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Teste de autoconhecimento
Aprendizagem e memória
Exemplo de uma conhecida rima para decorar o número de dias de cada mês:
Todas as técnicas pessoais de memorização podem resultar, mas resultam por pouco tem-
po, se não existir compreensão crítica das informações. Memorizar sem compreender é um
processo que deixa as informações "presas por alfinetes». E, por isso, muito falível. O estu-
dante que acumula conteúdos, de forma mecânica, faz um esforço inglório e desperdiça
o seu tempo. Frequentemente, baralha as ideias, sem consciência dos erros que comete.
Nas provas de avaliação, comporta-se como um papagaio, sem saber aquilo que diz.
É indispensável compreender o significado das informações que pretendemos memorizar
(adquirir, reter e recordar). A nossa memória põe de lado o que não compreende ou não
considera útil. Só as informações compreendidas ficam disponíveis para utilizar, quando for
necessário.
1.2 Organizar as ideias
Construir um edifício não é amontoar tijolos. Organizar uma biblioteca não é empilhar livros.
Aprender não é arquivar informações sem nexo no "ficheiro mental».
A capacidade de aprender e recordar aumenta quando os assuntos são bem estruturados
e fazem sentido. Memoriza-se melhor um todo organizado do que fragmentos isolados. E
por isso que os autores dos manuais se preocupam em arrumar, de forma coerente, os
conteúdos programáticos. E por isso também que os melhores alunos organizam esquemas
pessoais ou mapas de ideias com o essencial da informação que precisam de armazenar
na memória.
• Não perder de vista o todo. De vez em quando, é aconselhável dividir um tema em par-
tes para o estudar melhor, mas nunca se deve perder a ligação de cada parte com o
todo e das várias partes entre si.
2. Auto-avaliação
Depois de estudar e antes de prestar provas, o aluno deverá controlar a sua própria
aprendizagem, confirmando, através da auto--avaliação, se compreendeu e sabe expli-
car, por suas próprias palavras, o essencial dos conteúdos. A auto-avaliação é o exame
que cada aluno faz a si mesmo, para verificar o seu nível de conhecimentos e orientar o
seu trabalho.
Existem diversos processos de auto-avaliação, cada um dos quais com as suas vantagens.
2.1 Processos
Os processos de auto-avaliação devem ser seleccionados de acordo com a natureza das
provas de avaliação que o aluno está a preparar.
Antes de uma prova oral, o aluno pode verificar o que já sabe e o que ainda ignora, res-
pondendo a perguntas feitas por um colega, familiar ou amigo. É um treino semelhante ao
de muitos políticos que, antes de serem entrevistados («examinados»!) pelos Meios de
Comunicação Social, se submetem voluntariamente a uma série de perguntas elaboradas
pelos seus assessores. Um aluno mostra que domina um assunto, quando consegue explicá-
lo a outras pessoas, com clareza e rigor, por suas próprias palavras.
Antes de uma prova escrita, o aluno deve recorrer a processos que lhe permitam verificar o
seu nível de conhecimentos e, ao mesmo tempo, desenvolver a sua capacidade de dar
respostas por escrito.
• Elaboração de perguntas e respostas. Se, antes de uma avaliação, o aluno não tiver
acesso a uma prova-modelo, pode imaginar perguntas sobre os tópicos mais significativos
da matéria, tendo em conta o que o professor mais valorizou nas aulas. Escrever perguntas
e respostas é um processo eficaz para verificar os próprios conhecimentos e um «ensaio
geral» para as provas.
2.2 Vantagens
A auto-avaliação permite ao aluno tomar consciência do seu saber e da sua ignorância,
da sua competência ou da sua incompetência no domínio dos conteúdos. É uma bússola
que ajuda a orientar o estudo. Várias investigações provam que uma pessoa, quando tem
consciência do seu nível de competência, consegue uma aprendizagem mais rápida e
profunda. Quanto mais o aluno se conhecer a si próprio, melhor será o seu rendimento
escolar.
3. Revisão
Se um estudante verificou, através de uma auto-avaliação rigorosa, que domina a infor-
mação necessária para a prova de avaliação do dia seguinte, pode dormir descansado!
Mas, se voltar a precisar da mesma informação um mês depois, ainda se lembrará? Prova-
velmente, não!
Sempre que existe um longo intervalo entre a aprendizagem inicial e as provas, podemos
ser atraiçoados com falhas de memória. A revisão dos conteúdos é o único remédio eficaz
para combater o esquecimento. Praticar é a melhor forma de não esquecer.
Que motivos nos levam a esquecer? Será que o tempo decorrido depois da aprendizagem
deforma as lembranças como faz amarelecer as fotografias? Os investigadores da memó-
ria negam que o tempo, por si só, seja responsável pelo fenómeno do esquecimento. Atri-
buem o esquecimento essencialmente às interferências provocadas por outras actividades
e às motivações do indivíduo.
• Interferências. Todos sabemos, por experiência própria, que aquilo que se aprende em
último lugar está, em geral, mais fresco na memória. Isto significa que a aprendizagem de
novas informações pode inibir a recordação das mais antigas. Depois de uma pessoa
aprender o novo número do seu telefone, é natural que esqueça o anterior. Por vezes,
acontece o contrário. Uma pessoa pode sentir dificuldade em aprender um novo número
de telefone, por estar habituada ao anterior. Isto significa que também a recordação de
informações antigas, bem consolidadas na memória, pode interferir na aprendizagem das
novas.
• Motivações. As motivações do indivíduo (gostos, desejos, interesses) explicam alguns
esquecimentos. Os factores afectivos estão na base da aprendizagem e da memória.
Aquilo que não desperta o nosso interesse aprende-se com dificuldade e esquece-se
depressa. A memória recusa-se a trazer ao consciente assuntos indiferentes ou desagradá-
veis. Freud afirma que esquecemos aquilo que inconscientemente desejamos esquecer. «A
memória está sempre às ordens do coração», conclui Rivarol.
Um simples exemplo serve para ajudar a compreender o papel das interferências e das
motivações do indivíduo. Imagine que, numa festa, é apresentado a 10 pessoas desco-
nhecidas. Depois de ouvir o nome de todas elas, naturalmente recordará dois ou três
nomes. E que nomes conservou? Se todos os nomes lhe foram indiferentes, é provável que,
por efeito das interferências, se lembre melhor dos apresentados em último lugar. Mas, se
simpatizou com alguma pessoa em particular, recordará o seu nome por mais tempo,
independentemente do momento em que lhe foi apresentado. Pode lembrar o primeiro e
o quinto e ter esquecido o último. E o efeito das motivações do indivíduo ou dos factores
afectivos.
Classifica como Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada uma das seguintes
afirmações:
LISTA
Alimentação Vestuário Cores Computadores
LISTA
1 2 3 4
Verde Azul Monitor Roxo
Disco Casaco Peixe Teclado
Sumo Arroz Camisa Carne