Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Gestão do tempo
Conhece um pouco melhor o teu modo de gerir o tempo. Com toda a sinceridade, atribui 1
a 4 pontos a cada uma das seguintes afirmações, tendo em conta o que habitualmente
fazes:
1. A eficácia de um horário
É natural e saudável que um jovem estudante ocupe parte do seu tempo com a música, o
desporto, o convívio ou outras actividades sociais. Mas quem deseja ter sucesso escolar não
deve investir no estudo apenas o tempo que sobra das ocupações extra-escolares. Cabe
ao estudante (com a eventual ajuda dos país e dos professores) fazer a gestão do tempo,
de acordo com a sua escala de prioridades. É preciso dar mais tempo ao que é mais impor-
tante.
Uma das chaves da gestão racional do tempo está na elaboração de um horário semanal
para o estudo e para as outras actividades. Nesse horário, registam-se todas as ocupações
fixas ou obrigatórias, para além das aulas, e assinalam-se, de forma explícita, as horas previs-
tas para o estudo individual. Os períodos reservados ao estudo individual devem ser mais
longos nos dias com menos aulas.
O trabalho regular implica sempre alguma dose de sacrifício, mas traz as suas recompensas.
Na escola, é a única prevenção eficaz contra os perigos do estudo feito sob pressão, "à
última hora". E um verdadeiro seguro contra imprevistos.
2. O tempo de estudo
Há uma relação estreita entre o tempo dedicado ao estudo e os resultados escolares. Se
compararmos o rendimento de duas pessoas com capacidades intelectuais semelhantes,
veremos que vai mais longe aquela que dedica mais horas ao estudo. Acontece até que
muitos estudantes de ritmo lento (tipo "tartaruga») chegam a superar colegas rápidos (tipo
"lebre»), só porque começam mais cedo e são mais regulares na sua corrida.
Quantas horas por semana deve um aluno investir no estudo individual? Duas? Cinco? Dez?
Depende do ano de escolaridade, das capacidades e dos objectivos (mais ou menos
ambiciosos) de cada aluno. Naturalmente, o ensino secundário exige mais do que o ensino
básico. Mas o segredo está no método utilizado para aproveitar o tempo de estudo. Mais do
que estudar muito, é preciso estudar bem.
Com mais ou menos intervalos, uma boa sessão de estudo termina sempre com uma ava-
liação do trabalho realizado:
- "Dediquei ao estudo todo o tempo que tinha previsto?»
- -Distribuí bem o tempo pelas várias tarefas?»
- "Fiz intervalos adequados?"
- «Cumpri os meus objectivos?»
Uma avaliação sistemática da eficácia de cada sessão de estudo ajuda o aluno a corrigir
ou a aperfeiçoar a sua forma de gerir o tempo.
3. O local de estudo
Uma gestão eficaz do tempo exige um local de estudo fixo e com boas condições ambien-
tais: calma, arrumação e conforto.
• Calma. Embora haja alunos que gostam de trabalhar com algum som ambiente, a maioria
aproveita mais se estudar num clima de silêncio, sem barulhos, conversas ou telefonemas
que interrompam o trabalho. Estudar com música de fundo? Talvez, em alguns casos. Estu-
dar com a televisão ligada? Não! Ver televisão e estudar são ocupações incompatíveis,
porque ambas requerem toda a atenção.
Um aluno pode estudar em qualquer lugar (em bibliotecas, em cafés ou em jardins), mas
nem todos os lugares são igualmente eficazes para a aprendizagem. Há alunos que estu-
dam bem, mesmo sem as condições ideais. Isso significa que um bom local é condição
necessária, mas não suficiente. Um bom local (calmo, arrumado e confortável) só por si não
cria motivação.
Deficientes condições ambientais limitam a capacidade de trabalho. Em contrapartida, um
bom ambiente favorece a concentração, evita o cansaço e faz subir o rendimento intelec-
tual.
4. Ocupações extra-escolares
Um estudante que se preza dá prioridade ao trabalho escolar. Mas não precisa de viver
afogado em obrigações e sacrificar todas as outras actividades. A escola não é tudo na
vida de uma pessoa. O estudo e as ocupações extra-escolares podem e devem ser conci-
liados. Quanto mais organizado for o estudante, mais tempo livre lhe resta.
A questão fundamental está em saber seleccionar as actividades (desportivas, culturais ou
sociais) mais apropriadas para aproveitar os tempos livres. E pouco aconselhável lirnitar-se a
ver televisão, jogar computador ou navegar na Internet. Há outras actividades para todos os
gostos, todas as idades e todas as bolsas.
São sempre preferíveis as ocupações que promovam a saúde, o convívio e o contacto com
o mundo do trabalho.
• A saúde. Uma das ocupações mais saudáveis é o desporto. O exercício físico regular e
moderado (fazer natação, andar de bicicleta ou, simplesmente, andar a pé) é relaxante,
aumenta a sensação de bem-estar e dá um novo alento para o trabalho intelectual. O
ideal é cultivar "mente sã em corpo são”.
• O contacto com o mundo do trabalho. Na ocupação dos tempos livres, é proveitoso con-
tactar com pessoas de cursos e profissões diferentes. Durante as férias, os estudantes mais
velhos podem procurar trabalho ou oferecer-se para serviços de voluntariado. Não faltam
oportunidades. O contacto com o mundo do trabalho abre novos horizontes e ajuda o
estudante a ser mais realista nos seus projectos de futuro.
Síntese
Se desejas gerir bem o teu tempo
Dedica ao estudo as horas do dia em que o teu esforço pode render mais.
1. Classifica como Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada uma das seguintes afirmações:
15:00. O Pedro está cheio de boas intenções. Apesar de acreditar que a sua falta de jeito
para a Matemática é mal de família, pensa em dedicar-se ao estudo para o teste do dia
seguinte. Depois de ligar a aparelhagem, senta-se à secretária. No meio da habitual desar-
rumação, descobre uma revista sobre jogos de computador. Hesita um pouco, mas decide-
se a ler.
16:00. Ao telefone, confirma com o Ricardo a matéria do teste. Durante a aula, tinha estado
um pouco distraído. Em pouco tempo, a conversa desvia-se para um tema mais motivador:
as colegas da turma. O Pedro anda a curar a primeira frustração amorosa. A Inês não lhe sai
do pensamento.
17:30. Na cozinha, prepara uma tosta mista e um sumo. Transporta tudo para cima da secre-
tária. As migalhas espalham-se no manual e o sumo deixa marcas no dossier. De repente,
lembra-se que está na hora de ver um dos seus programas favoritos. Com a televisão no
quarto, vai visitando canais.
19:30. Despacha uma ficha de História, enquanto espreita a televisão.
20:00. Senta-se à mesa para jantar, procurando fugir às conversas sobre a escola. Ele sabe
que os pais não andam satisfeitos com as suas notas.
22:30. No quarto, desliga o computador, depois de várias ameaças do pai. Tenta estudar.
Quando se aproxima do último capítulo, sente o cansaço.
24:00. Reclinado na cama, o Pedro ainda resolve alguns exercícios, mas é atraiçoado pelo
sono, deixando cair o livro das mãos. Acorda, sobressaltado. Insiste. Pouco depois, desiste e
justifica-se: «Com um bocado de sorte, esta matéria nem sai no teste...»
4, Elabora o teu horário semanal. Regista, em primeiro lugar, todas as actividades fixas ou
obrigatórias: aulas e compromissos extra-escolares. Assinala, em seguida, os períodos reser-
vados ao estudo individual, investindo mais tempo nos dias com menos aulas. Se gostares,
utiliza cores diferentes para distinguir as horas dedicadas a cada tipo de ocupação. Importa
um horário realista para cumprir e não apenas para causar boa impressão junto dos pais ou
dos professores.
Horas 2ª F 3ª F 4ª F 5ª F 6ª F Sáb Dom
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
Soluções:
1.
V = 4, 6, 7, 10
F = 1, 2, 3, 5, 8, 9