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A CRUZ E O CORPO

Pastor Glenio Fonseca Paranaguá


01/06/2007

Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo
muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. 1 Coríntios 12:12.

O corpo humano é uma realidade atômica, isto é, indivisível. O estudo biológico das
partes do corpo é tão somente uma tentativa pedagógica da anatomia para explicar a
organização do todo, enquanto a fisiologia demonstra o seu funcionamento. Todavia, o
corpo é uma coisa inteira e impartível.

Um corpo sem cabeça é com certeza uma anomalia. Um cadáver descabeçado é uma
carcaça decapitada. João Batista teve a sua cabeça decepada e conseqüentemente o seu
corpo ficou danificado. Mesmo um defunto precisa estar inteiro para que o corpo seja
visto como normal, pois qualquer órgão retirado destrói a unidade do corpo. Cristo é a
cabeça e os membros da igreja formam a unidade do seu corpo. Uma cabeça sem corpo é
uma aberração e um corpo sem cabeça, uma monstruosidade. Não há vida que se
expresse naturalmente de uma cabeça seccionada do corpo, nem o corpo pode agir
adequadamente sem a administração da cabeça. Cristo e a igreja formam uma unidade
inseparável. Hoje, em razão de sua própria vontade, nem Cristo vive sem a verdadeira
igreja, nem a verdadeira igreja sem Cristo.

Um corpo tem muitas partes, mas todas as partes constituem um só corpo. A cabeça, o
tronco, os membros e todos os órgãos fazem parte de um só corpo. Do mesmo modo,
Cristo é a cabeça do corpo e todos os membros juntamente com Cristo fazem parte dessa
conexão irrepartível. Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse
corpo. 1 Coríntios 12:27.

Cristo e a igreja são um só corpo. Não há uma cabeça separada do corpo, nem o corpo
destacado da cabeça. O corpo de Cristo é Cristo vivendo no corpo. Cada indivíduo que
faz parte do corpo de Cristo tem Cristo vivendo nele. Essa unidade espiritual é a
aderência do Espírito de Cristo no espírito do homem. Vós, porém, não estais na carne,
mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o
Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Romanos 8:9.

Mas Cristo só vive naquele que ele mesmo crucificou. Nenhuma pessoa dominada pelo
seu ego pode ter o domínio da vida de Cristo no seu interior. A cruz precisa fazer uma
operação radical para que a vida de Cristo habite em nosso espírito. Porque eu, mediante
a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo;
logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na
carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
Gálatas 2:19-20.

Sem a morte da nossa egolatria na cruz com Cristo, não há possibilidade de participar da
vida de Cristo em nosso íntimo. A autonomia nos afasta da comunhão do corpo de Cristo.
A igreja do Senhor é formada de gente destituída dos seus direitos pessoais e sem
qualquer probabilidade de reivindicar a menor glória para si mesma. Ainda que os órgãos
do corpo tenham funções diferentes não há hierarquia na integração do corpo. A liderança
na igreja não é uma questão de força. A autoridade espiritual nada tem a ver com
comando. O governo dos dons é uma administração do amor, onde a consistência do
corpo não é patrocinada pelo medo, interesse ou mesmo pelo dever. A igreja é uma
corporação de mortos para si mesmos e vivos para Cristo. Jesus nos fez participantes da
sua morte na cruz, a fim de nos levar a uma experiência de fé que nos garanta total
libertação de nossas prerrogativas egoístas. E ele morreu por todos, para que os que
vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou. 2 Coríntios 5:15.

A morte do nosso egoísmo na cruz com Cristo nos classifica para participar do corpo de
Cristo. Não existe essa coisa a que chamamos vida particular para aquele que compartilha
a morte juntamente com Cristo. Os membros do corpo funcionam em prol do corpo. O
coração bombeia para o corpo inteiro e os rins filtram em benefício de todos os órgãos.
Ainda que cada órgão seja favorecido pelo seu próprio desempenho, o ganho do todo é
muito maior do que o benefício das partes.

Aquele que vive só para si não consegue se libertar do pior dos senhores. Nada pode ser
mais cruel do que um ego insatisfeito. Há muita gente que passa pela igreja, mas nunca
experimentou a verdadeira transformação do seu ser, pois vive exigindo a satisfação dos
seus gostos e a correspondência de suas expectativas. Essa turma ainda não provou os
efeitos da cruz. Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se
vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois,
vivamos ou morramos, somos do Senhor. Romanos 14:7-8.

A cruz é o único centro cirúrgico no mundo em que, de fato, se pode operar o tumor
obeso do ego. Entretanto não se trata apenas de anestesiá-lo, mas de crucificá-lo. Muitos
pacientes passam por um estado de coma, porém voltam depois, ainda que um pouco
debilitados, mas bem vivos. A reabilitação do ego é uma tragédia terrível. Não basta sedá-
lo ou mantê-lo adormecido, é preciso que ele morra na cruz com Cristo. Há outros
contratempos sinistros com o tratamento do ego. O perigo de um nocaute no ego é a sua
farsa, pois ele costuma usar o momento do apagão como se fosse o seu desenlace. O
desmaio é tido como a realidade da morte. A religião apadrinhada por um ego que passou
por esse tipo de desfalecimento e que sabe discursar sobre a obra do Calvário é muito
mais ameaçadora do que o ateísmo mais grosseiro.

A obra da cruz precisa de uma ação profunda de revelação do Espírito Santo na vida do
crente e de uma atualização permanente. A cruz não é apenas um acontecimento histórico
do passado, mas uma realidade espiritual constante. O apóstolo Paulo mostra que nenhum
de nós vive para si mesmo, nem morre para si mesmo, pois toda a nossa experiência
depende dos efeitos imutáveis da cruz em nosso modo de viver. A vida orgânica do corpo
e a sua unidade dependem da operação inflexível da crucificação do nosso egoísmo. O
câncer num organismo vivo é uma demonstração marcante da autonomia das células.
Quando uma célula, por alguma razão, resolve agir por conta própria instaura uma
desordem que gera um tumor cancerígeno. A auto-suficiência da célula é a promotora da
desordem orgânica. Todos os grãos de trigo precisam ser esmagados para formar a
farinha. A individualidade do grão deve desaparecer no meio da massa. O corpo de Cristo
é um pão onde cada indivíduo é desfeito pela operação subjetiva da cruz no interior de
cada crente. Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque
todos participamos do único pão. 1 Coríntios 10:17.

A igreja é o organismo atômico, isto é, que não pode ser dividido, edificado pelos efeitos
da cruz. A morte do ego juntamente com Cristo promove a integração da comunidade dos
santos no embasamento relacional da Trindade. Na oração de Jesus vemos a marca
distintiva dessa unidade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que
vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e
como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia
que tu me enviaste. João 17:20-21.

A harmonia da Trindade é processada pela abnegação da vontade pessoal e o


investimento na realização do outro. Este princípio da renúncia do eu e da valorização do
parceiro é a excelência da glória Divina que a cruz veio implantar no seio da igreja, o
corpo visível de Cristo. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que
sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados
na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também
amaste a mim. João 17:22-23.

A cruz é o único sinal positivo da união no corpo que se explica subtraindo qualquer
ênfase de singularidade pessoal. A harmonia do povo de Deus é regida pelas implicações
internalizadas da intervenção da cruz, ao remover o personalismo e o espetáculo solo de
artistas egocêntricos. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,
considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Filipenses 2:3.

Não é possível considerar os outros superiores a nós mesmos, sem antes experimentar as
seqüelas da morte juntamente com Cristo. Além disso, a cruz não pode ser vista apenas
como uma evidência histórica, uma vez que suas conseqüências continuam
desempenhando um papel fundamental no estilo de vida cristã e não havendo alternativa
para o testemunho da fé. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos,
porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados, abatidos, porém não
destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se
manifeste em nosso corpo. Coríntios 4:10.

A saúde do corpo de Cristo depende dos efeitos da cruz levados a sério pelos discípulos
do Cordeiro. A igreja é a reunião dos santos marcados com os sinais da cruz, por isso,
nenhum membro da igreja de Cristo tem autoridade para desenvolver uma missão avulsa
ou independente do corpo. Todo serviço dos crentes é um serviço recíproco. Servi uns aos
outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme
graça de Deus. 1 Pedro 4:10.

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