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC).

Essa mudança das normas contábeis brasileiras para as normas


internacionais pode beneficiar e muito a contabilidade nacional,
facilitando a comparação dos demonstrativos elaborados aqui no
Brasil com os demais demonstrativos elaborados em outros países.

As normas do IASB são aquelas baseadas em princípios, elas não


estabelecem regras a serem seguidas, apenas deixam claro em seus
pronunciamentos que o contador deve se atentar a registrar a
essência econômica da transação, e não se deixar levar pela forma
como está sendo materializada.

Se voltarmos ao exemplo da Enron, se as normas fossem baseadas


nos princípios, aqueles contadores não poderiam ter deixado de
consolidar as entidades de propósito específico, onde escondiam seus
prejuízos se seguissem as normas baseadas em princípios.

Contudo, as normas baseadas em princípios não determinam


percentuais ou valores pelos quais o contador deve se balizar, ela dá
apenas os direcionamentos, e cabe ao contador dentro de seu
‘Subjetivismo Responsável’ julgar o que será mais adequado para
demonstrar a essência econômica da transação.

No Brasil, estamos adentrando agora em um estágio de transição,


onde deixaremos de seguir somente as normas baseadas em regras e
passaremos também a seguir as normas baseadas em princípios que
são emitidas pelo CPC. E nossos contadores e auditores, na execução
de seus serviços também deverão aprender a lidar com essa nova
fase da contabilidade, que é a necessidade do julgamento por parte
do contador no registro das transações.

Desta forma, o contador que foi acostumado ou só sabe seguir as


regulamentações, se verá agora frente a situações onde quem terá
que dar a opinião de como contabilizar será ele, que analisando a
situação da empresa e toda a ocorrência do fato deverá determinar
qual a forma de ser contabilizada e as operações realizadas pela
empresa.
Ciências Contábeis 4

Essas mudanças contábeis podem ser claramente evidenciadas


quando falamos do processo de registro dos ganhos ou perdas na
equivalência patrimonial de empresas controladas, pois essas
empresas antes seguiam rigorosos percentuais estabelecidos pela
legislação.

E hoje, o CPC, alternativamente aos percentuais, apresenta as


características de controle e influência, que muitas vezes são
evidentes, porém, não se manifestam pelo percentual de ações que
uma empresa detém da outra.

Sendo assim, vemos hoje nos pronunciamentos do CPC


(Pronunciamento 18 – Investimento em Coligada e Controlada) as
seguintes descrições:

7.A existência de influência significativa por investidor geralmente é


evidenciada

por um ou mais das seguintes formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da


investida;

(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive


em decisões

sobre dividendos e outras distribuições;

(c) operações materiais entre o investidor e a investida;

(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou

(e) fornecimento de informação técnica essencial.

Como se pode ver, o pronunciamento não se deteve as especificações


dos percentuais, e demonstrou outras formas que a empresa pode
manter influência em suas investidas mesmo sem ter grande
participação do capital social.

Contudo, nosso contador agora é que deverá julgar se nossa empresa


investidora detém ou não influência na empresa investida, para
averiguar qual deverá ser a forma que vamos utilizar para elaborar a
contabilização.

SAIBA MAIS

Para saber mais do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),


acesse o site do Comitê no link:

http://www.cpc.org.br/index.php

Lá poderá verificar os pronunciamentos, as interpretações e


orientações emitidas pelo CPC.

Em nossa próxima web aula, veremos qual o impacto dessas normas


agora no Brasil, e quais as mudanças que teremos principalmente
com a auditoria para a execução dos seus serviços, e para a perícia
contábil que deverá corrigir os valores contabilizados daqui a alguns
anos se por ventura ocorrerem processos judiciais (perícia).
Ciências Contábeis 5

MUDANÇAS NAS NORMAS CONTÁBEIS


PELO ADVENTO DOS PRONUNCIAMENTOS
DO CPC
INTRODUÇÃO

As mudanças que demonstraremos aqui são aquelas que devem ser


adotadas pelas empresas que são sociedades anônimas e as
empresas de grande porte, não sendo, portanto, obrigatório às
empresas de pequeno porte a adesão nesse momento (contudo, já há
um pronunciamento do CPC voltado para as empresas de pequeno e
médio porte, onde se visa a adoção das normas no futuro).

Para clarear o conceito de Empresa de Grande Porte, vamos retratar


a seguir a definição que foi relatada pela Lei 11.638/07:

Art. 3o Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não


constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e
elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de
auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores
Mobiliários.

Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins


exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob
controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total
superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais)
ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos
milhões de reais).

Sendo assim, as empresas de grande porte e as sociedades anônimas


devem seguir as regulações da lei sobre a escrituração e elaboração
das demonstrações financeiras.

Lembrando que segundo o texto da lei 6.404/76 (com suas alterações


pela 11.638/07 e 11.941/09) as demonstrações contábeis
obrigatórias são:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar,


com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

III - demonstração do resultado do exercício; e

IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº


11.638,de 2007)

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.


(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Ainda reforçando que devem ser publicadas também as notas


explicativas, que serão responsáveis por fornecer maior
esclarecimento sobre alguns tópicos relatados brevemente nas
demonstrações contábeis.
Ciências Contábeis 1

Portanto, nesta web aula, basearemos nossas observações sobre as


normatizações contábeis emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), que seguem a linha do International Accounting
Standard Board (IASB) que é voltado a linha de normas baseadas em
princípios.

PARA SABER MAIS


Para verificar os Pronunciamentos Emitidos pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) acesse o link a seguir:

http://www.cpc.org.br/pronunciamentosIndex.php

NORMAS BASEADAS EM PRINCÍPIOS E AS NOVIDADES


INTRODUZIDAS PELO CPC

Atualmente, o CPC já emitiu 40 pronunciamentos, 9 Instruções e 5


Orientações.

Em todos os pronunciamentos, vemos que não houve a preocupação


em estabelecer criticamente qual será o percentual que o contador
deve utilizar, por exemplo, para depreciar os bens.

Por muitos anos, as alíquotas utilizadas para depreciação eram aquelas


dispostas pela legislação fiscal (fisco), sendo algumas destas as
dispostas na tabela a seguir:

Atualmente, o Pronunciamento Técnico CPC 27 (Ativo Imobilizado) não


estabelece percentuais de depreciação específica para cada item, mas
destaca que “o valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de
forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.” (CPC 27, p. 13).

Assim, o contador agora deverá, junto de seus auxiliares técnicos de


cada área (engenharia, manutenção, compras, etc.) e informações
técnicas dos fornecedores, definir a vida útil dos bens que utiliza na
entidade.

Assim, a depreciação que será utilizada na contabilidade societária da


empresa será mais apropriada para demonstrar sua realidade
econômica. Pois muitas vezes, a empresa utilizava um veículo por mais
de 5 anos e para fins fiscais o veículo extinguia-se ao final do 5º ano
(por meio da depreciação). Desta forma, as mudanças na legislação
contábil trazem uma oportunidade para o contador retratar fielmente o
que ocorre na empresa.

As alíquotas fiscais continuam existindo para fins de apuração dos


tributos, porém, para fins societários (contabilidade societária) não
será mais necessário contabilizar as depreciações de acordo com as
exigências fiscais.

As exigências fiscais devem ser obedecidas sim, porém, somente na


apuração dos impostos, então a empresa elaborará duas
demonstrações, uma para fins societários (publicação) e outra para
fins fiscais (apuração dos impostos a pagar).
Ciências Contábeis 2
Ver site que fala sobre desvinculação das normas societárias
das fiscais

Isso não significa que estará ocorrendo


‘maquiagem’ do balanço, ou possibilidade de fraudes, o que está
ocorrendo é que apenas está se desvencilhando as obrigações fiscais
da contabilidade, para que assim, o fisco não impacte na
contabilidade, que como demonstrado anteriormente no caso de um
veículo pode distorcer a realidade, pois o veículo para uma empresa
de táxi pode durar menos de 5 anos e para uma empresa comercial
que utiliza o veículo apenas para levar eventualmente os vendedores
para visitar clientes pode ser utilizado por mais de 5 anos, então não
é possível que as empresas que usam o bem em períodos bem
diferentes depreciem pela mesma taxa, como se a representação do
desgaste do bem seja a mesma em ambas as empresas.Esse tópico
da depreciação fica bem claro no CPC-27 quando é transcrito que “o
método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela
entidade dos benefícios econômicos futuros.” (CPC, 27, p. 15) Sendo
assim, de acordo com a entidade (empresa), é que o método de
depreciação será definido, pois bens iguais podem ter taxas de
depreciação diferentes dependendo do seu uso, como citado o caso
do veículo na empresa de táxi e na empresa comercial.

Portanto, esse novo quadro da contabilidade exige do contador, do


auditor e dos peritos cada vez mais uma posição de julgamento, para
que possam definir qual deverá ser a forma mais adequada (que
demonstre com maior fidelidade a realidade econômica da empresa).
PARA SABER MAIS

Para ler mais sobre o ‘Pronunciamento 27 – Ativo Imobilizado’ do


Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) acesse o link a seguir:

http://www.cpc.org.br/mostraOrientacao.php?id=37
Ciências Contábeis 3

WEB AULA 02
PRONUNCIAMENTOS CPC SOBRE
CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO
INTRODUÇÃO

Continuando as evidenciações sobre as alterações


trazidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), vamos,
agora, dar um maior enfoque as empresas que são voltadas para a
área de construção. As alterações trazidas pelo CPC em alguns casos
podem mudar a maneira como vinha sendo realizada a contabilidade
até 31 de dezembro de 2009. A partir das demonstrações publicadas
com data fim de 31 de dezembro de 2010, as empresas de grande
porte e sociedades anônimas de capital aberto serão obrigadas a
adotar na íntegra todas as alterações contábeis promovidas pelo CPC.

Essas alterações vão impactar nas mais diversas empresas e ramos


que atuam no mercado nacional. E assim, demonstraremos aqui
algumas informações que são pertinentes aos contratos de
construção.

PRONUNCIAMENTOS CPC E OS CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO


O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu
um pronunciamento diretamente relacionado com as empresas que
tem contratos de construção (Pronunciamento Técnico CPC 17 –
Contratos de Construção).

Nesse pronunciamento, o CPC validou algumas informações já


existentes pela legislação fiscal e introduziu novos conceitos.

Neste CPC-17, inicialmente, deixa-se claro que pode haver dois tipos
básicos de contratos, o contrato de preço fixo e o contrato de custo
mais margem, essas duas definições são explicitadas a seguir.

Contrato de preço fixo é um contrato de construção em que o


contratante concorda com o preço pré-fixado ou com a taxa pré-
fixada, por unidade concluída que, em alguns casos, estão sujeitos às
cláusulas de custos escalonados.

Contrato de custo mais margem (cost plus) é um contrato de


construção em que o contratado é reembolsado por custos projetados
e aprovados pelas partes – ou de outra forma definidos – acrescido
de percentual sobre tais custos ou por remuneração pré-fixada. (CPC
17, ano, p. 2 – 3).

No contrato de preço fixo, quem contratar a empresa construtora já


sabe qual o valor que irá pagar pela obra, porém, pode haver
contratos que deixem cláusulas que permitam alteração do preço
caso os custos aumentem excessivamente.

No contrato de custo mais margem, a empresa que contratou irá


pagar o custo incorrido na obra e mais um percentual acima desse
valor como lucro a ser auferido pela empresa que está fazendo a
construção.
Ciências Contábeis 4
O CPC ainda destaca que

“o contrato de construção pode ser negociado para a elaboração de


ativo único, tal como uma ponte, um edifício, uma barragem, um
oleoduto, uma estrada, um navio ou um túnel. Por outro lado, pode
também tratar da construção de diversos ativos que estejam
intimamente interrelacionados ou interdependentes em termos da
sua concepção, tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final;
entre os exemplos de tais contratos estão os da construção de
refinarias e de outras partes complexas de fábricas ou de
equipamentos.” (CPC 17, ano, p. 3).

Portanto, podemos ter contratos de construção que tratem da


elaboração de um único ativo, como podem estar relacionados com a
construção de mais de um ativo no mesmo contrato. No momento da
contratação da empresa e do estabelecimento do contrato é que se
deve verificar se o correto é contabilizar os contratos para construção
do ativo em separado ou em conjunto.

Outro ponto desse Pronunciamento que merece destaque é o


momento de reconhecimento das receitas. No CPC-17, destaca-se
que o reconhecimento da receita e despesa pode seguir o método da
Percentagem Completada, “[...] segundo esse método, a receita
contratual deve ser proporcional aos custos contratuais incorridos em
cada etapa de medição”, assim, conforme forem ocorrendo os custos
na obra, as receitas vão sendo reconhecidas na mesma proporção.

Como exemplo, vamos supor que uma determinada obra teve seus
custos estimados em $10.000,00, e seu preço fixo a ser pago pelo
contratante é de $15.000,00, e essa obra tem previsão de 3 anos.

Se no primeiro ano a construtora incorrer em $3.000,00 de custo (ou


seja, 30% do total estimado, 30% de $10.000,00), a empresa poderá
reconhecer como receita no período 30% da receita, ou seja,
$4.500,00 ($15.000,00 x 30% = $4.500,00).

Para ficar mais fácil a compreensão desse método de reconhecimento


da receita, transcrevemos a seguir o exemplo disposto no
Pronunciamento do CPC 17, páginas 14 a 16.

Exemplos de evidenciação das políticas adotadas:

A receita de contrato de construção de preço fixo deve ser reconhecida pelo método de
percentual de execução, medido com base no percentual de horas de trabalho
incorridas até a data da medição, em relação às horas totais estimadas para cada
contrato. A receita de contrato de custo mais margem (cost plus) deve ser reconhecida
tomando como base os custos recuperáveis incorridos durante o período sob
mensuração, acrescidos de um valor pré-combinado, a título de remuneração. Os
custos incorridos são mensurados proporcionalmente aos custos totais estimados para
a execução do contrato.

Exemplos para determinar o estágio de execução de um contrato e o momento de


reconhecimento da receita e despesas correspondentes (ver itens 22 a 35 do
Pronunciamento CPC 17)
Ciências Contábeis 5
A Construtora XYZ assinou um contrato na modalidade preço fixo
para edificar uma ponte por $ 9 milhões. Quando da assinatura a
construtora estimava os custos totais em $ 8 milhões. O prazo de
construção foi fixado em três anos. Ao final do primeiro ano da
construção, os custos foram revistos e passaram para $ 8.050
milhões. Durante o segundo ano o contratante aprovou alterações
que resultaram em um acréscimo de $ 200 mil na receita e de $ 150
mil nos custos. Ao final do segundo ano, os custos incorridos pela
construtora incluíam $ 100 mil relativos a materiais adquiridos e
estocados, para serem utilizados no terceiro ano, próximo à
conclusão da obra. A Construtora XYZ determina o estágio de
execução das obras calculando a proporção dos custos incorridos
relacionados aos trabalhos executados até a data da mensuração,
contrapondo-os às últimas estimativas de custos totais para executar
a obra. O resumo das informações financeiras durante o período de
construção da obra é o seguinte:

O estágio de execução relativo ao 2º ano (74%) é obtido após


eliminar os custos incorridos no 1º ano e os $ 100 mil relativos aos
materiais estocados que somente serão utilizados no 3º ano. Os
montantes de receitas, despesas e resultado reconhecidos nas
demonstrações contábeis ao longo dos três anos são os seguintes:
O CPC está modificando algumas normas da contabilidade nacional, a
cada dia, torna-se mais importante a constante atualização do
contador, que não pode mais ficar somente ligado as normas
contábeis antigas, e deve aprender as novas normas contábeis.
Sendo assim, busque sempre materiais na internet, leia, questione
seus professores, busque atualizar-se em relação aos novos
conteúdos contábeis, participe ativamente desse processo de
aprendizagem. Bons Estudos!!!
Ciências Contábeis 6

S-ar putea să vă placă și