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DINÂMICA GRUPAL:
Olhar com Textos
Danúzio Carneiro
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DINÂMICA GRUPAL:
Olhar com Textos
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
SOBRE O AUTOR
APRESENTAÇÃO
Dinâmica grupal, olhar com textos. O título indica uma ação duplamente
lógica: de um lado, esta é apenas uma coletânea de nove textos que, de maneira
diversificada, lançam um olhar sobre a Dinâmica Grupal. Por outro lado, em seis
desses textos, há contextos específicos que devem ser observados com muita
atenção. Inclusive porque neles são enunciadas, de maneira mais ou menos
explicita, teses referentes aos múltiplos aspectos (ético, político, religioso etc.) que
dão fundamentação para que a Dinâmica Grupal possa ser considerada uma
ciência, uma arte e ainda uma filosofia. Desse modo, na apresentação sumária de
cada texto que será feita a seguir, observar que os três primeiros são textos básicos,
pois contêm os fundamentos desse saber sobre a grupalidade humana. Já os seis
últimos, são os textos-contextos contendo teses referentes à Dinâmica Grupal.
O primeiro texto é um esquema didático sobre o que é, qual é a história,
como se classifica, e como se aplica a Dinâmica Grupal. Nele são dadas
respostas que indicam que a dinâmica grupal tem uma estrutura conceitual, um
arcabouço histórico, um esquema classificatório e uma multiplicidade de campos de
aplicação clara e sumariamente bem definidos. Em verdade, esse texto é apenas um
resumo da apostila “Dinâmica Grupal: Conceituação, História, Classificação e
Campos de Aplicação” que foi publicada pelo autor.
O segundo texto é uma síntese sobre a mais consistente teoria aplicada à
Dinâmica Grupal: a do Grupo Operativo. Nesse texto, que foi publicado na Revista
de Humanidades da Universidade de Fortaleza (UNIFOR, Centro de Ciências
Humanas, No 4, Ano 6, 1989), também apresento alguns dados sobre a
aplicabilidade e limitações dessa técnica, elaborada pelo psicanalista argentino
Enrique Pichon-Rivière.
No terceiro texto é feito um sumário teórico sobre o que é, qual a gênese,
como se classifica e quais as patologias que, de acordo com os termos da Teoria
como figura igualmente gestáltica, a duplicidade do olhar. Esse duplo, por sua vez,
está desenhado de tal modo que nos lembra o que acontece durante os processos
grupais em que ocorrem múltiplos olhares em duplicidade de ação, por exemplo:
olhar que projeta, olhar que introjeta; olhar do vínculo interno, olhar do vínculo
externo; olhar da identificação, olhar da alteridade; olhar da percepção, olhar da
eleição sociométrica; etc. Portanto, repetindo e concluindo: um duplo olhar é o que,
principalmente, quero que seja considerado nesta obra.
Danúzio Carneiro
Fortaleza, Novembro de 2001
3 - Classificação
A dinâmica de grupo é uma ciência Interdisciplinar. No entanto, primariamente
pode ser classificada como um ramo da psicologia social, e secundariamente
como ramo da sociologia.
1.1. Psicologia
Individual
1.1.2. Psicanálise
(Psicologia Dinâmica)
1. Psicologia
1.2. Psicologia
Social
Dinâmica
Grupal
2.1. Micro-Sociologia
2. Sociologia
2.2. Macro-Sociologia
Grupos de Encontro
Gestalterapia
Grupo Operativo
4. Campos de Aplicação
A Dinâmica Grupal é uma ciência humana interdisciplinar; em conseqüência, são
múltiplos os campos de aplicação dos seus conhecimentos - saúde, educação,
administração de empresas, serviço social etc.
4.1. Na área de saúde é onde se situam os resultados mais promissores das
aplicações práticas da dinâmica de grupo. Por exemplo, na saúde mental,
técnicas grupais para o diagnóstico e o tratamento de distúrbios da
personalidade são largamente utilizadas. Também as psicoterapias
grupais, como o psicodrama por exemplo, já dispõem de uma estrutura
conceitual e operativa bem definida, estando a eficácia de seus métodos
comprovada cientificamente.
Técnicas grupais ainda são utilizadas como adjuvantes no tratamento
de pessoas com doenças orgânicas estabelecidas - Grupos Operativos
com portadores de nefropatias, tuberculoses etc.. Outra doença é o
Bibliografia
AMADO, Gilles; GUITTET, André - A Dinâmica da comunicação nos grupos. Rio de
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MAXIMIANO, Antônio César Amaru – Introdução à administração. São Paulo: Atlas,
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PICHON-RIVIÈRE, Enrique - O Processo grupal. São Paulo: Martins Fontes,1982
1 - Introdução
Neste trabalho me proponho a fazer uma síntese dos principais conceitos
relacionados à técnica do Grupo Operativo (GO). Nele, também, apresento
algumas reflexões sobre as limitações e a aplicabilidade dos conhecimentos dessa
técnica.
Os primeiros grupos operativos foram introduzidos em 1957 pelo médico e
psicanalista argentino Enrique Pichon-Rivière na sua famosa “Experiência Rosario“.
A partir dessa experiência, Pichon-Rivière procurou elaborar uma teoria integrativa
dos processos de mudança em grupo, baseado numa metodologia interdisciplinar
que inclui os conhecimentos dos postulados de Kurt Lewin, da teoria psicanalítica
(tanto freudiana como kleiniana) e dos achados da psicologia social, da sociologia e
da teoria da comunicação.
Ressalte-se que ‘Grupo Operativo’ não é um termo utilizado para se referir a
uma técnica específica de grupos – como o psicodrama, por exemplo, nem a um
tipo determinado de grupo classificado em função de seu objetivo único – por
exemplo, grupo terapêutico, grupo de aprendizagem ou grupo de discussão, mas
refere-se a uma forma de pensar e operar que pode se aplicar à coordenação da
diversidade de tipos e momentos grupais, existindo, portanto, Grupos Operativos
com atividade terapêutica, de aprendizagem, de reflexão entre outros.
2 - Os Conceitos de Grupo e de Grupo Operativo
Para uma melhor compreensão do significado da técnica do Grupo Operativo,
torna-se necessário esclarecer o conceito de grupo delineado por Pichon-Rivière.
Pichon-Rivière entende grupo como um “conjunto de pessoas ligadas entre si
por constantes de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação
interna, que se propõe, de forma explícita ou implícita, a uma tarefa que constitui
sua finalidade”.
situação de aprendizagem gera, nos sujeitos que dela participam, dois medos
básicos que são caracterizados como: (a) Medo de perda, (b) Medo de ataque.
(a) Medo de perda do equilíbrio já obtido na situação anterior.
(b) Medo de ataque determinado por uma nova situação a qual o sujeito não
conhece e nem se sente adequadamente instrumentado para enfrentá-
la.
Esses dois medos básicos, que coexistem e cooperam entre si, configuram,
quando aumenta seu montante, uma situação de resistência à mudança, e isto
dificulta a comunicação, estereotipa a aprendizagem, e paralisa o desenvolvimento
do grupo.
Portanto, também é necessário não só uma abordagem planificada da tarefa
explícita, mas ainda a resolução dos medos e conflitos surgidos durante estas
situações de aprendizagem, o que significa a resolução da tarefa implícita.
4 - O Funcionamento do Grupo Operativo
Na busca do seu objetivo, ou seja, a realização de uma tarefa que
compreende simultaneamente os processos de integração, aprendizagem e
produtividade, o grupo passa por diversas instâncias, das quais duas são mais
significativas: etapas temporais, momentos dinâmicos.
1. As etapas temporais são três: abertura, desenvolvimento e fechamento das
atividades grupais.
2. Os momentos dinâmicos em que se divide a realização de uma tarefa grupal
também são três: pré-tarefa, tarefa, projeto.
a. No momento da pré–tarefa há o predomínio de condutas significativas
dos medos da resistência à mudança. Essas condutas, que paralisam o
prosseguimento do trabalho grupal (4), se manifestam por uma situação
de impostura, assim, ocorre algo ‘como se’ – “como se o grupo
trabalhasse” , “como se efetuasse alguma tarefa específica”. Quer dizer,
o grupo realiza uma série de ações para passar o tempo (protelação
atrás da qual se oculta a impossibilidade de suportar as frustrações do
início e do término da tarefa), e postergar a abordagem da tarefa. Esse
momento é habitual no desenvolvimento de qualquer trabalho de grupo.
Porém, se a conduta estereotipada adquirir uma rigidez crescente, o
desenvolvimento e a produtividade grupal tornar-se-ão nulas.
casa, de amigo nas relações sociais, etc. Estabelece-se assim um permanente jogo
entre o assumir e o atribuir papéis. Todas as relações interpessoais em um grupo
social são regidas por este permanente interjogo de papéis, e é isto, o que,
precisamente, cria a coerência entre os vínculos individuais e grupais.
A teoria de papéis baseia-se na teoria do vínculo, a qual, por sua vez, se
relaciona à teoria das relações de objeto: Uma relação objetal é uma estrutura na
qual estão incluídos um sujeito e um objeto, que estabelecem entre si uma relação
particular - por exemplo, a dupla formada pelo recém-nascido e sua mãe. Ao ser
introjetada, essa relação de objeto passa a constituir a estrutura interna do vínculo,
que, no entanto, inclui um outro campo: o psicológico externo.
Assim temos: (a) o campo interno do vínculo está constituído pelo objeto
e sua relação internalizada; (b) o vínculo externo, que é “aquilo que interessa do
ponto de vista psicossocial“ sendo tudo aquilo que parte do indivíduo para fora, ou
seja, são suas relações com o mundo exterior a si.
É claro que ambos os campos psicológicos são mutuamente
interdependentes, e que os papéis que estão incluídos pelo campo externo são
também resultado do significado ou interpretação particular que o sujeito dá a eles
ao assumi-los ou atribuí-los - por exemplo, é principalmente o significado particular
que cada pessoa dá ao papel de líder que diferencia as lideranças nos tipos
autocrática, democrática e laissez -faire.
Em resumo, o grupo se estrutura com base na organização de um ECRO-
Grupal. Esse, por sua vez, tem sua existência dependente dos múltiplos vínculos
que os componentes do grupo estabelecem entre si.
6 - Características do Grupo Operativo
Pelo que foi afirmado anteriormente, pode-se concluir que as características
básicas do GO são a planificação e a interdisciplinaridade.
Na planificação leva-se em consideração o momento vivenciado no aqui-
agora grupal (pré-tarefa, tarefa, projeto), e também a interdisciplinaridade. Essa,
conforme afirmação anterior, tem sua base genética na teoria dos papéis e, durante
as atividades de GO, se efetiva na formação de grupos heterogêneos.
A partir dessa lógica, Pichon-Rivière enunciou uma lei básica para a técnica
do GO: quanto maior a heterogeneidade entre os membros de um grupo, e maior a
homogeneidade na tarefa, maior a produtividade grupal.
No que se refere aos papéis, num GO, podem ser observados tanto papéis
formalmente estabelecidos – exemplos: coordenador e observador de atividades
grupais, como também papéis que emergem na “informalidade” das atividades do
grupo – exemplos: papéis de líder, porta-voz e bode expiatório.
– O líder é aquele indivíduo que, no acontecer grupal, se faz depositário
dos aspectos positivos do grupo, tornando-se uma espécie de direcionador
das diversas atividades desenvolvidas pela grupalidade.
– O porta-voz é o membro que, em um dado momento, denuncia o
acontecer grupal, as fantasias que o moveu, as ansiedades e as
necessidades de autonomia e totalidade. Nele, se conjugam o que Pichon-
Rivière chamou de verticalidade e horizontalidade grupal. Entendendo-se
por verticalidade aquilo que se refere à história pessoal do sujeito, e por
horizontalidade o processo atual que acontece no aqui-agora da totalidade
dos membros.
– O bode expiatório, ao contrário do líder, se faz depositário dos aspectos
negativos e aterrorizantes da tarefa ou do grupo. Nessas situações,
aparecem os mecanismos de segregação que fazem com que este
membro seja isolado das atividades em andamento.
Quanto aos papéis “formais”, o coordenador tem como tarefa refletir com o
grupo sobre a relação que os seus integrantes estabelecem entre si e com a tarefa
prescrita. Co-pensar e co-trabalhar em grupos lhe dá condições de estar atento ao
esquema referencial estruturado no momento, permitindo-lhe, assim, regular um
nível ótimo de ansiedade grupal. Em conseqüência disso, ocorre a facilitação do
posicionamento e da decisão grupal.
O coordenador pode integrar-se numa equipe com um observador. Esse é
geralmente não participativo, e sua função consiste em recolher todo material
verbal e não verbal expresso no grupo, com o objetivo de ‘realimentar’ o
coordenador facilitando a utilização das técnicas de condução.
7 - Avaliação de Grupo Operativo
A constatação sistemática de certos fenômenos que se apresentam em sessões de
GO levou Pichon-Rivière à elaborar uma escala de avaliação dos processos de
interação grupal.
Essa escala, ele chamou de Esquema do Cone Invertido, pois utilizou a
figura de um cone invertido para “graficar” a dinâmica entre o explícito e o implícito
Bibliografia
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1 - Concepção Histórica
O termo papel é derivado do teatro, e foi introduzido em 1932 na Dinâmica
Grupal, uma ciência que se origina simultaneamente da Sociologia e da Psicologia
Social, pelo psiquiatra e criador do Psicodrama e da Sociometria, Jacob Levy
Moreno.
Para Moreno, o papel indicaria a posição (status) que a pessoa assume
dentro da sociedade. Essa concepção é semelhante ao da Sociologia atual, que
assim define o papel social: padrão determinado de comportamento que reflete e
caracteriza uma posição especial do indivíduo dentro do grupo humano a que
pertence.
2 - Gênese
Os termos teóricos sobre a origem dos papéis numa vida humana ainda estão mal
delineados. Moreno apenas categorizou a sua natureza, ou seja, disse do papel
como um “eu tangível”. Contudo, é na psicanálise onde se encontra a
fundamentação mais consistente para explicar geneticamente os múltiplos papéis
que um ser humano pode desempenhar em suas relações sociais. Sobre isso,
apresenta-se uma síntese teórica considerando os postulados de duas vertentes
psicanalíticas: Escola Kleiniana e Psicologia do Ego.
Enrique Pichon-Rivière, um psiquiatra e psicanalista da Escola Kleiniana que criou
a técnica do Grupo Operativo, busca explicar a genética dos papéis sociais com sua
Teoria do Vínculo.
Para Pichon-Rivière, vínculo é a unidade primária da interação social. O vínculo
inclui um sujeito, um objeto, sua interação recíproca e, no caso dos indivíduos
adultos, a mútua compreensão de que há comunicação e aprendizagem.
Ele coloca na base de todo vínculo uma relação objetal. Essa, que é
primordialmente estabelecida na díade formada entre o recém-nascido e sua mãe, é
uma relação especial, pois, sempre para o bebê, e em certas circunstâncias para a
mãe, não há diferenciação entre um Eu e um Tu e, consequentemente, não há
discernimento quanto à interação social que é estabelecida.
3 - Classificação
Familiar
Natural
Tribal, Etc.
Formal
Ocupacional
Artificial Funcional
Oficial, Etc.
Papel Social
Líder
Porta-Voz
Boicotador
Considerando o esquema do sociólogo Max Weber, os papéis formais são
geralmente atribuídos de dois modos: (1) através de um estatuto legal, no caso dos
papéis burocráticos-funcionais; (2) através de um sistema de crenças numa
dignidade ou santidade que conferem legitimidade social, no caso das funções
patriarcais-naturais.
Quanto aos papéis informais, seria mais pertinente relacioná-los à dominação
carismática, pois, ainda conforme o esquema weberiano, esses papéis traduzem um
movimento de regressão, isto é, ocorrem com a substituição dos quadros lógicos de
raciocínio pelas formas de natureza mágica.
Considerando também o esquema de Pichon-Rivière, observa-se que nos
papéis formais, de uma maneira geral, predominam os elementos comportamentais
mais relacionados ao vínculo externo, ou seja, comunicabilidade, sociabilidade etc.
No entanto, deve-se lembrar que é a natureza do vínculo interno que confere o
Bibliografia
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1O - Introdução Teórica
Pelo que sabemos, o conceito de projeto foi introduzido na Dinâmica Grupal pelo
psiquiatra e psicanalista argentino Enrique Pichon-Rivière em sua teoria e técnica do
Grupo Operativo.
Para Pichon, o projeto surge como emergente da tarefa executada por um
grupo, e seu surgimento dá-se quando todos os membros conseguem visualizar um
objetivo para essa grupalidade. Isto é, quando têm conhecimento de que pertencem
a uma estrutura grupal específica, com objetivos também específicos.
Podemos dizer que toda elaboração pichoniana sobre o projeto resume-se a
esta constatação. Pois ele, ao contrário do conceito de tarefa, não aprofundou os
aspectos teóricos em relação a essa proposição, e praticamente não deixou
nenhuma diretriz sobre a aplicabilidade do seu conceito de projeto.
Quanto a isso, uma crítica que se poderia fazer a Pichon é que ele pouco se
preocupou em desenvolver a idéia de projeto, certamente devido à sua formação
básica ter se dado no campo de uma psicanálise (individual) cujos princípios e
regras determinam uma postura abstinente para o analista durante a condução do
processo terapêutico. Isso implica em preceituar que a condução terapêutica seja a
mais neutra e a menos diretiva possível, devendo então o profissional limitar-se,
quase que exclusivamente, a interpretar e a assinalar sobre o discurso do
analisando.
Uma outra crítica relativa à sua idéia de projeto pode ser formulada em
relação a uma atribuição de abrangência para o termo tarefa que ele propõe.
Pichon-Rivière procurou elaborar uma teoria integrativa para o processo de
resolução da tarefa baseado numa metodologia interdisciplinar que inclui os
postulados da Psicologia Topológica de Kurt Lewin, da Razão Crítica e Dialética de
Jean Paul Sartre, e do Psicodrama de Jacob Levy Moreno.
1. Da topologia lewiniana, o princípio da contemporaneidade foi absorvido na
idéia do aqui-agora como expressão da horizontalidade dos processos
grupais;
2. A proposição dialética de Sartre foi absorvida de dois modos: um é
específico e diz respeito à idéia de que é uma necessidade o que impulsiona
o grupo. Quanto a isso, observa-se que Pichon-Rivière ampliou o conceito
sartreano de necessidade - além dos fatores sócio-econômicos, incluiu os
Ainda na mesma Arendt, outras passagens que reforçam essa idéia. Cito
mais uma: Ë significativo que a palavra social seja de origem romana, sem
qualquer equivalente na língua ou no pensamento grego. Não obstante, o uso
latino da palavra societas tinha também originalmente uma acepção
claramente política, indicava certa aliança entre pessoas para um fim
específico, como quando os homens se organizam para dominar outros ou
para cometer um crime. Somente com o ulterior conceito (da era cristã) de
uma societas generis humani, uma sociedade da espécie humana, é que o
termo social começa a adquirir o sentido geral de condição humana
fundamental.
Em outras fontes bibliográficas pode-se também encontrar outros dados que,
mais explicitamente, fundamentam a mesma tese. Por exemplo, a pensadora
francesa Elisabeth Badinter, em sua obra Um Amor Conquistado: o Mito do
Amor Materno” (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, pagina 30), afirma:
Cidadã de Atenas ou de Roma, a mulher tinha durante toda a sua vida uma
condição jurídica de menor, ou pouco diferente da condição de seus filhos.
Foi preciso esperar a palavra de Cristo para que as coisas se modificassem.
Guiado por esse princípio revolucionário que é o amor, Jesus proclamou que
a autoridade paterna não se estabelecera no interesse do pai, mas no do filho,
e que a esposa-mãe não era sua escrava, mas sua companheira.
Desse modo, pode-se também concluir que, como não poderia haver a
constituição do grupo familiar, antes de Cristo não poderia haver o que na
atualidade se conhece por sociedade (sociabilidade) humana. Isto acontece porque
a família, como o protótipo dos grupos primários, é a primeira e principal base da
dinâmica social do ser humano.
Como tentativa de fundamento para a Segunda Tese, ou seja, a de que é
notavelmente pertinente a relação entre os termos da missão cristã e a ciência da
Dinâmica Grupal, apresentarei quatro fragmentos de comentários sobre aspectos e
palavras dos Evangelhos.
1) A cruz é, em alegoria, representativa de um cruzamento entre a dimensão
individual (expressa na sua vertical subjetividade) e a dimensão grupal
(expressa na horizontalidade objetivada socialmente) do ser humano.
Sobre isso, num artigo jornalístico (O Povo, “Jornal do Leitor”, 01/02/1998)
denominado de A geometria Evangélica da Cruz, o padre cearense Antônio
Vieira diz: Não foi sem razão que Cristo escolheu a cruz como instrumento
de sua paixão e morte. Além de ser o mais torturante e crucial dos
suplícios aplicados aos crimes mais ominosos e abjetos, para Cristo tinha
uma dimensão infinita e universal de sua missão redentora (...) A cruz é a
figura geométrica mais perfeita, mais rica de simbolismo, mais refulgente
de motivações místicas e espirituais. A matemática na sua estrutura álgida
de certeza e exatidão absolutas, pontifica que se duas paralelas se
encontrassem na plenitude dos tempos, unindo o céu à terra, Deus ao
homem (...) Cristo é linha vertical que liga o céu à terra. A humanidade é a
linha horizontal, distendida no tempo e no espaço, marcando a direção e
destino da história (...).
2) “Cristo, objetivamente, percebeu a especial fertilidade da organização grupo
humano. Ele manifestou isso, de maneira acurada, no episódio do Milagre da
Multiplicação dos Pães. Esse foi assim descrito por Lucas (9,14): Jesus,
porém, disse aos seus discípulos - fazei a multidão acomodar-se por
grupos. Assim fizeram, e todos se acomodaram. E tomando os cinco pães
e os dois peixes, Ele os abençoou e deu aos discípulos para que
distribuíssem à multidão. Todos comeram e foram saciados.
Quanto a isso, num opúsculo chamado de Bíblia e Organização Popular,
pertencente à série Estudos Bíblicos (Petrópolis: Vozes, 1985), está escrito:
Jesus propõe (no Milagre da Multiplicação dos Pães) a divisão do povo em
pequenos grupos para facilitar a descoberta, através do diálogo, de sua
própria situação. A massa reunida só é capaz de ter força, quando
organizada.
3) De acordo com a teoria do Grupo Operativo, que foi concebida pelo psiquiatra e
psicanalista argentino Enrique Pichon-Rivière, quando em tarefa, num grupo
emergem, de maneira informal e muitas vezes de modo inconsciente para seus
membros, quatro tipos de papéis sociais: líder, porta-voz, bode expiatório,
boicotador. Cristo, de maneira explicitamente consciente, assumiu esses quatro
papéis: (1) Líder glorificado na entrada triunfal em Jerusalém; (2) Porta-voz do
divino entre os homens como está em João 15-21: Eu rogarei ao Pai, e Ele vos
dará um outro defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito
da Verdade); (3) Bode expiatório para remissão dos pecados da humanidade;
(4) Boicotador para aqueles, como os da seita dos Zelotas, que queriam
restringir a sua tarefa apenas ao aspecto da libertação do jugo romano pelo seu
povo.
4) Finalmente, deve-se ressaltar que Cristo operacionalizou seus ensinamentos
através do grupo dos doze apóstolos. Com eles, inclusive, os dados indicam
que manteve uma relação típica do que se chama atualmente de liderança
democrática. Ou seja, aquele líder que age com reciprocidade, e antes de tomar
uma decisão, como nos informa Mateus (16.13) “consulta a base”. Isto é: Jesus
perguntou aos seus discípulos: ‘Quem dizem os homens ser o Filho do
Homem? (...) E vós quem dizeis que eu sou?’ Simão Pedro respondeu: ‘Tu
és o Messias, o Filho do Deus vivo’. Respondendo Jesus lhe disse: ‘Tu és
Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja”.
Bibliografia
Carneiro, Francisco Danúzio de Macêdo - K. Raymund Popper e outras coisas.
Ensaio não publicado (quatro páginas), Fortaleza, agosto de 1996.
Heinemann, Fritz. A flosofia no século XX (tradução e prefácio de Alexandre F.
Morujão). 3ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1983.
Husserl, Edmund. Investigações lógicas: sexta investigação: elementos de uma
elucidação fenomenológica do conhecimento (seleção e tradução de
Zeljko Loparié e Andréa Maria Altino de Campos Loparié). - São Paulo:
Abril Cultural, 1980 (Os pensadores).
Kant, Immanuel - Crítica da razão pura; (tradução de Valério Rodhen e Udo Baldur
Moosburger). – São Paulo: Abril Cultural, 1980 – (Os pensadores).
Landim, Raimundo do Nascimento Batista - Ética e realidade: apontamentos
metafísicos acerca da fundamentação ontológica da avaliação moral hoje.
Revista de Humanidade Ano 8-1992, Fortaleza-Ce, Centro de Ciências
Humanas da Universidade de Fortaleza, Anual.
Mora, José Ferrater – Dicionário de filosofia; (tradução Roberto Leal Ferreira,
Álvaro Cabral). São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Introdução
Ainda no começo de minha carreira como psiquiatra, e no mesmo tempo em
que começava a formação psicodramática, fui presenteado com um álbum sobre
Picasso... Após uns vinte anos de vivências com a Dinâmica Grupal, e também de
diversas leituras e “olhares” críticos sobre o Cubismo, comecei a observar que havia
diversas pertinências entre os termos da Dinâmica e do Cubismo. Daí por diante,
passei a fazer comparações e anotações entre o que essa crítica especializada dizia
sobre o Cubismo, e o que eu sabia sobre a Dinâmica Grupal. Neste trabalho
apresento sete das anotações já realizadas.
Elas consistem numa espécie de narrativa com ilustrações de seis obras
cubistas. Antes de apresentá-las, quero ressaltar duas coisas: certa vez Picasso
ironizou: matemática, trigonometria, química, psicanálise, música e sabe Deus
o quê, todas procuraram explicar o cubismo. mas tudo isso não tem sido mais
do que palavras, nonsense, e produziu o terrível resultado de cegar as pessoas
com a ciência (1). Sobre essa ironia ressalto que a minha pretensão não é explicar
o Cubismo através da Dinâmica Grupal, nem vice-versa; mas sim, como o próprio
termo em tese indica, através de anotações “livremente” escritas, e aleatoriamente
apresentadas, pretendo mostrar que há múltiplas e simultâneas pertinências entre
os dois saberes; como o título torna explícito, considero a hipótese deste trabalho vir
a ser um simulacro, um blefe, ou mesmo, conforme uma lógica dita neo-positivista
que se apregoa como verdadeira, uma mentira. Quanto a isso, novamente recorro a
uma genial afirmativa de Picasso: A arte é uma mentira que nos permite atingir a
verdade (2), para concluir que o meu maior desejo é que destas “mentiras” sejam
tiradas novas e sempre necessárias verdades, tanto para o Cubismo, como para a
Dinâmica Grupal.
partes num mesmo plano (planeidade). Idem para a dinâmica grupal que
representa os seus “objetos” num só plano espaço-temporal: o do aqui-agora (hic et
nunc).
Uma outra crítica confirma essa relação diádica dizendo: Durante seis anos
Picasso e Braque, os únicos a se compreenderem e a se apoiarem um ao
outro, conduzirão juntos a desintegração das formas e sua recomposição
numa nova óptica. É esse o único momento em que, falando da pintura,
Picasso dirá nós (9).
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Ilustrações
Ilustração 2 - Homem com um violão, Georges Braque 1911, Óleo sobre tela
Ilustração 7 - Lês demoiselles d`Avignon, Pablo Picasso, 1907, Óleo sobre tela
Ilustração 8 - Homem num café - Juán Gris, 1912, Óleo sobre tela
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Bibliografia
(1), (2) O pensamento vivo de Picasso, Coordenação editorial Martin Claret,
Pesquisa de texto e tradução José Geraldo Simões Jr. São Paulo: Martin
Claret Editores, 1985, pag. 70
(3) Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo-Rio de Janeiro: Enciclopaedia
Britannica do Brasil, 1979. (Verbete: Cubismo) Pág. 3096.
(4) Burke, Peter – Vico, tradução de Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Editora da
Universidade Estadual Paulista, 1997. (Contracapa).
(5) Naffah Neto, Alfredo. Psicodrama: descolonizando o imaginário (um ensaio sobre
J.L.Moreno). São Paulo: Brasiliense, 1979. (pág. 53)
(6) Harris, Nathaniel - Vida e obra de Picasso; tradução de Talita M. Rodrigues. Rio
de Janeiro, Ediouro 1995. Pág. 49
(7) Baremblitt, Gregório – Grupos: teoria e técnica. Rio de Janeiro: Edições Graal,
1986. Pág 185
(8) Cottington, David – Cubismo, Tradução: Luiz Antônio Araújo. São Paulo: Cosac
& Naify Edições, 1999 (Pág. 56)
(9) Giroud, Françoise - O Século de Picasso, In: O pensamento vivo de Picasso,
Martin Claret Editores, 1985, pag. 23
(10) Cottington, David – Cubismo, Tradução: Luiz Antônio Araújo. São Paulo:
Cosac & Naify Edições, 1999 (Pág 9)
(11) Picasso e o cubismo. São Paulo: Editora Globo, 1997. Coleção de Arte (Sem
autor). (Pág. 04)
(12) Cottington, David – Cubismo, Tradução: Luiz Antônio Araújo. São Paulo: Cosac
& Naify Edições, 1999 (Pág. 55)
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SOBRE O AUTOR