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possibilidade de ir construindo mentalmente um universo

imagético a partir das sequências e dos momentos


narrativos que o texto lhe oferece. Sequencialidade,
temporalidade e espacialidade são, pois, factores que se
conjugam harmonicamente para facilitar a entrada no
mundo mágico da narrativa verbal, mas, no caso das
crianças mais novas, é necessário um suporte visual que
facilite o entendimento da palavra poética e provoque
deslumbramento.
Contudo, se, por um lado, a imagem se institui como
um precioso auxiliar na captação de sentido(s), pela
capacidade de iluminar e recriar o texto escrito (cf. Maia,
2003: 3), por outro lado, os elementos compositivos da
narrativa gráfico-plástica inserem-se numa lógica de
relativa simultaneidade e de espacialização temporal que
obriga a criança a um esforço redobrado ao nível da
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percepção e da interpretação . De facto, a ilustração não
é, não pode ser, uma reprodução ou explicação do
legível, porque lida com o invisível, "com aquilo que se
esconde atrás das linhas do texto e permanentemente se
oferece e escapa aos sentidos" (Maia, 2003: 3) e, por isso,
pode não ser fácil para a criança aceder a esse universo
simbólico de representação sem uma educação estética
«adequada». Ainda assim, e apesar dessa provável
dificuldade na descodificação da gramática da imagem, é
inegável a importância da ilustração num livro para
crianças essencialmente por estimular a imaginação, a
capacidade imagética e compreensiva dos jovens
(pré)leitores.
No entanto, para que se possa falar de literatura, o
fundamental é a qualidade uterina dc texto verbal, porque,
tal como refere Juan Cervera, "lo que produce d _ ?::ador
no es literatura, sino imagen" (Cervera, 1992: 20).
E justamente essa qualidade literária que confere
especificidade à literatura infantil", permitindo distingui-la
de entre a restante produção para os mais novos quer a
nível formal quer semântico.

Quem lê uma narrativa visual (sem antes ter realizado uma leitura-outra, do
texto verbal que ": ~ i .~er.it a antecede) precisa não só de possuir uma
sensibilidade estética apurada que lhe permita aceder ao enigma da
representatividade plástica (cada vez mais abstracta e desligada do
estereótipo) como também de conhecer os códigos técnico-expressivos e
simbólicos de que se reveste a imagem icónica, de forma a conseguir activar
a sua competência interpretativa. Para tal, a educação estética é fundamental
em todos os níveis de ensino (e também na educação pré-escolar) para que a
criança e o jovem aprendam a usar este sistema semiótico plurifacetado da
mesma forma que dominam outros códigos e outras linguagens.

Juan Cervera dirá, a propósito: "la literatura debe considerarse como una
cualidad indispensable de la literatura infantil" (Cervera, 1991: 19).

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