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Goiânia
2003
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SUMÁRIO
RESUMO: v
ABSTRACT: vi
INTRODUÇÃO:
1. Apresentação: 1
2. Vida e Obra de John Locke: 6
3. As Influências de Filmer e Hobbes:
13
1. A Questão da Experiência: 62
2. A Lei Fundamental da Razão:
66
3. Sobre o Poder Paterno:
83
4. A Instituição da Propriedade Privada: 101
CONCLUSÃO: 158
BIBLIOGRAFIA: 161
Tendo Deus feito o homem uma criatura tal que, segundo seu próprio juízo,
não lhe era conveniente estar só, colocou-o sob fortes obrigações de
necessidade, conveniência e inclinação para conduzi-lo para a sociedade,
assim como proveu de entendimento e linguagem para perpetuá-la e dela
desfrutar. (Locke, 2001, p. 451– 2T, § 77)
Porém, como os fins do matrimônio não exigem que o marido esteja investido
de tal poder [um poder absoluto sobre a mulher], a condição da sociedade
conjugal não lho concede, por não ser de modo algum necessário para esse
estado, (...) nada sendo necessário a nenhuma sociedade que não seja
necessário aos fins para o qual ela foi formada. (Locke, 2001, pp. 455-456 –
2T, § 83) – grifos meus.
Pois a lei, em sua verdadeira concepção, não é tanto uma limitação quanto a
direção de um agente livre e inteligente rumo a seu interesse adequado, e não
prescreve além daquilo que é para o bem geral de todos quantos lhe são
sujeitos. Se estes pudessem ser mais felizes sem ela, a lei desapareceria por si
mesma, e mal mereceria o nome de restrição a sebe que nos protegesse de
pântanos e precipícios. (Locke, 2001, p. 433 – 2T, § 57)
1
Political Power is that Power which every Man, having in the state of Nature, has given
up into the hands of the Society, and therein to their Governours, whom the Society hath
set over it self, that it shall be imployed for their good, and the preservation of their
Property. (Locke, 2000, p. 381 – 2T, § 171)
2
Political Power then I take to be a Right of making Laws with Penalties of Death, and
consequently all less Penalties, for the Regulating and Preserving of Property, and of
employing the force of the Community, in the Execution of such Laws, and in the defence
of the Common-wealth from Foreign Injury, all only for the Publick Good. (Locke, 2000, p.
268 – 2T, § 3)
6
lockeano nada tem a ver com o inferno proposto por Hobbes. Para
Locke, o estado natural é razoável em todos os sentidos: nem tão bom a
ponto de não precisar ser suplantado, nem tão insuportável a ponto de
fazer com que os homens chancelem a intervenção absolutista3.
Mas, seja como for, esses homens, evidentemente, eram de fato livres e
qualquer que seja a superioridade que alguns políticos atribuiriam hoje a
qualquer deles, eles mesmo não a alegavam, mas eram, por consentimento,
administration, but rather a constitutional form of government. (Thomas, 1995, pp. 25-
26)
5
O exemplo clássico de uma situação em que é impossível ao Estado garantir a
preservação do indivíduo colhe-se nos casos que o Direito Penal catalogou como
“legítima defesa”. Apesar da exclusividade da jurisdição estatal para promover a
persecução, o processo e a execução penais, não é razoável exigir que um homem não
revide a agressão injustamente praticada contra si.
10
6
Now as Locke assumes that in the state of nature persons are ‘owners’ of their
executive power of the law of nature, there is no way in which these powers can end up
in other hands except by each person consenting to such a transfer. Although Locke
thinks that there is good reason why the executive power of the law of nature should
come to be in the hands of a single authority, that authority would not be legitimate
unless the original owners of the executive power of the law of nature consented to
relinquish it. Thus Locke is committed to giving a contract argument for legitimate
government. (Thomas, 1995, p. 25)
11
9
The Majority having, as been shew’d, upon Mens first uniting into Society, the whole
power of the Community... (Locke, 2000, p. 354 – 2T, § 132)
15
CONCLUSÃO:
10
Embora não exclusivamente.
11
Mais uma vez, ressalte-se o aproveitamento dessa idéia na teoria geral do processo:
a vedação da auto-tutela significa reconhecer que os interesses privados de cada
homem abalam seu julgamento acerca das contendas nas quais ele se vê envolvido.
17
FIM
12
Os indivíduos que têm os meios de realizarem suas personalidades (isto é, os
proprietários) não precisam se reservar direitos em oposição à sociedade civil, de vez
que a sociedade civil é dirigida por e para eles. Tudo o de que precisam é insistir em
que a sociedade civil, ou seja, a maioria deles mesmos, é superior a qualquer governo,
porque senão um determinado governo poderia sair da linha. (Macpherson, 1979, p.
267)
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BIBLIOGRAFIA:
Outras Obras:
ARISTÓTELES.
1975 Política. Ed. Universidade de Brasília, Brasília, 1975.
19
BOBBIO, Norberto.
1997 Locke e o Jusnaturalismo. Ed. Universidade de
Brasília, Brasília, 1997.
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1973 Discurso do Método. In Coleção Os Pensadores, Abril
Cultural, São Paulo, 1973.
HORNBY, A S.
1989 Oxford Advanced Learner’s Dictionary Of Current
English. Oxford University Press, Oxford, 1989.
LASLETT, Peter.
2000 Introduction and Notes to Locke’s Two Treatises of
Government, Cambridge University Press, Cambridge,
2000.
2001 Comentários aos Dois Tratados Sobre o Governo Civil,
Livraria Martins Fontes Editora, São Paulo, 2001.
MACPHERSON, C.B.
1979 A Teoria do Individualismo Possessivo de Hobbes até
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1972 A República. Fundação Calouste Gulbekian, 7a ed.,
Lisboa, 1972.
ULHOA, Joel.
1996 Rousseau e a Utopia da Soberania Popular. Ed. UFG,
Goiânia, 1996.
YOLTON, John.
1996 Dicionário Locke. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro,
1996.