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ESCOLA SÃO DOMINGOS

Pedro Passos, Matheus Costa, Marcos Gregório, Gustavo Farias, Thiago Vervloet e
José Carlos

AS FACES POÉTICAS

Vitória - ES
Agosto – 2006
ESCOLA SÃO DOMINGOS

Pedro Passos, Matheus Costa, Marcos Gregório, Gustavo Farias, Thiago Vervloet e
José Carlos

AS FACES POÉTICAS

Trabalho apresentado aos Professores Fabiana


Benevides, Fátima Moraes, Adriana Santos e
Cristiano da disciplina Literatura, História e
Geografia da turma A, turno matutino do
curso do 1º ano do ensino médio.

Vitória – 28 de agosto de 2006


Sumário

Introdução p. 4

Biografia do Autor p. 5

Elementos da narrativa p. 6

Contexto histórico em que se situa a obra p. 12

Teoria Literária p. 13

Análise do título em função da obra p. 14

Associação da temática da obra à atualidade p. 14

Referências Bibliográficas p. 15
Introdução

O trabalho é um estudo aprofundado do livro “As faces poéticas” de Gregório de


Matos. O trabalho mostra as principais características, não somente do livro, mas
também do contexto político, social e econômico da época, com o objetivo de
aprimorar os conhecimentos da cultura literária brasileira e integrá-lo ao nosso
cotidiano.

4
Biografia do Autor

Gregório de Matos era um poeta barroco brasileiro, que nasceu em Salvador,


Bahia, em 20/12/1623 e morreu em 1696 em Recife, Pernambuco. Foi um poeta sacro
e satírico no período do Brasil Colonial, por esse motivo é considerado o iniciador da
literatura brasileira, às vezes amado e odiado pelas poesias satíricas que escrevia.
Seus pais eram bem de vida, e ele pôde estudar com os Jesuítas em Salvador.
Com 14 anos em 1650 foi para Portugal em Coimbra e formou-se em Direito no ano
de 1661. Começou como Juiz de Crime e Juiz de Órfãos em Portugal.
Em 1678 voltou ao Brasil, ligado ao grupo do futuro Rei D. Pedro II, disputava
o poder, tinha uma brilhante carreira burocrática e política, mas perdeu a chance por
motivos que não se sabe ao certo. Era boêmio e mulherengo, colocou muita
autoridade civil e religiosa em má situação.
Fez poesia lírica, sacra, profana e satírica em estilo barroco. Também é
considerado cancioneiro, pois fazia “versos à lira”, com violas de arame para compor
solfas e lundus. Os lundus, criados nas ruas como um ritmo agitado e sincopado. Do
lundu veio o chorinho, o samba, o baião, as marchinhas.
Suas sátiras criticavam pessoas como, juizes, desembargadores, senhores de
engenho, nobres, governadores, padres, e assim foi apelidado de “Boca do Inferno”.

5
Elementos da Narrativa

1. Face Religiosa:

Pág. 17: Pág. 18:


A CHRISTO S. N. CRUCIFICADOESTANDO AO MESMO ASSUMP1D E NA MESMA OCCASIÃO.

P
O POETANA ÚLTIMA HORA DE SUAVIDA.

M eu Deus, que estais pendente em um madeiro,


Em cuja lei protesto de viver,
equei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Em cuja santa lei hei de morrer Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Animoso, constante, firme, e inteiro.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
Neste lance, por ser o derradeiro, A abrandar-vos sobeja um só gemido,
Pois vejo a minha vida anoitecer, Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
É, meu Jesus, a hora de se ver Vos tem para o perdão lisonjeado.
A brandura de um Pai manso Cordeiro.
Se uma ovelha perdida, e já cobrada
Mui grande é vosso amor, e meu delito, Glória tal, e prazer tão repentino
Porém pode ter fim todo o pecar, vos deu, como afirmais na sacra história:
E não o vosso amor, que é infinito.
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
Esta razão me obriga a confiar, Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino,
Que por mais que pequei, neste conflito Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Espero em vosso amor de me salvar.

Pág. 21: Pág. 23:


AO MESMO ASSUMPTO E NA MESMA OCCASIÃO. A N. SENHOR JESUS CHRISTO COM ACTOS
DE ARREPENDIDO E SUSPIROSDE AMOR.
(ESTANDO O POETA REFUGIADO DE SUA MESMA POBREZA
NA ILHA DE MADRE DE DEUS, TEVE NOTICIA DA MORTE

O
DE UM SEU FILHO, E QUE FORA ENTERRADO
MISERAVELMENTE, E PROVOCADODA SUA PENA.)
fendi-vos, meu Deus, bem é verdade,

E
É verdade, meu Deus, que hei delinqüido,
Delinqüido vos tenho, e ofendido,
stou, Senhor, da vossa mão tocado, Ofendido vos tem minha maldade.
E este toque em flagelo desmentido
Era à vossa justiça tão devido, Maldade, que encaminha à vaidade,
Quão merecido foi do meu pecado. Vaidade, que todo me há v:encido;
Vencido quero ver-me, e arrependido,
Menos sentido estou, do que admirado, Arrependido a tanta enormidade.
Mais admirado o digo, que sentido,
Pois vós contra um nonada enfurecido Arrependido estou de coração,
Tendes tão forte braço levantado. De coração vos busco, dai-me os braços,
Abraços, que me rendem vossa luz.
Quando o Hebreu clemência vos pedia,
De metal vos mostrava uma serpente, Luz, que claro me mostra a salvação,
Demonstração de que outra o afligia: A salvação pertendo em tais abraços,
Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.
Eu pois, que vos quisera ver clemente,
Não vos mostro em meral minha agonia,
Mostro a minha pobreza realmente.

6
Pág. 37:

ACTO DE CONTRIÇÃO QUE FÊZ


DEPOIS DE SE CONFESSAR.
 Aspectos da face Religiosa:

1 M eu amado Redentor,
Nas poesias da face religiosa, o
autor fala de seus pecados e de seus
Jesu Cristo soberano
Divino Homem, Deus Humano, erros perante a igreja e se diz
da terra, e céus criador: arrependido, pedindo perdão a
por seres, quem sois, Senhor,
e porque muito vos quero, Deus, como se estivesse em um ato
me pesa com rigor fero de contrição, fazendo orações para a
de vos haver ofendido,
do que agora arrependido,
remissão de seus pecados.
meu Deus, o perdão espero.

2 Bem sei, meu Pai soberano,


que na obstinação sobejo
corri sem temor, nem pejo
pelos caminhos do engano:
bem sei também, que o meu dano
muito vos tem agravado,
porém venho confiado
em vossa graça, e amor,
que também sei, é maior,
Senhor, do que meu pecado.

3 Bem não vos amo, confesso,


várias juras cometi,
missa inteira nunca ouvi,
a meus Pais não obedeço:
matar alguns apeteço,
luxurioso pequei,
bens do próximo furtei,
falsos levantei às claras,
desejei mulheres raras,
cousas de outrem cobicei.

2. Face Filosófica:

Pág. 24: Pág. 27:


NO SERMÃO QUE PREGOU NA MADRE AO BRAÇO DO MESMOMENINO JESUS
DE DEOS D. JOÃO FRANCO DE OLIVEYRA QUANDO APPARECEO.
PONDERA O POETA A FRAGILIDADEHUMANA.

N a oração, que desaterra.............................. aterra.


Quer Deus, que, a quem está o cuidado.................dado.
O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Pregue, que a vida é emprestado.........................estado. Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Mistérios mil, que desenterra..............................enterra. Não se diga, que é parte, sendo todo.

Quem não cuida de si, que é terra............................erra. Em todo o Sacramento está Deus todo,
Que o alto Rei por afamado.................................amado, E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E quem lhe assiste ao desvelado..............................lado. E feito em partes todo em todá a parte,
Da morte ao ar não desaferra.................................aferra. Em qualquer parte sempre fica o todo.

Quem do mundo a mortal loucura...........................cura, O braço de Jesus não seja parte,


A vontade de Deus sagrada...............................agrada, Pois que feito Jesus em partes todo,
Firmar-lhe a vida em atadura...................................dura. Assiste cada parte em sua parte.

ÓPág. 62: que dobrada.....................................brada,


voz zelosa, Não se sabendo parte deste todo,
Já sei, que a flor da formosura...............................usura. Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Será no fim desta jornada........................................nada. Nos disse as partes todas deste todo.
7
Pág. 62: Pág. 63:
DEFENDE-SE O BEM QUE SE PERDEO NA TENTADO A VIVERNA SOLEDADE SE LHE
ESPERANÇA PELOS MESMOS CONSOANTES. REPRESENTÃO AS GLORIAS DE QUEM NÃO
VIO, NEM TRATOU A CORTE.

O bem, que não chegou ser possuído,


Perdido causa tanto sentimento,
D itoso tu, que na palhoça agreste

Que faltando-lhe a causa do tormento, Viveste moço, e velho respiraste,


Faz ser maior tormento o padecido. Berço foi, em que moço te criaste,
Essa será, que para morto ergueste.
Sentir o bem logrado, e já perdido
Mágoa será do próprio entendimento, Aí, do que ignoravas, aprendeste,
Porém o bem, que perde um pensamento, Aí, do que aprendeste, me ensinaste,
Não o deixa outro bem restituído. Que os desprezos do mundo, que alcançaste,
Armas são, com que a vida defendeste.
Se o logro satisfaz a mesma vida,
E depois de logrado fica engano Ditoso tu, que longe dos enganos,
A falta, que o bem faz em qualquer Sorte: A que a Corte tributa rendimentos,
Tua vida dilatas, e deleitas!
Infalível será ser homicida
O bem, que sem ser mal motiva o dano, Nos palácios reais se encurtam anos;
O mal, que sem ser bem ~pressa a morte. Porém tu sincopando os aposentos,
Mais te deleitas, quando mais te estreitas.

Pág. 65:

QUEIXA-SE O POETA EM QUE O MUNDO VAY  Aspectos da face Filosófica:


ERRADO, E QUERENDO EMENDÂLO O TEM POR
EMPREZA DIFFICULTOSA.
Na face Filosófica o autor fala de
C arregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
teorias em que o seu modo de
pensar é diferente do resto das
Que como ando por vias desusadas, pessoas e do resto do mundo.
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo. Ele filosofa sobre pensamentos
lógicos.
O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ornadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.

Não é fácil viver entre os insanos,


Erra, quem presumir, que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.

O prudente varão há de ser mudo,


Que é melhor neste mundo o mar de enganos
Ser louco cos demais, que ser sisudo.

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3. Face Satírica:

Pág. 104: Pág. 105:

DESCREVEO QUE ERA REALMENTE NAQUELLE A CIDADE E ALGUNS PICAROS,


TEMPO A CIDADE DA BAHIA DE MAIS QUE HAVIÃO NELLA.
ENREDADA POR MENOS CONFUSA.

A cada canto um grande conselheiro,


Q uem cá quiser viver, seja um Gatão,
Infeste toda a terra, invada os mares,
Que nos quer governar a cabana, e vinha, Seja um Chegai, ou um Gaspar Soares,
Não sabem governar sua cozinha, E por si terá toda a Relação.
E podem governar o mundo inteiro.
Sobejar-lbe-á na mesa vinho, e pão,
Em cada porta um freqüentado olheiro, E siga, os que lhe dou, por exemplares,
Que a vida do vizinho, e da vizinha Que a vida passará sem ter pesares,
Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, Assim como os não tem Pedro de Unhão.
Para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Quem cá se quer meter a ser sisudo
Muitos Mulatos desavergonhados, Nunca lhe falta um Gil, que o persiga,
Trazidos pelos pés os homens nobres, E é mais aperreado que um cornudo.
Posta nas palmas toda a picardia.
Furte, coma, beba, e tenha amiga,
Estupendas usuras nos mercados, Porque o nome d'EI-Rei dá para tUdo
Todos, os que não furtam, muito pobres, A todos, que El-Rei trazem na barriga.
E eis aqui a cidade da Bahia.

Pág. 147: Pág. 155:


JULGA PRUDENTE E DISCRETAMENTE CONTEMPLANDO NAS COUSAS DO MUNDO
AOS MESMOS POR CULPADOS EM HUMA DESDE O SEU RETIRO, LHE ATIRA COM
GERAL FOME QUE HOUVE NESTA CIDADE
O SEU APAGE, COMO QUEMA NADO
PELO DESGOVERNO DA REPUBUCA,
COMO ESTRANHOS NELLA.
ESCAPOU DA TROMENTA.

1 Toda a cidade derrota


esta fome universal,
uns dão a culpa total
N este mundo é mais rico, o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
à Câmara, outros à frota: .
a frota tudo abarrota Com sua língua ao nobre o vil decepa:
dentro nos escotilhões O Velhaco maior sempre tem capa.
a carne, o peixe, os feijões,
e se a Câmara olha, e ri, Mostra o patife da nobreza o mapa:
porque anda farta até aqui, Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
é cousa, que me não toca; Quem menos falar pode, mais increpa:
Ponto em boca. Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
2 Se dizem, que o Marinheiro
nos precede a toda a Lei, A flor baixa se inculca por. Tulipa;
porque é serviço d'EI-Rei, Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
concedo, que está primeiro: Mais isento se mostra, o que mais chupa.
mas tenho por mais inteiro
o conselho, que reparte Para a tropa do trapo vazo a tripa,
com igual mão, igual arte E mais não digo, porque a Musa topa
por todos, jantar, e ceia: Em apa, epa, ipa, opa, upa.
mas frota com tripa cheia,
e povo com pança oca!
Ponto em boca.

3 A fome me tem já mudo,


que é muda a boca esfaimada;
mas se a frota não traz nada,
por que razão leva tudo?
que o Povo por ser sisudo
largue o ouro, e largue a prata
a uma frota patarata,
que entrando co'a vela cheia,
o lastro que traz de areia,
por lastro de açúcar troca!
Ponto em boca. 9
Pág. 160:

AO MESMO SUGEYTO PELOS MESMOS  Aspectos da face Satírica:


ATREVIMENTOS.

F aça mesuras de A com pé direito,


Na face satírica o autor faz críticas à
sociedade, à igreja e a pessoas com
Os beija-mãos de gafador de péla, mais poder, censurando e
Saiba a todo o cavalo a parentela,
O criador, o dono, e o defeito.
ridicularizando seus defeitos ou
vícios.
Se o não souber, e vir rocim de jeito,
Chame o lacaio, e posto na janela,
Mande, que lho passeie a mor cautela,
Que inda que o não entenda, se há respeito.

Saia na armada, e sofra paparotes,


Damas ouça tanger, não as fornique,
Lembre-lhe sempre a quinta, o potro, o galgo:

Que com isto, e o favor de quatro asnotes


De bom ouvir, e crer se porá a pique
De um dia amanhecer um grão fidalgo.

4. Face Lírica:

Pág. 54: Pág. 88:

AO MESMO ASSUMPTO. A HUMA DAMA QUE LHE PEDIO OS CABELLOS.

V ejo-me entre as incertezas


de três Irmãs, três Senhoras,
E ste cabelo, que aora
quieres, que el amor te dé,
se são três sóis, três auroras, teme, Nise, que tu fé
três flores, ou três belezas: con el me seya traydora:
para sóis têm mais lindezas mas como el alma te adora,
que aurora mais resplandor, obedecer-te es rason,
muita graça para flor, que aun que seya otro Sanson
e por final conclusão mirando a tus ojos bellos
três enigmas do Amor são, perder no puedo en cabellos
mais que as três cidras do Amor. Ias fuerças del coraçon.

1
0
Pág. 89: Pág. 90:

ÀS RELIGIOSAS QUE EM HUMA FESTIVIDADE, GALANTEA O POETA AQUELLE DESDEM COM


QUE CELEBRÁRAM, LANÇARAM A VOAR HUM RAMILHETE DE FLORES REMATADO
VARlOS PASSARINHOS. COM HUA FIGUINHA DE AZEVICHE.

M eninas, pois é verdade,


E ssas flores, que uma figa
levam consigo, meu bem,
não falando por brinquinhos, grande mistério contêm
que hoje aos vossos passarinhos contra a fottuna inimiga:
se concede liberdade: pois deste amor na fadiga
fazei-me nisto a vontade indo as flores sem abrolhos
de um passarinho me dar, com tal figa nos refolhos,
e não o deveis negar, bem se vê, que em mil amores
que espero não concedais, para vós vos mando as flores,
pois é dia, em que deitais e figas para meus olhos.
passarinhos a voar.

Pág. 94:
 Aspectos da face Lírica:

À MESMA FREYRA [D. MARIANNA] JA DE Na face Lírica o autor fala de seus


TODO MODERADA DE SEUS ARRUFOS E
CORRESPONDENDO AMANTE AO POETA. sentimentos, e quase sempre sobre
sentimentos amorosos, utilizando
A bela composição
dos dous nomes, que lograis,
uma função de linguagem emotiva.

bem explica, o que cifrais


nessa rara perfeição:
porque sendo em conclusão
por Maria Mar, e sendo
Graças por Ana, já entendo,
que quem logra a sone ufana
de estar vendo a Mariana
um mar de graça está vendo.

11
Contexto Histórico em que se situa a obra

Visão social:

Gregório de Matos era um poeta barroco, que utilizava as suas obras para fazer
criticas e sátiras da sociedade da época. Utilizando uma linguagem bem trabalhada
com seus sentimentos e sua angustia metafísica e religiosa.
Demonstrava a aversão que tinha sobre o clero, ora fazia um poema com
devoção sagrada, ora poemas pornográficos, eróticos e sensuais. Em seus poemas
religiosos é refletido a inquietação do homem em relação à divindade e a consciência
da fragilidade, atingia com seus poemas padres do lado religioso.

Visão Política:

Usava uma linguagem maliciosa e ferina que criticava pessoas e instituições da


época, devido a esses vários fatores foi apelidado de “Boca do Inferno”.
Tinha uma brilhante carreira burocrática e política, mas perdeu por motivos não
explicados e advogou sem sucesso financeiro.
Suas sátiras também atingiam pessoas poderosas, que fossem ineptos,
corruptos, maus. Assim ele foi obrigado a se exilar por um tempo na Angola, foi
perseguido pelo filho do Governador Antônio da Câmara Coutinho (vítima de suas
sátiras), provocando a ira de pessoas ligadas ao Governador-Geral do Brasil.
Em geral eram atingidos, juizes, desembargadores, senhores de engenho,
nobres, governadores e outros.

Visão Econômica:

Gregório de Matos com suas obras poéticas tentava mostrar as coisas de errado
que estavam acontecendo na sociedade, como a corrupção, isso prejudicava a
economia. Ele procurava consertar através de versos, onde não dispensava palavras de
baixo-calão, assim as pessoas satirizadas com medo do que podia acontecer reprimia
o poeta, onde até obrigá-lo a se exilar na Angola, por mostrar a ambição das pessoas.
Então tentava melhorar a sociedade para poder também ajudar na economia,
porque uma coisa leva a outra.

1
2
Teoria literária

 Função de Linguagem

 Função emotiva: “pequei, senhor, mas não porque hei pecado...”.


 Função poética: “O bem, que não chegou ser possuído,/ Perdido causa tanto
sentimento,/ Que faltando-lhe a causa do tormento,/ Faz ser maior tormento
padecido.

 Figura de Linguagem

 Metáfora: "eu sou, senhor, a ovelha desgarrada...".


 Hipérbole: "beber o sangue do amigo...".
 Ironia: "Que nos quer governar a cabana, e vinha,/ não sabem governar a
própria cozinha".
 Paradoxo: "eu confuso neste caso entre tais perplexidades de salvar-me, ou de
perder-me, só sei, que importa salvar-me".

 Estilo de Época:

O estilo de época presente no livro é o Barroco (séc. XVII), essa época foi
marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou
influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são
marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual.
Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste
período. Podemos citar como principais representantes desta época : Bento Teixeira,
autor de Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra (Boca do Inferno), autor de várias
poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio
ou dos Peixes.
Análise do título em função da obra 1
3
O título da obra é “As faces poéticas”, muito coerente com a obra, sabendo que
o livro se divide em poesias de quatro tipos, chamados faces poéticas. Gregório de
Matos coloca em seu livro a face Religiosa, a face Filosófica, a face Lírica (ou
amorosa) e a face Satírica. Essas são as faces citadas no título da obra.

Associação da temática da obra à atualidade

Gregório de Matos apesar de não publicar muitas obras, teve a sorte de suas
poesias tornaram-se imorredouras. Em alguns pontos a sua sátira tem ficado na
atualidade.
Sua fortuna está em que a consciência barroca seja uma instabilidade em todas as
coisas. Seus versos são na atualidade retratos, do erotismo, da ironia, da sátira e
outros, e é conhecida pelas pessoas, onde as universidades utilizam da historia dessas
pessoas para fazer questões para suas provas, pois elas fizeram parte da história.

1
4
Referências Bibliográficas

 Cereja, William Roberto; Magalhães, Thereza Cochar. GRAMÀTICA REFLEXIVA - Texto,


Semântica e Interação. São Paulo: Atual Editora, 2005.
 Cereja, William Roberto; Magalhães, Thereza Cochar. LITERATURA BRASILEIRA - em diálogo
com outras Literaturas e outras Linguagens. São Paulo: Atual Editora, 2005.
 <http://pt.wikipedia.org>
 <http://www.biblio.com.br>
 <http://educaterra.terra.com.br/literatura>

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