1) O que diferencia os processos CC e DC, considerando os próprios
processos, seus produtos e o recozimento posterior? CC DC Processo Contínuo Semicontínuo Descrição: Metal fundido é Descrição: Metal fundido é derramado entre duas cintas alimentado através de um rotativas. (ver figura 1). molde refrigerado sem fundo. A chapa produzida é A região sólida formada imediatamente alimentada em inicialmente na superfície 3 cilindros de laminação externa suporta o núcleo consecutivos, formando fundido no centro ao longo da produtos de tira à quente. solidificação(ver figura 2). A placa formada é posteriormente laminada para formação dos produtos de tira à quente. Produto Material com estrutura Material com estrutura deformada e forte textura de totalmente recristalizada e laminação de fibra β . forte textura cúbica Após Maior dificuldade de Maior facilidade de recozimen recristalização. recristalização. to Maior taxa de formação do Menor taxa de formação do componente de fibra β . componente de fibra β . Textura cúbica mais fraca Textura cúbica mais forte após após recristalização completa. recristalização completa.
2) O que pode levar à formação de orelhas nas chapas laminadas de
alumínio? A formação de orelhas, que pode ocorrer nas chapas laminadas após processo de embutimento, pode ser explicada através da textura desenvolvida no processo de produção.
3) Justifique as duas rotas utilizadas no procedimento experimental:
recozimento prévio, laminação a frio, recozimento final, ensaios de textura e anisotropia.
Rota 1: Influência da % de redução na evolução da textura e formação de
orelhas • Recozimento prévio: a 454°C por 3h - foi realizado para que as tiras atingissem um estado inicial semelhante antes que fossem laminadas a frio. Ambas as estruturas ficaram completamente recristalizadas. • Laminação a frio: com diferentes faixas de redução (de 0 a 91%), foi realizada para investigar a evolução da textura e formação de orelhas durante a laminação. • Recozimento final: a 204°C por 3h – realizada com intuito de melhorar a plasticidade e evitar a fratura dos copos embutidos. O recozimento a esta temperatura não afeta a textura e nem a formação de orelhas, mas aumenta a plasticidade.
Rota 2: Influência do recozimento na evolução da textura e formação de
orelhas • Recozimento prévio: a 454°C por 3h – realizado pelo mesmo motivo da Rota 1 • Laminação a frio: realizada a 71,5%. Neste caso, utilizou-se apenas uma porcentagem de deformação, suficiente para verificar a variação de textura e formação de orelhas com o recozimento. • Recozimento final: a diferentes temperaturas por 3h, para investigar a evolução da textura e formação de orelhas durante o recozimento. • 4) Por quê os autores afirmam que o recozimento a 204oC por 3 horas não afeta a textura? Por que o recozimento a essa temperatura promove apenas recuperação e não recristalização. Desta maneira, há apenas o rearranjo das discordâncias no interior dos grãos deformados, o que acaba somente reproduzindo a textura prévia.
5) Por quê os autores optaram pelo ensaio de embutimento das chapas?
Por que este ensaio promove a formação de orelhas em diferentes ângulos para diferentes texturas.
6) Quais foram as diferenças encontradas nas texturas dos produtos
recozidos a 454oC por 3 horas e como essas diferenças afetaram a anisotropia? Após recozimento, os produtos encontravam-se completamente recristalizados. Contudo, mesmo havendo substituição da estrutura de grãos deformados por grãos equiaxiais, a recristalização não promoveu eliminação da textura, de modo que a textura de recristalização foi fortemente influenciada pela textura de deformação. Após recozido, o material CC apresentou textura cúbica significativamente mais fraca que a liga DC. Ou seja, ambos os materiais apresentavam anisotropia, sendo que
7) Como a deformação por laminação a frio modificou a textura do material
recozido e como isso influenciou a anisotropia? Conforme demonstrado no gráfico da figura 4, com o aumento da deformação de laminação , a fração volumétrica dos componentes cúbicos e restantes, diminuiu, enquanto que a fração de componente de fibra β aumentou. Para uma dada redução de laminação, a liga CC exibiu uma textura de fibra β mais forte que a liga DC. A tira CC recozida exibiu orelhas bastante pequenas a 45 o da direção de laminação, por causa da fraca textura de laminação retida na textura de recristalização. Com aumento da redução de laminação, os valores de “orelhamento” aumentaram. A tira DC recozida apresentou orelhas a 0/90o porque possuía uma forte textura de recristalização cúbica. Com aumento da % de redução, o componente cúbico enfraqueceu, enquanto que o de fibra β aumentou, o que resultou em uma diminuição das orelhas a 0/90o