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Resenha do texto: “Ideologia e reprodução”

É fácil notar hoje em dia os problemas sociais que enfrentamos. Há, por
exemplo, um abismo socioeconômico que separa o pequeno mundo dos ricos e o vasto
mundo dos pobres. A renda mundial está concentrada nas mãos de uma minoria, de
uma pequena porcentagem da população mundial e o resto da humanidade vive na
miséria, vivem marginalizados não podendo usufruir dos benefícios econômicos,
políticos e culturais de seu país.

Foram realizados estudos pela ONU que demonstram as gritantes diferenças


entre os países ricos e pobres. O desnível entre a abundância e pobreza cresceu muito
nos últimos anos e tendem a continuar aumentando, uma vez que há uma insistência
no atual sistema de exploração econômica e opressão social.

No Brasil a riqueza está concentrada na mão de poucos, 60% da população


economicamente ativa ganha, no máximo, até dois salários mínimos. A saúde pública é
uma vergonha. As crianças sofrem com problemas de desnutrição e estão morrendo
por problemas de doenças no aparelho respiratório e digestivo devido a essa má
alimentação, condições de higiene precárias e assistência médica mínima e ruim. No
campo da educação a situação não é também nada agradável, o número de
analfabetos é muito alto, há crianças em idade escolar fora da escola, e das que estão
metade delas tem muita dificuldade em dar continuidade nos estudos.

Institucionalizada por sistemas políticos injustos, a opressão é facilmente


reconhecida no amplo quadro de miséria que aflige a maior parte das criaturas
humanas. E então nos perguntamos o porquê dessa situação não se modificar. E
refletimos que existem poderosas forças sociais que não estão interessadas na
modificação desses problemas ocorrentes, porque desfrutam enormes privilégios de
poder e riqueza às custas da opressão e miséria de uma maioria. O ter poder e querer
sempre mais é inesgotável e faz crescer absurdamente com o exercício do próprio
poder.

Para preservar a dominação social e continuar a sufocar a revolta dos oprimidos,


as classes opressoras contam com dois tipos clássicos de força social: a ostensiva e a
ideológica. A força ostensiva é o conjunto das instituições especialmente criadas para
controlar a conduta social das pessoas. Elas pertencem ao Estado e este representa os
interesses básicos das classes dominantes. Segundo Rousseau, o Estado mantém o
pobre na sua miséria e o rico na sua usurpação. As leis seriam úteis aos que muito
possuem e prejudicam aos que nada têm. Já a força ideológica possui diversos
mecanismos para dominar um grupo de pessoas e sua eficácia depende da força da
ideologia. Esta usada como os sistemas de idéias que mascaram a compreensão da
realidade em função dos interesses de classes. É uma consciência falsa, ilusória e
enganadora.

A ideologia cumpre certamente papel bastante valioso na manutenção do poder.


Ela cria na mente das pessoas uma idéia de que todo fenômeno que acontece no
mundo é algo natural e que não existe uma razão lógica para isso. A ideologia durante
toda a história serviu de instrumento de dominação, mascarando a realidade social e
ocultando a verdade dos dominados. Sem ela provavelmente seria muito desgastante
para os dominadores ter que utilizar sempre as forças ostensivas de controle social.
Isso geraria uma situação insustentável de agitação e conflito.

Resenha do texto: “Ideologia, Estado e Direito”

O trabalho é dividido socialmente e separa os homens em proprietários e não


proprietários dando àqueles, poder sobre estes. Há uma separação de classes sociais e
uma dominação de uma classe por outra. A classe que explora economicamente só
poderá manter privilégios se dominar politicamente e, portanto, se tiver instrumentos
para essa dominação. E ela utiliza dois: o Estado e a ideologia.

O grande instrumento do Estado é o Direito, a imposição de leis e normas que


regulam as relações sociais em proveito dos dominantes. Através dele, o Estado se
mostra como legal. O papel das leis é o de fazer com que a dominação não seja tida
como violenta. Se o Estado e o Direito fossem percebidos como instrumentos para o
exercício da violência, fatalmente ambos seriam desrespeitados e os dominados se
revoltariam.

Já a ideologia vem para impedir essa revolta fazendo com que o legal apareça
para os homens como legítimo, isto é, como justo e bom. A dominação de uma classe é
substituída pela ideia de interesse geral. E substitui a realidade do Direito pela ideia do
Direito – pela representação ou idéias dessas leis como legítimas, justas, boas e válidas
para todos.

As diferentes classes sócias representam para si mesmas o seu modo de


existência tal como é vivido diretamente por elas, de sorte que as ideias diferem
segundo classes e segundo experiências que cada uma delas tem de sua existência
nas relações de produção. A ideologia é um processo pelo qual as ideias da classe
dominante se tornam ideias de todas as classes sociais, tornando-se ideias dominantes.

A ideologia de fato transforma as ideias da classe dominante em ideias


dominantes pra a sociedade como um todo, de maneira que a classe que domina no
plano material (econômico, social e político) também domina no plano espiritual (das
ideias).

E com isso pode-se concluir que: a dominação de uma classe sobre as outras faz
com que só sejam consideradas válidas, verdadeiras e racionais as ideias da classe
dominante; é preciso que os membros da sociedade não se percebam como indivíduos
separados em classes sociais; é necessário que as ideias sejam convertidas em ideias
comuns a todos e para isso a classe dominante deve distribuí-las, por exemplo através
da educação, religião, costumes, meios de comunicação, etc.; e por último, como tais
ideias não mostram a realidade, mas representam a aparência social, é possível passar
a considerá-las como independentes da realidade e inverter a relação, fazendo com
que a realidade concreta seja tida como a realização dessas ideias.
A ideologia é algo ilusório e que está longe de mostrar a realidade como ela é.
Ela cria universais abstratos. A ideologia é tida então como um auxílio para manter sob
controle os dominado e mascarar a realidade e ocultar a verdade dos menos
favorecidos (os dominados). Essa universalidade das ideias é abstrata porque não
corresponde a nada real e concreto, pois no “real” existem concretamente classes
particulares e não a universalidade humana.

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