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PROVA 1
LINGUAGENS E CÓDIGOS, CIÊNCIAS SOCIAIS
LÍNGUA ESTRANGEIRA, CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA
PROVA 2
REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
INSTRUÇÕES
• Aguarde a ordem para a abertura da prova. • Para marcar no Cartão, utilize caneta esferográfica azul.
• Não se comunique, em hipótese alguma, com outros • Em nenhuma hipótese será distribuída duplicata do Car-
candidatos. Não é permitida a consulta aos apontamen- tão-Resposta, que é numerado e assinalado mecanica-
tos, livros ou dicionários. Solicite a presença do fiscal, mente, antes do início das provas.
apenas no caso de extrema necessidade. • Não serão consideradas as respostas que não forem
• A prova 1 é objetiva, contém 150 itens, devendo o candi- transportadas para o Cartão-Resposta.
dato assinalar Verdadeiro(V) ou Falso (F). A prova 2 - • Serão devolvidos para o fiscal o Cartão-Resposta, o
Redação em Língua Portuguesa - será discursiva, na Caderno de Provas e a Folha de Redação.
modalidade dissertação, manuscrita, com letra legível, • As respostas deverão ser transportadas para o Cartão-
sendo obrigatória a utilização de caneta esferográfica Resposta, sem rasuras, assinalando-se da seguinte for-
de tinta azul. ma.
• Confira, no Cartão-Resposta, o número de sua Inscri- VERDADEIROS (V) (1ª coluna).
ção, seu nome e apenas assine no retângulo adequado FALSOS (F) (2ª coluna),
(não faça outras anotações ou marcas).
Coluna de itens
Coluna de itens FALSOS
VERDADEIROS
Nome
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
- Confira seu número de inscrição.
- Preencha as bolas com caneta esferográfica azul.
- Não dobre, não suje e não rasure esta folha,
ela é a sua prova.
- Assine a folha no local indicado. LÍNGUA ESTRAN- CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA (84 a 150)
LINGUAGEM, CÓDIGOS E CIÊNCIAS SOCIAIS (1 a 67)
GEIRA (68 a 83)
Marque assim:
1 V F 16 V F 31 V F 46 V F 61 V F 76 V F 91 V F 106 V F 121 V F 136 V F
Não marque assim:
2 V F 17 V F 32 V F 47 V F 62 V F 77 V F 92 V F 107 V F 122 V F 137 V F
ções do trecho, o pronome las, enclítico, é com- 13 ( ) Em nosso País, as facilidades de importação de-
plemento verbal e, ao mesmo tempo, refere-se correntes da crise de 1929 e a inexistência de
ao sujeito da primeira oração; o pronome demons- uma indústria de base e de capacidade ociosa das
trativo isso faz remissão intradircursiva aludindo- indústrias, principalmente no setor têxtil, dificul-
se ao ato de abandonar as laranjas apodrecendo. taram o processo de substituição de importação
07 ( ) Na passagem, “Era necessário adquirir novas de produtos manufaturados pela produção inter-
máquinas para o descaroçador e para a ser- na. Esta foi acelerada com a renovação do equi-
raria, mas na hora dos cálculos vi que ia gas- pamento industrial brasileiro e o início da Segun-
tar uma fortuna: o dólar estava pelas nuvens”, da Guerra Mundial.
constata-se a elipse do verbo adquirir e de seu 14 ( ) O texto em estudo faz referência a bancos. O
complemento novas máquinas na terceira ora- primeiro banco brasileiro, o Banco do Brasil, foi
ção; a expressão ia gastar uma fortuna funcio- fundado, em Salvador, por D. João VI, quando a
na como complemento do verbo ver; uma fortu- corte portuguesa lá se instalou fugindo das guer-
na funciona como complemento de ia gastar. ras napoleônicas. Ao regressar a Portugal, após
08 ( ) Em, “vi que ia gastar uma fortuna: o dólar esta- o movimento independencista do Brasil, deixou
va pelas nuvens”, a oração destacada foi ele nos cofres deste banco um lastro em ouro
introduzida por dois pontos que podem ser substitu- para financiar as guerras de independência.
ídos pelo relator pois, mantendo a mesma relação 15 ( ) O imaginário sempre povoou a mentalidade dos
de sentido, isto é, ambos os recursos denotam fun- povos europeus. Eram bruxas, demônios, mons-
ção explicativa e realizam economia lingüística. tros marinhos... Ao virem para o Brasil, no sécu-
09 ( ) O narrador é um homem que vive no campo e lo XVI, os portugueses trouxeram a lenda do
sua variedade lingüística revela a sua identidade caipora, palavra que deu origem a caiporismo ,
antropo-cultural. Em seu vocabulário, aparecem citado no texto. Caipora era um ente da mitologia
termos como: “pé esquerdo”, “procedido bem”, portuguesa que socorria os navegadores perdi-
“emprenhou”. E quando afirma: “Vendi uma sa- dos nos mares e oceanos.
fra no fuso” dá-nos a entender que ele plantava, 16 ( ) O texto faz referência à venda de um automó-
colhia e fiava o algodâo e o vendia. vel. A instalação da indústria automobilística no
10 ( ) A quebra da Bolsa de Valores de Nova York, Brasil é associada ao governo JK. Do ponto de
em 1929, provocada por uma crise de superpro- vista empresarial, tal medida foi um êxito, po-
dução, não atingiu só os Estados Unidos, mas todo rém ela criou uma “civilização do automóvel”,
o mundo, com exceção da URSS que estava em em detrimento da ampliação de meios de trans-
uma fase de industrialização, graças aos “Planos porte coletivos. Ocorreram com ela também o
Quinqüenais”. As cotações das ações caíram quase abandono das ferrovias e a necessidade
rapidamente nos E.U.A. e corretores, de ampliação das rodovias e do uso dos deriva-
especuladores, homens de negócios suicidaram- dos do petróleo.
se. Com o objetivo de resgatar o crescimento 17 ( ) Hoje, a dívida constitui um problema que aco-
econômico interrompido pelo “crash”, o presidente mete vários países do mundo, dentre eles o Bra-
Roosevelt implantou um programa de ação deno- sil, detentor da maior dívida externa do Terceiro
minado “New Deal”. Mundo e uma das maiores do Globo. Ela foi
11 ( ) A crise econômica de 1929 atingiu a cafeicultura avolumada por volta de 1956, quando, objetivando
brasileira. As plantações haviam se estendido implantar diversas indústrias, em especial a au-
muito no estado de São Paulo. Muitos produtores tomobilística, foram concedidos enormes incen-
haviam feito empréstimos para plantar café na tivos à entrada de capitais estrangeiros. Além
expectativa de lucros certos, garantidos pelo Es- disso, a construção de Brasília, dentre outros em-
tado. Com a crise, os preços internacionais do preendimentos ambiciosos, necessitou de em-
produto caíram e os cafeicultores endividados so- préstimos externos, principalmente dos norte-
licitaram ao governo federal a concessão de no- americanos.
vos financiamentos e de uma moratória de seus 18 ( ) O algodão produzido no Brasil destina-se à ex-
débitos. A proposta foi recusada pelo presidente, portação e às indústrias têxtil e de alimentos (pro-
provocando um grande descontentamento. dução de óleo comestível). Pela sua importância
12 ( ) No Brasil, como resultado da crise, houve tam- industrial, tem a maior parte da comercialização
bém uma ruptura política na substituição do pre- controlada por grandes empresas do ramo têxtil
sidente Washington Luís. Minas Gerais, Rio Gran- ou de alimentos enlatados (Sanbra, Anderson-
de do Sul e Paraíba formaram a Aliança Liberal Clayton, Hering) ou por intermediários, que re-
e foi deflagrado o movimento de 1930 que depôs vendem o produto para a indústria. Os maiores
o presidente. O gaúcho Vargas assumiu o gover- produtores são Paraná, São Paulo, Goiás, Mato
no federal. Em Goiás, foi designado Pedro Grosso do Sul, Ceará e Minas Gerais.
Ludovico como interventor.
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Antonieta, o Cabo Jorge e a voz do coro, que sulta das relações mantidas por elas com outras
representa uma voz correspondente à de um palavras. Por isso, o verbo implicar é usado com
narrador. o sentido de comprometer, em vez de acarretar
23 ( ) Na peça de Dias Gomes, as várias personagens problemas. Conseqüentemente, quanto à sua
que não têm nome são, ao contrário do que se predicação, no texto, funciona como transitivo
espera, individualizadas em seus aspectos huma- indireto.
nos, psicológicos e morais. Somente com o de- 29 ( ) O texto faz referência a uma cidade fictícia. Pode
senvolvimento da trama é possível conhecer-lhes ser aproveitado como ponto de partida para ana-
as múltiplas facetas. Contraditoriamente, a única lisar o surgimento de núcleos urbanos no Brasil
personagem que representa um tipo social é a Colonial, conforme as atividades econômicas re-
que tem nome: Cabo Jorge. A alusão à barriga, gionais. Na área açucareira, as vilas e povoados
em cada uma dessas personagens, no sétimo qua- eram pontos de contatos entre a administração
dro, tem o propósito de mostrar, caricaturalmente, portuguesa e o poder local dos latifundiários. No
a deformação de caráter que lhes é peculiar. interior da colônia, onde a ocupação se deu, em
24 ( ) Na composição do Sétimo Quadro da peça em grande parte, em função da pecuária, os povoa-
estudo, o autor empregou o irônico como recurso dos surgiram nos caminhos do gado e dos
estético e, em nível de linguagem, utilizou figuras tropeiros. Nas regiões de mineração, os arraiais
de estilo para instaurar a sugestão e a surpresa. se formaram no fundo dos vales, perto dos rios e
A ironia, a reduplicação e a gradação formam o das jazidas minerais.
tripé do processo de significação. Desde o canto 30 ( ) Ao usar a expressão “nem um tostão desse povo
do coro introdutório, este recurso é instituído me- entrou em nossa barriga”, o prefeito quis defen-
diante relação entre três imagens: a estátua, a der a sua honestidade como administrador. Ao
cidade, a barriga. estudarmos História, apreendemos que a
25 ( ) Na primeira cena deste quadro de Dias Gomes, corrupção, a improbidade e o descompromisso
há uma relação alegórica entre a estátua e a ci- administrativos são males crônicos das socieda-
dade, quando se institui a idéia de que a cidade des modernas e contemporâneas, inexistindo nas
cresceu à sombra da estátua, por duas razões fun- sociedades antigas e medievais, que atribuíam
damentais, dentre outras: uma cidade não cresce penas graves como mutilações e morte aos maus
sob uma estátua, uma vez que uma estátua é par- administradores.
te de uma cidade; a estátua a que se refere não é 31 ( ) O texto também menciona Deus e Satanás. Deus
propriamente uma estátua, pois é revelada, ao fi- sempre teve um papel importante nas sociedades
nal do quadro, como Cabo Jorge em carne, osso humanas, no decorrer dos tempos históricos.
e movimento. Durante a Idade Média, a Igreja Cristã exerceu
26 ( ) Tomando como referência as formas verbais cres- a hegemonia ideológica e cultural da época, ca-
ceu e virou, presentes no último coro, observa- racterizada pelo Teocentrismo. Com o
se que o verbo crescer compõe os predicados Renascimento Cultural, o Humanismo passou a
verbais das orações, revelando os atos. Já o ver- valorizar a vida terrena e o “humano” ocupou o
bo virou estrutura o predicado nominal em que lugar cultural dominado pelo divino e extraterreno.
gente exprime a circunstância do sujeito repre- 32 ( ) O capitalismo pode não ter inventado a cidade,
sentado pelo substantivo estátua. Esse mecanis- mas indiscutivelmente inventou a cidade grande.
mo gramatical tem sentido simbólico e possibili- Criou, particularmente, a metrópole e a megalópole.
tou, com efeito irônico-lúdico, a representação de Esses dois fenômenos urbanos são típicos da fase
um recorte da vida do cotidiano brasileiro. mais avançada do desenvolvimento capitalista, ou
27 ( ) A antítese, o paradoxo ou oxímoro, são figuras seja, da etapa financeira e monopolista, alcançada
de estilo que se confundem. A antítese é uma no final do século XIX. O capitalismo tem uma
figura de pensamento resultante da oposição tendência intrínseca, manifestada historicamente,
estabelecida entre duas idéias, visando ao con- de concentração, seja no plano econômico, seja no
traste, enquanto o paradoxo ou oxímoro consiste plano geográfico: as metrópoles, no século XIX e
em relacionar palavras antônimas em busca da as megalópoles, mais tarde no século XX.
conciliação de conceitos contraditórios. Assim, 33 ( ) O processo de urbanização não é tão recente.
em, se Deus lhe enche a alma / e o Cão lhe Entretanto, a partir de 1950 presenciamos uma
enche a barriga, tem-se um paradoxo, uma vez aceleração neste processo, de tal modo que no
que os opostos - Deus e Cão - fundem-se em ano 2000 cerca de metade da população mundial
uma única idéia, a barriga. vivia nas cidades. Esse crescimento intensivo das
28 ( ) Numa abordagem semântica, o verbo implicar, cidades, no Brasil, tem sido acompanhado por
utilizado no penúltimo verso do texto em estudo uma maciça urbanização da pobreza e diminui-
que representa a fala de Antonieta, confirma a ção da qualidade de vida da população, gerada
compreensão de que o sentido das palavras re-
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pelo desemprego, falta de saneamento básico, de antigamente os feriados eram comemorados no coreto
escolas, de segurança, de assistência médica, ou no campo de futebol, mas hoje tudo se passa ao pé da
dentre outros. máquina. Em tempo de eleição todos os candidatos que-
34 ( ) A fome é um dos fortes indicativos de indigência rem fazer seus comícios à sombra dela, e como isso não
social e surge sob duas formas: aguda e crônica. é possível, alguém tem de sobrar, nem todos se confor-
A fome aguda é medida pelo baixo consumo de mam e sempre surgem conflitos. Felizmente a máquina
calorias e leva à morte por inanição. A fome crô- ainda não foi danificada nesses esparramos, e espero que
nica ou subnutrição está muito mais disseminada não seja.
pelo mundo e é menos evidente (há pessoas obe- A única pessoa que ainda não rendeu homenagem à
sas e subnutridas) e definida por critérios qualita- máquina é o vigário, mas você sabe como ele é ranzinza,
tivos, decorrendo de uma alimentação deficiente e hoje mais ainda, com a idade. Em todo caso, ainda não
em proteínas, sais minerais, vitaminas e tentou nada contra ela, e ai dele. Enquanto ficar nas cen-
carboidratos. Ao longo da vida, trás conseqüên- suras veladas, vamos tolerando; é um direito que ele tem.
cias graves aos indivíduos que vão desde a baixa Sei que ele andou falando em castigo, mas ninguém se
resistência imunológica à limitação da capacida- impressionou.
de intelectual.
35 ( ) Alguns países subdesenvolvidos são governados VEIGA, J. J. Melhores contos. Seleção de José
por ditaduras ou regimes democráticos pouco Aderaldo Castello. São Paulo: Global, 2000.
consolidados, sob comando de elites em geral in-
diferentes ao bem-estar social do restante da po- Considerando os aspectos temático, estrutural e
pulação. Dessa forma, o Estado deixa de realizar contextual a que se refere o fragmento anterior, julgue os
muitas de suas atribuições básicas para satisfa- itens de 37 a 50 para assinalá-los de modo correto.
zer ao interesses da classe social ou do grupo 37 ( ) Na narrativa curta “A máquina extraviada”, de
étnico que detém o poder. Essa apropriação do José J. Veiga, a temática do insólito traduz uma
Estado por um setor da sociedade é mais comum constatação de violação das normas, uma sub-
nos países economicamente mais atrasados. versão do real, uma poética de incerteza. Tal po-
36 ( ) No que se refere à nutrição da população brasi- ética encena uma luta quase perdida pelos seres
leira, pesquisas recentes do IBGE mostram que humanos contra as manifestações negativas e,
a média de consumo de alimentos no Brasil está conseqüentemente, retrata personagens angustia-
dentro do mínimo considerado recomendável pela das quanto às suas índoles e quanto aos seus es-
FAO e OMS, pois a média nacional está cerca tados de inanição frente aos acontecimentos es-
de 3% acima do padrão. As desigualdades soci- tranhos.
ais no Brasil, entretanto, estão entre as maiores 38 ( ) O discurso de José J. Veiga, no conto “A máqui-
do mundo, o que indica que a minoria rica conso- na extraviada”, tematiza uma interdição e insiste
me muito, a maioria da população, em especial as em trabalhar o binômio opressão versus liberda-
camadas de baixa renda, tem necessariamente de e se transforma numa busca recorrente da
um nível de consumo alimentar bem abaixo des- temática da expiação, do silêncio e da possessão.
se mínimo. As personagens aceitam passivamente as inter-
dições. O escritor recorre a objetos insólitos,
TEXTO 3 inexplicáveis e estranhos para viabilizar o seu pro-
jeto de construção e de desconstrução crítica da
A máquina extraviada realidade brasileira.
39 ( ) “A máquina extraviada” é um texto que se insere
Estamos tão habituados com a presença da máqui- em todas as características do conto tradicional.
na ali no largo, que se um dia ela desabasse, ou se alguém Apresenta número reduzido de personagens: a ação
de outra cidade viesse buscá-la, provando com documen- está centrada em apenas um núcleo narrativo; há
tos que tinha direito, eu nem sei o que aconteceria, nem um narrador que conta a história em 3ª pessoa. O
quero pensar. Ela é o nosso orgulho, e não pense que tempo e o espaço também são bem delimitados e
exagero. Ainda não sabemos para que ela serve, mas bem definidos. Toda a coletânea que compõe Os
isso já não tem maior importância. Fique sabendo que melhores contos de José J. Veiga mantém essas
temos recebido delegações de outras cidades, do estado características, o que permite atribuir ao autor o
e de fora, que vêm aqui para ver se conseguem comprá- título de um autêntico contista contemporâneo.
la. Chegam como quem não quer nada, visitam o prefeito, 40 ( ) A literatura brasileira, em sua fase romântica de
elogiam a cidade, rodeiam, negaceiam, abrem o jogo: por construção literária, vê-se representada, também,
quanto cederíamos a máquina. Felizmente o prefeito é de pela obra do escritor goiano, José J. Veiga. O si-
confiança e é esperto, não cai na conversa macia. lêncio das personagens, dentre outras conotações,
Em todas as datas cívicas a máquina é agora uma revela o processo de construção da história e a
parte importante das festividades. Você se lembra que busca consciente de subjetividade. No conto “A
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máquina extraviada”, a personagem romântica sar a sagacidade das delegações seduzidas pela
encontra-se impossibilitada de expressar sua iden- máquina. Dispostos em seqüência, os verbos des-
tidade uma vez que está impedida também de tas orações – visitam, elogiam, rodeiam, nega-
reconhecer a sua própria existência. ceiam, abrem – nas relações que mantêm, na
41 ( ) Dias Gomes, Graciliano Ramos e José J. Veiga expressão destacada, exercem a função de ver-
são escritores que representam, literariamente, bos transitivos diretos.
faces do Brasil. O interior da Bahia e sua reali- 46 ( ) Lendo o 1º parágrafo do fragmento de Veiga, cha-
dade política; a realidade do sertão de Alagoas, ma-nos a atenção a força argumentativa dos enun-
uma cidade qualquer do interior, com persona- ciados que apontam a contradição: ignorância da
gens que revelam a repressão e a passividade do serventia da máquina e a seu poder de conver-
ser humano adquiridas pela ausência de uma lin- gência popular. O autor alcançou seu objetivo uti-
guagem capaz de transformar o meio em que vi- lizando-se de uma progressão discursiva em que
vem. se insere; o uso de operadores argumentativos
42 ( ) Pelo texto 2, de Dias Gomes, vê-se que o Estado tais como: tão, que, nem, felizmente; o trabalho
e a Igreja, representados pelo prefeito e pelo vi- morfossintático dos verbos em seus modos
gário, são abordados de modo irônico e cômico, (indicativo, subjuntivo e imperativo). Assim, ofe-
num papel que os contrapõe aos interesses do receu ao leitor um texto coeso, coerente e signifi-
povo da cidade. No trecho de José J. Veiga, tem- cativo.
se também a presença da Igreja e do Estado, re- 47 ( ) O texto faz referência a uma máquina. Procu-
presentados pelo prefeito e pelo vigário, mas evi- rando resgatar historicamente a importância da
denciando percepções distintas nas sua interação “máquina”, remete-nos à Revolução Industrial.
com o povo da cidade. No caso do texto 2, uma A industrialização do século XVIII iniciou-se com
das motivações centra-se no culto da estátua. No a mecanização do setor têxtil, com amplos mer-
texto 3, o objeto de contemplação é a máquina. cados nas colônias da América, África e Ásia.
Dessa ótica, a estátua e a máquina são objetos As invenções da máquina de fiar, do tear hidráu-
que simbolizam esvaziamento de sentido em fa- lico e do tear mecânico aumentaram a capacida-
vor do culto da aparência, nas suas relações com de produtiva.
a cidade e com a população. 48 ( ) A mecanização industrial trouxe significativas
43 ( ) A figura do prefeito é retratada sob dois ângulos transformações para quase todos os setores da
aparentemente inconciliáveis: credibilidade e es- vida humana. No aspecto socioeconômico, hou-
perteza. O resultado desses dois traços de sua ve a separação entre o capital e o trabalho, elimi-
personalidade, além de delinearem o perfil do nando-se a organização corporativa da produção,
político no exercício de suas funções públicas, utilizada pelos artesãos. O trabalhador perdeu a
denotam o reduzido nível de exigência do eleitor posse das ferramentas e máquinas, passando a
quanto ao papel do gestor dos interesses e das viver da sua força de trabalho.
necessidades da população. Lendo o texto sob 49 ( ) Pela inexperiência do trabalhador, a industriali-
este ângulo, depreende-se que o eleitor, o político zação aumentou a necessidade de mão-de-obra.
e o vigário são alvo de crítica pelo narrador, pro- Ao contrário do que ocorria com a produção
porcionando a interpretação: o político é esperto; artesanal da Idade Média, que englobava todos
o eleitor é desprovido de senso crítico e o vigário os membros do grupo familiar, nas indústrias evi-
exerce o seu poder mediante promessas de cas- tava-se o trabalho feminino e infantil. Com isto,
tigo. atividades femininas como tarefas domésticas,
44 ( ) “Estamos habituados com a presença da má- aleitamento e educação das crianças foram pre-
quina ali no largo” a expressão em negrito é servadas.
introdutória. Sobre ela repousa a seqüência narra- 50 ( ) A indústria é uma atividade imprescindível para
tiva recortada para este estudo. Nela, o verbo es- a sociedade moderna. O mundo passou por vári-
tar vem flexionado no plural da primeira pessoa, os estágios de transformação de matérias primas
do presente do indicativo. Sintaticamente, tem por até chegar ao patamar de modernização que se
sujeito o pronome pessoal que lhe é corresponden- tem hoje em vários locais. Estes estágios podem
te – nós. Este recurso discursivo serve para esta- ser divididos em : artesanato (estágio mais primi-
belecer aproximação entre o narrador e o leitor. tivo, realizado em equipe e sem uso de ferramen-
45 ( ) Na expressão: “Chegam como quem não quer tas); manufatura (estágio intermediário, com uso
nada, visitam o prefeito, elogiam a cidade, da máquina, mas ainda sem a divisão de traba-
rodeiam, negaceiam, abrem o jogo”, além da lho); indústria moderna (estágio predominante em
oração principal, há cinco orações coordenadas nossos dias, que surgiu no século XX, caracteri-
assindéticas com as quais se institui a gradação zado por uma grande divisão de trabalho, uso de
de sentido para demonstrar que o prefeito é máquinas e tecnologias informatizadas, movidas
incorruptível. De outra parte, servem para expres- por energia elétrica e calor).
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57 ( ) “Paz e Amor” pregavam as comunidades hippies. do capital internacional. Entretanto, este mode-
Anteriormente a elas, o líder hindu Gandhi, admi- lo de desenvolvimento era forjado pelas elites
rado por gerações de jovens de todo o mundo, dominantes sem o menor respeito aos trabalha-
deixara um legado de paz e conciliação. Como dores e ao meio ambiente.
precursor da independência da Índia, promoveu 62 ( ) De acordo com os estudiosos, o termo “raça”
campanhas de desobediência civil e resistência seria totalmente inadequado à espécie humana.
pacífica contra a Inglaterra. Comandou o boicote Desse modo, o termo “etnia” foi criado para de-
aos manufaturados ingleses, defendendo o uso dos finir o sentimento de identificação de um grupo,
tecidos rústicos de algodão produzidos manual- podendo envolver pessoas com diferentes cores
mente na Índia e o boicote ao sal, vendido pelos de pele, tipos de cabelo e estrutura física entre
ingleses sob regime de monopólio. outras. No Brasil, temos como exemplo os ne-
58 ( ) No Brasil, caracterizado desde o período colonial gros ou afro-brasileiros, os diversos grupos indí-
pelo pluripartidarismo, a militância ecológica criou genas, os descendentes de italianos, portugueses
o PV (Partido Verde), nascido juntamente com o e outros. A despeito da presença da discrimina-
PT. Em meio à crise política que o País viveu em ção contra diferentes grupos, há movimentos que
2005, surgiu nova legenda partidária, o PSOL, que lutam para que se esclareça a diferença entre
absorveu o PV e tem como objetivo maior aparar raça e etnia e reivindicam a busca da alteridade.
as arestas em favor do Governo Federal. 63 ( ) Existe, normalmente, um certo equilíbrio de pro-
59 ( ) No mundo atual, pela primeira vez na história, a porções entre o sexo masculino e o sexo femini-
humanidade coloca em risco sua própria sobrevi- no no mundo. Entretanto, em alguns países, o nú-
vência, como resultado dos profundos mero de homens supera significativamente o nú-
desequilíbrios provocados pela sua contínua in- mero de mulheres como, por exemplo, na Nigéria
terferência na natureza. Diante deste quadro e e na Etiópia. Isto ocorre basicamente por dois
do intenso trabalho efetivado pela mídia interna- motivos: muitos bebês do sexo feminino são sa-
cional, a população mundial tomou consciência crificados ao nascerem, por serem considerados
de que o homem é parte integrante do meio em um peso a mais para o orçamento doméstico; inú-
que vive e que ele também é componente da frá- meras mulheres morrem, por causa de doenças
gil cadeia que sustenta a vida no planeta e não o sexualmente transmissíveis como a AIDS.
senhor absoluto da natureza. Embora não lhe seja 64 ( ) O incremento das técnicas, associado ao modo
mais submisso, continua precisando dela para a de produção capitalista, propiciou o aumento fre-
sua sobrevivência e para a sobrevivência de mi- nético de produtos a serem oferecidos aos cida-
lhares de espécies dos diversos ecossistemas. dãos do mundo. A sociedade do culto “ter” opõe-se
Esta consciência ambiental fez com que se ado- à do “ser” de tal modo que se vive em uma soci-
tasse a prática de se colocar sempre em segundo edade global que almeja o consumo, o acúmulo
plano os interesses econômicos nas negociações de bens e serviços. Os países desenvolvidos são
internacionais. os que mais se embrenham neste modelo de so-
60 ( ) Para se entender a problemática ambiental te- ciedade. Nos países subdesenvolvidos9 a eco-
mos a necessidade de rediscutir o modelo de de- nomia informal surgiu na década de 70, como al-
senvolvimento, o padrão de consumo, a desigual ternativa de emprego e consumo para a população
distribuição de riquezas e o padrão tecnológico menos favorecida economicamente, proporcionan-
existente no mundo atual. Para isso é fundamen- do-lhe o poder de compra e a satisfação pessoal.
tal compreender o sistema produtivo e os proces- 65 ( ) No romance Mongólia, Bernardo Carvalho faz
sos de produção que causam tantos desequilíbrios amplas digressões sobre a entrada do capitalis-
na natureza. No pós-guerra, principalmente a mo na região da Mongólia. Dessa forma, o autor,
partir da Conferência da ONU sobre o meio am- em uma abordagem literária cuja fronteira entre
biente, realizada em Estocolmo (1972), o mundo a ficção e a realidade é quase imperceptível, apre-
tomou consciência dos limites impostos pela na- senta também o seu “grave descontentamento
tureza. com o modelo de capitalismo industrial”. Anteci-
61 ( ) No Brasil, o movimento ecológico nasceu no pa, assim, com sua obra, vários fatores de ordem
final dos anos 60, em um contexto histórico mar- política, econômica, social e cultural que marcam
cado pela ditadura militar, entrelaçado com ou- este início de século XXI.
tros movimentos sociais de grande importância 66 ( ) A obra Caderno de Edmar Guimarães apresen-
como o movimento das mulheres, dos negros, ta características próprias de uma metalinguagem
dos homossexuais. Neste período, o Brasil al- do fazer literário. Como num caderno, a vida pre-
cançaria o maior desenvolvimento industrial da cisa ser passada a limpo, observando-se atenta-
história, submetido ao regime autoritário e desen- mente os rascunhos para que estes sejam os
mesmos textos a vigorarem no jogo existencial.
volvimentista do governo Médici, sob a égide
Isto faz com que a obra do poeta esteja enganjada
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nos movimento que provocaram mudanças radi- 71 ( ) a obra relata a luta de Paulo Honório e de sua
cais na sociedade do século XX e, de forma es- esposa para fazer com que Bernardo seja reco-
pecífica, nos movimentos da juventude, baseados nhecido como um Santo, por suas obras de amor
na promoção de valores alternativos e útopicos, e de caridade;
conforme sugere o texto de Aspásia Camargo. 72 ( ) o final é surpreendente e perfeito: Paulo Honório
67 ( ) O movimento simbolista, no qual se insere a poe- reconhece que é um ¨porco¨ incapaz de perdoar
sia de Alphonsus de Guimaraens, adotou princí- e de mudar seu modo de vida.
pios semelhantes ao do movimento realista-natu-
ralista, muito embora tenha se impulsionado na Os itens 73 e 74 referem-se ao texto 6 de Dias Go-
literatura brasileira por uma reação à idéia de que mes. Leia-o e observe a temática desenvolvida pelo au-
o indivíduo e toda a realidade humana encontra tor. Depois, verifique se há correspondência entre esta
explicações e soluções com o uso exclusivo do temática e a mensagem veiculada na charge correspon-
conhecimento científico. Pode-se afirmar que os dente ao item. Marque V ou F.
poetas simbolistas fizeram uma poesia em que
se expressa o descontentamento com o capitalis-
mo industrial e com a falsa idéia de uma “evolu- TEXTO 6
ção sem limites” .
Não é botão que se abra em flor,
Que desabroche em vida e perfume,
Não é botão que adormece a camisola
ATENÇÃO Da noiva desejada
O candidato que, na ficha de inscrição, E desabotoe em prazer e amor
optou pela língua espanhola deve passar Ao doce apelo da fecundidade;
para o item 68, página12. É o contato fatal entre dois pólos,
Fim de todos os fins.
LÍNGUA ESTRANGEIRA
Botão que espera
O dedo assassino,
INGLÊS
Exterminador, que o virá premir
e o fará parir
o feto atômico.
TEXTO 5 GOMES, Dias. O berço do herói. Rio de Janeiro:
São Bernardo Bertrand Brasil, 1999. p. 18.
Graciliano Ramos
Paulo Honório is a tough man who does everything to Charge 1
earn more money and to be more powerful. But, when he
knows Madalena, a game of interests begins. His world,
dominated by the use of force and represented by São
Bernardo, his farm, is questioned by Madalena’s world,
built on a base of love and charity. This fight leads to an
astonishing and perfect end, in which Paulo Honório rea-
lizes that he is a “pig” which can’t be able to forgive and
to change his way of life.
http://www.villagevoice.com
TEXTO 8
Junto à estátua, sob um jato de luz.
http://www.glasbergen.com/
À sombra desta estátua
Uma cidade cresceu,
74 ( ) Title: Computers: Business, TODAYS CARTOON Cresceu, cresceu,
by Randy Glasbergen. À sombra dela cresceu.
Os itens 75 e 76 referem-se ao texto 7 de Dias Barriga também cresceu
Gomes. Leia-o e observe a temática desenvolvida pelo de muita gente cresceu.
autor. Depois, verifique se há correspondência entre esta Surgem Major, Prefeito e Vigário com enormes
temática e a mensagem veiculada na charge correspon- barrigas. Cantam e dançam.
dente ao item. Marque V ou F. GOMES, Dias. O berço do herói. Rio de Janeiro:
TEXTO 7 Bertrand Brasil, 1999. p. 111.
“... Cabo Jorge pertence a esta nossa geração que, muito
antes de chegar à idade da razão, recebeu a notícia, ja- Charge 5
mais dada a outros antes de nós: o homem adquiriu o
poder de destruir a humanidade. Num mundo assim, que
poderá desaparecer de um momento para outro, ao sim-
ples premir de um botão, certos conceitos de heroísmo,
de dignidade, lhe parecem absurdos, ridículos”.
GOMES, Dias. O berço do herói. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1999. pp. 58 e 59.
Charge 3
http://www.politicalcartoons.com/
77 ( ) Title: Tax Cuts for the Wealthy, Artist: Monte
Wolverton Attribution , Monte Wolverton, Cagle
Cartoons
Charge 6
http://cagle.msnbc.com/politicalcartoons/PCcartoons/PCbest3
75 ( ) Steve Sack, Minnesota, The Minneapolis Star-Tribune.
Charge 4
http://www.politicalcartoons.com
TEXTO 6 75 ( ) Charge 3
Fonte: www.losGraficos.com
74( ) Charge 2
Fonte: www.arrakis.es/~lallave/nuclear/global.htm
77 ( ) Foto 1
Fonte: www.usuarios.lycos.es
TEXTO 7
CIÊNCIAS DA NATUREZA
E MATEMÁTICA
CORO
Junto à estátua, sob um jato de luz.
TEXTO I
À sombra desta estátua
Atividade física é qualidade de vida
Uma cidade cresceu,
Exercitar-se com disciplina é a chave para garantir a
Cresceu, cresceu, saúde e o bem-estar
À sombra dela cresceu.
Barriga também cresceu Nunca se falou tanto em qualidade de vida e saúde
de muita gente cresceu. como nos últimos tempos. O que antes era apenas motivo
de preocupação ou modismo, hoje tornou-se necessida-
Surgem Major, Prefeito e Vigário com de. Para nós, educadores, é nítido o aumento desta cons-
enormes barrigas. ciência. Já não era sem tempo. Pois o homem atualmente
Cantam e dançam. é submetido a uma quantidade avassaladora de pressões e
responsabilidades. Isso é apenas uma das conseqüências
GOMES, Dias. O berço do herói. Rio de Janeiro: desse tempo de novas tecnologias e economia globalizada.
Bertrand Brasil, 1999. p. 111. A evolução permitiu o desenvolvimento, gerando no nos-
so cotidiano mais conforto e comodidade. A tecnologia
As seis frases, a seguir apresentadas, foram facilita o dia-a-dia, mas também nos prende a afazeres
extraídas de jornais e revistas hispânicos. Marque V para que roubam o nosso tempo, diminuindo ou eliminando o
aquelas frases nos itens que tratam do mesmo tema lazer e a atividade física. Esta ausência de atividade físi-
desenvolvido por Dias Gomes no texto 7 e F para os que ca trouxe aumento do estresse e do sedentarismo, princi-
não tenham relação com o tema em referência. pais inimigos da vida saudável. Diante desse quadro crô-
78 ( ) No permitiré injusticias ni juego sucio, pero si se nico moderno, só nos resta trazer o homem de volta à sua
pilla a alguien practicando la corrupción sin que origem, resgatando o movimento. Todas as descobertas
da ciência e da fisiologia humana nos últimos anos levam
yo reciba una comisión lo pondremos contra la
aquilo que eu já dizia na década de 60: “A máquina huma-
pared... ¡Y daremos la orden de disparar! Fonte:
na é a única que se aprimora com o uso e se atrofia com
www.enplenitud.com
o desuso”.
79 ( ) El recaudo de impuestos este año llegó a un récord COBRA, Nuno. IstoÉGente, 17/03/03 [adaptado]
histórico de 43,3 billones de pesos
Eso, sumado a la revaluación, las privatizaciones O exercício físico é um dos principais mecanismos
y los altos precios del petróleo llevarán a que el para melhorar a nossa saúde e qualidade de vida.
descuadre fiscal este año ronde el 1 % del PIB. 84 ( ) Considerando-se os efeitos benéficos do exercí-
Fonte: El Tiempo 22/12/2005 cio físico regular e controlado, em nível cardio-
80 ( ) La corrupción socava la calidad de vida de las vascular ocorre a melhora da eficiência do mús-
personas en todo el mundo, no solo en los países culo cardíaco, acarretando maior eficiência do
pobres. Fonte: El Tiempo 26/12/2005 coração como bomba propulsora de sangue.
81 ( )Estadísticas demuestran una asombrosa alza en
el índice de problemas cardiacos, diabetes y A corrida moderada é uma excelente prática de exer-
obesidad entre la población del Sur de Texas. cício útil ao combate contra o sedentarismo. A figura abaixo
Fonte: El Nuevo Heraldo 11/4/2005 representa uma pista para a prática de corrida formada por
82 ( ) ... la corrupción socava la legitimidad de las semicircunferências e segmentos de reta conforme o es-
instituciones públicas, atenta contra la sociedad, quema:
LARGADA A
el orden moral y la justicia, así como contra el
desarrollo integral de los pueblos ... Fonte: B
www.oas.org/dil/esp/Oficina_de_derecho_interamericano_
programas 1º/1/2006.
83 ( ) ¡¡¡cómo se atreven a querer bajarnos el sueldito
que apenas alcanza para vacacionar 4 veces al
año, comprarnos no más de 4 o 5 movilidades, o
32m 32m
mantener una casita con piscina en los barrios 100m
más caritos de La Paz o Sta. Cruz (...) no se
metan con los sueldos, empiezan por ahí y 5m
después querrán cortarnos nuestros negocitos,
Suponhamos que duas pessoas estejam correndo
que seran sucios, pero se sabe que chancho
na pista. A pessoa A utiliza a linha externa, enquanto a
limpio nunca engorda.
pessoa B utiliza a linha interna (considere π = 3,14).
Fonte: http/bolivia.indymedia.org
Assinale corretamente os itens a seguir.
15 NOVOS CURSOS
85 ( ) A pessoa B deve dar mais de 7 voltas para poder 91 ( ) Em um atleta, o mecanismo de fornecimento
percorrer a mesma distância percorrida em 6 energético é determinado primariamente pelo
voltas pela pessoa A. aumento da síntese protéica e quebra das proteí-
86 ( ) O comprimento da pista interna corresponde a nas armazenadas. Neste processo, estão envol-
aproximadamente 92,7 % do comprimento da pista vidas as funções do ergastoplasma e do comple-
externa. xo de Golgi.
87 ( ) Para revestir a pista com um certo material, gasta- 92 ( ) Durante a atividade física, a transpiração ocorre
se aproximadamente R$ 4.166,60, sendo que o como fator regulador do aumento da temperatu-
custo de cada m2 desse material é de R$ 0,50. ra corpórea. Com a vasodilatação, há uma maior
88 ( ) Nas células, o aumento do metabolismo durante o saída de líquidos do leito vascular e estes, através
exercício físico é seguido de uma atividade dos poros da pele, são lançados à superfície
mitocondrial menos pronunciada e de uma exi- corpórea atenuando a hipertermia provocada pelo
gência menor dos processos de transporte ativos aumento do metabolismo celular.
pela membrana, como é o caso da bomba de sódio 93 ( ) Num grupo de 99 esportistas, 40 praticam vôlei,
e potássio. 20 praticam vôlei e futebol, 22 praticam futebol e
89 ( ) Ao final da corrida de São Silvestre, dois atletas tênis, 18 praticam vôlei e tênis e 11 praticam as
A e B estão a 900 m da linha de chegada dispu- três modalidades. Se o número de pessoas que
tando o primeiro lugar. Sabendo que suas veloci- praticam futebol é igual ao número de pessoas
dades são regidas, respectivamente, pelas funções que praticam tênis, então 36 pessoas praticam
vA = 3 + 0,015t e vB = 3,5 + 0,01t (t em s, v em m / s), tênis e não praticam vôlei.
podemos afirmar que o atleta B é o vencedor da 94 ( ) Se uma pessoa do grupo citado acima é escolhida
corrida. ao acaso, a probabilidade de que ela pratique so-
90 ( ) Após realizar uma série rigorosa de exercícios mente futebol é de aproximadamente 0,545.
aeróbicos, o corpo de um atleta recebe uma 95 ( ) Uma academia oferece aos seus usuários ginásti-
quantidade de calor Q que provoca um aumento de ca localizada, musculação e 4 opções de esportes:
1,5 oC de sua temperatura corporal. Se a mesma natação, basquete, futsal e vôlei. As possibilida-
quantidade de calor Q for aplicada a um líquido, des para que uma pessoa pratique uma atividade
com a mesma massa do atleta, e sofrer uma do primeiro grupo e duas do segundo são 8.
variação de temperatura de 1oC, então podemos
afirmar que o calor específico desse líquido é de 3/2 A respiração é um ciclo completo e cíclico que
do calor específico do corpo do atleta. começa pela inalação e acaba pela exalação, e isso leva
1 æ 2 ðt ö
aproximadamente 5s. A função f (t ) = 2 senç 5 ÷ , onde
è ø
t está em segundos, é frequentemente utilizada para re-
presentar a taxa de fluxo de ar (l/s) dentro dos pulmões.
Após o processo de inalação, os pulmões estão totalmen-
te cheios. Supondo-se que no instante t = 0 começa o
processo de respiração, assinale os itens 96, 97 e 98.
96 ( ) Para t = 2,5 s o volume de ar dentro dos pulmões
é máximo.
97 ( ) Quando t = 1,125 minutos inicia-se uma nova eta-
pa de inalação.
98 ( ) A taxa de fluxo de ar é máxima para valores de
t = (1,25 + 2kπ) s onde k∈Ν.
16 VESTIBULAR 2006/1
Durante o metabolismo, visando a produção de ATP, A lasanha, descrita anteriormente, quando mal acon-
as células transformam a glicose em piruvato que, dicionada, pode estragar e servir de meio de cultura para
posteriormente, é transformado em CO2 e H2O durante a microorganismos tais como bactérias e fungos.
respiração. Em situações de intensa atividade muscular,
o suprimento de O2 no músculo não consegue atender à 102 ( ) Suponha que o número de bactérias de uma co-
demanda. Assim, o músculo utiliza o glicogênio para gerar lônia, presente em uma lasanha em decomposi-
ATP por fermentação, formando lactato como produto ção, aumente de acordo com a função:
final, conforme a reação a seguir: N (t ) = 1053t -1 , onde t é o tempo em minutos.
Pode-se dizer que, após 2 minutos, o número de
-O -O bactérias triplicou em relação ao primeiro minuto.
O O
C C 103 ( ) Em um laboratório de microbiologia para a cultura
destas bactérias, prepara-se uma solução de ágar
C O + NADH + H
+
H C OH + NAD+ a 8% num frasco Erlenmeyer, constituído de um
tronco de cone reto e de um cilindro circular reto,
CH3 CH3
conforme a figura:
piruvato lactato
A tabela abaixo relaciona a quantidade de vitaminas Os solos do Cerrado são passíveis de desequilíbrio
A, B e C presentes em cada grama de três tipos de quanto ao teor de alumínio. Este último está sujeito à
alimentos I, II e III, bem como a quantidade mínima seguinte reação na solução do solo:
necessária na refeição diária de uma pessoa.
Al3+(aq) + 7H2O(l) [Al (H2O)6]3+(aq) + H2O(l)
Vitamina Alimento Alimento Alimento Quantidade [Al (H2O)5OH]2+(aq) + H3O+(aq)
(mg) I II III mínima
A 1 2 3 11 De acordo com essas informações, assinale os itens
B 3 3 3 9
108 a 111.
C 4 5 0 20
108 ( ) Verificando a equação, podemos afirmar que o
Al3+ é um dos responsáveis pela acidez dos so-
105 ( ) Uma pessoa que ingere 10 mg, 18 mg e 20 mg los do Cerrado.
de vitaminas A, B e C, respectivamente, terá 109 ( ) O íon Al3+ nessa reação é considerado uma
consumido 3, 2 e 1 gramas dos alimentos I , II e base de Lewis.
III respectivamente. 110 ( ) A constante de equilíbrio para a reação pode ser
106 ( ) Se o alimento I custa R$ 0,40 por grama e os escrita como:
outros dois custam, cada um, R$ 0,20 por grama, [Al(H2O)5OH]2+ . [H3O+]
então, é possível atender a necessidade diária de Ke =
[Al3+]
vitaminas de uma família de 4 pessoas gastando-
se apenas R$ 4,00. 111 ( ) O pH dos solos do Cerrado pode ser corrigido
107 ( ) Se uma pessoa consumir 1800 mg do alimento pela adição de carbonato de cálcio. Sabendo-se
III, então poderá atender as suas necessidades que o íon CO 32- pode reagir com os íons H3O+
de vitaminas consumindo-se 400 mg do alimento
I e 2600 mg do alimento II. para formar o íon HCO 3- , de onde se pode con-
TEXTO 2 cluir que esta neutralização causará um aumen-
A transferência de nutrientes to na concentração de íons Al3+.
Supondo-se que uma região do cerrado atingida por
Durante uma queimada, nem todos os nutrientes vão
obrigatoriamente para a superfície do solo sob a forma uma queimada tenha o formato da figura abaixo e área
de cinzas. Grande parte deles é perdida para a atmosfera total de 1 318,32 km2,
como fumaça. Cerca de 95% do N presente na fitomassa
combustível volatilizam-se, retornando à atmosfera como
gás. A metade dos outros nutrientes, como fósforo, po-
tássio, cálcio, magnésio e enxofre entra em suspensão no
ar sob a forma de micropartículas de cinza, constituindo a
parte visível da fumaça. Assim, a grande perda de nutrien-
tes provocada pelo fogo reside nesta forma de transfe-
rência para a atmosfera e não na lixiviação dentro do
solo, como se imaginava. A névoa seca que escurece os
céus do Brasil Central, na época das queimadas (junho,
agosto), é uma demonstração visível dessa enorme perda
de nutrientes. Numa estimativa grosseira, poderíamos di-
zer que o Parque Nacional das Emas, com seus 131.832 ha onde
de Cerrado, queimados integralmente no ano de 1994, A1 + A2 = 1 018,32 Km2
perdeu para a atmosfera algo em torno de 3.000 T de
AB = 40 km BC = CD BE = 50 km
nitrogênio, 220 T de fósforo, 1.000 T de potássio, 1.800 T
de cálcio, 400 T de magnésio, 450 T de enxofre, totalizando
cerca de 6.800 T de nutrientes minerais sob forma ele- 112 ( ) A medida do segmento CD é 10 km.
mentar.
Felizmente, estes nutrientes em suspensão na atmos- 120 - 50 3
fera acabam por retornar ao solo, seja por gravidade, seja 113 ( ) Sabendo-se que AP = km, então
por arraste pelas gotas da chuva. Um balanço feito em 3
cerrados de Pirassununga, entre o que saía e o que
p
retornava anualmente, permitiu-nos avaliar que, se as ângulo θ é de rad.
queimadas fossem feitas em intervalos de 3 anos, o “pool” 6
de nutrientes no ecossistema local praticamente não so-
freria prejuízos.
18 VESTIBULAR 2006/1
121 ( ) Observando-se a carga nuclear efetiva dos 126 ( ) A cadeia lateral do ácido glutâmico pode
elementos essenciais em suas formas iônicas Na+, estabelecer interações íon-dipolo, enquanto a
Mg 2+ e Cl - , constata-se que a espécie que cadeia lateral da valina estabelece somente
apresenta maior raio iônico é o íon cloreto. ligações de van der Waals.
122 ( ) Para manter a taxa de 75mg de Cu no corpo de 127 ( ) A figura a seguir apresenta o resultado da análi-
uma pessoa adulta, recomenda-se a ingestão de 2,3 se por eletroforese das hemoglobinas de três ir-
mg de Cu/dia, em média. Sabendo-se que o cobre mãos, onde o indivíduo I apresenta-se como
é absorvido no teor de 50% do total ingerido, heterozigoto (AS) e os demais homozigotos (AA
verifica-se que o consumo de 12 unidades de e SS, respectivamente). Na determinação do ris-
castanha-do-pará (Tabela A), com peso médio de co de recorrência, os pais procuram serviço de
11g cada, como única fonte deste mineral, conduzirá aconselhamento genético. Podemos considerar
a uma deficiência de 40% de cobre ao dia. que certamente os pais são heterozigotos (AS) e
123 ( ) Substâncias como CO2, H2O, PCl3 e NH3 são a probabilidade do próximo filho não apresentar
formadas por elementos representativos e nenhum traço de anemia falciforme é menor do
apresentam em comum o tipo de ligação química que 28%.
entre os átomos. A polaridade da molécula, por
sua vez, depende da eletronegatividade dos átomos I II III
que formam a ligação e da geometria molecular.
βS
No conjunto de substâncias citadas, tem-se
somente moléculas polares, pois todas as ligações βA
entre os átomos são polares, apresentando vetor
128 ( ) Fazer caminhadas, corridas, ciclismo, ou natação
resultante diferente de zero ( ì R ¹ 0 ). ao ar livre nos expõe aos raios solares. O Sol é
124 ( ) O fosfato de cálcio Ca3(PO4)2 é encontrado nos uma importante fonte de radiações ultravioleta, às
ossos dos animais. Neste composto, o átomo de P quais somos expostos diariamente. Para conse-
possui número de oxidação 3+. guir retirar fotoelétrons de uma placa metálica,
cuja função trabalho é de 6,6.10-19 J, seriam ne-
TEXTO 4 cessárias radiações ultravioletas solares com com-
As moléculas de hemoglobina são formadas por primentos de onda superiores a 3,5 . 10-7 m.
uma porção protéica (globina) e uma não protéica (heme). Considere c = 3 . 108 m / s e h = 6,6 . 10-34 J.s.
O grupo heme é constituído por anéis heterociclícos
complexados com Fe2+, onde podem se ligar moléculas 129 ( ) A incidência de radiação ultravioleta sobre a pele
pequenas como O 2 , CO 2 e CO. A molécula da determina, como adaptação fisiológica, o aumento
hemoglobina humana normal (HbA) difere de outras da síntese de melanina pelos melanócitos e pode,
hemoglobinas, denominadas anômalas, como a em certas condições, ocasionar o desenvolvimen-
hemoglobina S (HbS), característica da anemia falciforme. to de lesões caracterizando assim uma adapta-
A HbS é menos solúvel do que a HbA, formando ção do tipo patológica.
precipitados no interior das hemácias, o que provoca uma 130 ( ) As características quantitativas são as que exi-
série de alterações no organismo do indivíduo. A diferença bem variações contínuas (às vezes descontínuas)
entre as duas hemoglobinas é a substituição de um resíduo e são parcialmente de origem não genética; ou
de ácido glutâmico por um de valina. seja, são grandemente afetadas pelo ambiente.
Considerando-se os aspectos genéticos e Diversos níveis de degeneração do sistema ner-
bioquímicos da hemoglobina, pode-se afirmar que voso, deficiência imunológica e defeitos na cor e
125 ( ) as fórmulas estruturais do ácido glutâmico e da na estrutura dos cabelos são exemplos da parti-
valina, com as cadeias laterais em destaque, cipação do ambiente e da predisposição genética
permitem concluir que a cadeia lateral do ácido dos indivíduos. A pigmentação da pele humana é
glutâmico, devido ao grupo carboxílico, tem carga caso típico de herança quantitativa. Considere que
negativa no pH próximo a 7,0 encontrado no
indivíduos brancos possuem genótipo “aabb”,
interior das hemácias, enquanto a cadeia lateral
indivíduos negros “AABB” e indivíduos mulatos
da valina é hidrofóbica.
(claros, médios e escuros) as outras combina-
H–H–O– ções genotípicas. A probabilidade de um casal
–
–
–
–
CH 2 CH
–
–
–
CH 3 CH 3
= C– OH
O
valina
ácido glutâmico
20 VESTIBULAR 2006/1
M
r
F
30O
21 NOVOS CURSOS
137 ( ) Ao andar ou correr uma pessoa empurra o solo, 140 ( ) Como indica a figura, uma pessoa está exercitando
com os pés, para trás. Assim, pela terceira lei de levantamento de pesos. A figura mostra dois
Newton, pode-se afirmar que o solo reage e sistemas com roldanas e fios ideais (com massas
empurra a pessoa, para frente, com uma força desprezíveis e sem atrito), suportando cada um
de mesma intensidade. Também podemos dizer deles um corpo com peso P. Supondo-se que os
que se a superfície não tiver atrito, a pessoa não sistemas estão em equilíbrio, podemos afirmar
conseguirá caminhar. que cada braço da pessoa está aplicando uma
138 ( ) Para uma pessoa totalmente imersa em uma força F igual ao peso P.
piscina durante um mergulho, o empuxo sobre
ela é igual ao peso do líquido deslocado que possui
volume igual ao volume do corpo da pessoa. Caso
a pessoa esteja nadando na superfície da água o
volume do líquido deslocado será menor e,
portanto, o empuxo também será menor do que
durante o mergulho. F F
P P
Conta-se que Galileu Galilei descobriu a lei que rege
o comportamento dos pêndulos observando o movimento
oscilatório de um candelabro quando assistia à uma missa.
Diz-se que ele mediu o período das oscilações do pêndulo
através das batidas cadenciadas de seu coração.
Considere um pêndulo simples composto de uma massa
m e um fio ideal de comprimento L, preso a um suporte e
livre para oscilar no plano da página, como mostra a figura.
141 ( ) De acordo com os quadrinhos abaixo, podemos
concluir que fazem referência à metamorfose,
processo que caracteriza o desenvolvimento de
alguns insetos. Em relação ao processo de meta-
morfose das borboletas, são classificadas em
L
holometábolos e o processo se desenvolve na
seqüência:
Ovo → Larva → Pupa → Imago.
m
L
por T = 2p g , onde L é o comprimento do fio
e g é a aceleração da gravidade. Se o
comprimento do fio for quadruplicado, pode-se a
142 ( ) Uma forma de gerar energia elétrica e de se
firmar que o período será duplicado.
exercitar ao mesmo tempo é, por exemplo, ligar
os eixos das roldanas de uma bicicleta
ergométrica ao eixo de um dínamo, de modo que,
o trabalho mecânico realizado pelo atleta seja
convertido em energia elétrica. O princípio básico
de funcionamento deste aparelho consiste em
girar uma bobina, constituída de N espiras de um
fio condutor, em numa região no interior do
dínamo, onde existe um campo magnético.
Assim, a força eletromotriz gerada está de acordo
com a lei de indução de Faraday.
22 VESTIBULAR 2006/1
Um atleta em uma prova de salto a distância quer 147 ( ) A força magnética que age sobre uma carga
ultrapassar a marca de 8,5 m e estabelecer um novo q = 0,5 C tem módulo de 6 N. Ela atua como
recorde. Para simplificar a análise do problema, considere uma força centrípeta, fazendo com que a carga
o atleta como uma partícula de massa M, arremessada descreva uma trajetória circular.
da origem do sistema de referência com uma velocidade, 148 ( ) A trajetória de uma carga, na região onde existe
de módulo vo fazendo um ângulo de 25o com a horizontal. o campo magnético, será no sentido horário ou
Considere g = 10 m/s2, sen25o = 0,42 e cos25o = 0,91. anti-horário dependendo de o sinal da carga ser,
143 ( ) A velocidade inicial que o atleta deverá ter no respectivamente, positivo ou negativo.
momento do salto, para atingir a marca de 8,5 m, 149 ( ) A espécie Pipile jacutinga (jacutinga) consta
deverá ser inferior a 10 m/s. dentre as aves brasileiras ameaçadas de extinção.
144 ( ) Considerando vo = 10 m/s, a altura máxima Apresenta-se como arborícola, com face plumada
atingida pelo atleta será de 88,2 cm e o tempo negra, tipicamente encontrada na região sudes-
total do salto será de 2 s. te. Com a redução da mata atlântica e devido à
145 ( ) Uma onda, em uma corda esticada, propaga-se caça predatória do homem, restam poucas popu-
com velocidade (v), freqüência (f) e compri- lações naturais no estado de São Paulo. A espé-
mento de onda ( l ). Sabe-se que a freqüência cie Pipile cajubi (cajubi) ocorre em matas de
floresta amazônica, na região centro-norte do
1 país, e não se encontra ameaçada de extinção.
e o período (T) estão relacionados por T = f e Difere de P. jacutinga, pois apresenta face bran-
ca e nua, dentre outros caracteres. Em cativeiro,
T P. jacutinga e P. cajubi hibridam facilmente,
v = λ . f. Alterando o período da onda para e
2 produzindo híbridos férteis e resistentes. Um gru-
mantendo a velocidade constante, podemos afir- po de ambientalistas propôs a seguinte estratégia
mar que a nova onda terá um comprimento de para preservação da espécie P. jacutinga: pro-
onda igual a 2 λ. duzir híbridos em cativeiro e soltá-los no que ain-
da resta de mata atlântica. Como os híbridos são
146 ( ) A máquina humana é extraordinária e, de todos resistentes e apresentam ótima capacidade
os nossos sentidos, a visão é o mais desenvolvido. reprodutiva, poderiam cruzar com os remanes-
Quando uma pessoa tem problemas de visão eles centes de P. jacutinga, promovendo a recupe-
podem ser corrigidos, na maioria dos casos, pelo ração das populações e assegurando a preserva-
uso de lentes corretoras. Assim, em pessoas ção da espécie. Essa estratégia para preservar a
míopes, a imagem se forma na frente da retina. espécie P. jacutinga na mata atlântica é inade-
Para que se tenha a imagem formada sobre a quada, pois com a hibridação poderá haver
retina, elas devem usar óculos com lentes descaracterização da espécie P. jacutinga, com
divergentes. conseqüências à sua adaptação ao ambiente de
mata atlântica. Meios diferentes podem selecio-
Uma partícula de massa m e carga elétrica q é
nar indivíduos diferentes e não necessariamente
lançada com velocidade horizontal de módulo constante v
aqueles das espécies que queremos manter.
= 3 m/s, numa região onde existe um campo magnético
150 ( ) Numa cadeia alimentar constituída por produto-
uniforme. O valor do campo magnético que, como mostra
res, herbívoros e predadores, a diminuição da po-
a figura, está entrando na página é B = 2 T. (Despreze os
pulação de herbívoros terá como conseqüência o
efeitos gravitacionais). Com base nesta informação
crescimento dos produtores e a diminuição dos
assinale os dois itens a seguir.
predadores.
B
y
m, q
v x
CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS
17 18
1 2
Número atômico
H He
1 2 6 13 14 15 16 1 4
3 4 C Símbolo 5 6 7 8 9 10
Li Be 12 B C N O F Ne
Massa atômica
7 9 11 12 14 16 19 20
11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg Al Si P S Cl Ar
23 24 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 27 28 31 32 35,5 40
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39 40 45 48 51 52 55 56 59 58,7 63,5 65 70 72,5 75 79 80 84
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,5 87,6 89 91 93 96 99 102 103 106,4 108 112 115 117 122 127,6 127 131,3
55 56 * 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba 57-71 Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po As Rn
133 137 178,5 181 184 186 190 192 195 197 200,6 204 207 209 (210) (210) (222)
23 NOVOS CURSOS
87 88 * 104 105 106 107 108 109 110 111 112 114 116
Fr Ra 89-103 Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Uuu Uub Uuq Uuh
(223) 226 (261) (262) (263) (264) (265) (268) (271) (272) (285) (289) (292)
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Série dos Lantanídeos La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Gd Ho Er Tm Yb Lu
139 140 141 144 (147) 150 152 157 159 162,5 165 167 169 173 175
89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
Série dos Actinídeos Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
(227) 232 231 238 237 (244) (243) (247) (251) (251) (254) (257) (258) (255) (256)
Tabela com dados ajustados para resolução da Prova de Química - Atualizada - IUPAC-2004
24 VESTIBULAR 2006/1
ORIENTAÇÃO GERAL
Há, a seguir, três propostas de dissertação. Você deverá escolher uma delas e desenvolver o seu texto, em
prosa, observando atentamente as orientações que acompanham cada proposta. Observe que todas as propostas
pressupõem uma tomada de posição diante de um tema polêmico. Você deverá considerar a leitura dos fragmentos da
coletânea, bem como o seu conhecimento de mundo e os fatos da atualidade.
ALTERNATIVA A
Proposta: Existente há bastante tempo no Direito Penal brasileiro, a delação premiada nunca foi tão discutida quanto
agora. A imprensa tem noticiado vários casos, muitos deles nos casos de corrupção, em Brasília, de acusados que
podem ter a redução ou até mesmo extinção da pena por cooperarem com a justiça delatando parceiros no crime. A
aplicação da delação premiada tem sido intensamente discutida na comunidade jurídica e na sociedade, de forma
geral, porque envolve uma série de problemas éticos, incluindo o fato de o Estado utilizar um criminoso nas investiga-
ções e, muitas vezes, incorrer numa série de denúncias falsas, como, em alguma medida, tem acontecido nas investi-
gações políticas. Mas há quem a considere um instrumento jurídico importante, pois funciona como uma poderosa
arma contra o crime organizado.
Há a seguir uma coletânea com várias opiniões sobre o assunto. Reflita, posicione-se e desenvolva um texto
dissertativo sobre o seguinte tema:
COLETÂNEA
TEXTO 1
O ponto de partida da delação premiada provoca a mais vívida repulsa moral. Com efeito, a História abomi-
na traidores. O nome de Joaquim Silvério dos Reis, por exemplo, o homem que entregou o Tiradentes à Coroa
Portuguesa, é até hoje sinônimo de perfídia. (...) Desconfio de que a nossa intolerância para com a idéia de traição,
que chega a ser visceral, se funda na necessidade que nós, humanos, gregários, temos de confiar, se não em todas as
pessoas, pelo menos naquelas que consideramos próximas. Se elas não se mostram dignas de crédito, é a própria
possibilidade de convivência que fica sob suspeição. Conspirar contra um amigo é o equivalente microcósmico de
romper os liames que tornam possível a vida em sociedade. (...) Num plano menos instintivo, porém, é forçoso
reconhecer que as comunidades se sofisticaram bastante ao longo dos últimos 30 ou 40 séculos. Regras que visam a
apartar pessoas que se mostram não-confiáveis para a convivência permanecem válidas, mas existem também outros
fatores a considerar. Um deles, também fundamental para manter coesos grupos humanos complexos, é o de que
violações ao Direito precisam produzir conseqüências para o infrator. A não-aplicação desse princípio [o da delação
premiada] é a impunidade, cuja perpetuação se converte num poderoso incentivo a toda espécie de desmando e crime,
nódoas que também contribuem para esgarçar o tecido social.
Hélio Schwartsman, editorialista da Folha de São Paulo. www1.folha.uol.com.br. 22/09/2005.
TEXTO 2
O instituto pode até funcionar em alguns países, mas, na tropicalização, a delação premiada pode ser um
grande perigo. As provas disso já começaram a aparecer. O advogado Rogério Buratti foi o primeiro a sair atirando
para todos os lados para tentar aliviar sua culpa. De imediato, um integrante do Ministério Público de São Paulo, que
na teoria deveria preservar não só Buratti como todos os que haviam sido citados por ele, saiu por aí dando declara-
ções e entrevistas. A cultura do jeitinho brasileiro não combina com a frieza que a delação premiada exige.
Tadeu Garcia, sociólogo, doutor em Ética pela USP. Assessoria de imprensa do MMPE. Acesso em 27/12/05.
TEXTO 3
Há [sobre a delação premiada] uma série de discussões do ponto de vista ético. No campo prático, no
entanto, há um sucesso que precisa ser levado em consideração. Mas no Brasil, temos que levar em conta a questão
cultural, na qual a figura do delator representa o que há de mais execrável.
José Paulo Cavalcanti, jurista pernambucano. Assessoria de imprensa do MMPE. Acesso em 27/12/05
25 NOVOS CURSOS
TEXTO 4
A prática da delação premiada é um grande avanço na legislação brasileira. É óbvio que estamos falando de
crimes onde, apesar de todos os esforços das autoridades policiais e do Ministério Público, não foram suficientes para
solucionar a questão. Nesses casos, a delação premiada é muito útil e pode representar a diferença entre acabar com
a ação de chefes do crime organizado ou continuar prendendo apenas seus subalternos, que são trocados facilmente
por outros.
Desembargador Francisco Queiroz, presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª região. Assessoria de imprensa do
MMPE Acesso em 27/12/05
TEXTO 5
Existe uma tendência de acreditar na pessoa coagida que fala. E aquilo pode ser tudo uma encenação. Ela
pode contribuir para esconder os verdadeiros culpados.
Apesar da existência do benefício, muitos acusados preferem se manter calados. Eles temem que, dentro da
penitenciária, sejam castigados pela traição por outros membros do grupo também presos. É bem verdade que a lei diz
que ele deve cumprir num setor separado do presídio, mas sabe como é presídio… Qualquer dia, os caras se encon-
tram.
Maurício Zanoide, presidente do IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais). Agência Estado, revista AOL,
20/12/2006.
ALTERNATIVA B
Proposta: A mudança de um ano para outro é momento de retrospectiva, de rever o passado em seus acertos e erros
e é também tempo de prospectiva – olhar o futuro que se anuncia em um novo ano, uma nova oportunidade. É assim
que 2006 se apresenta para os brasileiros - uma incógnita que traz consigo o medo e a esperança. Segundo o escritor
argentino Borges, citado pela revista ISTOÉ (28/12/2005, p.27), “o presente do futuro é aquilo imaginado por nossa
esperança ou por nosso medo”.
A partir de suas informações acerca dos acontecimentos que se destacaram no ano de 2005 e das informa-
ções contidas na coletânea, redija um texto dissertativo em que discuta o seguinte tema:
Quais as perspectivas para o Brasil em 2006 em seus aspectos econômicos, políticos e sociais?
COLETÂNEA
TEXTO 1
UM BRASIL POR FAZER
2005, ao se encerrar, presta-se a uma conclusão e a uma pauta. Encadeadas. Houvesse dúvidas, cairiam: o
Brasil é país imaturo, marcado por uma espécie de inviabilidade, até hoje orgânica, com a democracia. Com a
contemporaneidade. Com o próprio progresso, embora inscrito na bandeira.
Tal a conclusão, ao considerar a elite predadora e o povo resignado. E o abismo que separa a minoria feroz,
incompetente, pretensiosa, e a maioria, larguíssima, submissa e atônita. Cordial, já houve quem dissesse.
Não é por acaso que o Brasil é vice-campeão mundial em má distribuição de renda, bate recordes nos
números da criminalidade, exibe índices de escolaridade ínfimos e mantém em vida doenças endêmicas erradicadas
no resto do planeta.
Não é por acaso que os poderes da República portam-se freqüentemente como debochados em bares do
arrabalde, que o ódio de classe ainda viceja com extrema virulência, que a mídia é o sabujo dos senhores, e que, mais
do que nunca, vale a regra vetusta: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.
É preciso remontar, na história mais ou menos recente, aos tempos do golpe de 1964, e do posterior golpe
dentro do golpe, para localizar um ano tão simbólico da prepotência e da arrogância dos donos do poder, a da imatu-
ridade do País, como 2005.
Quanto à pauta de 2006, faísca na sombra. Temos, todos nós, brasileiros sempre esperançosos, um Brasil
por fazer. É tarefa imensa como o tamanho da Terra e do tempo perdido, mas seria bom se os primeiros passos
fossem dados logo mais.
CARTA, Mino. Um Brasil por fazer. Carta Capital. Ano XII, nº. 374, 28 dez. 2005, p.13.
26 VESTIBULAR 2006/1
TEXTO 2
ALTERNATIVA C
Proposta: Num passado remoto, o som de batidas regulares que vinham do fundo do peito causava assombro no
homem. O corpo era algo estranho e desconhecido. Hoje, ele já não é um grande mistério. Sabe-se que o que bate no
peito é o coração. Mas o corpo ainda apresenta muitas contradições, principalmente num mundo em que a máquina
ameaça substituí-lo. Ele é acusado, explorado, xingado, espezinhado, amado, adorado, louvado. É a representação
material do homem em toda a sua complexidade. É também o grande veículo de denúncia do que a linguagem tenta
tapear ou mascarar.
Pensando nisso e na coletânea que segue, desenvolva um texto dissertativo com base no seguinte tema:
COLETÂNEA A
TEXTO 1
A igreja diz: O corpo é
uma culpa.
A ciência diz: O corpo é
uma máquina
A publicidade diz: O corpo é
um negócio.
O corpo diz: Eu sou
uma festa.
GALEANO, Eduardo. “Janela sobre o corpo” in: As palavras andantes.
TEXTO 2
Os movimentos expressivos do corpo identificam a necessidade natural que o ser humano tem de expor
seus sentimentos e pensamentos de forma sistematizada ou não, evidenciando o espírito artístico ou simplesmente
como forma de lazer. Podemos expressar sentimentos sem pronunciar uma palavra, mas através apenas de simples
movimentos de expressão corporal. Na dança, na ginástica, nas lutas marciais, enfim, de diversas maneiras, usamos
o nosso corpo para manifestar, expandir nossas emoções.
www.edukbr.com.br Acesso em 08/10/2005.
TEXTO 3
Posso fazer tudo com minha linguagem, mas não com o meu corpo. O que escondo pela linguagem, meu corpo o diz.
(...) Meu corpo é uma criança cabeçuda, minha linguagem é um adulto muito civilizado.
BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994.
27 NOVOS CURSOS
TEXTO 4
(...)
Quero romper com meu corpo,
quero enfrentá-lo, acusá-lo,
por abolir minha essência,
mas ele sequer me escuta
e vai pelo rumo oposto.
(...)
ANDRADE, Carlos Drummond de. As contradições do corpo. In: Corpo. Rio de Janeiro: Record,1994.
TEXTO 5
RASCUNHO - REDAÇÃO