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“Eu pensei muito, discuti com minha família e decidi. Senti uma paz, um alívio
depois de fazer. Não senti culpa, remorso” (Michele Gomes de Almeida/ 28 anos)
O Ministro da Saúde defendeu a ADPF 54, assim como a feminista Lia Zanotta
Machado – representando a Rede Feminista de Saúde – e a socióloga e também
feminista Jacqueline Pitanguy, em nome do Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher. Ambas aprofundaram o argumento já levantado anteriormente, de que
obrigar uma mulher a manter a gravidez de feto anencéfalo é comparável a tortura,
além de ser um desrespeito a seus familiares.
Outra fala favorável à ADPF 54 foi da jornalista Claudia Werneck, fundadora da
Escola de Gente Comunicação em Inclusão, organização que trabalha em defesa
dos direitos das crianças com deficiência. Claudia foi clara ao dizer que a
interrupção da gravidez nos casos de anencefalia não configura discriminação:
Jacqueline Pitanguy também seguiu este raciocínio para defender que, no caso do
feto anencefálico, não cabe o debate filosófico sobre a vida. A socióloga defendeu a
interrupção como um direito de escolha da mulher, e apontou a regra vigente como
grave desrespeito a seus direitos, procedendo a leitura do documento oficial do
Conselho Nacional dos Direitos da Mulher sobre essa questão (leia aqui a fala de
Pitanguy)
Para ele, manter uma gravidez de feto com a anomalia “aumenta a dignidade da
mãe”. Esta afirmação provocou uma pergunta do ministro Marco Aurélio Mello,
questionando se Brandão defendia a tese de que o sofrimento purifica o ser
humano. Brandão confirmou que sim, afirmando que a dor aproxima as pessoas.
Neste dia foram 4 falas a favor da DPF 54 e três contra.