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MESTRE DAS SOMBRAS

PARTE V

“A Deusa Mãe”

A Bruxaria é uma religião de origem Xamânica e forte tradição


mágica, Xamanismo e Magia são técnicas espirituais antigas, obtidas a
partir de uma revelação cosmológica pessoal em linguagem simbólica,
se entendida, abriria as portas dos segredos da natureza e do universo.
Deusas da Fertilidade foram os primeiros objetos de adoração dos
povos primitivos, que observavam maravilhados uma mulher dando a
luz a uma criança, portanto todo o universo deveria ter sido criado por
uma grande mãe. Entre os egípcios, era chamada de Nuit, a noite
eterna. “Eu sou o que é, o que será e o que foi.” Entretanto ela não era
apenas fonte de vida, como também senhora da morte, a noite negra.
Introdução

De tempos em tempos todos os xamãs das tribos se encontram


para um combate espiritual, onde os competidores devem trazer seus
aliados, suas plantas de poder e seus objetos mágicos para um
combate único, “brujos” e “brujas” se encontram para uma convenção
(coven).
Os chamados “diableros” levam vantagem por possuírem as
sombras como aliados, estas formam escudos impenetráveis, mas
como toda competição mágica tem seu princípio na destruição espiritual
de seu adversário, é muito difícil sair de um combate sem cicatrizes
profundas, os escudos de sombras são tão impenetráveis que impedem
até mesmo a própria evolução do “brujo”.
É muito importante ser um guerreiro completo para poder competir
sem medo da destruição, ser completo é ter uma aura de energia
formando um escudo que envolve completamente o corpo do guerreiro
a busca por ser completo depende unicamente de si mesmo, pois o
“brujo” nunca sabe se é realmente um ser completo.
A bruma da manhã se dissipa, no local escolhido vários
competidores “brujos” já com o corpo pintado aguardam, muitos
aprendizes assistem o embate espiritual, o fogo já está aceso, o
mediador da competição avisa que maldições mortais são de
responsabilidade única dos competidores.
A competição inicia com a dança dos guerreiros no centro do local
escolhido, a dança tem objetivo de atrair para o local do embate o
(aliado) “o animal de poder” do “brujo”. Entre povos que dependem da
caça, o culto ao Deus dos animais é de grande importância para os
caçadores e suas famílias, ele promove a boa sorte nas caçadas e nas
guerras.
Quando chegou a hora do meu combate, algo estava errado pois,
não tive sucesso em minha dança de guerreiro, meu aliado não
apareceu para a batalha, fui ferido mortalmente em combate, meu
espírito me abandonou, meu corpo ficou em coma por meses seguidos,
concluí que eu não era um ser completo.
Os xamãs mais velhos cuidam do meu corpo inerte e empregam
uma cantoria ritual para meu espírito encontra-lo novamente, existem
vários níveis de consciência, em estado de coma profundo a minha
consciência, ligada ao corpo por uma fita branca (corda) o acampanha
por um tempo, depois perde o interesse e é atraída pelas sombras.
Sempre tive dúvidas sobre de onde vêm as almas, chegou o
momento das sombras ensinarem a ver, percebi que as mulheres não
criam, mas procriam a vida, e o nascimento constitui na verdade de um
renascimento, pois corresponde a um retorno, de uma alma que já viveu
antes.

Índio sombra que surge (Maio de 1971)


Desenvolvimento

Nenhuma origem de vida espiritual sobrepuja a do homem, pois


não existe, nenhuma criatura mais antiga, na natureza, somos mais
antigos que as rochas e nossa vida corporal é, em muitos casos, uma
vida de privação e lutas.
A alma que habita o éter, depois de certo tempo, desce em
direção a uma região por ela escolhida, escolhendo a família, no final do
terceiro mês de gravidez, já acompanha a mãe, o nascimento é um
momento penoso para a alma, pois corresponde a uma forma de
aprisionamento, ela deixa seu estado espiritual para se introduzir num
corpo material que está sujeito às contingências terrestres.
A alma flutua ao redor da mãe, como uma luz difusa ou uma forma
enevoada praticamente invisível, na verdade é uma sombra em
transmutação na direção da luz maior, ela é guiada pelo modo como a
mãe havia se preparado para recebê-la (vibrações da mãe).
Os antigos mestres acreditavam que se a mãe tinha mantido
pensamentos puros, construtivos e positivos durante toda a preparação
do corpo que ia nascer atraía uma alma mais adequada, pura e
evoluída ao seu filho, assim a mãe participava da evolução.
Do contrário, pensamentos baixos principalmente medo,
asseguram um carma negativo e pesado chamado maldição do
nascimento esta é a origem do chamado maleficium, a maior parte das
pessoas atravessa a vida sem saber sobre sua origem ou sobre os
fatos a cerca de seu nascimento.
Na verdade a alma tem grande curiosidade pela matéria e por
conhecimento, esta volta é na verdade mais uma chance para,
aperfeiçoar-se pela provação e purificar-se na dor, uma alma celestial
numa efígie terrena, uma imortalidade que vem se mortificar.
“Mãe do Mundo”
No momento da primeira inalação ocorre o sopro da vida, a alma
perde a lembrança do que já vivenciou e esquece a trama de suas vidas
passadas. A visão das coisas se estreita consideravelmente, é com
tristeza que se volta para o corpo físico, pois no estado espiritual tem
um sentimento de paz e liberdade.
A mãe portanto não é a única a sofrer, a alma quando penetra no
corpo por ela escolhido, sofre a primeira prova de sua vida terrena, é
um sentimento de defasagem entre o estado espiritual e a condição
limitada que vivencia ao penetrar no seu novo veículo material.
É difícil explicar este sentimento por meio de palavras, podemos
compará-lo à sensação que temos quando somos bruscamente
acordados no meio de um sonho, deixa uma sensação desagradável
durante alguns minutos, paralela a esta impressão, ocorre uma tristeza
por ter deixado o mundo espiritual.
Durante toda nossa existência terrena, essa tristeza permanece a
certo nível do nosso subconsciente e se transforma em uma saudade
que nos impele inconscientemente a buscar nossa identidade real ou,
quem sabe, a querer compreender de onde viemos e para onde iremos.
Isso constitui o impulso básico das aspirações místicas que todo
indivíduo sente em determinado momento da sua evolução.
A maldição do nascimento, onde se está vinculado à mãe, na
altura do umbigo é a ligação é o ponto mais frágil da teia de energia que
envolve o corpo, é o buraco no escudo é a origem do maleficium, de
muitas formas de mal é onde devemos buscar a resposta para a
construção de um guerreiro completo.
As sombras dizem que já é hora de voltar, meu corpo me espera e
ele não vai esperar por mais tempo, a fita branca pode se partir, conclui
que todos somos guerreiros incompletos buscando a perfeição.
Não existe uma proteção perfeita, um escudo perpétuo, um casulo
hermético, estas coisas são alegorias em um mundo em perpétua
transmutação.
Portanto meu aliado obedeceu à dança do guerreiro e veio ter
comigo, meu aliado são as sombras, meu adversário na competição o
outro guerreio xamã, não fez nada, ficou perplexo olhando a minha
queda.
Cai nos braços de uma mulher, a mãe do mundo, a mãe das
sombras, a mãe das almas, de repente em um vislumbre entendi o
mecanismo do grande espírito: “Se o pensamento pode chegar ao paraíso,
deixem-no lá morar, se o pensamento receber medo, terror e poder de descer ao
inferno; a desolação e as sombras da tua mente desconcertam e fustigam a moradia
que tu deixaste para trás.”

Índio sombra que surge (Maio de 1971)


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