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Toda imagem mental tem grande influência sobre o nosso comportamento e destino.

Por isso, para que sejamos uma fonte de bem-estar, precisamos zelar constantemente
pelos nossos pensamentos.

Por Carlos Cardoso Aveline

A mente humana é muito mais ampla do que o cérebro, seu principal instrumento no
plano físico. Com um quilo e meio de peso e 14 bilhões de células, o cérebro tem uma
possibilidade quase infinita de conexões e percepções. Ainda assim, é apenas a
ferramenta central da mente, que está presente em todo o corpo e sabe se expressar
também de modos não-cerebrais. Por exemplo, as células têm sua forma própria de
inteligência, os músculos guardam memórias emocionais, e a postura corporal pode ser
determinante para o estado de espírito.

Há na mente humana algo como uma tela receptiva por onde desfilam imagens e
pensamentos. Algumas dessas imagens são de produção própria, outras apenas
repetições. O grau de criatividade ou repetição varia conforme o momento e o
temperamento da pessoa. Em todos os casos, porém, cada idéia que passa por essa tela
consciente traz consigo certa quantidade de energia e causa determinada impressão
sobre o nosso estado de espírito. Esse, por sua vez, influencia o funcionamento de todo
o corpo.

Só por esse motivo, já deveríamos ser capazes de observar, selecionar e dirigir o


processo pelo qual as imagens mentais são produzidas. Mas, além disso, as idéias e
impressões que habitam nosso mundo interior - mesmo que permaneçam
inconscientes e não sejam projetadas na tela consciente - exercem forte influência
sobre nós e estabelecem misteriosas relações com o mundo psicológico das outras
pessoas.

Imagens felizes, por exemplo, fazem com que nos sintamos física e emocionalmente
bem. Elas nos conectam com mais força aos outros seres, desfazem nossos muros,
despertam otimismo e nos possibilitam viver mais plenamente. Já as imagens negativas
são úteis apenas como indicações de que há sentimentos ou situações dos quais
devemos abrir mão.

Naturalmente, o ser humano tem a liberdade de controlar seus estados de espírito. A


lei do carma ensina que cada homem é o absoluto legislador e diretor do seu destino.
Há milhares de anos o indivíduo humano busca o autoconhecimento e aprimora suas
técnicas de autocontrole para alcançar uma felicidade estável, que não dependa dos
altos e baixos externos da vida. A religião, a filosofia, a arte e a psicologia vêm
buscando essa meta há muito tempo e com êxito crescente.

A filosofia esotérica ensina a alcançar o mesmo objetivo. Em 1887, quando morava em


Londres, a teosofista Helena Blavatsky ditou a um dos seus discípulos um "Diagrama

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de Meditação". A técnica faz parte do aprendizado da raja ioga. Seu praticante deve
imaginar constantemente que está na presença do tempo eterno e do espaço infinito.
"Eu sou todo o espaço e todo o tempo", diz, mentalmente, o estudante. A prática,
unida ao estudo das verdades universais, dissolve gradualmente as preocupações
pessoais que produzem o sofrimento. Medos e ansiedades desaparecem através da
auto-identificação com o absoluto. Essa é uma forma de autodomínio através da auto-
sugestão.(1)

Mas foi no início do século 20, depois de estudar longamente os processos hipnóticos,
que o psicoterapeuta Émile Coué escreveu seu famoso livro O Domínio de Si Mesmo
Pe-la Auto-sugestão Consciente.

A auto-sugestão tem uma relação íntima com os processos da hipnose por dois
motivos. Primeiro, o estado hipnótico é uma espécie de sono em que só recebemos as
sugestões do hipnotizador. Em segundo lugar, porque, mesmo quando está acordado, o
ser humano mantém a maior parte do seu ser interior adormecido, recebendo, o
tempo todo, sugestões e impressões inconscientes que vêm das mais variadas fontes,
inclusive de si mesmo. O método de Émile Coué ensina a provocar um processo
consciente de sugestão, ou programação, sobre o nosso ser instintivo.

Há, em nós, vários níveis de consciência bastante diferentes um do outro. Um nível é


supraconsciente, divino e está acima da nossa consciência verbal. Outro é
subconsciente, pertence ao mundo animal e é a sede da nossa inteligência emocional.
Nosso "eu" racional deve ser capaz de manter pleno contato com o mundo
subconsciente e o mundo supraconsciente. E mais: deve poder alimentar com idéias e
emoções positivas o nível subconsciente do seu mundo psicológico. Isso, porém, não é
sempre fácil.

No estágio atual de seu desenvolvimento, a humanidade enfrenta fortes nuvens de


ignorância e negatividade criadas por ela própria no passado. Cada indivíduo deve ter o
talento necessário para abrir um espaço luminoso e positivo em torno de si, que se
somará à energia construtiva e luminosa de outros.

Émile Coué destaca que a vontade humana é útil para guiar o mundo consciente, mas
que o mundo subconsciente é guiado pela imaginação. E, quando há conflito, a
imaginação sempre predomina sobre a vontade consciente. Se imaginamos que uma
coisa é impossível, não obtemos êxito, por mais vontade que tenhamos. Se
imaginamos que a meta é alcançável, chegamos a ela com naturalidade. Quando
predomina a ignorância, a imaginação pode ser como um cavalo desgovernado que
segue seus impulsos caóticos. Mas, com habilidade, podemos colocar-lhe um freio e
conduzi-la para onde quisermos.

"O subconsciente é a coisa mais maravilhosa da mente humana, e talvez de todo o


mundo que conhecemos, porque é a parte onipotente do homem", escreveu David
Bush. Um exemplo prático disso é alguém que vai dormir desejando acordar em uma

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determinada hora e, de fato, desperta exatamente naquele horário. Algo semelhante
ocorre quando vamos dormir pensando em um problema e, ao acordar na manhã
seguinte, a solução surge pronta em nossa mente. Fatos como esses ocorrem graças à
parte onisciente do homem, segundo Bush: "A mente subconsciente sabe tudo,
embora, é claro, ela deva ser adequadamente dirigida."(2)

Quando o subconsciente sofre com preocupações, sugestões negativas, idéias


rancorosas e visões pessimistas, ele tende a manifestar essas realidades abstratas na vida
prática através de um comportamento destrutivo, o que acaba por comprometer a
saúde.

Pela lei da vida, colhemos o que plantamos, e cada pensamento é uma semente. Toda
imagem mental tem importância para nosso comportamento e nosso destino. É
preciso zelar pela higiene da nossa "alma involuntária" para que ela seja uma fonte de
saúde e bem-estar, para nós e para os seres com quem nos relacionamos.

A mente subconsciente é diferente da mente cerebral porque ocupa todo o corpo


humano. Ela inclui a vitalidade de cada uma das suas células, e também tem consigo o
poder da intuição e da criatividade.

Através de sugestões, essa mente pode ser conscientemente influenciada e dirigida.


Uma sugestão é qualquer imagem, pensamento, idéia ou padrão vibratório introduzido
no subconsciente. Quando é impressionado, o subconsciente segue fielmente o plano
definido pela imaginação. Usando as suas várias inteligências involuntárias, ele cria
formas e imagens em cada instância da nossa vida conforme as orientações do padrão
central.

O sentimento de medo, por exemplo, é fonte de grande número de sugestões. Os


medos da velhice, do desemprego, da doença, da solidão e da morte são responsáveis
por enorme quantidade de impressões psíquicas negativas, produtoras de sofrimento.
Em compensação, o estudo da filosofia, a meditação, a prática do altruísmo, a busca da
sabedoria e o desenvolvimento do poder do otimismo geram sugestões positivas que
podem ser reforçadas no dia-a-dia pela auto-sugestão consciente.
E como podemos praticar a auto-sugestão, purificando e dirigindo a nossa mente
subconsciente? O método recomendado por Émile Coué é radicalmente simples. E, de
fato, teria de ser assim, porque a mente subconsciente não aceita complicações.
O praticante deve pegar um cordão e dar 20 nós nele. Desse modo o cordão se
transforma em um terço ou rosário improvisado que permitirá contar facilmente até
20. E então, à noite, no momento de dormir, e pela manhã, logo ao acordar, o
indivíduo deve dizer 20 vezes a seguinte frase, em voz alta, se possível, ou
mentalmente, se não houver outro jeito: "A cada dia, de todos os pontos de vista,
estou cada vez melhor."

Para Coué, como as palavras "de todos os pontos de vista" abrangem tudo, não há
necessidade de fazer auto-sugestão para casos específicos. O psicoterapeuta explica:

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"Essa auto-sugestão deve ser feita da maneira mais simples, mais infantil, mais
maquinal possível, e portanto sem o menor esforço. Em uma palavra, a fórmula deve
ser repetida no tom em que se rezam as ladainhas. Assim, consegue-se introduzi-la
mecanicamente no inconsciente, pelo ouvido, e tão logo penetre nele, ela age. A
pessoa deve seguir esse método durante toda a vida, porque não é só curativo, mas
também preventivo."(3)

Há desafios? Sim. A repetição das fórmulas de sugestão pode parecer uma situação
ridícula, especialmente para o praticante inexperiente. As forças magnéticas negativas,
ameaçadas de expulsão, tentam desmoralizar a nova prática despertando a sensação de
que se trata de algo inútil ou absurdo. Outra aparente dificuldade é que, com a
melhora diária do autocontrole, obstáculos que antes não nos chamavam atenção
passam a ficar, para todos os efeitos práticos, maiores do que eram antes. Dificuldades
até agora inconscientes saltam para o consciente, e será preciso enfrentá-las.

Apesar de todas as indicações em contrário, porém, a força da paciência e da


perseverança irá produzir seus frutos, e um saudável otimismo purificará a vida
mental e emocional. Assim se multiplicarão as oportunidades positivas, e os novos
desafios serão de um nível cada vez mais elevado.

A sugestão positiva consciente anula as sugestões negativas, que podem ocorrer a


qualquer momento, inconscientemente. Cada ser humano está imerso nas ondas
mentais e emocionais de seu país, de sua família, dos colegas de trabalho, das
multidões e do inconsciente coletivo. A mente subconsciente troca mensagens
telepáticas o tempo todo com a alma subconsciente de outros indivíduos. Para usar
um termo sânscrito, navegamos em um mar de skandhas ou "registros de ações
passadas", nossas e de outras pessoas. Esses skandhas produzem sugestões psíquicas,
isto é, nos estimulam o tempo todo a organizar nossa consciência deste ou daquele
modo, e a agir desta ou daquela maneira. Mas a decisão é nossa. Através de ações
físicas, emocionais e mentais, criamos a cada instante novos skandhas ou registros
cármicos que provocarão outras tantas sugestões no futuro. É assim que funciona a lei
do carma.

Cada pensamento elevado gera efeitos positivos e aumenta nossa autonomia pessoal.
Seja na fila do supermercado ou esperando o elevador, nossa mente não necessita estar
ociosa nem aberta às distrações. Escolhendo e memorizando alguns pensamentos
inspiradores, podemos meditar sobre eles a qualquer momento, aumentando a nossa
vitalidade psicológica. Aqui estão alguns pensamentos úteis:

. Estou em unidade com a fonte ilimitada da vida do universo. Essa vida flui através de
cada célula do meu corpo.

. Estou livre de memórias dolorosas, tristezas, apegos e rejeições. Estou na presença do


tempo eterno e do espaço infinito.

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. O espírito do bem avança diante de mim, tornando todos os meus caminhos fáceis,
saudáveis, prósperos e harmoniosos.

. Eu sou o capitão da minha alma e o senhor do meu destino. Meu poder interior
vence todos os obstáculos.

Outras tantas frases podem ser criadas pelo praticante. Mas é recomendável evitar
formulações específicas. Nossos desejos pessoais são freqüentemente equivocados, e a
vida nos mostra que o melhor para nós nem sempre é aquilo que desejamos. Além
disso, as formulações específicas atuam no mundo concreto, e sua energia densa não
tem eficácia. A formulação eficaz é genérica porque confia na vida e não pretende
manipular os planos inferiores do carma ou destino. Ela gera imagens positivas
abstratas que se materializarão no tempo e na forma que a vida considerar mais
adequados.

Notas

(1) Veja o "Diagrama de Meditação" de Helena Blavatsky, completo e com


comentários, no livro Três Caminhos Para a Paz Interior, Carlos Cardoso Aveline, Ed.
Teosófica, 2002, pp. 178-181.

(2) How to Put the Subconscious Mind to Work, David Bush, Kessinger Publishing,
Montana, EUA. Ver pp. 7 e 8.

(3) O Domínio de Si Mesmo Pela Auto-sugestão Consciente, de Émile Coué, Ed.


Martin Claret, SP. Ver p. 39.

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