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O LUGAR DA MULHER NEGRA NA GEOPOLÍTICA: REFLETINDO SOBRE OS

DESAFIOS DAS LUTAS CONTRA A POBREZA E O RACISMO

Apresentação

Em 2008, a União de Negros pela Igualdade celebrará 20 anos de existência e de


luta contra o racismo. Nesse mesmo ano, o Brasil registrará a passagem de 120
anos de abolição da escravatura. Para marcar esses dois episódios da nossa
história, a UNEGRO, em parceria com a UBM, União Brasileira de Mulheres e
UNESCO, realizará o Colóquio ÁFRICA E DIÁSPORA: Refletindo sobre o lugar da
mulher negra na geopolítica e os desafios da luta contra a pobreza e o racismo.

O Colóquio será um espaço de encontro de idéias, análises, reflexões e troca de


experiências sobre a atual condição das mulheres negras na África e na Diáspora. A
partir da discussão de temas estratégicos na contemporaneidade, pretende-se
redesenhar cartografias de fronteiras dA afro-descendência, dando visibilidade a
produções, práticas e projetos em que a mulher negra seja protagonista, sujeito e
não mais objeto.

O COLÓQUIO ÁFRICA E DIÁSPORA: Refletindo sobre o lugar da mulher negra na


geopolítica e os desafios da luta contra a pobreza e o Racismo será uma importante
oportunidade de refazer e resgatar caminhos e histórias, juntando vozes capazes de
fortalecer a presença das mulheres negras como sujeitos políticos nas esferas de
poder, em prol de uma ordem mundial socialmente justa, ambientalmente
equilibrada e sem opressão de gênero, classe e raça, o que implica estruturar redes
de contactos, projetos continuados e intercâmbios que ultrapassem o evento, ainda
que se construam a partir dele.

Objetivo geral
Estabelecer um espaço de diálogo intercontinental sobre a situação política, cultural
e econômica das mulheres negras na África e na Diáspora, na perspectiva de
buscar propostas que favoreçam o enfrentamento dos desafios impostos pela
discriminação e pela pobreza.

Objetivos específicos

Refletir sobre o processo de abolição da escravatura no Brasil e em outros países


da América Latina, do Caribe e nos EUA, avaliando seu impacto nas condições de
vida das mulheres negras. Identificar e analisar o papel das mulheres negras nas
lutas de libertação nacional dos países africanos. Consolidar redes, através da
divulgação de produções artísticas, culturais e políticas, bem como de experiências
com ações afirmativas em diferentes contextos, como o ensino sobre a África e a
História dos povos negros, ressaltando, nelas, as marcas de gênero e dando
visibilidade, em particular, para os projetos de autores e autoras negras, no campo
da economia, da política, da educação e da cultura. Propor campanhas mundiais
contra a invisibilidade e a discriminação em vários campos que atingem a mulher
negra, traçando uma agenda de prioridades nos âmbitos mundial e regional, a partir
de temas como:
A objetificação do corpo da mulher negra. O embranquecimento da mulher negra na
mídia.
A violência simbólica, verbal e física contra a menina negra nas escolas. A onda de
racismo na Internet. Experiências de cotas no emprego e na educação e como a
mulher negra se situa nessa e em outras políticas de ação afirmativa. Direitos
reprodutivos das mulheres negras.
Migração e racismo.
Todo o trabalho do Colóquio será documentado em vídeo e fotografia e transformado
em um relatório escrito. As principais idéias, as experiências significativas, as
propostas de estratégias de atuação das mulheres serão registradas em uma
publicação, após a realização do evento.

Justificativa

Qual o papel da mulher negra na geopolítica mundial? Como pensar as relações de


gênero, marcadas pela ideologia patriarcal, de supremacia do homem sobre a
mulher? Como analisar os processos resultantes do colonialismo como fato
histórico e político, assim
como as políticas de globalização e flexibilização seletiva do neoliberalismo, ?
Como identificar e combater as novas divisões sexuais do trabalho, do poder e do
saber no cotidiano? Como identificar e combater os agravos ao corpo da mulher
negra?
Essas são algumas das questões postas na agenda de debate do Colóquio África e
Diáspora: Refletindo sobre o lugar da mulher negra na geopolítica e os desafios da
luta contra o Racismo e a pobreza. O Colóquio será, sem dúvida, um importante
espaço de reflexão sobre os impactos da concentração de riqueza, da redução de
oportunidades no mercado de trabalho, dos avanços tecnológicos que tornam mais
exigente a qualificação da mão de obra. Enfim, constituem elementos fundamentais
para considerarmos as condições objetivas de existência das mulheres negras nas
dimensões social, cultural, política e econômica.

A história moderna da humanidade, construída por homens e mulheres, sob a


hegemonia dos primeiros, é um processo extraordinariamente diverso na
constituição de povos, civilizações e culturas. Entretanto, os binômios dominante e
dominado, riqueza e pobreza, racismo e subjugação são marcas indeléveis do fazer
social. O gênero supostamente parece não se aplicar a temas tais como a guerra, a
diplomacia e a alta política e, portanto continua irrelevante para a reflexão dos
historiadores que trabalham sobre o político e o poder.

Mas há de se dar relevo às mulheres, especialmente às mulheres negras, também


como sujeitos ativos nos processos de lutas promovidos pelas sociedades. A IV
Conferência Mundial Sobre a Mulher, organizada pelas Nações Unidas, em 1995,
em Beijin,
reconheceu os direitos humanos das mulheres e foi a mola propulsora de mudanças
nos diplomas legais de muitos países favoráveis aos direitos das mulheres.

O conjunto de países que constituem a África Austral, por exemplo, ratificou a


Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a
Mulher – (UNIFEM – 2005, elegendo pontos centrais para orientar a ação das
nações na definição dos seus
projetos de desenvolvimento.
Nas Américas, a realização da Conferência Regional de Santiago-2000 traçou um
amplo panorama sobre a situação dos afro-descendentes no continente, apontando
para as muitas instâncias de racismo estrutural, presente no atual modelo de
globalização, que exclui os afro-descendentes, principalmente as mulheres negras,
do acesso aos bens econômicos, culturais e educacionais.

A mulher negra tende a sofrer mais fortemente os impactos da miséria e da


pobreza, da falta de oportunidades educacionais, de saúde e de inserção no
mercado de trabalho e de acesso às novas tecnologias. Um dos maiores desafios à
luta pela construção da eqüidade no mundo é, portanto, pensar e prover esforços
no sentido de alterar as relações de classe social, racial e de gênero, para a
superação das profundas desigualdades vivenciadas pela ampla maioria das
mulheres, especialmente as mulheres negras na África e nas diásporas.

Os dados do relatório da OIT de 2007 mostram que a discriminação das mulheres


no mercado de trabalho está presente em todo o mundo, em graus variados. Em
muitas regiões do continente africano, os costumes, como a negação do direito das
mulheres à propriedade e outros tipos de bens, fazem com que tais diferenças se
acentuem. Nas Américas, também é flagrante a disparidade entre salários de
homens e mulheres. No Brasil, a mulher negra chega a receber, em média, 30% do
salário de um homem branco (IBGE, 2003). Muitos dados e pesquisas revelam a
persistência de uma hierarquia social, racial e de gênero na estrutura social
brasileira.

Nesse contexto, as mulheres negras buscam a construção de espaços políticos


próprios e de articulação com outras mulheres, ampliando suas vozes e afirmando
seu protagonismo político, pautando suas demandas e enfrentando os limites
impostos pelo racismo e pela pobreza, com o tenaz sonho de realização de
sociedades capazes de superar o racismo e promover a equidade. A União de
Negros pela Igualdade do Brasil, a União Brasileira de Mulheres e outras
organizações parceiras acreditam que um outro mundo é possível. Este Colóquio é
um passo nessa direção.

PROGRAMAÇÃO
Local: Reitoria da Universidade Federal da Bahia

Quinta-feira
DIA 06 de novembro DE 2008
18 h: CONFERÊNCIA DE ABERTURA: O pós-abolição no Brasil e na América
Latina e o seu significado para as populações africanas.

20:30 h: Atividade Cultural seguida de Coquetel

Sexta-feira
DIA 07 de novembro 2008
9 h: Abertura do Salão Feminino de Arte e Cultura Campo Grande
10 h: Análise dos Impactos das Conferências de Beijim e de Durban
nas Políticas de Estado voltadas para as Mulheres Negras.
12 h: Almoço
14 h: A inserção da Mulher Negra na Produção Científica e
Tecnológica e na agenda do Trabalho Decente.

Sábado
DIA 08 de novembro 2008
09:00h
Direitos Culturais, Sexuais e Reprodutivos: a luta contra a
violência, o tráfico internacional e o desafio da autodeterminaçã o
das mulheres.
12 h: Almoço
14h: O lugar da mulher negra na geopolítica e os desafios da luta
contra a pobreza e a discriminação.
Olívia Santana – Vereadora e membro da Direção Nacional do PC do B

Domingo
DIA 09 de novembro de 2008
09: h - Encaminhamentos do colóquio O Lugar da Mulher Negra na
Geopolítica e os Desafios da Luta Contra a pobreza e a Discriminação.
11:00h - Ato de encerramento do evento: Mulheres Negras Contra o
Racismo e a Pobreza.
Local: Praça 2 de Julho-Campo Grande

REALIZAÇÃO:
União de Negros pela Igualdade -UNEGRO
União Brasileira de Mulheres - UBM

APOIO INSTITUCIONAL
Ministério Público do Estado da Bahia
Agência Espanhola de Cooperação Internacional
Democracia Participativa – Região Rhône Alpes – França
UNESCO – Brasil

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