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Jogador: Diego Bragante

Personagem: Nickolas (para a maioria) Afonso Piovesan (nome real)


Clã: Nosferatu

Desde pequeno, adorava histórias de terror, Vampiros, Lobisomens, Bruxas e


Múmias. Todo tipo de histórias de ficção também, principalmente aquelas onde
uma pessoa que de tão normal, acaba se tornando especial, histórias aquelas
que um homem/mulher recebe poderes e com estes eles salvam cidades
inteiras dos vilões. Para não serem descobertas as suas identidades, eles
costumam usar uniformes e máscaras. Pois é, eu também uso uma máscara
que serve para não revelar quem eu realmente sou. Alguns podem me achar
parecido com estes heróis, pois eu também tenho poderes, um tanto quanto
diferentes, mas tenho sim e logo irei lhes apresentá-los. Ah sim, vou lhes dizer
quem sou, mas antes, vou contar minha história, desde meu nascimento
nefasto até os dias de hoje. Ah, por falar em hoje, amanhã completo um século
e meio de existência, não acham incrível? Eu não. Preferiria estar morto, mas
eu estou morto.

Minha história começa nesta pequena e pacata cidade, quando ela ainda nem
era conhecida, não que agora ela seja, mas em fim, nasci em 1922. Meus pais
eram aqueles caipiras, filhos de pais italianos que vieram tentar a vida inútil
aqui, que cortavam cana para manter a família. Ah não, não estou
desmerecendo nenhum cortador de cana. Eu tenho orgulho de meus pais e
queria que eles também tivessem orgulho de mim, se ainda estivessem vivos.
Continuemos, filho único e sem tios/tias e avôs ou avós para me olharem,
meus pais me levavam junto com eles para cortar cana, é claro que eu, ainda
bebê, ia num cesto de palha e ficava lá, sob o sol apenas observando o mundo
que naquela época eu não compreendia nada de nada.

Com o tempo passando, e eu crescendo, meus pais já me levavam para cortar


cana, sim, para ajudá-los na tarefa árdua e cansativa. Cortei meu dedo
dezenas de vezes e enfiei estrepes em minhas mãos mais vezes do que você
pode contar nos dedos. Meus olhos verdes clamavam por água toda santa
hora, meus cabelos loiros já tomavam, com o tempo, uma cor mais
avermelhada e aos poucos minha pele branca se tornava mulata.

Odiava ter que ajudar naquele serviço, porém aquela era a única forma de
continuarmos comendo o pão de cada dia que o senhor nos dava, mas aos
poucos eu fazia amigos lá na roça e isso me deixava mais feliz, pois sabia que
quando o trabalho chegasse ao fim, meu corpo jovem ainda me permitia brincar
até o fim da noite quando minha mãe me chamava para dormir. Naquela época,
cachorros, gatos e galinhas eram comuns entre as pessoas, principalmente os
cachorros e galinhas, mas também era fácil encontrar cavalos, bodes, vacas e
animais de maior porte.

Eu adorava todos eles, adorava montar nos cavalos, alimentar as galinhas e


rolar na terra com os cachorros, sim sim, eu era uma criança feliz. Eu tratava
de todos os animais daqueles sítios perto de onde morávamos, por isso
conseguia algum dinheiro que juntava pensando no futuro.
Eu já estava cansado de acordar cedo todos os dias para trabalhar nas
plantações de cana, queria era ficar brincando ou ainda preferia ganhar meu
pão cuidando dos animais. Um dia, aos meus treze anos, surgiu uma
oportunidade que mudaria minha vida.

A notícia de que uma escola tinha sido montada a alguns quilômetros de onde
eu morava tinha se espalhado rapidamente. Muitos colegas meus, estavam
indo para a escola e eu queria também, implorei para meus pais e estes
concordaram em me deixar partir, porém eu deveria terminar os estudos
naquela escola e continuar, não parar por ali. Eles queriam me ver como um
“Doutor”, tão sonhadores, eles, que fico com pena de lembrar do sorriso de
cada um, quando me olhavam partir para a escola bem cedo.

Livre da roça e aprendendo a ler e escrever, eu estava feliz, queria continuar


assim, e percebi que adorava estudar. Eu era bem inteligente e tinha ótimas
probabilidades de me tornar um Doutor. Contente comigo mesmo, terminei os
estudos nessa escola perto da roça, terminei aos dezessete anos. Agora
estava na hora de ir para mais longe, enfrentar a vida na cidade. Com o apoio
de meus pais, eu fui, levei algumas sacolas de roupa. Iria arrumar um emprego
por lá e daí tentaria arrumar um lugar para dormir também, assim eu poderia
continuar meus estudos. Eu sabia que estava correndo muitos riscos, mas
minha vontade de estudar era maior, queria dar orgulho para meus pais.

Amigos? Eu tinha alguns colegas mas nenhum amigo verdadeiro. Querendo se


tornar um orgulho para meus pais, tomei uma decisão que mudou minha vida.

Com algum dinheiro no bolso, duas sacolas de roupas e uma marmita,


caminhei durante quase três horas até chegar num ponto de ônibus e de lá fui
para a cidade. No ônibus, poucas pessoas sentadas. Escolhi o último lugar e
dali eu observava alguns olhares de reprovação vindo em minha direção. Não
liguei.

Não posso deixar de ressaltar que eu esperava muito mais da cidade. Ao entrar
no tal distrito, já era noite e várias luzes me chamavam a atenção. Parei no
primeiro ponto de ônibus, desci rapidamente para evitar olhares daquele povo
estranho.

Em fim havíamos chego em Santa Bárbara d’Oeste. Logo teria de arrumar


emprego e começar os estudos. Estava feliz, porém, cansado.

Ainda não existia asfalto, era terra batida mesmo. Meus pés logo ficaram
empoeirados assim que o ônibus passou e levantou poeira. Olhei para tudo
aquilo, era magnífico, muitas casas de barro, casas de madeira com telhados
de palha. Meus olhos verdes brilhavam de alegria.

Caminhamos por algum tempo até chegar ao que parecia ser o centro da
cidade, uma praça bonita e no meio dela uma igreja. Fomos até a igreja, rezei
um pouco e abri minha marmita, na frente da capela mesmo. Comi o que minha
mãe me deu. Adormeci, amanhã seria um novo dia onde iria procurar um
emprego.

O barulho do bater de asas de pombas, o sol no rosto e os sinos tocando me


acordaram. Abri os olhos lentamente, várias pessoas passavam pela frente da
igreja, me olhavam com caras de poucos amigos e faziam uma reverência para
a capela. Levantei-me depressa, estava na hora de conseguir um emprego.

Arrumei minhas coisas, a igreja já estava aberta, por isso entrei lá às


escondidas e coloquei minhas sacolas, de roupas, num cantinho, atrás de um
vaso de flores, onde possivelmente ninguém acharia a menos que estivessem
procurando por algo.

Caminhei por vários estabelecimentos, nenhum parecia querer um garoto da


roça, mas nossa sorte veio ao fim do dia, quando já estava desistindo. Naquela
época, saber ler e escrever era uma coisa rara, isto me concedeu o emprego
de escritor de cartas, no correio local. Várias pessoas me procuravam para
escrever cartas aos seus parentes.

Bem, eu não ganhava muita coisa por carta escrita, mas era o suficiente para
viver de pão e leite. O dono do correio me fez a gentileza de me deixar dormir
num quartinho nos fundos do estabelecimento. Fiquei muito grato e fui buscar
minhas coisas na igreja, por sorte elas ainda estavam lá.

O Local onde eu iria dormir era perfeito para, tinha até uma cama, com
colchão, coisa que eu não era acostumado lá na roça.

Vou adiantar um pouco minha história, irei avançar até o ponto que interessa,
quando eu comecei a estudar.

Escrevendo cartas de tarde e noite e estudando de dia, minha vida estava boa.
Eu já estava com quase vinte e dois anos e já estava no último ano da escola,
logo eu poderia entrar para a escola de medicina e fazer meus pais se
orgulharem de mim.

Agora sim irei começar a parte que lhes interessa. A parte de minha história
que mudou minha vida de tal maneira que é incrível acreditar.

Boatos de que seres estranhos estavam habitando a cidade deixaram as


pessoas mais nervosas e por isso elas escreviam com mais freqüência, o que
me rendia um bom dinheiro extra e me fazia até agradecer o que quer que
fossem esses seres estranhos. O fato é que ninguém tinha visto eles, mas
diziam que várias pessoas estavam desaparecendo e por culpa disto, mais
cartas eu escrevia.

Por volta das oito e meia, eu estava escrevendo minha última carta quando
uma moça se aproximou de mim e pediu para ajudá-la com sua carta de
despedida aos seus pais. Lembrando dos meus, eu disse que ajudaria ela sim.
Deixei a carta que um senhor buscaria amanhã pela manhã e então peguei um
pedaço de papel e molhei a pena na tinta. Olhei para os olhos da moça, ela
aparentava ter uns vinte anos. Seus olhos cor de caramelo me deixaram
fascinado. Comecei a carta:
“Querido Papai e Mamãe, sinto lhes desapontar, mas não poderei mais vê-los. Minha vida aqui
em Santa Bárbara d’Oeste mudou completamente e agora já não trilho mais o caminho que
vocês desejaram para mim. Peço que não me procurem. Adeus.”

Senti-me triste em escrever tal carta. Eu não sabia como era a vida daquela
bela jovem, mas ela se parecia muito comigo, parecia que tinha pais que
moravam na roça e que tinha vindo para a cidade em busca de algo que
infelizmente não conseguiu e agora tinha vergonha de contar isto aos pais.

A moça me pediu para guardar a carta até na próxima semana e então eu


deveria enviar. Ousei perguntar se ela não me diria o endereço para onde eu
deveria enviar a carta e também ousei perguntar seu nome. Ela disse que até o
dia de enviar a carta, eu saberia todos os dados que restavam para completar
à mesma. Também me convidou para dar uma volta pela cidade. Sim, eu não
era de se jogar fora, pois apesar de pobre eu sempre gastei o dinheiro que me
restava em roupas para parecer mais bonito e elegante, gostava daquilo.

Aceitei o convite e assim guardei meus instrumentos de trabalho, troquei de


roupa e saímos dar uma volta. Conversamos sobre poucas coisas, ela parecia
estar querendo chegar a algum lugar e por isso andava rápido. Acompanhei
seus passos largos e logo estávamos saindo da parte construída da cidade.
Estávamos caminhando por ruas que eu não costumava caminhar. Andamos
até uma casa que se parecia muito com uma pequena capelinha.

Perguntei o que ela queria ali. Os olhos cor de caramelo dela se encontraram
com o verde dos meus e por um instante, pensei que sabia o que ela queria.
Aquilo não era muito comum, afinal tínhamos nos conhecido a menos de uma
hora, mas meus instintos masculinos falaram mais altos e ousei entrar na
capelinha, depois dela.

A capela não era tão grande, era como um cômodo de tamanho médio. Não
tinha nem ao menos bancos e muito menos cruzes. Estava escuro a não ser
pela claridade da lua que passava pelos buracos na madeira.

Meu sangue estava ficando quente e isto esquentava algo que deveria estar
para baixo, mas eu não podia controlar. Meus lábios secavam lentamente
enquanto eu olhava os lábios da garota. Esta veio em minha direção com um
sorriso sensual, fiquei parado e deixei ela se aproximar de meu pescoço, para
beijá-lo.

Antes do beijo que se seguiu, ousei perguntei seu nome, o nome da garota. Eis
que ela responde. “Gabriel Koi”.

No instante seguinte, lembro-me de sentir um prazer que nunca antes tinha


sentido, mas também me lembro de muito sangue, sangue espirrando por toda
a minha roupa e por todo meu corpo e se não falha a memória, lembro-me de
que a garota que beijava meu pescoço, já não era tão linda como antes e
depois, “adormeci”.
Quando acordei, estava meio tonto e com fome. Fome de algo diferente. Abri
meus olhos, pude ver que estava num lugar que me lembrava uma igreja. Era
um local amplo com alguns vitrais de Cristo e outros santos. Acordei sentindo
muita dor nas pernas, dor esta que eu não conseguia me levantar. Olhei para
minhas pernas e vi que estavam tomando uma cor acinzentada e que estavam
apodrecendo, atrofiando, em fim, murchando.

Aquela cena, de minhas pernas atrofiando bem na frente de meus olhos,


estava me deixando com vontade de vomitar. Estava com fome, fome do
precioso líquido da vida, mas achava aquilo tão nojento que pensei que fosse
apenas uma vontade passageira. O apodrecimento de meus músculos era algo
doloroso, eu gritava de dor e olhava para tudo em volta, não tinha ninguém
para me ajudar. Procurava por aquela moça bonita que nos últimos segundos
já não era tão mais bela.

Uma pontada forte em meu coração me fez desmaiar. Não sonhei com nada e
acordei rapidamente, penso eu. Assim que recuperei os sentidos, meus braços
e abdômen estavam doendo. Olhei para meu corpo, todo coberto com roupas
sujas de sangue. Engraçado, eu queria chorar, mas não saia um pingo de
lágrima e dessa vez, eu queria gritar, mas minha garganta estava tão seca e
necessitada que nem uma nota saiu. Retirei a roupa suja de sangue, meu
abdômen e meus braços estavam seguindo o mesmo caminho de minhas
pernas, que agora eram uma massa acinzentada, fina e esquelética com
alguns calombos estranhos.

A dor recomeçou, sentia meu corpo apodrecendo e se contorcendo. Queria


morrer, mas nem pra me matar eu tinha forças. Mal sabia eu que já estava
morto e um suicídio ali não iria adiantar. Puxava o ar para dentro de meus
pulmões mas nada funcionava, era uma sensação estranha.

Minhas pernas já suportavam o peso de meu corpo e fiquei em pé. Queria


conseguir ver meu corpo inteiro, ele parecia todo atrofiado, meu rosto estava
formigando e doendo, podia sentir contrações por todo ele. Também eram
visíveis os tufos de cabelo que caíram no chão. Passei a mão por minha
cabeça careca.

A fome mais uma vez, veio à tona.

Escutei um miado, virei-me na direção que ouvi aquele som e pude ver um gato
branco e preto, parado em cima do que um dia foi um altar. Olhei para os olhos
do gato e estranhamente senti meu corpo ficar quente, foi ai que percebi o
quão gelado ele estava antes. O gato me olhou nos olhos e se aproximou,
rapidamente. Passou por minhas pernas deformadas e ficou se enroscando
nelas.

A cena seguinte foi uma atrocidade. Lembro-me do pobre gato, seco, ao lado
de meu corpo. Matei-o e suguei todo seu sangue, aquele líquido vital. Ah como
foi bom sentir aquele líquido quente escorrer e umedecer minha garganta seca.
Era engraçado como tudo parecia tão normal. “Os fracos irão morrer para os
fortes sobreviver”. Frase bem sugestiva que me veio à mente assim que vi o
gato estirado, sem vida, ao meu lado.

Sentindo meu rosto deformado, sentindo meus dentes apontando para fora da
boca e percebendo que estavam afiados como navalhas, precisava achar
respostas, queria saber o que estava acontecendo comigo.

Olhei mais uma vez em volta e vi um ser horrendo, sentado em cima de um


banco próximo de mim. Aproximei-me com receio, mal me lembrei de que eu
estava parecido com ele.

Minha primeira reação foi querer matar aquela criatura, sabia que tinha visto-o
antes em algum lugar e lembrei-me de que era aquela “coisa” que estava
sugando meu sangue ao invés da moça bonita que me beijava. Mas antes que
eu pudesse fazer qualquer ação hostil. Aquela criatura me falou um pouco
sobre a experiência dela, e sobre como ela se sentiu no momento em que viu
seu corpo se atrofiando, igual ao meu.

Disse-me também sobre o que éramos agora, Vampiros. Eu que sempre


desejei ser um super herói agora era um dos vilões? Depende do ponto de
vista de cada um.

Vou pular a parte da aceitação, sei que é uma parte interessante, mas tudo que
posso dizer é o seguinte: Eu já estava morto mesmo, o que me custaria aceitar
viver uma pós-vida como um ser amaldiçoado que precisa usar sua máscara
para não ser descoberto? Aceitei, já tinha perdido tudo mesmo.

Depois do período de auto-aceitação veio a parte mais complicada. Aprender a


usar o sangue ao meu favor para também aprender como me alimentar ser
mostrar minha verdadeira natureza.

Antes de começar a aprender qualquer coisa além do fato de não sair no sol,
eu finalmente consegui compreender o motivo pelo qual Gabriel me pediu para
escrever aquela carta e não disse nome ou endereço. A carta deveria ter meu
nome e o endereço de onde meus pais moravam.

Ao cair da noite do outro dia, fui até o local onde eu trabalhava antes como
escritor de cartas e por um pequeno corredor ao lado da casa da frente, pude
chegar ao quartinho dos fundos.

Enviei a carta, afinal tudo que nela dizia era verdade.

O processo de aprendizagem demorou muito tempo, cerca de quase um ano


até que eu soubesse tudo que deveria saber sobre meu sangue e sobre os
“poderes” que este me concedia.

Aprendi como me alimentar sem deixar que os mortais soubessem minha


verdadeira natureza. Os esgotos de Santa Bárbara já não eram seguros para
os mortais se aproximarem nas noites frias em que meu corpo clamava por
sangue. Aprendi também que cada tampa dos bueiros era como uma moradia
para nosso povo e que algumas dezenas de casas em volta de cada bueiro
eram como se fosse o jardim das moradias.

Assim, cada Nosferatu, morador dos esgotos, cuidava de seu “jardim”,


escolhendo as melhores vítimas para se alimentar ou abraçar. Aquele era
nosso território, nosso território de caça e de ninguém mais.

Eu tinha minha própria moradia, bem como minhas próprias vítimas, ou


rebanho e não gostava que ninguém chegasse muito perto delas.

Aquela criatura que me Abraçou, sim eu aprendi os termos com ele, me


ensinou muito, ficou ao meu lado e me protegeu algumas vezes até que
chegou um dia que era necessário conhecer outros membros. Eu queria
conhecê-los, estava louco para saber sobre suas histórias e aprender coisas
novas. Antes de conhecer estes membros, eu aprendi o que eram os clãs e
aprendi um pouco sobre eles, é claro que tudo foi sob o ponto de vista de meu
senhor.

Gabriel me apresentou aos outros de nosso clã, os Nosferatus. Eu já estava


acostumado comigo mesmo e por isso foi fácil vê-los como “amigos” e alguém
em quem você “pode” confiar.

Fui apresentado ao príncipe e também aos outros membros da Camarilla. Não


sabia bem ao certo o motivo de tantas apresentações, mas sabia que Gabriel
era influente na Camarilla e talvez fosse por este motivo de minhas
apresentações. Pela influência de meu senhor, consegui até certa Fama que
irei lhes contar melhor mais pra frente de minha história.

Agora irei entrar numa parte ruim da história em que eu fazia parte dele assim
como muitos outros cainitas.

Mesmo sendo um Neófito, era visível que o número de Vampiros da redondeza


havia aumentado e isso prejudicava muito todos os outros Vampiros. A luta pela
poder era intensa e muitas mortes finais foram executadas. Os anciões não
estavam nem ai e com isso a Máscara estava sendo quebrada, a máscara que
tanto deveríamos manter. Nós, Nosferatus sabíamos muito bem dessa
máscara.

Infelizmente, por tantas mortes, roubos e suicídios ocasionados pelo


rompimento da Máscara, os primeiros caçadores de Vampiros começaram a
surgir, eles eram liderados por um tal de Hariel espada e cruz. Esse caçador,
junto com sua tropa de mortais, o que acabou sendo letal demais para nós e
muitos encontraram sua verdadeira morte.

Por este fato, uma lei foi imposta. A Máscara deveria mais uma vez ser
respeitada. Deveríamos agir em silêncio e recolher nossas presas sempre que
possível, assim os caçadores logo iriam embora. Ótimo plano, pena que não
deu muito certo na prática.
Os Vampiros, sabendo que não poderiam se mostrar novamente, começaram a
aprender a arte da manipulação e da corrupção, isso nos afundou mais ainda.

O Sabbat finalmente encontrou brechas em nossas defesas e começou a agir,


matando e destruindo tudo que eles viam pela frente. Dessa forma, muitos de
nós caíram em desgraça, foram mortos ou ainda o que é pior, foram
corrompidos para o Sabbat, uma coisa imperdoável.

Os Lupinos também começaram a agir e tudo virou um caos.

Foi então que a grande Guerra aconteceu. Mortais em uma ponta do triângulo,
Sabbat em outra e nós na terceira ponta. Todos juntos num emaranhado de
corpos, porém, uns contra os outros, em busca da sobrevivência.

Ao término desta batalha, só posso dizer que foram poucos os sobreviventes,


muitos clãs quase foram extintos. Os Tremeres nem se quer saíram de suas
Capelas, já nós, eu prefiro não comentar muito. Mas lhes digo uma coisa: Não
se atrevam de entrar nos Esgotos!

Muitos Nosferatus, Lacaios e outras criaturas já não estão presentes mais


neste mundo por culpa de algo que, como já disse, não irei contar. Pague pela
informação e a terá, mas então, os esgotos já não eram mais uma moradia, por
isso precisamos nos refugiar em favelas, lixões e outras coisas imundas.
Tudo que construímos durante anos estava se ruindo, a Máscara novamente
estava caindo e agora só poderíamos lutar por algo que talvez não fosse
possível. Queríamos mais uma vez colocar nossas Máscaras e impedir a total
destruição da raça amaldiçoada que somos.

As favelas e ferros-velho, onde me refugiei, não eram locais de que eu


realmente gostava, mas com o tempo arrumei certa influência por lá. Os
Esgotos eram mais úmidos, tinham um cheiro melhor e foi lá que encontrei
meus “amigos”. (Os Ratos Lacaios) A favela me deixa um pouco inseguro,
estamos todos muito perto da madeira, algo que realmente me deixa frustrado.
A única parte boa é que a comida em abundância e às vezes nem precisamos
usar de nosso sangue para caçar já que em alguns pontos, nem a luz elétrica
chega.

Antes de qualquer coisa ser feita, um Vampiro muito importante para mim foi
me tirado. Gabriel Koi foi encontrado, por nós, os Nosferatus. Foi encontrado
morto e não havia maneira de saber sua causa mortis. Sentimos muito sua
perda, porém, como todos nós almejamos por poder, era fácil compreender que
a queda de um Ancillae significava menos concorrentes ao poder...

Isso era a história que foi passada, uma grande mentira. Vou contar o que
realmente aconteceu: Já lhes disse que os Esgotos não eram mais um local
seguro para os Nosferatus, Gabriel ainda queria que fosse e tentou se livrar da
tal ameaça. Sendo eu, o membro mais próximo dele, aquele me pediu ajuda e
disse para conseguir a ajuda dos outros Nosferatus...
...Grande erro. Eu sempre almejei subir, não queria ser um simples Neófito,
queria mais, muito mais. Quem sabe essa não fosse a oportunidade de ganhar
Influência e Fama? Deixei que Gabriel fosse sozinho e lhe disse que a ajuda
estaria a caminho, mas ela nunca chegou, ou melhor chegou tarde demais, e
ao final da noite, próximo do nascer do Sol. Um dos nossos membros
encontrou o corpo próximo de uma entrada dos bueiros, desde então, ninguém
mais se atreveu a entrar lá.

A morte final de Gabriel me deu Fama, eu era reconhecido pois ele era meu
senhor, ainda mais porque foi ele quem entregou uma última mensagem ao
ancião Brujah, uma mensagem que depois de ter sido lida, este ancião
convoca novamente toda a Camarilla.

A Fama me deu contatos. Com aquela eu pude começar a me desinibir a tal


ponto que comecei a trocar favores e informações com tantos outros mortais e
cainitas que hoje eu possuo contatos em diversas áreas, indo desde o mundo
mortal até os lugares mais obscuros que você pode imaginar. É assim que sou,
é assim que vivo, trocando informações valiosas para alguns e adquirindo
minha Fama de mensageiro.

Atualmente, tenho dois “buracos” em meu corpo provocados por balas dos
malditos caçadores. Um na perna direita na altura do tornozelo e outro em meu
ombro esquerdo. Estranhamente esses ferimentos não doem pois já
cicatrizaram, mas as marcas nunca saíram.

Mas eu me vinguei, a sim, me vinguei. Descobri que aquele caçador tinha um


ser amado, bem, tinha, agora já não tem mais. Está certo que eu fui um pouco
tolo mostrando a morte daquela jovem ao tal caçador e não estar usando o
poder do sangue. Aquele maldito parece guardar bem a face de suas presas.
Até hoje ele tenta me matar, coitado, ainda acabo com a vida do infeliz já que
ele ainda parece ser um mero aprendiz.

Pois é, contei-lhes um pouco de minha história. Omiti vários fatos interessantes


como minhas fúteis tentativas de usar o poder de meu sangue quando eu ainda
era um vampiro inexperiente. Isso ficará para outra hora, talvez quando a
guerra terminar poderei lhe contar, se sobreviver.

Vou começar um outro conto agora, um sobre minha cria, Malak.

A Fama e a Influência me deram certas vantagens, uma delas é que eu poderia


fazer uma Cria, ou seja, Abraçar um mortal e torná-lo imortal.

Na Guerra que já lhes contei, um investigador me chamou a atenção. Usando


de meus furtivos dons, observei-o mais de perto e assim consegui muita
informação útil que me rendeu um pouco mais de influência em certas áreas e
um pouco mais de conhecimento, principalmente para sobreviver.

Num certo dia, não pude observá-lo e por isso pedi para meu carniçal, Thomas,
ficar vigiando-o e protegê-lo caso algo acontecesse, afinal ele já tinha me
rendido boas informações e não queria perdê-lo.
Infelizmente uma explosão na casa onde Malak estava investigando o deixou
totalmente incapacitado, sendo assim Thomas o trouxe até a mim e para
poupar sua vida, transformei-o em um membro. Abracei-o.

Sabia que teria uma árdua vida pela frente, teria de ensiná-lo e defendê-lo
certas vezes, coisa que eu sinceramente gostava de fazer. Era uma de minhas
fraquezas, nunca fui traíra como os outros Vampiros. Sempre procurei proteger
aqueles que um dia me foram úteis ou que ainda são.

Malak era uma boa cria, aprendeu tudo muito rápido e subiu em meu Status e
também perante toda a Camarilla.

Infelizmente, Malak me tirou algo importante. Thomas, meu carniçal não


conseguiu sobreviver a explosão pela qual Malak também passou, mas a perda
de um carniçal me trouxe mais três: Robert, meu fiel rato que com seu
tamanho, agilidade e furtividade me ajuda em muitas coisas; Marisa, minha
coruja de penas castanho escuro e olhos amendoados que tanto me serve nas
noites calmas como companhia ou como uma ótima vigia e por último, mas não
menos importante; Jaqueline, minha capivara que depois de tanto viver nos
esgotos agora esta se acostumando a viver nos córregos aonde arrecada
informações úteis sobre os habitantes local.

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