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Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja – Engenharia Topográfica

GENERALIDADES

Conceito de Levantamentos Topográficos

Um levantamento topográfico é um conjunto de operações com a


finalidade de determinar a posição relativa de pontos na superfície
terrestre.
As determinações dão-se por meio de medições lineares e angulares,
ligando (link) os pontos descritores dos objectos a serem representados
com posterior processamento em modelo matemático adequado.
Partindo-se do conceito de que Topografia é um caso particular da
Geodesia, pode-se afirmar que os métodos planimétricos, com fins de
levantamento, implantação ou posicionamento, devem ser encarados
sumariamente como aplicações da geometria plana.

Classificação de Métodos

Quanto aos métodos, podem ser classificados em dois grupos distintos:

Tipo 1: Envolve os métodos cuja solução se verifica por meio de uma


transformação de coordenadas polares em cartesianas .
ü Irradiação;
ü Poligonal.

Tipo 2: Envolve os métodos baseados na solução de triângulos:


ü Intersecção Directa;
ü Intersecção Inversa;
ü Triangulação;
ü Trilateração.

A diferença entre os levantamentos geodésicos e topográficos deve ser


vista como uma extensão dos conceitos de Geodesia e Topografia e,
portanto, restringe-se ao modelo matemático associado à formas da Terra.
Se por um lado, em grandes extensões é necessária a consideração de
curvatura, em porções limitadas esta pode ser desprezada. Neste caso, o
levantamento é dito topográfico e tem as seguintes consequências:
ü A linha de nível é considerada uma linha recta;
ü A linha de prumo possui a mesma direcção em todos os pontos da
região e também é considerada como linha recta;
ü Todos os ângulos são considerados planos;
ü Todos os acidentes do terreno são representados pelas suas
projecções ortogonais sobre o plano horizontal adoptado como
referência (datum).

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Etapas de um Levantamento

Planeamento
R Estabelecimento de especificações de precisão e controle;
R Análise sobre documentos cartográficos preexistentes;
R Visita preliminar de inspecção;
R Selecção de métodos e instrumentos;
R Selecção dos métodos de cálculo (compensações);
R Selecção da forma de representação e apresentação.

Execução
R Implantação dos pontos necessários;
R Medições de campo com registo das observações;
R Poderá, eventualmente, haver adaptações do projecto, em função de
particularidades não detectados na fase de planeamento.

Cálculos/Conclusões/Relatórios
R Execução final dos cálculos e preparação dos dados para desenho;
R Redacção de relatório descrevendo todos os passos seguidos no
projecto, bem como resultados obtidos.

CONCEITOS BÁSICOS - ERROS

Erros Sistemáticos
São erros que ocorrem devido a condições conhecidas e que podem ser
evitados através de técnicas especiais ou formulação matemática
adequada.
O erro sistemático é aquele que apresenta a mesma intensidade e tendência e que,
portanto, se acumula a cada medida que é realizada.

Exemplo:
Uma régua em que o primeiro centímetro tem, na realidade, 1.1 cm.
Qualquer medição que for feita estará eivada deste erro.

Erros Acidentais

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São erros cuja natureza é desconhecida e ocorrem de maneira desregrada


e sem parâmetros de comparação. Sua tendência, portanto, não pode ser
determinada, uma vez que ora acontece num sentido, ora noutro.
Ao contrário dos erros sistemáticos, os acidentais tendem a ser neutralizados à medida
que são realizadas observações adicionais.
Exemplo:
Medida de uma visada fora do ponto exacto que deveria ser visado.

Erros Grosseiros
Erros devidos à desatenção do observador (faz a leitura de 2º, por
exemplo, mas escreve no impresso 22º), ou erro na digitação de dados
(inversão de dígitos, por exemplo) podem causar distorção de uma medida
realizada. Os erros deste tipo são os chamados grosseiros (blunders).
Muitas vezes são facilmente identificáveis, devido ao valor completamente
disparatado, todavia em alguns casos, podem representar uma ameaça ao
trabalho realizado. Caso seja de pequena dimensão e, portanto não
perceptível à primeira vista, pode ser necessário um trabalho estatístico
para decidir da não inclusão duma certa medida eivada deste tipo de erro.

IRRADIAÇÃO

Método de levantamento em que, a partir um ponto de coordenadas


conhecidas e uma dada direcção, obtemos as coordenadas de um único
ponto (figura 1). É um método baseado no conceito de coordenadas
polares. N
P
XP = XA + d sen (α+Az)
α

A
Figura 1 – Exemplo de irradiação

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Um termo muito utilizado é a irradiação múltipla, sobretudo no levantamento de


pormenor, no qual a partir de um único ponto de coordenadas conhecidas e uma
direcção conhecida, obtemos as coordenadas de vários pontos (figura 2).

α1
α2
α3

Figura 2 – Exemplo de multi-irradiação

A definição dos pontos desejados será feita a partir da observação de ângulos entre
uma direcção origem e a direcção que intercepta o ponto a ser levantado, bem como a
distância ao mesmo. As medidas são SEMPRE a partir do ponto base da irradiação
(figuras 1 e 2).

α1 α2
N
α3

(P0P1) P1

P0

Figura 3 – Exemplo de multi-irradiação

O cálculo será executado por simples resolução de um triângulo de duas


maneiras distintas, rectângulo sendo necessário os seguintes dados:
§ Coordenadas de P0 e P1 (cálculo da direcção P1P0) – figura 3
§ Coordenadas de P1+ direcção P1P0
Estas são as soluções clássicas de transporte de coordenadas.

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É fundamental perceber que na irradiação não há controle das


observações, ou seja, após a medição dos dados que permitirão o cálculo
das coordenadas de um ponto, serão utilizados os dados para formar uma
solução única. Para se ter controle, em qualquer tipo de medição, é
necessário uma ou mais informações adicionais.

INTERSECÇÕES: DIRECTA E LATERAL

Método de determinação das coordenadas dum ponto que consiste,


exclusivamente, na medição de dois ângulos a partir de dois pontos
conhecidos. É portanto importante salientar a inexistência de medições
lineares neste tipo de trabalho.
As intersecções são classificadas da seguinte forma:
§ Intersecção directa ou à vante;
§ Intersecção lateral.

Intersecção Directa
A partir de dois pontos de coordenadas conhecidas, ou seja, a partir de
uma base (distância) conhecida, são executadas medições angulares de
forma a determinar as coordenadas de um ponto (figura 4).

α1 α2
A B
Figura 4 – Exemplo de intersecção directa

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Onde:
§ A e B são pontos de coordenadas conhecidas
§ P ponto a determinar
§ α1 e α2 ângulos observados

Intersecção Lateral
É um método de levantamento idêntico à intersecção directa, todavia, um
dos pontos de coordenadas conhecidas não pode ser ocupado (figura 5).
P
As observações são feitas a partir dum
dos pontos de coordenadas conhecidas α1
e do ponto a ser determinado. Note-se
que na intersecção são medidos apenas
α2
ângulos.
A B
Figura 5 – Exemplo de intersecção lateral

Problema da Intersecção directa


No momento da medida dos ângulos da triangulação, em campo, é
fundamental a orientação da base AB. A não orientação acarretará em
dois resultados possíveis (figura 6). P

A B

Figura 6 – Posição de P sem orientação

P’
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Cálculo de P
Será apresentada a seguir uma formulação para o cálculo de P. Não
considerando relevante o desenvolvimento matemático completo, será
apresentada apenas a expressão final das coordenadas de P.

P ( PB − PA ) + M A cot gα + M B cot gβ
MP =
cot gα + cot gβ

( M A − M B ) + PA cot gα + PB cot gβ
PP =
β α cot gα + cot gβ
A B
Figura 7 – Figura auxiliar para cálculo

Discussão sobre Intersecção


A intersecção é realizada a partir da medição de dois ângulos para
obtenção de um ponto, mas a observação das duas medidas é necessária
para o cálculo de coordenadas. Isso leva-nos a concluir que, apesar de
fazermos duas medidas, nenhuma delas é informação redundante.
Portanto, não há controle na intersecção.
Para haver controle seria necessário realizar outra triangulação com um
terceiro ponto (figura 8).
P

C
A B
Figura 8 – Controle de uma intersecção

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Condições favoráveis
É latente (analisando as fórmulas) que em função das figuras da
triangulação, diferente será a subsequente propagação de erros. As
representações que permitem um ajustamento mais simples são as
seguintes:
§ Triângulo rectângulo em P;
§ O ângulo do vértice P (γ) próximo de 90º e α e β maiores que 30º;
§ Triângulos equiláteros;
§ γ, α e β maiores que 30º, sendo γ o maior;
§ Lados maiores que 300 metros.

Intersecção Inversa

Consiste na determinação das coordenadas de um ponto P por


observações das direcções a 3 pontos de coordenadas conhecidas.
Este método também é conhecido como problema de Pothenot ou
intersecção à ré.
O cálculo é feito por meio dos ângulos (α e β) sob os quais são
observadas as bases (figura 9).

M B
A

α β

Figura 9 – Intersecção Inversa, Problema de Pothenot ou Intersecção à Ré

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A solução geométrica é obtida na intersecção dos círculos determinantes AMP e BMP,


portanto é pressuposto básico do método que os pontos determinantes A, M e B não se
situem sobre o mesmo círculo, ou próximo, juntamente com P (figura 10).

A B
Solução
indeterminada

β
α
Figura 10 – AMP e BMP
pertencentes ao mesmo círculo
P P

P
É importante ressaltar que na intersecção inversa, apesar de existirem três pontos de
coordenadas conhecidas, não há controle de medição.
À primeira vista é melhor fazer uma dupla intersecção do que uma intersecção inversa,
porém deve-se ressaltar que o tempo necessário para realizar uma dupla intersecção
seria bastante superior. Note que neste processo há vários deslocamentos a realizar
enquanto que naquele ocupamos, somente, um ponto.
Por outro lado, é extremamente difícil encontrar três pontos de coordenadas
conhecidas bons para executar as medidas. Portanto mais complicado será encontrar o
quarto ponto para se fazer o controle.

Aspectos Comparativos
Intersecção Intersecção
Irradiação
Directa Inversa
Origem
Informações 2 Pontos 3 Pontos
Direcção
1 distância
Observações 2 ângulos 2 Ângulos
1 ângulo

Ponto Estação 1 2 1

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POLIGONAL

É um conjunto de pontos ligados geometricamente através da medição


sucessiva de ângulos e distâncias (figura 1).
3

Az
α2

1
α1 d3
d1 d2 α3

2
Figura 9 – Exemplo de poligonal

Até ao aparecimento dos medidores electrónicos de distância (EDM), a


poligonal era bastante restrita devido à dificuldade de medição do lado
poligonal, geralmente por métodos taqueométricos ou estadimétricos, com
as consequentes limitações.
Desde então, tem-se demonstrado que a poligonal é dos métodos mais
eficazes para o estabelecimento de redes de apoio em regiões de diversa
natureza.
Pelo próprio conceito associado, subentende-se que dois pontos
consecutivos são intervisíveis.

Classificação de uma Poligonal


As poligonais classificam-se de acordo com a forma e a precisão.

a) Classificação devida à forma:


i) Poligonal Controlada
Quando os pontos de partida e fecho são definidos, ou seja, pontos de
partida e chegada de coordenadas conhecidas e com orientação
azimutal também definida.
ii) Poligonal Não-Controlada
São as poligonais que possuem apenas um único ponto (partida) de
coordenadas conhecidas.

OBS: Há, ainda, o conceito de poligonal aberta e fechada. No contexto


desta aula, entenda-se por “poligonal fechada” ou de “rabo na boca”
aquela em que o ponto de partida e de chegada são os mesmos e por
“poligonal aberta” aquela em que os pontos mencionados são distintos.
Não há interesse excessivo em conhecer esse tipo de nomenclatura, o

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fundamental é ter bem claro os conceitos relativos ao controle, precisão e


execução de poligonais.
Podemos ainda citar, quando os desenvolvimentos poligonais são
executados em conjunto, e não separadamente, as malhas poligonais.
Exemplos de poligonais: N

3
Az α2

α1 1
d3
d1 d2 α3

2
Poligonal Aberta Poligonal Fechada

Figura 10 – Exemplos de poligonal

Note que na poligonal há três tipos de controle a verificar-se, a saber:


§ Linear;
§ Angular;
§ Azimutal.

b) Classificação devida à precisão


Uma Poligonal de alta precisão terá a maior precisão possível.
O seu desenvolvimento é especial.

Tolerâncias para Poligonais

Tolerância angular Tolerância linear


(“) * (m) n : nº de lados
Alta precisão n 0,005 ⋅ L + 0,05 da poligonal

Média precisão 2⋅ n 0,01 ⋅ L + 0,1


L = ∑ di
Baixa precisão 4⋅ n 0,06 ⋅ L i

As poligonais podem-se classificar, consoante a precisão decrescente da


respectiva execução, em:

§ Poligonais de apoio básico;


§ Poligonais de apoio suplementar;
§ Poligonais topográficas.

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