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FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: RELAÇÃO CONTÍNUA E TRANSFORMADORA,

SOB O OLHAR CRÍTICO DE PAULO FREIRE

José Damião Limeira∗


jdlimeira@bol.com.br

Introdução

Problematizar a filosofia e a educação, hoje, implica investigar e refletir


as habilidades do ensino de filosofia nas escolas públicas e privadas, que
apontam para um problema: como atribuir significação ao ensino de
filosofia? Pois, a ausência da filosofia constitui um aspecto que dificulta o
desenvolvimento do espírito crítico e comprometedor, na visão filosófica e
pedagógica de Paulo Freire.
Visando compreender melhor a relação entre “Filosofia e Educação”,
busca-se uma explicação que supõe que as relações: “a filosofia pensa a
educação” e a “educação pensa a filosofia”, fazem parte do nosso cotidiano,
unindo os verbos aprender e ensinar, demonstrando a necessidade de
interação entre os homens, culturas, valores e conhecimentos. Em
decorrência, abrem-se perspectivas de entender a dialética entre a "filosofia
pura” e a "filosofia prática”, donde a filosofia prática é a parte ativa da
construção de uma educação libertadora. Como resgatar o valor do ensino de
filosofia nas escolas públicas e privadas, dentro de um trabalho teórico-
prático, gerando novos valores? Pois, “[...] a filosofia não deve servir,
apenas, para pensar contemplativamente o mundo, mas para transformá-lo”
(Cotrim, 1987, p. 19).


Licenciado em Filosofia pela PUCRS, Campus Viamão.
A filosofia pensa a educação e a educação pensa a filosofia

Se a “filosofia pensa a educação”, isso, por si só, seria um hábito de


questionar e analisar, por parte da filosofia, a realidade da educação?
Filosofar a educação é colocar a educação no lugar de objeto para ser
analisado e refletido minuciosamente? E, desse modo, iríamos descobrindo a
veracidade e a falsidade? Se a “educação pensa a filosofia”, indicaria isso a
necessidade de pensar criticamente o futuro da educação do nosso país?
Quando somos educados para filosofar é para conhecermos melhor a
realidade em que vivemos? Afinal, o educador sem formação filosófica pode
ser considerado ingênuo, e o filósofo sem o ato de educar pode ser
considerado um homem perdido? “Filosofia é o exercício que, pela palavra e
pelo discurso, procura uma vida feliz” (Ullmann, 1989, p. 53).
Para pensar a filosofia é necessário pensar a educação! A filosofia
desenvolve a consciência clara sobre a educação, nos faz duvidar das
respostas que são apresentadas referentes à educação no Brasil como sendo
verdadeiras. Analisar rigorosamente a educação é ir às raízes de sua
existência: o que é educação? Qual o processo da educação? O homem
educa-se a si mesmo? É, pois, a partir dessas interrogações que se inicia o
processo investigativo filosófico, que nos faz criar novos métodos que nos
proporcionam chegar ao entendimento. Freire apresenta que, “[...] o
educador ou a educadora crítica, exigente, coerente, no exercício de sua
reflexão sobre a prática educativa ou no exercício da própria prática, sempre
a entende em sua totalidade”. (Freire, 1992, p. 110).
A natureza da filosofia é reaprender a ver o homem, o mundo, a
realidade. “A filosofia pensa a educação”, é um exercício que busca descobrir
o que está por trás da imaginação, das sombras da realidade; é um abrir-se
para o desafio. Filosofar a educação é um processo que se inicia com a
interrogação e se finaliza com uma nova interrogação, procura analisar o
educador e o educando enquanto seres de aprendizagem, desenvolvimento,
maturidade; é tratar dos saberes para aprender e das aprendizagens para
saber. “Toda filosofia é inútil, se não serve para conseguir a felicidade”.
(Ullmann, 1989, p. 53).
O homem vive sempre em busca de respostas. O fato de buscar
respostas desafia a todos: homens e mulheres, filósofos e educadores. A
educação é a base de tudo? A educação é uma atividade constante que nos
faz pensar com a razão e o coração? O exercício da educação visa somente
conscientizar o próprio homem? Conscientizar-se é comprometer-se? A
função do educador está fundamentada na transformação? Antes de
transformar o outro, o mundo, a realidade, é preciso transformar-se a si
mesmo. Freire nos diz que, “[...] o homem está no mundo e com o mundo:
isto o torna um ser capaz de relacionar-se, de sair de si; de projetar-se nos
outros” (Freire, 1999, p. 30).
A educação nasceu para proteger a vida! Sem educação não há
proteção. A filosofia pensa a proteção da vida, dos seus valores; coloca a
educação como fundamento para o ser humano. É a partir da educação
conscientizadora e comprometedora que vamos renovando a nós mesmos e
a realidade em que vivemos. Se avançarmos na educação, chegaremos à
solução dos problemas sociais, políticos, econômicos? A educação no Brasil
deixa muito a desejar? Qual a preocupação do Estado e dos educadores? É
simplesmente a alfabetização de nossas crianças que são o futuro do país?
Enfim, que tipo de educação almejamos viver? Freire escreve:

[...] a necessidade fundante desse fazer é a utopia dos homens


e das mulheres, necessidade ontológico-epistemológico-
cultural-político-ético-estética de pronunciar o mundo. Isto é,
de biografar-se, existenciar-se, historicizar-se e que resulta em
dar sentido à vida em sua acepção mais profunda e ao mundo
mesmo (Freire, 1999, p. 149).

A expressão: “A educação pensa a filosofia” demonstra a necessidade


de pensar melhor sobre as questões referentes à educação, com a presente
contribuição da filosofia. O filósofo, quando toma a educação como objeto de
estudo, procura compreender o conceito de educação e tudo o que existe ao
seu redor, que exige analisar com rigor e observação. Para o filósofo, a
educação vai além de um instrumento pedagógico; é empenhar-se na busca
ou na procura de novas descobertas, de conhecer seus horizontes para lidar
com o aprender e ensinar, conhecer e participar, enfim, de comunicar-se
com a realidade. Como diz Freire:

O papel de um educador conscientemente progressista é


testemunhar a seus alunos, constantemente, sua competência,
amorosidade, sua clareza política, a coerência entre o que diz e
o que faz, sua tolerância, isto é, sua capacidade de conviver
com os diferentes para lutar com os antagônicos. É estimular a
dúvida, a crítica, a curiosidade, a pergunta, o gosto do risco, a
aventura de criar (Freire, 2001, p. 54).

Com a filosofia, aprendemos a pensar, refletir, analisar, entender,


enquanto que, com a educação, aprendemos a viver os verbos: aprender,
ensinar, viver, conviver, como um exercício diário e contínuo. Como
aprender a pensar? Como ensinar sem entender? Há educação sem filosofia
e filosofia sem educação? Ambas intervêm no homem e na realidade? Tanto
a filosofia quanto a educação colocam o homem como agente de sua própria
integração: de conhecimento-criticidade e compromisso. Conforme Paulo
Freire: “[...] a alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz
parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode se dar fora da
procura, fora da boniteza e da alegria” (FREIRE, Pedagogia da Autonomia,
1996, p. 160).
Os processos da filosofia e da educação significam diálogo crítico,
criativo e transformador, propiciando condições para fazer existir uma nova
realidade, realidade essa que vai além da teoria, do conhecimento e da
lógica. Se a filosofia serve de espelho para a educação, e o que será da
educação para a filosofia? A filosofia faz a educação ver-se a si mesma? O
homem toma o espelho para ver-se, conhecer-se, transformar-se, realizar-se
por inteiro; o mesmo faz a educação com a filosofia? Para Freire:

[...] o lugar do pensamento é sempre uma atitude; e no


conjunto das atitudes, tomam corpo as nossas idéias. E estas,
incorporadas, fazem o mundo ‘caber’ dentro da pessoa
humana. Com esse nosso proceder começamos a compreender
a tal interpretação da realidade (FREIRE, Fazer escola
conhecendo a vida, 1986, p. 11).

Todavia, a filosofia não substitui a educação nem a educação substitui


a filosofia, ambas levam o homem a ter uma visão de si mesmo, do mundo,
da moral, da necessidade, da política, da história. Há possibilidade de educar
com a filosofia e filosofar com a educação? Filosofar e educar implica em
juízos de valor? Esse juízo requer comprometimento e envolvimento de
ambas? É preciso pensar uma nova filosofia e nova educação para
construirmos uma nova política, sociedade, realidade? A filosofia e a
educação propiciam a formação do ser humano, como pessoa e cidadão, com
a conscientização crítica e comprometedora? Lembra-nos Brandão:

[...] a esperança da prática de uma nova educação que, de


algum modo, aponte para um novo mundo, e que comece,
portanto, por reinventar essa própria prática pedagógica,
através de incluir o sentido de uma verdadeira luta política
dentro de um verdadeiro trabalho de educador (BRANDÃO, O
Educador: vida e morte, 1985, p. 09).

Não há filosofia sem educação nem educação sem filosofia! O diálogo


entre educador e educando é um ato de filosofar; e o filosofar tem por tarefa
elaborar novos saberes por meio da investigação e do questionamento,
fazendo com que o educador e o educando sejam críticos, criativos e
comprometidos. Das passagens da filosofia à educação e da educação à
filosofia está a interação de pesquisas, perguntas, projetos e ideais; estas
passagens propõem a organização de um novo aprender e ensinar exige
liberdade, decisão e participação de todos. Afirma Freire:

[...] O que se coloca à educadora ou ao educador democrático,


consciente da impossibilidade da neutralidade da educação, é
forjar em si um saber especial, que jamais deve abandonar,
saber que motiva e sustenta sua luta: se a educação não pode
tudo, alguma coisa fundamental a educação pode (FREIRE,
Pedagogia da Autonomia, 1996, p. 126).

O encontro da filosofia com a educação é marcado pela busca do


descobrimento, ensinando o homem a enxergar e a transformar a realidade,
no seu significado. Qual é o significado da filosofia? E da educação? A relação
entre filosofia e educação mostra a necessidade de conhecer melhor o
homem, o mundo e as coisas. Qual é o lugar da filosofia e da educação,
hoje, na sociedade? Quais são seus papéis políticos, culturais, sociais? É
fundamental o papel do filósofo como também do educador, que procuram
despertar no alunado o espírito crítico e investigativo, para compreender
melhor a própria existência no mundo. Freire nos diz que:

[...] não devemos chamar o povo à escola para receber


instruções, postulados, receitas, ameaças, repreensões e
punições, mas para participar coletivamente da construção de
um saber que vai além do saber de pura experiência feito, que
leve em conta as suas necessidades e o torne instrumento de
luta, possibilitando-lhe transformar-se em sujeito de sua
própria história (FREIRE, A Educação na Cidade, 2001, p. 16).

O filósofo e o educador voltam seus olhos para todos os seus alunos e


para cada um individualmente. Fixar os olhos na vida do alunado é dar-lhes
total atenção, é conhecer suas vidas e histórias, é observar seus
temperamentos e relações de convívio. É através do convívio com culturas
diferentes que vamos, nós, nos enriquecendo cultural, social,
educacionalmente falando. O filósofo e o educador estão unidos num só
desejo: o ser humano. Suas esperanças vão sendo construídas no dia-a-dia
pelas relações: pensar e existir, fazer e criar, aprender e ensinar, falar e
escutar. No pensamento freireano: “[...] enquanto presença na história e no
mundo, esperançosamente luto pelo sonho, pela utopia, pela esperança, na
perspectiva de uma pedagogia crítica. E esta não é uma luta vã” (FREIRE,
Pedagogia da Indignação, 2000, p. 53).
A esperança implica ação! Sem esperança não há ação e sem ação não
há esperança. A esperança coloca o homem dentro e fora da realidade?
Como desenvolver a esperança que reside dentro de nós? A esperança visa
mudança? É acompanhada de desejos? Há esperança sem solidariedade? A
ação solidária é fruto da esperança? A esperança garante a valorização do
ser humano? Freire nos indica: “[...] o verdadeiro compromisso é a
solidariedade, não a solidariedade com os que negam o compromisso
solidário, mas com aqueles que, na situação concreta, se encontram
convertidos em ‘coisas’” (FREIRE, Educação e Mudança, 1992, p. 19).
Para o filósofo e o educador, a verdadeira educação encontra-se na
valorização do ser humano, que garante o direito e a liberdade de pensar e
de agir. A educação foi criada para à vida ou a vida foi criada para à
educação? Qual a diferença entre uma vida educada e uma educação viva? A
educação valoriza a vida? A educação é expressão de vida na realidade ou a
realidade é expressão de vida na educação? O filósofo-educador e o
educador-filósofo modernos exercem plenamente suas funções de
educadores, permitindo seus alunos expressarem dúvidas, possibilitando-os
descrever o valor da vida e o verdadeiro significado da educação. Ora, Freire
também diz que:

[...] enquanto a prática bancária, como enfatizamos, implica


numa espécie de anestesia, inibindo o poder criador dos
educandos, a educação problematizadora, de caráter
autenticamente reflexivo, implica num constante ato de
desvelamento da realidade (FREIRE, Pedagogia do Oprimido,
1987, p. 80).
A educação é característica fundamental do ser humano, ou seja, é
uma ação política. Homens e mulheres são, de fato, políticos. A política do
filósofo e do educador, conscientes e comprometidos, consiste em ordenar a
vida sócio-política de acordo com os valores humanos? O homem usa a
política para governar os próprios atos? A política da filosofia é questionar,
duvidar o homem, o mundo? E qual é a política da educação? Qual a
diferença entre a “filosofia política” e a “política da filosofia”? Como distinguir
a “política educacional” da “educação política”? Paulo Freire nos convida a
refletir a política: “[...] não, não há um aspecto político; a educação é
política. Ela tem uma politicidade, a política tem uma educabilidade, quer
dizer: há uma natureza política do ato educativo, indiscutível” (FREIRE, Essa
escola chamada vida, 1985, p. 18).
Tanto a filosofia como a educação, procuram levar o educando a
descobrir, criar, inventar, questionar, investigar a realidade, o mundo, com
teoria e praticidade, levam os alunos a manifestar dúvidas e certezas,
problemas e soluções, pensar e agir. A filosofia serve de alicerce para a
educação? O filósofo procura rever as idéias existentes sobre a educação, em
seguida, começa a investigar e avaliar a função do educador, dentro e fora
de sala de aula, para chegar a uma resposta concreta e objetiva. O filósofo
pode ser criativo: convidar os alunos para refletir as próprias atitudes, sejam
elas nos âmbitos familiar, escolar, social. Das experiências vividas pode-se
extrair uma nova aprendizagem, novos conteúdos para o cotidiano. Lembra-
nos Freire: “[...] a educação será libertadora na medida em que incentivar a
reflexão e a ação consciente e criativa das classes oprimidas em relação ao
seu processo de libertação” (FREIRE, Educação: o sonho possível,1983, p.
20).
A educação possibilita as interações sociais e culturais, torna sadia a
relação do “eu-tu” e “tu-eu”, nos faz entender a condição de existência?
Somos sujeitos de uma cultura civilizada? Somos, naturalmente, seres
sociais? Existe tanto “filosofia social” quanto “educação social”? Se existem,
ambas procuram libertar o homem da exclusão, desigualdade social,
diferenças, exploração? Emprego, lazer, moradia, saúde, segurança, são
suficientes para provar a existência de uma educação mais social, que
previna o homem de sérios sofrimentos? A “filosofia social” em união com a
“educação social” desperta no ser humano o espírito de cidadão,
transformando a exclusão em inclusão social. Pois, essa educação é social e
libertadora, que exclui a exclusão, ou seja, supera as desigualdades sociais
com liberdade, luta e coragem. Freire apresenta: “[...] todos os povos tem
cultura, porque trabalham, porque transformam o mundo e, ao transformá-
lo, se transformam” (FREIRE, A importância do ato de ler, 1986, p. 75).
A filosofia não elimina a educação. A educação não dispensa a filosofia.
É o equilíbrio entre a filosofia e a educação que leva o homem a
compreender suas necessidades bio-psico-sociais. Quem está isento de
intenções de praticidade? Há necessidade de unir e separar filosofia e
educação, para entendê-las melhor? Será que não somos resultados dessa
relação contínua e transformadora? Se a filosofia problematiza a educação, o
que faz a educação? Problematizar implica refletir a educação: o modo de
educar e de viver a educação. Freire explica que:

[...] este trabalho deve ser desenvolvido a partir de um


comprometimento com a construção do conhecimento e o
desenvolvimento, aprimoramento do indivíduo, em busca de
sua autonomia (FREIRE, Pedagogia da Autonomia,1996, p. 65-
66).

A filosofia e a educação são úteis para a humanidade. Veja, por


exemplo, nos desenhos animados de hoje, que apresentam figuras
conhecidas e próximas das crianças, que falam sua linguagem e ao mesmo
tempo aplicam filosofia, citando algum trecho dos filósofos que corresponda
com a realidade ou situação do momento. Dessa maneira, as crianças e
educadores vão conhecendo suas personalidades, temperamentos, valores,
trabalhando também a questão que se refere a crises: existencial,
emocional; aprendendo a ver o mundo e as coisas de diferentes ângulos;
aprenderão também a desenvolver o espírito de solidariedade, fazendo com
que todos participem e se sintam membros de uma mesma sociedade, sem
preconceito, sem indiferenças. Tudo o que acontece ao nosso redor é razão
para refletir nossas formas de pensar e de agir no mundo. Portanto, “[...] a
tarefa da filosofia é a de mostrar aos homens, os meios para atingir a
felicidade” (GOMES, 2005, p. 25). Freire define a educação como cultura:
“[...] cultura, no seu sentido amplo, antropológico, é tudo o que o homem
cria e recria” (FREIRE, Educação e Mudança, 1992, p. 56).
“A filosofia pensa a educação” é uma forma de amar a educação, ou
seja, é querer aprofundar seu conhecimento e aplica-lo na realidade, e, em
seguida, extrair da realidade um novo conceito, para uma nova prática
educativa. Como re-elaborar um novo conceito? Como sobrevive a educação?
Como superar as crises educacionais? Como abrir novos horizontes para uma
nova educação? Ela é sinal de renovação e transformação? A filosofia aplica
essas interrogações para ajudar no amadurecimento e desenvolvimento da
educação, bem como para entender melhor sua existência e essência.
Se “a educação pensa a filosofia” é querer fazer uso da própria
filosofia, ou seja, coloca a filosofia ao seu lado como amiga e companheira.
Com a filosofia, a educação procura refletir sua praticidade e conceitos,
analisar com criticidade a singularidade e pluralidade dos fatos. A filosofia
pergunta à educação: “tu és característica relacional e social? Onde estão
teus progressos e retrocessos? Tu te modificas conforme o homem ou o
homem se modifica conforme teu conceito?” Freire recomenda que:

“[...] se a educação não é a chave das transformações sociais,


não é também simplesmente reprodutora da ideologia
dominante. O que quero dizer é que a educação nem é uma
força imbatível a serviço da transformação da sociedade,
porque assim eu queira, nem tampouco é a perpetuação do
‘status quo’ porque o dominante o decreta” (FREIRE, Pedagogia
da Autonomia, 1996, p. 126).
A filosofia e a educação fazem com que o alunado tenha uma nova
visão e interpretação de vida, de mundo, de realidade; que demonstre
através do conhecimento e da praticidade, o espírito crítico-comprometedor,
de lançar na realidade os valores humanos. Quando impulsionado pela
filosofia e pela educação, lança-se no mundo do entendimento, fazendo
relações entre o conhecer e o fazer, o sentir e o transformar. Pois, é
refletindo criticamente e vivendo em épocas diferentes que ampliaremos
nosso saber e entendimento. “Cada ser humano tem em si a possibilidade de
ser feliz” (ULLMANN, 1989, p. 20).
A “filosofia da educação” e a “educação da filosofia” favorecem a
reflexão crítica, acerca das diferentes formas de pensar e agir no mundo,
problematizam a causa e os efeitos de cada problema, seja referente a: vida,
trabalho, educação, moradia, saúde, esportes, lazer, cultura, religião,
política, arte. O diálogo entre a filosofia e a educação inspira integração, que
integra o homem e seus valores, o faz construir novos conhecimentos para
obter o entendimento, enfim, aprende a dar uma nova significação ao mundo
e às coisas que acontecem no mundo. Freire conceitua a educação como um
compromisso:

[...] não posso ser professor se não percebo cada vez melhor
que, por não ser neutra, minha prática exige de mim uma
definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de
mim que escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a
favor de não importa o que. Não posso ser professor a favor
simplesmente do homem ou da humanidade, frase de uma
vagnidade demasiado contrastante com a concretude da prática
educativa (FREIRE, Pedagogia da Autonomia, 1996, p. 115).

“Filosofia pura” e “filosofia prática”

"Filosofia pura"; uma preparação para a "Filosofia Prática”. A "Filosofia


prática” como prática da "Filosofia pura": Ambas são caracterizadas pela
busca do desconhecido, que permite ao homem reaprender a ver a si
mesmo, o mundo e as coisas que há no mundo, procurando a verdade no
meio das verdades. “O homem domina a natureza não pela força, mas pela
compreensão” (COTRIM, 1987, p. 46).
A “Filosofia pura” é uma tarefa puramente teórica, que utiliza as
ferramentas como: lógica, dedução, indução, conhecimento, desenvolvendo
no homem a capacidade problematizadora de questionar intensamente os
acontecimentos do seu cotidiano. “Filosofia prática” é a “Filosofia pura” em
ação, ou seja, é a concretização do pensamento que consiste na aplicação
dos valores humanos. Afirma Freire: “A natureza da ação corresponde à
natureza da compreensão. Se a compreensão é crítica ou
preponderantemente crítica, a ação também o será. Se é mágica a
compreensão, mágica será a ação” (FREIRE, Educação como prática da
liberdade,1974, p. 106).
“Filosofia e Educação Pura”, “Filosofia e Educação Prática”. Pela
“Filosofia e Educação Pura” procura-se analisar e investigar o homem e sua
vida social, o valor próprio, cultural, artístico, político, religioso, moral. A
partir desta investigação crítica origina-se a “Filosofia e Educação Prática”,
que transmite para a realidade todo o conhecimento teórico. Freire propõe:
“O estado e as palavras são igualmente expressões da prática dos homens, e
conscientizar é assumir a consciência deste fato” (FREIRE, Educação como
prática da liberdade, 1974, p. 13).
Enquanto a “Filosofia e Educação Pura” preparam os alunos para terem
pensamentos reflexivos e críticos sobre a vida e a realidade, a “Filosofia e
Educação Prática” os preparam para serem criadores de atitudes, ou seja,
que sejam comprometidos com a própria existência, de tornar o mundo mais
humano, justo e solidário. Cito Freire: “Não posso entender os homens e as
mulheres, a não ser mais do que simplesmente vivendo, histórica, cultural e
socialmente existindo” (FREIRE, Pedagogia da Esperança, 1992. p. 97).
A “Filosofia e Educação Pura” são alimentadas pelo ensino-
aprendizagem, que desperta curiosidades, desejos e esperanças nos
educadores e educandos, filósofos e professores. Aqui se experimenta a
reflexão e a crítica: analisando o homem na posição de objeto e o objeto na
posição de homem? Dessa forma, é possível descobrir o valor de homem e
de objeto? O homem toma postura de ser pensante, enquanto o objeto é
colocado na posição de ser pensado? Paulo Freire pensa:

A liberdade ocorre quando se descoloniza a mente do oprimido


da presença do opressor. O homem atual está dominado pelos
mitos da sociedade moderna e renuncia à sua capacidade de
decidir; está asfixiado no anonimato, sem esperança e sem fé,
prisioneiro dos dominadores, domesticado, coisificado (FREIRE,
Ética, utopia e educação, 1999, p. 96).

A “Filosofia e Educação Prática” elaboram novos conceitos de vida, de


mundo, a partir da praticidade; se o conhecimento em si emerge da história
da ação humana, as práticas humanas são regidas pelo conhecimento. O
filósofo e educador formulam conceitualmente novos problemas referentes à
realidade, buscando uma compreensão maior sobre a verdade das coisas e
do mundo. Ambos observam o modo de ser, de fazer as coisas, o modo de
viver e conviver dos alunos, isto significa que estão extraindo da experiência
novos conteúdos que serão refletidos e analisados. Diz Brandão: “Todos nós
somos: professores, trabalhadores do ensino e sujeitos politicamente
comprometidos, não apenas com a educação, mas com toda a sociedade,
através da educação” (1985, p. 78).
Como e quando é possível aplicar a “Filosofia Pura” e a “Filosofia
Prática”? A “Filosofia Pura” pode ser aplicada em sala de aula, em ar livre,
num campo aberto, próprio para o diálogo e reflexão individual e coletiva?
Conforme o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula, o filósofo e educador
buscam, em união com os alunos, o espaço propício, para maior
possibilidade de relacionar conhecimento e realidade, filosofia e educação,
facilitando a aprendizagem de todos. Quando o assunto é sobre as religiões,
por exemplo, podem-se pesquisar em livros, revistas, jornais, almejando
atingir todas as informações precisas, em seguida, procuram fazer visitas e
entrevistas em algumas igrejas, templos, para entender suas semelhanças e
diferenças, filosofias, dogmas, rituais.
Colocando o objeto nas mãos do aluno, ele vai desenvolvendo sua
pesquisa e curiosidade, investigando e criando novos questionamentos, ou
seja, aprendendo a fazer novas perguntas. É natural do ser humano
relacionar o ideal com o real, a “filosofia pura” com a “filosofia prática”, a
vida com a história. É com essas relações que vamos aprendendo a filosofar,
a olhar o passado para sonhar o futuro da humanidade, a tomar consciência
de nós mesmos no mundo. Entendendo o pensamento de Freire: “[...]
naturalmente, a viabilização do país não está apenas na escola democrática,
formadora de cidadãos críticos e capazes, mas passa por ela, necessita dela,
não se faz sem ela” (FREIRE, Professora sim, Tia não, 1993, p. 59).
Tanto a “filosofia pura” quanto à “filosofia prática” nos ensinam a
buscar os significados essenciais dos fatos e dos valores, relativos à
existência humana, bem como de fazer tudo pelo crescimento humano de
todos os seres humanos, nas práticas cotidianas. O filósofo e educador
devem realizar debates e reflexões diárias, dentro e fora de sala de aula,
trocando experiências e aprofundando seus conhecimentos, sendo assim, os
alunos aprenderão a amadurecer suas idéias, perguntas, para descobrirem o
que está por trás das palavras, das coisas, dos fatos, da realidade.
Podemos formular uma pergunta: como os alunos, hoje, vêem a
filosofia? Alguns a acham interessante, outros não manifestam interesses,
outros ainda, não entendem o verdadeiro significado da filosofia. Será que as
matérias didáticas são adequadas e acessíveis para os alunos? Pode-se
traduzir a filosofia numa linguagem simples, clara e objetiva, fazendo com
que todos a entendam? Afinal, porque alguns alunos não aceitam de bom
grado a disciplina de filosofia?
Quaisquer que sejam as respostas possíveis nesse campo, é necessário
analisar a história do Brasil, especificando a época do regime militar, que
proibiu a existência da disciplina de filosofia nas escolas. Qual foi a razão
dessa proibição? Era para intervir na sociedade, impedindo-a de ser crítica,
ativa e libertadora? Por que a “sociedade” era considerada ingênua e
oprimida? Qual era a ideologia dos opressores? Era enfraquecer as classes
populares e as tornar sempre oprimidas. Será que as explorações e
dominações dos ricos sobre os pobres não fizeram nascer o espírito de luta,
de libertação? Quanto maior for a exploração maior será o desejo de libertar-
se? Freire pensa: “[...] o diálogo é uma profunda experiência que permite a
superação da contradição: ricos/pobres, elite/povo. Seria uma contradição se
os opressores, não só defendessem, mas praticassem uma educação
libertadora” (FREIRE, Pedagogia do Oprimido, 1987, p. 41).
O filósofo e educador podem “ensinar” aos alunos a realizar
interpretações filosóficas referentes à vida e às coisas que estão no mundo,
isto é fazer “filosofia pura”. Comparar a vida e a história do rico com a do
pobre é realizar reflexão. A partir das conflitivas relações entre a elite e o
povo constrói-se um novo conhecimento, que exige reflexão crítica,
contextualizando-as histórica-cultural-política-socialmente. O que se coloca
em questão é saber como encontrar uma nova forma de convivência entre
ambas as classes. A escola, por exemplo, tem um padrão de acolhimento e
tratamento igualitário entre as diferentes pessoas, classes, raças, culturas
diversas?
O filósofo e educador têm suas responsabilidades frente à “filosofia
prática”, prática pedagógica de “ensinar-e-aprender” a pensar fazendo e a
fazer pensando. Se a prática em si não é suficiente para afirmar que estamos
usando a prática da “filosofia prática”, é preciso utilizar a “filosofia pura” para
registrar a “filosofia prática” ? Que tipo de prática é esta? Ela condiz com os
valores humanos? É justa e solidária? O objetivo da “filosofia prática” é
transformar a realidade de vida de muitos homens e mulheres, é fazer surgir
amor pela vida e respeito pela dignidade humana. Freire declara que:

[...] uma ação que parta da compreensão crítica do seu dia-a-


dia, da sua cotidianidade, e que parta não só dos níveis de
resistência em que elas, massas populares, se acham, mas da
própria apreensão por elas dos seus instrumentos de
resistência, na medida em que o educador popular, enquanto
político, vai apreendendo a compreensão [...] (FREIRE, Essa
escola chamada vida, 1985, p. 73).

Pela “filosofia pura” procura-se compreender o homem, o mundo,


enquanto, pela "filosofia prática" procura transformar: fazer o homem ser e
sentir-se livre para pensar, existir, agir, participar da construção de um novo
mundo. Se a “filosofia pura” prepara o homem para agir, para a ação, a
"filosofia prática” prepara o homem para realizar novos conteúdos a partir da
experiência. É aprender a pensar a ação e a concretizar o pensamento.
Imaginemos o filósofo e educador convidando seus alunos a
descreverem suas vidas e histórias; neste momento, o que se passa na
mente de cada pessoa em particular? Eles têm consciência de que são
criadores da própria história? Como fazer história? A história está na
imaginação ou na experiência do dia-a-dia? Depois de concluído esse
exercício, o filósofo e educador sentam-se com o alunado, partilham suas
histórias em três momentos: primeiro, analisar o caráter existencial;
segundo, refletir os estados psico-afetivo-emocionais; terceiro e último,
observar as condições sócio-cultural-moral-política e religiosas. As posições
do filósofo e educador são de servirem-se de espelho para o educando, é
fazer com que ele veja a si mesmo, suas qualidades e limites, sonhos e
frustrações, encontros e desencontros. Freire nos deixa este desafio: “[...]
você só trabalha realmente em favor das classes populares se você trabalha
com elas, discutindo com respeito seus sonhos, seus desejos, suas
frustrações, seus medos, suas alegrias” (FREIRE, Política e educação, 1993,
p. 85).
O filósofo e educador devem estar sempre dispostos a participar dos
sonhos e ideais de seus alunos; devem construir interações entre família-
escola e sociedade; ensinar aos alunos a buscar a superação dos conflitos
interiores e exteriores, fazendo-os reconhecer seus direitos e deveres;
transmitir conhecimentos que estejam voltados para a história e realidade do
alunado.
Quando se fala em ser humano pensa-se na sua existência, dignidade,
respeito à sua personalidade, autonomia; o filósofo e educador devem ser
sinais vivos de diálogo, criticidade, cooperação, compromisso. Se o homem
cria a realidade, a realidade pode desafiá-lo; aqui se pode dizer que, o
homem desafia a si mesmo? O grande desafio para o homem é superar os
próprios limites; com isso requer uma mudança inteiramente livre, decisiva e
comprometedora? Freire declara:

[...] para mim o utópico não é irrealizável; a utopia não é o


idealismo, é a dialetização dos atos de denunciar e anunciar, o
ato de denunciar a estrutura desumanizante e de anunciar a
estrutura humanizante. Por esta razão a utopia é também um
compromisso histórico (FREIRE, Conscientização: teoria e
prática da libertação, 1979, p. 16).

O professor com o auxílio do filósofo e o filósofo com o auxílio do


professor, elaboram novas pedagogias humanizantes, visando motivar o
alunado para ir às raízes da árvore da vida, para descobrir o valor do seu
“ser-no-mundo”, e permitindo que amadureça sua personalidade e
compromissos social-político-eucacionais. A filosofia e a educação permitem
ao homem desenvolver suas estruturas bio-psico-sociais; ensinam-lhe a
interpretar a própria realidade, e a progredir no seu dia-a-dia, buscando uma
vida mais feliz e realizadora.
No cotidiano, o filósofo e o educador colocam os alunos em contato
direto com a realidade, dessa experiência vão formulando novos conceitos,
problematizações, que compõem a existência humana. Pela “filosofia pura”, o
filósofo e educador transmitem ideologias e valores, envolvendo os alunos a
criarem novos conhecimentos a partir desta experiência, buscando novas
significações, com diversas visões de vida, de mundo, de realidade. Pela
“filosofia prática”, o aluno toma consciência, que implica compromisso com a
sociedade; cultiva o conhecimento, realiza conexão entre o conhecimento e a
experiência vivida.
Se pela “filosofia pura” aprendemos a problematizar, perceber, refletir,
criar, aprender, valorizar; o que aprendemos com a “filosofia prática” ?
Aprendemos a enfrentar os desafios que significa descobrir e redescobrir o
verdadeiro significado de filosofar e educar cotidianamente? Qual é o papel
da filosofia e da educação nos condicionantes histórico-político-cultural-
sociais? Tanto a filosofia quanto a educação exigem de nós a contínua
reflexão crítica, em preparação para a ação transformadora. Pois, a filosofia
e a educação nos colocam em diálogo com a realidade, por meio da reflexão
e da práxis, valorizando o homem em tudo.

Conclusões gerais

A relação entre filosofia e Educação é uma relação contínua e


transformadora, que abre horizontes para o questionamento: questionar a
nós mesmos e toda a realidade. Tanto a filosofia quanto a educação mostram
que a realidade pode nos levar a criar novas perguntas, novos
questionamentos; trata-se do verdadeiro espírito filosófico.
Filosofar é um exercício apaixonante, porque coloca o homem face a
face consigo mesmo, com o outro, com o mundo; faz-lhe pensar, conhecer e
transformar. O “filósofo-educador” e o “educador-filósofo” têm a imensa
responsabilidade de acompanhar seus educandos no desenvolvimento do
espírito crítico, conduzindo-os a criar novos conceitos de vida e de mundo, a
partir do conhecimento e da experiência. “De nada valem as idéias sem
homens que possam pô-las em prática” (GOMES, 2005, p. 42).
Criam-se novos significados ao construir uma nova realidade, e
constrói uma nova realidade ao criar novos significados? Pois, é interagindo
como seres pensantes e comprometidos que vamos desenvolvendo no
alunado o espírito crítico-consciente e comprometedor.
“A filosofia pensa a educação” e a “educação pensa a filosofia”; ambas
pensam o ser humano, aquele, formado de razão e emoção, pensamentos e
sentimentos, história e valores; fazem com que o homem obtenha equilíbrio
e maturidade, desenvolvendo suas potencialidades e manifestando o espírito
de aprendizagem. Aprender na prática, para Freire, é movimentar a pessoa
naquilo que ela pensava que não sabia, depois ela vê acontecendo e aprende
a aprender (FREIRE, Fazer escola conhecendo a vida, 1986, p. 21).
A “filosofia pura”, aqui, neste trabalho, se fundamenta no
conhecimento que temos da vida e da realidade que nos cerca; enquanto, a
“filosofia prática” consiste em tornar real o que era considerado ideal, o que
era sonho, agora, seja realidade. Essas atividades: teóricas e práticas fazem
com que o homem tome consciência de que ele é um ser racional, e que
suas atitudes são frutos dessa razão. O filósofo e o educador são mediadores
entre o aluno e o entendimento, a realidade e sua transformação. Ambos
incentivam os alunos a vêem outros ângulos da vida e da realidade presente.
Será que esta atitude não cultiva a auto-estima, a autoconfiança, a auto-
aceitação do outro, de forma respeitosa e incentivadora? As relações entre
filósofo e educador, professor e alunos, possibilitam maior qualidade de
conhecimento, aperfeiçoando o convívio social e comprometendo todos para
o engajamento.
A filosofia e a educação podem ser questionadas, e esses
questionamentos aperfeiçoam o próprio conhecimento, sabendo que o
conhecimento não está acabado nem definitivo. Este presente trabalho não
terá conclusão, o leitor e participante do VII Simpósio de Filosofia Sul-
brasileiro é quem construirá a própria conclusão. Fica aqui a seguinte
mensagem freireana: “Se a educação não pode tudo, alguma coisa
fundamental a educação pode”. (FREIRE, Pedagogia da Autonomia, 1996, p.
126).

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