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SOBRE A PERFEIÇÃO

John Wesley

“Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não
lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus”,
(Hebreu 6:1)

Toda a sentença transcorre assim: “Portando, deixando os princípios da doutrina de


Cristo, prossigamos junto à perfeição. Não colocando novamente o fundamento do
arrependimento das obras mortas, e da fé em direção a Deus”, a qual ele tinha justamente
antes denominado de “os primeiros princípios dos oráculos de Deus”, e “adequado para
bebês”, porque tais apenas testaram que o Senhor é gracioso.

Que o fazer isto é um ponto da mais extrema importância, o Apóstolo sugere nas
palavras seguintes: “Isto faremos, se Deus permitir. Porque é impossível para aqueles que
foram, uma vez, instruídos, e testaram da boa palavra de Deus, e os poderes do mundo
vindouro, e caíram, renová-los novamente junto ao arrependimento”. Como se ele tivesse
dito: Se nós não “prosseguirmos até a perfeição”, estaremos no mais extremo perigo de
“cair”. E se cairmos, é “impossível”, ou seja, excessivamente difícil, “renová-los junto ao
arrependimento”.

Com o objetivo de fazer desta importante escritura tão fácil de ser entendida quanto
possível, eu devo me esforçar:

I. Para mostrar o que é a perfeição:


II. Responder algumas objeções a ela; e,
III. Advertir um pouco com os opositores dela.

Eu me esforçarei para mostrar do que se trata a perfeição.

1. Primeiro, eu não concebo a perfeição aqui falada, como a perfeição dos anjos. Já
que esses gloriosos seres nunca “deixaram seu primeiro estado”; nunca declinado de sua
perfeição original; todas as suas faculdades nativas estão intocáveis: O entendimento deles,
em especial, é ainda um farol de luz; a compreensão de todas as coisas, clara e distinta, e o
julgamento deles sempre verdadeiro. Por conseguinte, embora o conhecimento deles seja
limitado, (porque eles são criaturas), embora sejam ignorantes com respeito a inumeráveis
coisas, ainda assim, eles não são capazes de errar: O conhecimento deles é perfeito em sua
espécie. E como a afeição deles é tão constantemente guiada por seu entendimento não
errado, assim todas as suas ações são adequadas a isto: assim eles fazem, todo o momento,
não a própria vontade, mas a boa e aceitável vontade de Deus. Portanto, não é possível para
o homem, cujo entendimento está obscurecido, a quem o erro é tão natural, quanto a
ignorância; quem não pode pensar, afinal, a não ser pela mediação de órgãos, que estão
enfraquecidos e deteriorados, como as outras partes de seu corpo corruptível: não é
possível, eu digo, para os homens pensarem sempre corretamente, apreenderem as coisas
distintamente, e as julgarem verdadeiramente. Em conseqüência disto, suas afeições
dependendo de seu entendimento, são variavelmente desordenadas. E suas palavras e ações
são influenciadas, mais ou menos, pela desordem, tanto de seu entendimento quanto de suas
afeições. Segue-se que nenhum homem, enquanto no corpo, pode possivelmente obter a
perfeição angelical.

2. Nem algum homem, enquanto ele está em um corpo corruptível, obtém a


perfeição adâmica. Adão, antes de sua queda, era indubitavelmente tão puro, tão livre do
pecado quanto até mesmo os anjos santos. Da mesma forma, seu entendimento era tão claro
quanto o deles, e suas afeições tão regulares. Em virtude disto, já que ele sempre julgou
corretamente, então, ele era capaz de sempre falar e agir corretamente. Mas, desde que esse
homem rebelou-se contra Deus, o caso é amplamente diferente com ele. Ele não é mais
capaz de evitar a queda em inumeráveis erros; conseqüentemente, ele não pode sempre
evitar as afeições errôneas; nem ele pode sempre pensar, falar, e agir corretamente.
Portanto, o homem, em seu estado presente, não pode obter a perfeição adâmica, mais do
que a perfeição angelical.

3. A mais alta perfeição que o homem pode obter, enquanto a alma habita neste
corpo, não exclui a ignorância, o erro, e milhares de outras enfermidades. Agora, dos
julgamentos errados sempre surgem palavras e ações erradas, da mesma fonte. Eu posso
julgar você errado: Eu posso pensar mais ou menos o melhor de você, do que eu poderia
pensar: e este erro em meu julgamento pode não apenas ocasionar alguma coisa errada em
meu comportamento, mas ter um efeito ainda mais profundo: ele pode ocasionar alguma
coisa errada em minha afeição. De uma compreensão errada, eu posso amar e estimar você,
quer mais ou menos, do que eu deveria. Nem eu posso estar livre da qualificar
exageradamente alguém, por tal engano, enquanto eu permaneço em um corpo corruptível.
Milhares de enfermidades, em conseqüência disto, atenderão meu espírito, até que ele
retorne para Deus que o deu. E, em incontáveis exemplos, é insuficiente fazer a vontade de
Deus, como Adão fez no paraíso. Conseqüentemente, o melhor dos homens pode dizer do
seu coração: “A todo momento, Senhor, eu preciso do mérito de tua morte, por causa das
inumeráveis violações das leis adâmicas, assim como angelicais”.

É bom, portanto, para nós que não estamos agora, sob estas, mas sob a lei do amor.
“O amor é” agora “o cumprimento da lei”, que foi dada ao homem caído. Esta é agora,
com respeito a nós, “a lei perfeita”. Mas, até mesmo contra isto, embora a presente
fraqueza de nosso entendimento, nós somos continuamente capazes de transgredir. Assim
sendo, todo homem vivo precisa do sangue da expiação, ou ele não poderá estar diante de
Deus.

4. Qual é então, a perfeição da qual o homem é capaz, enquanto ele habita em um


corpo corruptível? É a de obedecer àquele gentil mandamento: “Meu filho, dá-me teu
coração”. É o “amar o Senhor seu Deus com todo seu coração, e com toda sua alma, e
com toda sua mente”. Esta é a soma da perfeição cristã. Ela está toda inserida naquela
única palavra: Amor. O primeiro ramo dele é o amor a Deus. E como aquele que ama a
Deus, ama seu irmão também, ele está inseparavelmente ligado ao segundo: “Tu deverás
amar ao teu próximo, como a ti mesmo”. Tu deverás amar cada homem, como tua própria
alma, como Cristo nos amou. “Sobre esses dois mandamentos dependuram-se toda a lei e
os profetas”: Esses contêm o todo da perfeição cristã.

5. Um outro panorama deste nos é dado, naquelas palavras do grande Apóstolo:


“Que esteja em você, a mente que esteve também em Cristo Jesus”. Porque embora isto,
imediatamente e diretamente se refira à humildade de nosso Senhor, ainda assim, isto pode
ser levado em um sentido mais extensivo, de modo a incluir o todo da disposição de sua
mente, todas as afeições dele, todos os seus temperamentos, ambos em direção a Deus e ao
homem. Agora, é certo que como não existe afeição pecaminosa nele, então, nenhuma boa
afeição ou temperamento bom estava faltando. De maneira que “quaisquer que sejam as
coisas santas, quaisquer que sejam as coisas amáveis”, estão todas incluídas “naquela
mente que estava em Jesus Cristo”.

6. Paulo, quando escreveu aos Gálatas, colocou a perfeição em ainda um outro


panorama. Ela é o único fruto indiviso do Espírito, o qual ele descreve assim: “O fruto do
Espírito é o amor, alegria, paz; longanimidade, gentileza, bondade, fidelidade”, (assim a
palavra seria traduzida aqui), “submissão, temperança”. Que gloriosa constelação de
graças existe aqui! Agora, suponha que todos esses sejam unidos em um, de maneira a
estarem unidos na alma do crente, esta é a perfeição cristã.

7. Novamente: Ele escreve aos cristãos em Éfeso, a respeito do “colocarem o novo


homem, que é criado, segundo Deus, na retidão e santidade verdadeira”; e para os
Colossenses,“do novo homem, renovado segundo a imagem daquele que o criou”;
plenamente referindo-se às palavras em Gênesis (Gênesis 1:27) “Assim Deus criou o
homem em sua própria imagem”. Agora, a imagem moral de Deus consiste (como o
Apóstolo observa) “na retidão e santidade verdadeiras”. Através do pecado, isto é
totalmente destruído. E nós nunca poderemos recuperá-lo, até que sejamos “recriados em
Jesus Cristo”. E esta é a perfeição.

8. Pedro expressa isto, de uma maneira ainda diferente, embora para o mesmo
efeito: “Como aquele que o chamou é santo, assim seja você santo, em todo seu modo de
vida”. (I Pedro 1:15). De acordo com este Apóstolo, então, a perfeição é outro nome para
a santidade universal: retidão interior e exterior: Santidade de vida, surgindo da santidade
de coração.

9. Se alguma expressão pode ser mais forte do que estas, elas estão naquelas de
Paulo aos Tessalonicenses (I Tessalonicenses 5:23) “O próprio Deus da paz santifica você
totalmente: e possa o todo de você, o espírito, a alma, e o corpo” (esta é a tradução literal)
“ser preservado, sem culpa, até a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.

10. Nós podemos mostrar esta santificação de uma maneira mais excelente, do que
pelo obedecer àquela exortação do Apóstolo: “Eu suplico a vocês, irmãos, através das
misericórdias de Deus, que vocês apresentem seus corpos” (vocês mesmos, suas almas e
corpos; uma parte colocada para o todo, através da figura comum de linguagem), “como
um sacrifício vivo a Deus”; a quem vocês foram consagrados muitos anos antes, no
batismo. Quando o que foi, então, devotado, é verdadeiramente apresentado a Deus, então,
é o homem de Deus perfeito.
11. Para o mesmo efeito, Pedro diz em (I Pedro 2:5) “Vocês são sacerdócio santo,
para oferecer sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, através de Jesus Cristo”. Mas quais
sacrifícios, nós podemos oferecer agora, vendo que a dispensação judaica não está no fim?
Se vocês têm verdadeiramente apresentado a si mesmos a Deus, vocês oferecem a ele
continuamente todos os seus pensamentos, e palavras, e ações, através do Filho de seu
amor, como um sacrifício de louvor e ação de graças.

12. Assim, vocês experimentam que Ele, de cujo nome é chamado Jesus, não
carrega aquele nome em vão: Que ele, de fato, “salva seu povo de seus pecados”; a raiz,
assim como os ramos. E esta salvação do pecado, de todo o pecado, é outra descrição da
perfeição: embora, na verdade, ele expressa apenas o menor, o ramo mais inferior dela,
apenas a parte negativa da grande salvação.

II

Eu proponho, em Segundo Lugar, responder algumas objeções a este relato bíblico


da perfeição.

1. Uma objeção comum a ela é que não existe promessa dela na Palavra de Deus. Se
isto fosse assim, nós deveríamos desistir dela: nós teríamos nenhum alicerce para construir
encima: Porque as promessas de Deus são o único alicerce certo de nossa esperança. Mas,
certamente, existe uma promessa muito clara e completa de que nós todos devemos amar o
Senhor nosso Deus, com todo nosso coração. Assim, lemos em (Deuteronômio 30:6)
“Então, eu circundarei teu coração, e o coração de tua semente, para amar o Senhor teu
Deus, com todo teu coração, e com toda tua alma”. Igualmente expressa é a palavra de
nosso Senhor, que é não menos que uma promessa, embora na forma de um mandamento:
“Tu deves amar o Senhor teu Deus, com todo teu coração, e com toda tua alma, e com
toda tua mente”. (Mateus 22:37). Nenhuma palavra pode ser mais forte do que essas;
nenhuma promessa pode ser mais expressa. Do mesmo modo: “Tu deves amar teu próximo
como a ti mesmo”, é tanto uma promessa expressa como um mandamento.

2. E, de fato, aquela promessa geral e ilimitada que transcorre, através de toda a


dispensação evangélica, “Eu colocarei minhas leis na mente deles, e as escreverei em seus
corações”, transforma todos os mandamentos em promessa; e, conseqüentemente, esta em
meio ao restante: “Que esteja em vocês, a mente que estava também em Jesus Cristo”. O
mandamento aqui é equivalente a uma promessa, e nos dá uma razão completa para esperar
que ele operará em nos o que ele requer de nós.

3. Com respeito aos frutos do Espírito, o Apóstolo, ao afirmar, “os frutos do


Espírito são o amor, alegria, paz, longanimidade, gentileza, bondade, fidelidade,
submissão, temperança”, em efeito, afirma que o Espírito verdadeiramente opera o amor, e
esses outros temperamentos, naqueles que são conduzidos por ele. De maneira que aqui
também, nos temos um alicerce firme para pisar, esta escritura sendo igualmente
equivalente a uma promessa, e nos assegurando que todas essas deverão ser forjadas em
nós, desde que sejamos conduzidos pelo Espírito.
4. E quando o Apóstolo diz aos Efésios (Efésios 4:21-24) “Vocês têm sido
instruídos, como a verdade está em Jesus”, -- para “serem renovados no espírito de suas
mentes”, e “revestidos do novo homem, que é criado, segundo Deus”, -- ou seja, segundo
a imagem de Deus, -- “na retidão e santidade verdadeira”, ele não nos deixa espaço para
dúvida, mas Deus irá assim “nos renovar no espírito de nossa mente”, e “nos recriar”, na
imagem de Deus, em que fomos a princípio criados: Do contrário, não seria dito que esta é
“a verdade como ela está em Jesus”.

5. O mandamento de Deus, dado através de Pedro, “Seja santo, como aquele que o
chamou é santo, em todo o seu modo de vida”, (I Pedro 1:15) implica uma promessa de
que deveríamos ser assim santo, se não estivermos em falta conosco mesmos. Nada pode
estar faltando da parte de Deus: Já que ele nos chamou para a santidade, ele está
indubitavelmente disposto, assim como é capaz de operar esta santidade em nós. Porque ele
não pode desapontar suas impotentes criaturas, nos chamando para receber o que ele nunca
pretendeu dar. Que ele nos chama para isso é inegável; por conseguinte, ele a dará, se não
formos desobedientes ao chamado divino.

6. A oração de Paulo pelos Tessalonicenses, para que Deus os “santificasse”


completamente, e “que o todo deles, o espírito, alma, e corpo, pudesse ser preservado
irrepreensível”, sem dúvida será ouvido em favor de todos os filhos de Deus, assim como
daqueles de Tessalônica. Por meio disto, portanto, todos os cristãos são encorajados a
esperar a mesma benção “do Deus da paz”; ou seja, que eles também sejam “santificados
totalmente, em espírito, alma, e corpo”; e que “o todo deles seja preservado sem culpa, até
a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. (I Tessalonicense 5:23).

7. Mas a grande questão, é se existe alguma promessa nas Escrituras, de que


devamos ser salvos do pecado. Sem dúvida, existe. Tal é aquela promessa em (Salmos
130:8) “Ele deverá redimir Israel de todos os seus pecados”; exatamente respondível
àquelas palavras de um anjo: “Ele salvará seu povo de seus pecados”. E, certamente, “Ele
é capaz de salvar completamente aqueles que vieram até Deus, através Dele”. Tal é aquela
gloriosa promessa dada, através do profeta Ezequiel: (Ezequiel 36:25-27) “Então, eu
borrifarei água limpa sobre vocês, e vocês serão limpos: De toda a sua sujidade, e de
todos os seus ídolos, eu limparei vocês. Um novo coração, também lhes darei, e um novo
espírito, eu colocarei em vocês: E arrancarei o coração de pedra de seu corpo, e lhes darei
um coração de carne. E colocarei meu Espírito em vocês, e farei com que vocês caminhem
na minha estatura, e vocês manterão meus julgamentos, e os cumprirão”. Tal (para
mencionar não mais) é o que foi pronunciado por Zacarias (Lucas 1:73-75): ”O juramento
que ele fez ao nosso pai Abraão, de que ele nos concederia sermos livres das mãos de
nossos inimigos”, (e tal, sem dúvida, são todos os nossos pecados), “para servi-lo, sem
temor, na santidade e retidão, perante ele, todos os dias de nossa vida”. A última parte
desta promessa é peculiarmente merecedora de nossa observação. Afim de que ninguém
dissesse: “Verdade, nós devemos ser salvos de nossos pecados, quando morrermos”, é que
esta cláusula foi notavelmente acrescentada, como se a propósito de prevenir contra esta
pretensão, todos os dias de nossa vida. Com que moderação, então, pode alguém afirmar
que ninguém deverá desfrutar desta liberdade até a morte?
8. “Mas”, dizem alguns, “este não pode ser o significado das palavras; porque a
coisa é impossível”. É impossível aos homens: mas as coisas impossíveis aos homens, são
possíveis a Deus. “Mais do que isto, é impossível em sua própria natureza; Porque isto
implica uma contradição, a de que um homem possa ser salvo de todo o pecado, enquanto
ele está em um corpo pecaminoso”.

Existe uma grande quantidade de força nesta objeção. E, talvez, nós admitamos a
maioria daquilo pelo qual você luta. Nós já admitimos que, enquanto estamos no corpo, não
podemos estar totalmente livres do pecado. Não obstante todo nosso cuidado, nós devemos
ainda estar inclinados a julgar de maneira errada em muitas instâncias. E um equívoco no
julgamento, muito freqüentemente, ocasionará um erro na prática. Mais do que isto, um
julgamento errado pode ocasionar alguma coisa no temperamento ou paixões, que não está
estritamente correto. Pode ocasionar temor desnecessário, ou esperança mal alicerçada,
amor irracional, ou aversão irracional. Mas tudo isto não é, de forma alguma, inconsistente
com a perfeição acima descrita.

9. Vocês dizem: “Sim, isto é inconsistente com o último artigo: isto não pode
consistir com a salvação do pecado”. Eu respondo: Isto, perfeitamente bem, consistirá com
a salvação do pecado, de acordo com aquela definição do pecado (que eu compreendo seja
a definição bíblica dele), uma transgressão voluntária de uma lei conhecida. “Mais ainda,
todas as transgressões da lei de Deus, se voluntária, ou involuntariamente, são pecado:
Porque João diz: ‘Todo pecado é uma transgressão da lei’”. Verdade, mas ele não diz: toda
transgressão da lei é pecado. Isto eu nego: Que prove isto quem puder.

Para dizer a verdade, isto é uma mera disputa de palavras. Vocês dizem que
ninguém está salvo do pecado em seu sentido da palavra: mas eu não admito este sentido,
porque a palavra nunca é assim tomada nas Escrituras. E vocês não podem negar a
possibilidade de serem salvos do pecado, em meu sentido da palavra. E este é o sentido em
que a palavra, pecado, é, repetidas vezes, tomada das Escrituras.

“Mas, certamente nós não podemos ser salvos do pecado, enquanto habitamos em
um corpo pecaminoso”. Um corpo pecaminoso? Eu suplico que observe, quão
profundamente ambígua, quão questionável, esta expressão é! Mas não existe autoridade
para isto nas Escrituras: A palavra corpo pecaminoso nunca foi encontrada lá. E já que ela é
totalmente antibíblica, então, é indiscutivelmente absurda. Porque nenhum corpo, ou
matéria de qualquer tipo, pode ser pecaminoso: Espíritos apenas são capazes do pecado. Eu
imploro: em que parte do corpo o pecado habitaria? Ele não pode habitar na pele, nem nos
músculos, ou nervos, ou veias, ou artérias: ele não pode estar nos ossos, mais do que no
cabelo ou unhas. Apenas a alma pode ser o lugar do pecado.

10. “Mas o próprio Paulo não diz: ‘Estes que estão na carne, não podem agradar
a Deus?’”. Eu estou temeroso que o som dessas palavras enganou muitas almas
descuidadas: que entendem que aqueles que estão na carne, significa o mesmo que aqueles
que estão no corpo: Não: nada disto. A carne, neste texto, não significa o corpo, mais do
que ela significa a alma. Abel, Enoque, Abraão, sim, todas aquelas multidões de
testemunhas citadas por Paulo, no décimo-primeiro capítulo de Hebreus, verdadeiramente
agradaram a Deus, enquanto estiveram no corpo, como ele próprio testifica. A expressão,
portanto, aqui significa nem mais, nem menos, do que eles que são descrentes; aqueles que
estão em seu estado natural; aqueles que estão sem Deus no mundo.

11. Mas vamos prestar atenção à razão da coisa. Por que o Altíssimo não pode
santificar a alma, enquanto ela está no corpo? Não pode santificar vocês, enquanto vocês
estão nesta casa, assim como fora dela? Podem as paredes de tijolos ou pedra impedi-lo?
Não mais podem essas paredes de carne e sangue impedi-lo, num momento, de santificá-los
totalmente. Ele pode exatamente salvar facilmente vocês de todos os pecados, no corpo,
quanto fora dele.

“Mas ele prometeu salvar assim a nós do pecado enquanto estamos neste corpo?”.
Indubitavelmente ele o fez: Porque uma promessa está incluída em cada mandamento de
Deus: Conseqüentemente nesta: “Tu deverás amar o Senhor teu Deus, com todo teu
coração, e com toda tua alma, e com todo teu entendimento”. Porque este e cada outro
mandamento são dados, não ao morto, mas ao vivo. Ele está afirmado nas palavras acima
citadas, de que nós devemos caminhar “na santidade, perante ele, todos os dias de nossas
vidas”.

Eu me estendi muito tempo nisto, porque ele é o grande argumento daqueles que se
opõem à salvação do pecado: e, também, porque ele não tem sido tão freqüentemente e tão
completamente respondido: Visto que os argumentos tomados das Escrituras já foram
respondidos milhares de vezes.

12. Mas ainda uma objeção mais plausível permanece, tomada da experiência, não
existem testemunhas desta salvação do pecado. Em resposta a isto, eu admito:

(1.) Que não existem muitos. Até mesmo neste sentido, não existem muitos
antepassados. Tal é nossa dureza de coração; tal é nossa lentidão em crer no que ambos os
profetas e Apóstolos falaram, que existem poucas, excessivamente poucas testemunhas
verdadeiras da grande salvação.

(2.) Eu admito que existem falsas testemunhas, que tanto enganam suas próprias
almas, e falam de coisas que eles não conhecem, quanto “falam mentiras em hipocrisia”. E
freqüentemente, eu tenho desejado que não tenhamos mais de ambas as espécies. Não é
nada estranho que homens de imaginação entusiasta enganem a si mesmos neste assunto.
Muitos fazem o mesmo com respeito à justificação: Eles imaginam-se justificados, quando
não estão. Mas, embora muitos imaginem isto falsamente, ainda assim, existem alguns que
estão verdadeiramente justificados. E assim, embora muitos imaginem que eles estão
santificados, quando não estão, existem muitos que realmente estão santificados.

(3.) Eu admito que alguns, que uma vez desfrutaram da completa salvação, a
perderam totalmente agora. Eles uma vez caminharam na gloriosa liberdade, dando a Deus
todo o seu coração, “regozijando-se, mais e mais, orando sem cessar, e em todas as coisas
dando graças”. Mas isto é passado. Eles agora estão sem as suas forças, e se tornaram
como os outros homens. Talvez, eles não tenham desistido de sua confiança; eles ainda têm
um sentido de seu amor perdoador. Mas, até mesmo isto, é freqüentemente assaltado por
dúvidas e medos, de maneira que eles a seguram com as mãos trêmulas.
13. “Mais ainda; isto”, diz alguns homens devotos e sensíveis, “é a mesma coisa
com a qual lutamos. Nós admitimos que possa agradar a Deus fazer de alguns de seus
filhos, por um tempo, inexprimivelmente santos e felizes. Nós não negaremos que eles
possam desfrutar de toda santidade e felicidade da qual você nos fala. Mas é apenas por
um tempo: Deus nunca pretendeu que isto continuassem até o fim de suas vidas.
Conseqüentemente, o pecado é apenas suspenso; ele não é destruído”.

Isto, vocês afirmam. Mas trata-se de uma coisa de tão profunda importância, que
não se pode admitir, sem uma prova clara e irrefutável. E onde está a prova? Nós sabemos
que, em geral, “os dons e chamados de Deus são sem arrependimento”. Ele não se
arrepende de algum dom que ele outorgou aos filhos dos homens. E como o contrário
apareceria, com respeito a este dom específico de Deus? Por que nós imaginaríamos que ele
faria exceção com respeito ao mais precioso de todos os seus dons, neste lado do céu? Ele
não é tão capaz de nos dar sempre, assim como dá-lo, uma única vez? Tão capaz de dá-lo
por cinqüenta anos, como por um dia? E como pode ser provado que ele não está disposto a
continuar nesta sua bondade amorosa? Como esta suposição, de que ele não está disposto, é
consistente com a afirmação concreta do Apóstolo? Quem, depois de exortar os cristãos em
Tessalônica, e, neles todos, os cristãos em todas as épocas, “a regozijarem-se, sempre mais,
e orarem sem cessar, e em todas as coisas dar graças”, -- imediatamente acrescenta (como
se com o propósito de responder àqueles que negaram, não o poder, mas a vontade de Deus
ao operar isto neles): “Porque esta é a vontade de Deus, concernente a vocês, em Jesus
Cristo”. Mais do que isto, é notável que, depois de ele ter entregado esta gloriosa promessa
(tal ela é propriamente), no vigésimo-segundo versículo: “O mesmo Deus da paz
santificará vocês totalmente: E o todo de vocês” (assim é no original) “o espírito, a alma,
e o corpo, serão preservados irrepreensíveis, até a vinda do Senhor Jesus Cristo”; ele
acrescenta novamente: “Fiel é aquele que os chamou, e que também fará isto”. (I
Tessalonicenses 5:23-24). Ele não apenas os santificará totalmente, mas os preservará
naquele estado, até que ele venha para recebê-los para si mesmo.

14. De acordo com isto está a clara evidência. Diversas pessoas desfrutaram desta
bênção, sem qualquer interrupção, por muitos anos. Diversos desfrutam disto até hoje. E
não poucos desfrutaram disto, até o momento de sua morte, como eles declararam com seu
último suspiro; calmamente testemunhando que Deus os salvou de todos os pecados, até
que o espírito deles retornou a Deus.

15. Quanto a todo o tópico de objeções tiradas da experiência, eu espero que seja
observado mais alem, tanto as pessoas objetadas de terem alcançado a perfeição cristã, ou
aquelas que não a obtiveram. Se elas não alcançaram, quaisquer que sejam as objeções
trazidas contra elas, isto não atinge o ponto. Porque elas não são as pessoas das quais
estamos falando. Portanto, o que quer que elas sejam, ou façam, está além da questão. Mas,
se elas já a obtiveram; se elas responderam à descrição dada, sob os nove artigos
precedentes, nenhuma objeção razoável pode ser colocada contra elas. Eles estão acima de
toda censura; e “cada língua que se erguer contra elas, as condenará terminantemente”.

16. “Mas eu nunca vi alguém”, continua o opositor, “Que respondeu à minha idéia
de perfeição”. Pode ser que sim. E é provável (como eu já observei), que você verá. Porque
sua idéia inclui abundantemente muito mais: até mesmo, liberdade daquelas enfermidades
que não são separáveis do espírito que está ligado à carne e sangue. Mas, se você mantiver
o relato dado acima, e admitir a fraqueza do entendimento humano, você poderá ver hoje
inegáveis exemplos da genuína e bíblica perfeição.

III

1. Resta apenas, em Terceiro Lugar, discutir um pouco com os opositores desta


perfeição.

Agora, permita-me perguntar: Por que você está tão irado com aqueles que
professam tê-la obtido? E tão enlouquecido (eu não posso dar a isto algum título mais leve),
contra a perfeição cristã? -- contra o mais glorioso dom que Deus, alguma vez, deu aos
filhos dos homens sobre a terra? Examine isto em cada um dos pontos precedentes de
esclarecimento, e examine o que eles contêm de odioso ou terrível: o que é planejado para
excitar o ódio ou o temor de qualquer criatura racional.

Que objeção razoável, vocês podem fazer ao amar ao Senhor seu Deus com todo seu
coração? Por que vocês teriam alguma aversão a isto? Por que vocês deveriam estar
temerosos dela? Ela causaria algum dano a vocês? Ela diminuiria a felicidade de vocês,
quer neste mundo ou no mundo vindouro? E por que vocês não estariam desejosos que
outros possam dar a ele todo o seu coração? Ou que eles possam amar seu próximo, como a
si mesmos? Sim, “como Cristo nos amou?”. É isto detestável? Este é o próprio objeto do
ódio? Ou é a coisa mais agradável sob o sol? Ela é apropriada para causar terror? Ou,
antes, ela é desejável no mais alto grau?

2. Por que vocês são tão avessos a terem, em vocês, toda a “mente que estava em
Jesus Cristo?”. – Todas as afeições, todos os temperamentos e disposições, que estavam
nele, enquanto ele habitou entre os homens? Por que vocês estariam temerosos disto? Seria
algo pior para vocês, se Deus operasse em vocês, neste exato momento, toda a mente que
estava nele? Se não, por que vocês impediriam outros de buscarem essa bênção? Ou se
desagradarem daqueles que pensam que já a obtiveram? Existe alguma coisa mais graciosa?
Existe alguma coisa mais desejável, através de cada filho do homem?

3. Por que vocês seriam contrários a terem todo o “fruto do Espírito?” – “amor,
alegria, paz; longanimidade, mansidão, gentileza, fidelidade, bondade, temperança?”. Por
que vocês estariam temerosos de terem todos esses plantados no mais intimo de suas
almas? Já que “contra esses não existe lei”, então, não pode existir alguma objeção
razoável. Certamente nada é mais desejável, de que todos esses temperamentos criassem
profundas raízes em seus corações; mais do que isto, nos corações de todos que são
chamados pelo nome de Cristo; sim, de todos os habitantes da terra.

4. Que motivos, vocês têm para temer, ou nutrirem alguma aversão ao serem
“renovados em” toda “a imagem Dele que os criou?”. Isto não é mais desejável do que
alguma coisa sob o céu? Isto não é completamente agradável? O que vocês podem desejar,
em comparação a isto, tanto em suas próprias almas, ou para aqueles aos quais vocês
nutrem a mais forte e terna afeição? E quando vocês desfrutam disto, o que permanece, a
não ser “serem transformados de glória em glória, através do Espírito do Senhor?”.

5. Por que vocês seriam contrários à santidade universal, -- a mesma coisa, sob
outro nome? Por que vocês nutririam algum preconceito contra isto, ou olhariam para isto
com apreensão? Quer vocês entendam, através daquele termo, o estar interiormente de
acordo com toda a imagem e vontade de Deus, ou um comportamento exterior, em todo o
ponto adequado àquela conformidade. Podem vocês conceber alguma coisa mais agradável
do que isto? Alguma coisa mais desejável? Coloquem o preconceito de lado, e certamente
vocês desejarão vê-la difundida sobre toda a terra.

6. É a perfeição (para variar a expressão), o ser “santificado totalmente no espírito,


alma e corpo?”. Qual daquele que ama a Deus e ao homem pode ser contrário a isto, ou
nutre uma compreensão assustadora dela? Em seus melhores momentos, não é o desejo de
vocês serem todos uma só peça? – Todos consistentes consigo mesmos? – Todos, fé; todos,
mansidão; e todos, amor? E supondo-se que vocês fossem, uma vez, possuidores desta
gloriosa liberdade, vocês não desejariam continuar nela? – Serem preservados
“irrepreensíveis, até a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo?”.

7. Por que motivo, vocês que são filhos de Deus seriam contrários, ou temeriam
apresentar a si mesmos, suas almas, e corpos como um sacrifício vivo, santo, aceitável a
Deus? – Ao Deus, seu Criador, seu Redentor, seu Santificador? Pode alguma coisa ser mais
desejável do que esta inteira autodedicação a Ele? E não é da vontade de vocês, que toda a
humanidade pudesse se unir neste “serviço justo?”. Certamente, ninguém pode ser avesso a
isto, sem ser um inimigo de toda a humanidade.

8. E porque vocês estariam temerosos, ou seriam contrários a ela, está naturalmente


inserido nisto: ou seja, no oferecer todos os nossos pensamentos, e palavras e ações, como
um sacrifício espiritual a Deus, aceitável a ele, através do sangue e intercessão de seu bem-
amado Filho. Certamente, vocês não podem negar que isto é bom e proveitoso aos homens,
assim como agrada a Deus. Vocês, então, não suplicariam devotadamente que tanto vocês
quanto toda a humanidade pudessem assim adorar a Ele em espírito e verdade?

9. Permitam-me fazer uma pergunta mais. Por que algum homem de razão e religião
estaria tanto temeroso, quanto avesso à salvação de todo o pecado? Não é o pecado o maior
mal deste lado do inferno? E se for assim, naturalmente não se segue que um completo
livramento dele é uma das maiores bênçãos, deste lado do céu? Quão sinceramente, então,
ela seria suplicada a todos os filhos de Deus! Através do pecado, eu quero dizer uma
transgressão voluntária de uma lei conhecida. Vocês são contrários a serem libertos disto?
Vocês têm medo de tal livramento? Vocês, então, amam o pecado, de tal modo a serem tão
relutantes em se separarem dele? Certamente que não. Vocês não amam, quer o diabo ou
suas obras. Vocês antes desejam estar totalmente libertos deles, e ter o pecado arrancado,
tanto de suas vidas quanto de seus corações.

10. Eu tenho observado freqüentemente, e não sem surpresa, que os opositores da


perfeição são mais veemente contra ela, quando ela está colocada neste panorama, do que
em algum outro, qualquer que seja. Eles permitirão tudo que você diz do amor de Deus e
homem; da mente que estava em Cristo; dos frutos do espírito; da imagem de Deus; da
santidade universal; da inteira abnegação; da santificação no espírito, alma, e corpo; sim, e
do oferecer todos os nossos pensamentos, palavras e ações, como um sacrifício a Deus; --
tudo isto eles permitirão, assim como permitem que o pecado, um pequeno pecado
permaneça em nós até a morte.

11. Suplico, comparem isto com aquela notável passagem em “Guerra Santa” de
John Bunyan. “Quando Emanuel”, diz ele, “dirigiu Diabolus e toda as suas forças para
fora da cidade de Mansoul, Diabolus ofereceu uma petição a Emanuel, de que ele teria
apenas uma pequena parte da cidade. Quando isto foi rejeitado, ele implorou para ter
apenas uma pequena sala dentro dos muros. Mas Emanuel respondeu: ‘Ele não teria lugar,
afinal; não, nem para descansar a sola de seus pés”. O bom e velho homem esqueceu de si
mesmo? A força da verdade, então, não prevaleceu sobre ele aqui, quando tão
completamente aniquilou seu próprio sistema, – para afirmar perfeição da maneira mais
clara? Porque, se esta não é a salvação do pecado, eu não posso dizer qual é.

12. “Não”, diz um grande homem, “este é o erro dos erros: eu odeio isto do fundo
do meu coração. Eu persigo isto, por todo o mundo, com fogo e espada”. Mais ainda, por
que assim veemente? Vocês seriamente pensam que não existe erro igual a este sob o céu?
Aqui está alguma coisa que eu não posso entender. Por que aqueles que se opõem à
salvação do pecado (poucos, em exceção) estão tão ansiosos -- eu diria, furiosos? Vocês
estão lutando pro aris et focis? "por Deus e seu país?”. Por tudo que vocês têm no mundo?
Por tudo que é próximo e querido a vocês? Pela sua liberdade, sua vida? Em nome de Deus,
por que vocês são tão aficionados pelo pecado? Que bem alguma vez ele fez a vocês? Que
bem ele alguma vez igualmente fará a vocês, quer neste mundo ou no mundo vindouro? E
por que vocês são tão violentos, contra aqueles que esperam para se libertarem dele?
Tenham paciência conosco, se nós estamos errados; sim, permita-nos desfrutar de nosso
erro. Se nós não o obtivermos, a própria expectativa deste livramento nos dá conforto
presente; sim, e ministra força para resistirmos àqueles inimigos que esperamos vencer. Se
vocês pudessem nos persuadir a desanimar desta vitória, nós poderíamos parar a disputa.
Agora “nós estamos salvos pela esperança”: Desta mesma esperança um grau de salvação
brota; Não fiquem irados com aqueles que estão felices errore suo, “felizes em seu erro”.
Quer a opinião deles esteja certa ou errada, o seu temperamento é inegavelmente
pecaminoso. Nos suporte, então, como fazemos com vocês; e veja se o Senhor não irá nos
livrar! Quer Ele não seja capaz, sim, e disposto “a salvá-los ao extremo, que venham até
Deus, através dele”.

[Tunbridge Wells, 6 de Dezembro de 1784]

[Editado por Dave Giles, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com
correções por George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]

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