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Cristina Antonioli dos Santos FATEC 3°-vespertino

O QUE É FILOSOFIA

À primeira vista, entendemos a filosofia como algo enigmático, profundamente abstrato


e distante da realidade. Essa visão da filosofia decorre dos complexos trabalhos de
pensadores que, ao longo da história, refletiram e buscaram diferentes respostas sobre
questões que continuamente fazemos ao longo de nossa existência. Indagações sobre o
conhecimento, sobre os valores, sobre a natureza, sobre a beleza, sobre o homem.

Essas inquietações decorrem da necessidade que todo ser humano tem de compreender
o significado do mundo e de si mesmo. Na busca dessa compreensão criamos novos
significados, questionando e tecendo uma teia de relações cada vez mais abrangentes
que nos indiquem respostas, mesmo que provisórias.

Desta forma, o primeiro passo para a filosofia é a inquietação que conduz ao


questionamento. O objeto da filosofia é a reflexão, o movimento do pensamento que nos
permite recuar, nos distanciarmos dos fatos aparentemente banais para buscarmos seus
fundamentos.

Se é verdade que continuamente refletimos, nem sempre refletimos com radicalidade,


ultrapassando as fronteiras da superficialidade para buscarmos as raízes de nossa forma
de pensar e agir no mundo. A reflexão radical requer um caminho que nos garanta esse
aprofundamento, ela deve ser organizada, ciente dos princípios e dos objetivos que
almeja. Radicalidade, sistematização e abrangência são as marcas da Filosofia que nasce
da experiência humana, da tentativa do ser humano de compreender a si mesmo e tudo
que o cerca, valendo-se da autonomia da razão para criar e recriar conscientemente o
mundo em que vivemos.

A complexidade da filosofia está na enigmática e surpreendente aventura de idéias que


nos identifica e nos diferencia de outros seres. Portanto, a filosofia está presente na
ciência, na arte, no mito, na religião, no cotidiano. Embora possamos afirmar que a
filosofia esteja presente nas diversas manifestações do humano, ela não se confunde
com nenhuma dessas formas de conhecimentos específicos, mas as fundamenta. Essa
busca de fundamentos faz da história da filosofia uma história sem fim, porque diz
respeito a todos em todas as épocas. Por isso, nunca é cedo ou tarde demais para
iniciarmos essa aventura do filosofar.

O QUE É FILOSOFIA PARA CRIANÇAS

O contexto do mundo atual impõe um grande desafio aos educadores: a formação de


pessoas com as habilidades necessárias para transformar informação em conhecimento e
conhecimento em ações conseqüentes. A velocidade com que são produzidas e
repassadas as informações exigem uma forma mais elaborada de apreensão,
possibilitando, assim, relacioná-las e delas extrair tudo aquilo que está implícito. Além
disso, os indivíduos desta sociedade em rápida transformação terão êxito e serão
atuantes na medida em que conseguirem interagir autonomamente com o meio em que
vivem.
Neste sentido, uma vez mais, a Educação tem papel de destaque na formação deste novo
indivíduo. A simples transmissão de informações produzidas ao longo da história já não
basta. Cabe à Educação, agora, dar os instrumentos necessários para que, a partir do que
já foi construído, as pessoas possam elaborar novos conhecimentos, desenvolver seu
potencial criativo, enfrentar novos desafios, relacionar as informações e tirar suas
próprias conclusões.

Diante desse panorama, o Centro Brasileiro de Filosofia para Crianças salienta a


necessidade de se aprender a pensar melhor e a pensar por si mesmo. Quando a
Filosofia é ensinada através do diálogo investigativo, como é proposto no Programa de
Filosofia para Crianças e, especialmente, quando os estudantes ainda são crianças, a
tendência é que eles saiam de seus cursos mais críticos, mais criativos e mais sensíveis
ao contexto em que vivem.

A experiência tem nos mostrado que crianças e adolescentes que estão expostos à esse
Programa desenvolvem: maior autonomia de pensamento, uma percepção ética mais
aguçada, autocorreção, respeito por pensamentos diferentes do seu, respeito à opinião de
outras pessoas, capacidade de dar boas razões para seus argumentos, entre outras
habilidades.

Principais objetivos

O Programa Filosofia para Crianças - Educação para o Pensar é um programa


educacional que visa três objetivos intercomplementares:

• iniciação filosófica de crianças e jovens;


• educação para o pensar;
• preparação para uma cidadania responsável.

Iniciação Filosófica:

Crianças, jovens e adultos colocam, para si próprios, questões que demandam não só
um esforço explicativo a respeito de aspectos relevantes da realidade, mas, também, um
esforço de constituição de sentidos desta realidade e de si mesmos nela.

Os sentidos, constituídos historicamente pelos seres humanos, alimentam suas vidas e


os vão constituindo como pessoas.

Essas referências significativas são uma necessidade: as pessoas podem participar do


esforço da sua constituição ou podem receber prontos os sentidos produzidos por alguns
poucos que acabam se tornando os donos das referências!...

Filosofia para Crianças pretende iniciar crianças e jovens na luta pela constituição
autônoma e co-participada dos sentidos. O objetivo é auxiliá-los a se tornarem cidadãos
que sejam capazes de oferecer contribuição pessoal enriquecedora na construção
continuada das necessárias referências orientadoras das vidas humanas.

Educação para o Pensar:


O pensar é recurso humano imprescindível, tanto para a produção de explicações,
quanto para a constituição dos sentidos. Exercitá-lo, no enfrentamento das questões
envolvidas na busca da construção de significados, pode resultar no seu próprio
aprimoramento.

E tal aprimoramento ocorrerá se o exercício do pensar merecer atenção e cuidados


especiais por parte dos educadores e dos próprios educandos.

O Programa Filosofia para Crianças - Educação para o Pensar oferece indicações


para tanto, fundamentação teórica consistente, metodologia adequada e materiais de
apoio para uso dos educandos e dos educadores.

O aspecto central da metodologia do Programa é a realização do diálogo investigativo


que transforma os grupos de educandos em pequenas comunidades de investigação.
Nelas, os participantes expõem suas idéias, escutam-se uns aos outros, questionam-se
mutuamente, comparam seus pontos de vista, complementando-os e eventualmente,
corrigindo-os. Trata-se de um verdadeiro processo de cooperação intelectual, afetiva e
criativa.

As interações sócio-linguísticas que aí ocorrem, devidamente observadas, cuidadas e


orientadas por educadores preparados, são promotoras do desenvolvimento das
condições cognitivas: um verdadeiro processo de Educação para o Pensar.

Preparação para uma cidadania responsável:

A participação produtiva numa pequena comunidade de investigação exige


comportamentos e atitudes de cooperação, respeito mútuo, interesse por objetivos
comuns, avaliação crítica, que são, dentre outros, elementos importantes para o
exercício democrático na sociedade. A ocupação dos espaços da cidadania requer das
pessoas tais comportamentos e atitudes que podem decorrer ou ser reforçados quando se
aprende desde cedo:

• a respeitar os pontos de vista dos outros;


• que o próprio ponto de vista tem o mesmo valor e peso do dos outros;
• a respeitar a vez dos outros e a exigir respeito pela própria vez;
• a respeitar regras combinadas;
• que as regras podem ser discutidas e modificadas, mas que são necessárias para
a vida em comum;
• que todos somos iguais;
• que todos somos igualmente dignos de respeito.

Tais aprendizados são elementos éticos necessários às relações sociais e o domínio dos
mesmos, só é possível, no seu exercício prático acompanhado da atenção intelectual que
o examina cuidadosamente.

Tudo o que é feito é pensado e repensado crítica e criativamente possibilitando pesar


(ponderar) justificativas, motivos e possíveis conseqüências. Quando se pondera, res-
ponde-se: torna-se responsável.
Realizar este exercício, nas pequenas comunidades de investigação com crianças e
jovens, pode ensejar a sua continuação na vida adulta.

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