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A ESTRUTURA DA MATÉRIA

SEGUNDO OS ESPÍRITOS
2ª Edição
Revista e Ampliada

Primeira Parte

Ditado por espíritos diversos

R e c e b i d o p o r P. A. F e r r e i r a

Esta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer


meio, sem autorização prévia do autor, desde que se o faça integral e
gratuitamente, de modo a preservar seu espírito inicial que é o de
incentivar a integração da Ciência e do Espiritismo e o progresso da
humanidade no sentido científico e moral.

Dedicatória

Dedico este livro à minha mulher Lucia e aos meus

filhos Paulo, Alexandre e Maria Lucia, minha família

desde muitas encarnações, e meus companheiros de

jornada neste e no outro mundo, o virtual. Esqueçamos

o passado caminhando sempre em frente, sempre juntos,

mesmo quando temporariamente em universos diferentes,

sempre unidos pelo amor.


Sumário
Dedicatória

Prefácio

Introdução

Primeira Parte - Princípios

1. A Dimensão Mental

2. Os Campos

3. Os Quarks

4. O Campo Gravitacional

5. O Movimento

S e g u n d a P a r t e - O U n i v e r s o D u a l (Link)

Prefácio
Desde criança me interessava por tudo que dizia respeito à ciência e por
tudo que se referia às religiões, ao misticismo e ao ocultismo. Minha vida
sempre esteve dividida entre estas duas áreas de pensamento e não
conseguia conciliá-las. Quanto mais me aprofundava nos estudos das
duas, mais difícil ficava encontrar uma ligação entre elas, uma
cosmologia que aceitasse a existência da alma nos fatos científicos. Lia
de tudo, religiões orientais, terapia de vidas passadas, Teorias da
Relatividade e Teoria Quântica. Formado em duas Engenharias, fiz
mestrados em três áreas e um programa de doutorado, que abandonei
no final devido ao trabalho intenso em um projeto de pesquisa do qual
era Gerente. Simultaneamente, freqüentei por vinte anos a Ordem
Rosacruz, depois a Meditação Transcendental e, finalmente, mudei para
o Espiritismo de Allan Kardec.

Todos aqueles estudos foram interrompidos com o falecimento de meu


filho Alexandre, em condições trágicas, o que me trouxe um sofrimento
que poucas pessoas conseguem entender. Mas os estudos de Espiritismo
pareciam ter me preparado para o que estava por acontecer. Minha fé
não diminuiu, jamais duvidei da justiça divina ou alimentei pensamentos
de vingança. Minha única preocupação era com o estado do Alex na
outra vida. Aos poucos fui recebendo notícias dele através de médiuns e
de mensagens que afloravam inteiras na minha mente. Minha mulher,
também começou a receber mensagens e fomos nos tranqüilizando ao
saber que ele estava muito bem e preocupado conosco, com nosso
estado de saúde, afetada agora por doenças psicossomáticas.

As lições contidas nesta monografia são uma demonstração do cuidado,


preocupação e carinho que ele sempre teve conosco. Mas à medida que
ia recebendo essas mensagens ia me convencendo de que havia um
propósito a mais, além do consolo que o Alexandre procurava nos trazer:
o esboço de teoria que estava sendo transmitido ia se constituindo no
elo que faltava para a conexão entre a Ciência e o Espiritismo.

Devido à impossibilidade de reproduzir os fenômenos espíritas de forma


cientificamente controlada, os cientistas raramente se dedicaram aos
estudos metafísicos. Por outro lado, a inegável existência de charlatões
e religiosos de pouca virtude, o sucesso permitido a indivíduos
motivados por instintos latentes de ganância e sede de poder, o
conseqüente aumento da distância entre as classes, a falta de
segurança da população, a miséria, a impunidade, a utilização da
tecnologia para incrementar a violência e a destruição da natureza,
resultaram na perda, pela maioria das pessoas, dos ideais mais nobres e
da fé na existência de vida após a morte.

A certeza absoluta no potencial da ciência para tudo explicar em termos


científicos, até mesmo nossas emoções, nossas tendências inatas e
nossos sentimentos, não deixou espaço para a alma e para as religiões
que passaram a ser vistas como superstições. Afinal, onde se situariam o
céu e o inferno após as explorações espaciais? De que matéria seria
constituída a alma se a ciência já perscrutou o interior da matéria
chegando aos quarks, sem ter encontrado nenhum indício de partículas
espirituais?

A resposta a estas perguntas pode ser surpreendente e inesperada: de


antimatéria, que está em toda parte mas, em níveis de energia que não
podemos detectar com nossos instrumentos atuais, níveis de energia
negativa de um Universo Dual, o Universo Virtual.

Não demos importância aqui a demonstrações matemáticas. A


dificuldade da comunicação entre os dois mundos com certeza produziu
algumas incoerências e incorreções no que está sendo apresentado.
Tampouco submeti estas mensagens a uma análise crítica para verificar
sua coerência. Estou escrevendo-as com o coração. Mas se ela puder
servir de fonte de inspiração para novas teorias no futuro, creio que o
propósito dos espíritos terá se concretizado. Desta vez, assim o
esperamos, motivando um progresso equilibrado e de mentes abertas, a
par com a evolução moral e espiritual da humanidade, em direção à
uma nova era de convívio na paz e no amor que provêm do outro lado.
Afinal, o descrédito das coisas espirituais seria agora uma demonstração
de dogmatismo, comparável ao existente na época de Galileu.

Este livro é uma reedição do livro "A Estrutura da Matéria segundo os


Espíritos" numa tentativa de tornar mais acessível aos leitores os
conceitos científicos ali emitidos, que requerem noções de Física
Moderna que não é de se esperar da maioria dos espíritas brasileiros. O
que fizemos foi acrescentar, antes de cada mensagem, uma explicação
preliminar daquilo que a Ciência e o Espiritismo aceitam atualmente e,
depois de cada mensagem, um resumo do que foi revelado como
novidade pelos Espíritos. Sabemos que isso será suficiente apenas para
os espíritas com certo nível de conhecimentos nesta área e, porisso já
estamos trabalhando em um novo livro, de leitura mais amena, dirigido
aos espíritas em geral.

As duas mensagens iniciais abaixo ilustram, por si só, como foi iniciada
esta monografia. Na primeira mensagem é dada uma noção geral dos
campos fundamentais e de como o perispírito se encaixa nestes
conceitos. Iniciaremos com um apanhado do que nos dizem a Física e o
Espiritismo sobre estes dois assuntos e depois daremos as mensagens
como foram recebidas.

O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais


Todos nós sabemos intuitivamente o que é força. De uma forma
simplificada (que não é a mais correta por já ter sido ultrapassada por
conceitos mais modernos), a Física nos mostra que as substâncias são
compostas por átomos que possuem elétrons que giram em volta de um
núcleo central formado por prótons e neutrons. Mostra ainda que na
natureza existem quatro tipos de força: a eletromagnética, que está
presente nos fenômenos elétricos e magnéticos, a gravitacional,
responsável pelo peso das coisas, a forte, responsável pela união dos
prótons no núcleo atômico e a fraca, presente nos fenômenos de
emissão de elétrons pelo núcleo atômico. Bem, para cada força a Física
associa um campo que é um conceito abstrato criado para explicar como
essas forças atuam à distância. O conceito de éter em repouso, em voga
no século passado, foi substituído pelo de campo que não teria uma
estrutura mas que possui sempre uma partícula associada. Mas isto já
seria mais complicado de explicar neste livro porque a Física trabalha
com conceitos muitos precisos que precisam ser aprendidos com detalhe
antes de serem usados. É como o aprendizado de uma linguagem onde
cada palavra deve ser memorizada com seu significado. A Física estuda
apenas aquilo que pode ser reproduzido, estabelecendo e quantificando
as leis que governam essas quatro forças. Portanto a Física não estuda a
mente, o Amor Divino e os fenômenos espíritas.

O Espiritismo estuda os fenômenos espíritas, e as leis morais,


procurando esclarecer de onde viemos e para onde vamos após a morte
do corpo físico. Seus fenômenos não são reprodutíveis à vontade em
laboratório porque envolvem a participação dos Espíritos, que somos nós
mesmos após a morte e sede de nossa inteligência e personalidade
enquanto encarnados. Pelo contrário, a presença de descrentes e
zombeteiros durante as manifestações dos Espíritos tende a afastá-los,
dificultando ou impedindo a realização dos fenômenos. Para os espíritas
o homem na Terra é constituído de corpo e Alma sendo a Alma definida
como o Espírito quando encarnado. A Alma ou o Espírito são constituídos
do 'Espírito propriamente dito' e do Perispírito. Neste livro para evitar
que quando falarmos de Espírito os não espíritas fiquem sem saber se
estamos falando do Espírito ou do núcleo do Espírito, chamaremos esse
núcleo de alma (vide referência 6 no Cap1, - Do Holograma) e quando o
Espírito estiver no corpo, o chamaremos de 'Espírito encarnado'.
Portanto, daqui por diante, o Espírito é formado de perispírito e alma.
Mas, de que são formados o perispírito e a alma?

De acordo com "O Livro dos Espíritos", o perispírito é um envoltório


fluídico semi-material e a alma uma centelha divina; na "Gênese",
Cap.XIV, podemos ver que os fluidos ainda são considerados matéria:

"A qualificação de fluidos espirituais não é rigorosamente exata, uma vez que, em
definitivo, é sempre da matéria mais ou menos quintessenciada. Não há de realmente
espiritual senão a alma ou princípio inteligente. São assim designados por comparação, e
em razão, sobretudo, de sua afinidade com os espíritos. Pode-se dizer que são a matéria do
mundo espiritual: é por isso que são chamados de fluidos espirituais".

Em alguns livros recentes1,2 nos é dito que o perispírito é formado de


antimatéria. Por outro lado, no programa Pinga Fogo da TV Tupi de São
Paulo em 28 de julho de 1971, o Espírito Emannuel3, incorporado em
nosso querido Chico, em resposta a um telespectador sobre a existência
de vida em Marte, agora que as sondas americanas mostraram não
haver vida naquele planeta, explica aos repórteres:

"Sabemos que o espaço não está vazio. Mas precisamos esperar o progresso científico na
descoberta mais ampla e na definição mais precisa daquilo que chamamos antimatéria.
Então, devemos aguardar que a ciência possa interpretar para nós a vida em outras
dimensões."
Quando recebi estas mensagens ainda não tinha lido nenhum destes
livros mais recentes; sua leitura foi para mim uma reforço a mais na
certeza que já tinha de que as conclusões a tirar destas mensagens
estavam corretas. Vamos então à primeira mensagem:

Primeira mensagem

Vou estar no Centro Espírita de Valinhos na Quinta-feira. Meu mentor


também vai. Só posso falar com o auxílio dele. Leve a mãezinha até lá.
Nós os amamos pai, como também à mãezinha, Lucinha, Paulão e o
Ângelo. Não fiquem tristes. Tem um Centro Espírita muito bom bem
perto de onde vocês vão morar no Rio de Janeiro. Vocês poderão
continuar os estudos espíritas lá.

Estamos iniciando agora um estudo sobre a constituição da matéria.


Você poderia participar. As aulas são nas Quintas-feiras pela manhã. No
fim de semana poderia lhe passar os pontos. É só sentar aqui nesta
mesa como agora. Nesta primeira aula estudamos o éter; é mais ou
menos da forma como você pensa. O magnetismo virá depois. A
gravidade se propaga por um meio que a Ciência ainda não conhece e
que é familiar para nós, daí a facilidade de fazermos levitação. Não é
mental, pois a mente é ainda mais fundamental e tem características
holográficas, podendo atuar sobre o campo gravitacional, modificando-o.
O éter é o campo dos fenômenos eletromagnéticos, mais intenso e difícil
de manipular, mas também o conseguimos.

O Amor Divino é uma força presente em tudo e está muito além do que
podemos estudar e compreender, embora possamos sentí-lo. É como se
fosse uma luz sutil que a tudo ilumina. Ainda estamos longe de poder
equacioná-lo cientificamente. Além do Amor, da mente, do
eletromagnetismo e da gravidade ainda temos mais três campos de
força: a fraca, a forte e mais uma que não tenho o nome aí na Terra e
que passaremos agora a chamar, conforme sua sugestão4, de Fluido
Cósmico Universal (FCU) com sua força vital associada. São sete campos
ao todo, dos quais quatro estão presentes no dia a dia da Ciência: o
gravitacional, o eletromagnético, e os das forças forte e fraca. E três
estão presentes no dia a dia do Espírito: o mental, o Fluido Cósmico
Universal e o Amor.

Da mesma forma que a matéria é uma condensação dos campos


eletromagnéticos e gravitacional, a antimatéria é uma condensação do
antiéter e do campo antigravitacional e a alma é uma condensação do
Amor Divino. O perispírito é constituido de antimatéria e FCU, mas tem
estrutura variável conforme o nível de energia em que se situa. Quando
no mundo material o FCU do perispírito se liga às partículas materiais,
enquanto que no mundo virtual, dependendo do nível em que situa, ele
é constituído principalmente de antimatéria e de FCU. Nos fenômenos
de materialização de espíritos é necessária a presença de um médium
que libere ectoplasma que cobrirá o espírito para torná-lo visível. O
ectoplasma, sendo produzido a partir do perispírito do médium, também
é formado de FCU, mas traz consigo uma certa quantidade de matéria. É
notável que a estrutura projetada pelo holograma, neste caso, se
assemelha a um tecido como a gaze, com a finalidade de reduzir a
quantidade de matéria necessária à materialização, sendo essa a razão
da maioria das materializações de espíritos se apresentarem com um
véu. O espírito continua invisível, tudo que vemos é o ectoplasma,
mesmo quando se distingue as feições por baixo do véu. Este tecido tem
ainda a propriedade de emitir luz tênue, permitindo que seja visto no
escuro. Para poder avançar na compreensão dos fenômenos espíritas a
Ciência deverá iniciar pelo estudo do ectoplasma.

A antimatéria pode coexistir com a matéria num mesmo lugar do


espaço, mas em diferentes níveis de energia, só interagindo com aquela
muito fracamente ou quando em estados excitados. Nossa constituição é
um pouco diferente daquela a que estávamos acostumados. Nos
próximos fins de semana daremos mais detalhes.

Abraço e beijos para todos

Campinas, 14/2/95.

Para a segunda mensagem não há necessidade de comentários


preliminares:

Segunda mensagem

Quero apresentar-me. Chamo-me Sir Macklay5 , vivi no país de Gales de


1837 a 1891. Era estudioso de Ciência e de Espiritismo. Faleci devido a
uma doença rara na época. Hoje sou mentor do Alexandre para assuntos
científicos. Ele está aqui ao seu lado, e está aprendendo a comunicação
com os encarnados. Só estará apto após dois anos de curso, mas talvez
possa mandar alguma mensagem antes. Será nessa época que você
estará apto a recebê-las.

Na Quinta-feira passada não houve a aula de estrutura da matéria


porque na época de Carnaval nos preparamos todos para o serviço de
Socorro na Terra. No próximo final de semana continuaremos. O
Alexandre está bem e um pouco preocupado com a sua saúde. Seu
problema está no perispírito e será necessário sua Reforma Íntima
imediata. Estaremos ajudando. Tenha confiança em Deus. Por que se
amofinar e se preocupar tanto? Não há mais tempo para ficar com essas
coisas. Mude já !
Ame paizinho !

Campinas, 1/3/95.

________________________________
1
"Além da Matéria Densa" - Alberto de Souza Rocha - Ed. Espírita Correio Fraterno do
ABC, 1ªEd. 1997

2
" Correlações Espírito-Matéria - Jorge Andréa dos Santos - Ed. Soc. Espírita F. V. Lorenz ,
3ªEd. 1992

3
"As Vidas de Chico Xavier" - Marcel Souto Maior - Editora Rocco 3ªEdição 1994 Cap. IX
pág. 175.

4
Estava pensando no Fluido Cósmico Universal conforme definição no Livro dos
Espíritos.

5
A escrita correta pode não ser exatamente esta, mas deve ser um homófono como,
por exemplo, Sir Macaulay.

Resumo das duas primeiras Mensagens


Nestas duas mensagens iniciais foram mostradas a existência de sete
campos fundamentais: o gravitacional, o eletromagnético, o das forças
forte e fraca, o mental, o FCU e o Amor Divino, em contraste com os
quatro campos fundamentais da Física. O campo eletromagnético foi
chamado de éter, porém, como veremos, esse éter não é o mesmo do
século passado, não estando em conflito com a Ciência atual. Foi dito
que o perispírito é constituído de FCU e de antimatéria que, como
veremos adiante, devido à sua baixa densidade nas proximidades da
Terra, se comporta como um fluido semimaterial. O Fluido Cósmico
Universal (FCU), com sua força vital associada, é outro dos sete campos
de importância fundamental em nossos estudos. O ectoplasma, também
é formado de FCU e, nas materializações, se assemelha a um tecido
como o filó. Deve ser entendido que o termo materialização aqui não
significa criação de matéria, mas revestimento de corpos espirituais pelo
ectoplasma, dando a ilusão de um corpo material. A materialização
permanente seria realizada pelo transporte de corpos materiais de outro
local remoto, por efeito túnel, ou de transporte de átomos ou pedaços
de matéria para montagem do corpo no local.

Introdução

A Física de hoje está em dificuldade para encontrar uma teoria correta


do Campo Unificado porque tem se fixado em alguns princípios que se
tornaram a causa do impedimento de maiores avanços. Um destes
princípios inabaláveis é o da atração entre cargas elétricas de sinais
opostos (carga elétrica positiva atrai a carga elétrica negativa e vive-
versa) e repulsão entre cargas de mesmo sinal (cargas positivas se
repelem entre si e o mesmo ocorre com as cargas negativas). Outro, é o
da existência de apenas um tipo de massa quando na verdade podemos
pensar em massas positivas e negativas, com energias positivas e
negativas. Conforme veremos, a inclusão nas leis da Física da massa
negativa e a adoção da lei de atração das cargas elétricas de mesmo
sinal, trará uma nova visão do universo que permitirá abrigar toda uma
série de fenômenos hoje excluídos pela ciência como os
parapsicológicos, espirituais, mentais e mesmo físicos, que terão agora
uma nova base em que estruturar o desenvolvimento de novas teorias.

O conceito de campo difundiu-se e todas as ciências o utilizam agora


como, por exemplo, o campo mental ou da energia psi na
parapsicologia, e o campo da bioenergia ou energia vital da psicologia
moderna. No espiritismo temos o conceito do Fluido Cósmico Universal
que é o campo no qual se estruturam os fenômenos espirituais.

Neste livro pretendemos mostrar, conceitualmente, como todos os


conceitos acima podem conviver, formando assim uma base para o
futuro desenvolvimento científico nessas diversas áreas de pensamento
e abrindo à física clássica novas vias de progresso teórico. Mostraremos
também como a antimatéria pode coexistir com a matéria dando uma
nova dimensão aos fenômenos físicos e espirituais.

A lei de que cargas elétricas opostas se atraem e as de mesmo sinal se


repelem é substituída pela lei dos semelhantes, muito mais antiga,
trazida para nós de um passado distante pela Tradição:

Lei dos Semelhantes:

"Semelhante atrai semelhante e dessemelhantes se repelem."

Portanto, aqui neste estudo, uma carga elétrica positiva atrai e é atraída
por outra carga elétrica positiva e repele e é repelida por outra carga
elétrica negativa.

O conceito de éter será ampliado tanto no que diz respeito ao seu


estado de movimento, não mais em repouso absoluto, mas em
movimento como qualquer outro fluido, como também na sua
constituição, passando a coexistir com o antiéter, este em estado de
energia negativa. O campo fundamental deixa de ser material
assumindo características de holograma, por onde pode ser propagada
ação instantânea a distância. O próprio Universo passa a ter constituição
diversa, com a existência de buracos brancos de antimatéria. A implosão
de um buraco negro será vista como o resultado da passagem de
matéria do Universo material para o virtual e, vice-versa, num buraco
branco como a passagem de antimatéria do Universo virtual para o
material. O conceito de massa sem sinal, agora muda para o de massa
positiva e negativa. As antipartículas são agora partículas com carga
elétrica e massa de sinais opostos ao de sua respectiva partícula. A
antigravidade e o conceito de mar de elétrons de Dirac, passam a ter
uma explicação natural dentro deste novo conjunto de conceitos.
Finalmente mostraremos que o deslocamento para o vermelho ou para o
azul da luz do núcleo das galáxias, é uma conseqüência natural da
variação da densidade do campo, modificando assim os cálculos da
velocidade de afastamento das galáxias e da idade do Universo.

PRIMEIRA PARTE

PRINCÍPIOS

CAPÍTULO 1

A DIMENSÃO MENTAL

"Paizinho, não se amofine, esqueça a forma como tudo aconteceu.

O que importa é que estou aqui agora, bem melhor do que poderia

estar e já estou aprendendo bastante. Aqui tudo é lindo, radiante,

sentimos o amor e a perfeição de Deus em toda parte ."

O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais


Um holograma é uma imagem em três dimensões obtida pela passagem
de um raio laser através um filme holográfico. Para fazer um filme
holográfico divide-se um feixe de raios laser por meio de um prisma e
então se ilumina o objeto a ser fotografado com um dos feixes de raios
laser. Este feixe após ter sido refletido no objeto, é reunido ao segundo
feixe, sobre o filme, formando uma figura de interferência. Uma figura
de interferência ocorre também quando jogamos duas pedras num lago
e as ondas produzidas se encontram formando linhas cruzadas de cristas
e depressões. Passando um raio laser sobre o filme revelado aparecerá
uma imagem tridimensional do objeto. Este filme holográfico tem várias
propriedades, por exemplo, se o cortarmos em quantos pedaços
desejarmos, cada pedaço ainda é capaz de projetar a imagem completa
do objeto. Portanto cada pedaço tem todas as informações que existiam
no filme inteiro. A luz laser é usada aqui por ser coerente, isto é, todas
as suas ondas estão em fase e são de uma única freqüência, sendo
assim excelente para a criação de interferências precisas.

Muitos cientistas da atualidade, como David Bohm e outros, acreditam


que a um nível profundo da realidade todas as coisas do Universo estão
infinitamente interconectadas. O Universo em si próprio é uma projeção
holográfica e neste Universo holográfico até mesmo o tempo e o espaço
deixam de ser vistos como fundamentais. Para Pribram o cérebro
humano também funciona segundo os princípios holográficos o que
explicaria muitos experimentos já realizados. Esta nova forma de ver a
realidade, proposta por Bohm e Pribram, passou a ser chamada de
paradigma holográfico e embora muitos cientistas a vejam com
ceticismo, outros tem sido galvanizados por essa nova maneira de ver o
Universo, e um número cada vez maior de cientistas acreditam que esta
seja a teoria mais acurada da realidade que já foi imaginada até hoje.

Sendo a realidade uma projeção holográfica devemos todos concordar


sobre aquilo que vemos por um consenso formulado em um nível mais
profundo que seria o do inconsciente ou da Alma, no qual todas as
mentes estariam conectadas.

Vejamos então o que nos dizem os Espíritos:

Terceira mensagem

1. Do Holograma

O Universo é mais complexo do que imaginamos aí na Terra. Os campos


que mencionei na primeira mensagem se complementam e influenciam
a matéria. Podemos observar e participar dessa influência usando nossa
vontade que é agora mais livre. Quando não estamos próximos à
matéria vivenciamos o mundo espiritual em toda a sua grandeza. Essa
vivência é bem diferente da que é experimentada aí. Tudo aqui é mais
leve, mais fluido, mais rápido, mais luminoso e mais fácil de ser
modificado.

A Doutrina Espírita esclarece que o homem é composto do corpo


material, do perispírito e da alma6 , enquanto que nós espíritos, temos
apenas o perispírito e a alma. Na alma está a mente, e no perispírito,
que serve de ligação entre a mente e o corpo material, são registradas
as memórias de todas as nossas vidas anteriores. É no perispírito, por
um processo natural, que é realizada a transformação da percepção
tridimensional para a dimensão mental da alma, da mesma forma que o
cérebro do corpo material realiza a transformada (o cérebro é um
transformador) das impressões dos sentidos materiais em percepção
tridimensional.

Conforme relatei em outra mensagem, aqui tudo é mental e a analogia


mais próxima para nos referirmos à constituição de nossa alma é o
holograma. Entretanto, embora semelhante na conceituação básica, a
mente é muito mais complexa do que um holograma comum. A Ciência
já está aceitando a mente como um holograma, mas ainda não possui
nenhum modelo matemático que se assemelhe à estrutura da mente em
toda sua complexidade. Portanto, ao citarmos o holograma como
analogia, ainda corremos o risco de não explicar todos os fatos de forma
coerente. Mas sendo o único modelo que se aproxima, vamos tentar usá-
lo para uma introdução ao assunto. Cada partícula material, cada
partícula de um corpo espiritual, está presente em todos os pontos do
holograma da mente universal. Como no holograma, cada ponto da
mente possui todas as informações do Universo, com a diferença que a
estrutura da mente não é rígida. Uma pequena modificação em um
ponto da mente se revela em todos os pontos dessa estrutura. Como o
holograma não ocupa lugar no espaço, por estar em uma dimensão
diferente, essas modificações podem ser detectadas em pontos
distantes do Universo. Decorre daí a aparente ação à distância, com
velocidade infinita, como na Interpretação de Copenhague de que a
Ciência está agora se dando conta. Para nós o espaço e o tempo são
mera ilusão, pois o registro de todas as partículas de matéria estão em
todos os pontos do holograma, e qualquer ação entre duas partículas é
sentida imediatamente em qualquer parte do universo,
independentemente da distância. Assim a distância não existe no plano
mental, pois tudo estaria num mesmo e em todos os pontos do
holograma.

Na fotografia em três dimensões temos a fonte de laser, o filme com o


holograma e a imagem, tudo disposto no espaço tridimensional. No
Universo a luz coerente é o Amor Divino, o filme com o holograma é o
campo mental, e a imagem é o Universo, o virtual e o material. Cada um
de nós é um ponto da imagem e, ao mesmo tempo, nossa mente é parte
do holograma, sendo capaz de ter consciência do restante do Universo.
Aqui temos, portanto, uma diferença básica para a fotografia
holográfica. No Universo o holograma e a imagem gerada se
interpenetram e um ponto da imagem pode estar consciente do restante
através da parte da mente que está copresente. É como se houvesse
uma fonte de laser em cada ponto do Universo, gerando cada uma a
imagem global a partir do holograma.
Em termos de Física, diz-se na atualidade que o observador determina o
comportamento do experimento, criando com sua mente os resultados
que espera observar. Existiria entretanto um acordo tácito entre os
diversos observadores para que todos vejam, sintam e aceitem
conforme uma convenção aprovada pela maioria. Sem esta convenção
nada teria sentido. O termo acordo tácito não é o mais adequado para
descrever o conceito já que nossa mente é parte da mente universal e o
acordo advém da mente universal. Seria portanto melhor dizer que o
observador antecipa o resultado do experimento e que ele muda o
comportamento do experimento mudando o experimento, recaindo
assim na interpretação clássica.

2. Dos Espíritos

Quando um espírito sai do corpo terreno, dependendo de sua evolução,


poderá permanecer em diversas situações :
- apenas como alma, sem perispírito, em planos do campo mental, para
aqueles em estágios mais elevados de evolução;
- como espírito com perispírito, em planos intermediários, vivendo uma
vida semelhante à que vivia na Terra, para aqueles que tem uma
evolução normal como a maioria das pessoas deste planeta de expiação
e provas; seu perispírito se apresenta pouco denso, formado de FCU e
antimatéria, sendo que essa densidade diminui quanto maior for a
evolução do espírito.
- como espírito com perispírito em planos inferiores, quando o espírito é
renitente no mal. Neste caso seu perispírito se apresenta mais denso,
com maior quantidade de antimatéria.
A morte no corpo físico não altera o estado do espírito, que
naturalmente irá para perto daqueles que se lhe assemelham em
evolução, recomeçando no outro lado no ponto em que se encontrava na
Terra. Seu sofrimento ou felicidade será sempre função do plano em que
se situam sendo tudo uma conseqüência automática de seus atos. E a
todos é permitida a mudança de comportamento para um retorno aos
planos superiores em um futuro apropriado, após ter completado sua
evolução.
Para nós, espíritos que estamos vivendo aqui num corpo fluídico, tudo se
passa como aí na Terra e vemos também uma ilusão convencional que
se comporta como um mundo tão real como o material. Nossos sentidos
porém são mais potentes, comandados por nossa mente, e podemos
ver, sentir, e nos fazermos sentir em qualquer parte e em vários ou em
todos os lugares simultaneamente, dentro da mesma analogia com o
holograma mencionada acima. Um sensitivo vivo também pode fazê-lo
em transe, ficando seu corpo material num ponto do planeta e
aparecendo como espírito em local distante por comando de sua
vontade, ou até em mais de um lugar ao mesmo tempo. Para nós tudo
isso se torna bem mais fácil, pela ausência da matéria densa.
Nós espíritos podemos, se assim o desejarmos, nos habituarmos a sentir
como se ocupando todo o espaço do universo, mas não o fazemos
porque não necessitamos disso já que temos consciência de termos o
Universo em nós, e porque ainda estamos habituados a nos
relacionarmos com outros corpos espirituais de forma humana.
Limitamos assim nossa "visão", bastando para isso desejá-lo, por ser
mais cômodo em nosso estágio atual de evolução. Tudo depende, de
novo, de estarmos mais ou menos ligado ao perispírito.
Quando "descemos" à Terra (poderíamos também dizer, subimos para o
nível de energia da matéria) operamos uma transformação para ajustar
nosso corpo perispiritual à matéria, processo a que damos o nome de
densificação, de modo a ocuparmos um espaço material. Mas cada parte
de nossa alma, cada pequeno ponto formador do todo, continua
contendo todas as informações do Universo, como no holograma. A
densificação ocorre apenas no perispírito e é efetuada pela incorporação
de partículas do campo material.
Quando dizemos que o corpo fluídico envolve a alma não estamos nos
referindo à alma como um núcleo que ocupa um centro no perispírito
mas que a alma é como um suporte, uma essência ou uma matriz que
está presente em cada elemento do corpo fluídico. Ele toma então a
forma de matéria etérea, sutil, constituída de moléculas e átomos sobre
essa matriz subjacente. Dito de outra forma, o corpo fluídico é uma
projeção do holograma da alma que existe em outra dimensão.
Essa estrutura existe estando o espírito desencarnado ou não e é por ela
que é feita a programação de nossos corpos em cada encarnação, antes
mesmo da que será materializada pelos cromossomas. Temos aí também
a origem dos fenômenos de materialização, provocada pela migração
dos átomos materiais para a estrutura previamente formada do
holograma.
Em planos mais altos, estando o espírito em estágios de evolução
adiantados, não existe mais a necessidade dessa estrutura atômica, e o
espírito pode existir como forma holográfica, mais sutil, desprendendo o
corpo fluídico. Isso sem prejuízo da "forma" externa que pode ser vista
ainda como uma projeção holográfica na mente dos espíritos que
conosco se comunicam. É notável também, que neste caso, não
havendo mais a noção de espaço, podemos todos ocupar ou não um
mesmo lugar no espaço material. Mas, ainda por hábito, vemos os
demais espíritos e tudo a nossa volta, como ocupando um lugar que
convencionamos existir, sendo tudo uma questão de sintonia de nossas
mentes que podemos modificar à nossa vontade. Da mesma forma, a
matéria pode ser entendida como uma projeção holográfica da mente
Divina que todos os seres humanos convencionaram ver da forma como
é vista, convenção esta que tem sido transmitida de geração em
geração.
3. Da Comunicação
Esclarecendo nossa forma de comunicação, observe que uma idéia é um
conjunto de pensamentos relacionados e também é um holograma.
Aqui, como já disse, nos comunicamos por idéias. Numa comunicação
com um espírito encarnado também o fazemos geralmente dessa forma.
Um médium intuitivo é a pessoa que naturalmente capta uma idéia em
seu espírito, faculdade essa chamada de intuição, e a traduz para a
forma de palavras. Toda esta mensagem de hoje cabe em apenas um
holograma. Isto exige um grande poder de abstração por parte do
médium e quando não encontramos um médium com essa capacidade
temos que colocar a idéia em forma de pensamentos encadeados ou
palavras e transmití-las uma a uma como na psicografia ou psicofonia,
exigindo muitas vezes o transe do médium.
Na transmissão de idéias a cultura do médium influi no conteúdo da
mensagem e este só poderá traduzir aquilo que já consegue
compreender. Assim, nesta mensagem existem ainda muitos pontos em
que a Ciência não se desenvolveu o bastante para compreendê-los; o
conceito mesmo de holograma é recente e não teria sido compreendido
há um século atrás. Daí esse tipo de mensagens conter sempre
contradições aparentes. Mas é destas contradições que se chega à
interpretação correta, às grandes descobertas, com novos impulsos para
a Ciência. Kekulé tinha recebido a idéia completa do anel de benzeno
desde o começo, mas sua mente não conseguia captá-la até ter tido um
sonho que o fez visualizar o formato de anel. As interpretações
previamente concebidas pela Ciência, e pelo próprio médium receptor,
se constituem num bloqueio para a percepção integral de novas idéias.
Esta mensagem pode parecer estar misturada porque ao se traduzir
uma parte do holograma se pega também partes vizinhas, mudando um
pouco de assunto. Quando refletimos no que foi dito voltamos ao
assunto anterior e vemos que ainda havia mais para ser transmitido. Isto
porque o holograma foi transmitido por inteiro e gravado no seu espírito,
em outro momento anterior que não este em que está sendo escrita a
mensagem. Se, posteriormente, forem arrumados os diversos períodos,
teremos um encadeamento lógico das idéias. Esta partição se nota
também na psicofonia.
Portanto não é necessário falarmos em incorporação com saída parcial
de seu perispírito e entrada do meu para a transmissão de uma
mensagem. Na verdade estou sempre em sua mente e de todas as
pessoas que estiverem mentalmente relacionadas comigo. Mas posso
também estar fora ou posso estar parcialmente incorporado. Depende
de como se está imaginando, embora um espírito possua também sua
própria vontade e possa atuar na mente de médiuns, ou até de forma
independente como no ato de criação de um corpo materializado. Isto
depende da vocação de cada espírito, como os há que tem vocação para
escultor e se realizam dessa forma. De minha parte prefiro trabalhar
com idéias, como você também paizinho, e por isso estamos
sintonizados. Eventualmente posso transmitir frases fora do holograma,
como foi o caso destas últimas, pois estou sempre presente assistindo
sua escrita já que, ao traduzir o holograma recebido, automaticamente
entra em sintonia comigo.
Por hoje é só. Fique na paz de Deus.
Beijos para todos
Alex
Campinas, 18/2/95
Resumo da terceira Mensagem
Obviamente já havia lido algo sobre este assunto antes de receber esta
mensagem e mesmo assim, devido à sua complexidade, fiquei com a
sensação de que havia muito mais para ser escrito que meu cérebro não
conseguia captar e traduzir em palavras, principalmente no que diz
respeito ao muito que ainda se tem de fazer em termos de definir uma
transformada que represente verdadeiramente o holograma universal,
conforme teremos oportunidade de ver no decorrer deste livro. Talvez
devido a esta limitação de minha parte o conteúdo da mensagem não foi
muito além daquilo que já existe sobre o paradigma holográfico, mas
vale pela confirmação de que esta deverá ser a abordagem da Ciência
no futuro.
________________________________________________
6
"O que é o Espiritismo" - Allan Kardec - Ed.Pensamento pg. 117. A Alma
aqui é a denominação que daremos ao núcleo do Espírito. Costumeiramente esse
núcleo também é chamado de Espírito, podendo causar dubiedade em nosso estudo,
razão pela qual adotamos a denominação de Alma, conforme definido nesta referência.

CAPÍTULO 2
OS CAMPOS
Parabéns paizinho por ter vencido essa importante etapa de sua
evolução espiritual, iniciando sua Reforma Íntima. Você não pode
imaginar como ficamos todos felizes aqui. Não deixe tudo voltar
atrás daqui para o futuro. Use o seu livre-arbítrio e evolua
sempre mais. Estaremos ajudando-o.
O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais
A motivação primária das teorias da supergravidade e das supercordas
tem sido a unificação da gravidade com as outras interações das
partículas elementares, com a esperança de desenvolver uma teoria
quântica da gravidade. Na nossa bem conhecida teoria clássica do
campo eletromagnético podemos aumentar a energia do campo de
quanto quisermos, mas na teoria quantizada o aumento da energia só
pode ser feito em quantidades discretas, os quanta ou fótons no caso do
eletromagnetismo, que na linguagem da Física moderna são também
chamados de partículas. Nessas teorias os estados de mais baixa
densidade de energia são chamados de "vácuo verdadeiro" e assume-se
que o espaço vazio consiste de um destes estados. Possíveis oscilações
destes valores de vácuo são chamados de partículas de Higgs. A Ciência
entretanto ainda não consegue explicar as observações astronômicas
referentes ao estado de quebra de simetria, que descreve nosso
presente universo, observações essas que apresentam grandes valores
para os campos de Higgs, enquanto que os valores esperados da
densidade de energia para um vácuo simétrico, no qual os campos de
Higgs tem amplitude zero, deveriam ser zero. Este problema, que é
equivalente ao "problema da constante cosmológica", parece indicar que
mesmo um estado tão simples como o vácuo tem propriedades que
ainda não são compreendidas.
Quarta Mensagem
Esta semana a aula versou sobre a estrutura dos campos. O campo de
energia, ou simplesmente campo, é constituído pelos diversos tipos de
partículas elementares e suas antipartículas, positivas e negativas,
embora com densidades locais diferentes. O éter nada mais é que o
conjunto de partículas elementares h+ e h-. Quando em pares orientados
ou dipolos formam os campos eletromagnético e antieletromagnéticos,
que diferem apenas pelo excesso de uma das partículas elementares. Os
campos gravitacional e antigravitacional são o conjunto de partículas
elementares m em, que formam gradientes opostos de densidade em
torno da matéria e da antimatéria.
Somente quando estamos falando de campo é que nos referimos a um
tipo específico de partícula. Como o holograma é quantizado, formado
por pontos, o espaço-tempo não é contínuo. Assim todas as dimensões
de espaço e de tempo são descontínuas. Também os campos, como o
FCU, o campo gravitacional e o campo eletromagnético, são formados
por partículas elementares. A cada campo está associada uma partícula
elementar e a cada anticampo a sua antipartícula elementar, sendo que
ambos, campo e anticampo, são descontínuos e ocupam
simultaneamente o espaço, em equilíbrio com a matéria e a antimatéria
locais. As partículas elementares elementares h+ h-, que dão origem às
cargas elétricas, quando agrupadas com as de sinal oposto formam os
fótons. Em estado de energia nula essas partículas elementares estão
espalhadas no campo e normalmente unidas aos pares com suas
antipartículas, formando dipolos elétricos, responsáveis pela polarização
do campo eletromagnético.
O campo magnético é o campo elétrico visto de um sistema em
movimento relativo e vice-versa. Para um observador em repouso o
campo magnético é o resultado do movimento do campo elétrico e se
uma partícula se move nesse campo magnético ela verá um campo
elétrico aparente. Portanto, como já demonstrado pela Teoria da
Relatividade, o campo elétrico e o magnético são um só, o campo
eletromagnético, e a intensidade aparente de cada um, conforme a
velocidade do observador, são dadas pelas transformações de Lorentz.
O campo gravitacional não é tão simples como se descreve atualmente.
Ele também é formado por partículas e antipartículas elementares de
massa, constituindo na verdade dois campos superpostos. Essas
partículas elementares de massa são próprias do campo gravitacional e
portanto diferentes das que formam o campo eletromagnético, como
veremos no capítulo seguinte. Na proximidade de um planeta como a
Terra, essencialmente material, o campo gravitacional é formado
principalmente de partículas elementares materiais de massa ou
partículas m. A densidade destas partículas cresce na direção do centro
da Terra. A densidade de partículas virtuais ou antipartículas
elementares m, decresce na mesma direção. Na proximidade dos
corpos celestes do Universo virtual, constituídos principalmente de
antimatéria, ocorre o oposto, a densidade do campo gravitacional
material decresce e a do campo gravitacional virtual aumenta na direção
do centro. A matéria tende a levitar no anticampo ou campo virtual e,
inversamente, a antimatéria levita no campo material. Há, porém, uma
diferença de nível de energia entre os dois de modo que não apenas a
antimatéria como também o anticampo, ambos rarefeitos na
proximidade do planeta, não são facilmente detectáveis pelos
instrumentos atuais.
Os protons atraem-se entre si pela Lei dos Semelhantes, uma vez que
possuem massas positivas e cargas elétricas de mesmo sinal. Esta força
de atração atua também sobre as partículas elementares dos campos
eletromagnético e gravitacional, formando uma camada dentro do
núcleo, como um fluido, de grande densidade ou alta energia, que
passou a ser chamado de glúon.
Campinas, 25/3/95.
Resumo da quarta Mensagem
Nesta aula foi descrito, de forma simplista, a estrutura dos campos do
Universo material e os respectivos anticampos do Universo virtual. Nos
próximos capítulos serão dadas novas noções destes campos que
diferem bastante daquilo que a Ciência terrestre adota atualmente.
CAPÍTULO 3
QUARKS
" Porque aquilo a que chamais de molécula
está longe ainda da molécula elementar."
O Livro dos Espíritos - Pergunta 34
O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais
Iniciado pelos atomistas gregos da época pré-socrática o homem tem
buscado por mais de 2400 anos os constituintes elementares indivisíveis
da matéria. Nesta busca construiu aceleradores de partículas
gigantescos e tem empregado milhares de pessoas nos cerca de vinte
laboratórios na Europa, Estados Unidos e Rússia. Do átomo de Demócrito
passamos para o conceito de moléculas formadas de átomos sendo
estes formados por elétrons (com carga elétrica negativa) e núcleos. Os
núcleos são compostos de prótons (com carga elétrica positiva) e
neutrons sendo estas três as únicas partículas conhecidas nas primeiras
décadas do século XX. Desde então novas partículas tem sido
descobertas e foram agrupadas em duas categorias: os léptons (elétron,
múon, tau e seus neutrinos associados) que interagem fracamente e os
hádrons (próton, neutron e píons) que interagem fortemente entre si. Por
exemplo as forças que mantém unidos os prótons e os neutrons no
núcleo é uma manifestação da força forte que atua entre os hádrons. Os
hádrons também foram divididos em dois grupos: os báriuns que são
hádrons que decaem em prótons e os mésons que decaem em léptons e
fótons ou em pares próton-antipróton. Os experimentos demonstraram
que os hádrons são formados por partículas ainda mais elementares
chamadas de quarks, dotadas de cargas elétricas fracionárias. Alguns
cientistas atuais admitem teoricamente a existência de partículas ainda
mais elementares que se agrupariam para formar quarks de estrutura
composta.
O Espiritismo ainda não havia se pronunciado na área da Física em geral
e muito menos nesta área dos quarks, aceitando os avanços científicos e
se adaptando aos mesmos dentro do possível, sempre no sentido de
manter intacta a Doutrina de Allan Kardec. Alguns poucos autores tem
se aventurado na área científica especializada, em geral para citar que o
perispírito é formado de antimatéria, conforme frisamos no Prefácio
deste livro.
Quinta Mensagem
A aula de hoje tratará da constituição das partículas atômicas que são
formadas de quarks unidos pela força forte, mais ou menos da forma
que a Ciência está descrevendo, mas com algumas diferenças
fundamentais. Os quarks aqui são strings de partículas elementares dos
diversos tipos, daí a propriedade que têm de, em se partindo,
constituírem novos quarks. A tabela abaixo resume os tipos de quarks ou
sabor e sua relação com os campos já citados:
Carga Partículas
Sabor Força Carga Antiquark
elementares

u +2/3 u -2/3 h+, h-


Eletromagnética
d Eletromagnética -1/3 d +1/3 h+, h-
l Fraca +1 l -1 l , l
m Gravitacional +1 m -1 m ,m
Nota: Os antiquarks são diferençados por uma barra em cima da letra e em html esta
barra pode ficar deslocada para a esquerda.
Os quarks tem natureza fractal: qualquer quark é formado de subquarks
ou sabores e estes por outros subquarks ainda menores, e assim por
diante. Cada sabor na primeira coluna acima é um conjunto de inúmeras
partículas elementares da última coluna e cada quark pode ter vários
subquarks, e portanto ser constituído por diferentes partículas
elementares. Os quarks são denomidados pelo sabor predominante.
Assim um quark u pode ser constituído de sabores m, l, d e u,
neutralizados por seus antiquarks, sendo o sabor u o dominante em um
quark u. Apenas o sabor predominate é responsável pelo valor da carga
elétrica final, devendo os restantes apresentar um balanço nulo de carga
elétrica.
Além disso o quark possui spin em várias seções da string e conforme o
sabor que se apresenta o quark pode mudar sua cor naquela direção.
Assim cada quark pode ter mais de uma força ou cor associada ao
campo correspondente, dependendo das partículas elementares que
constituem sua string. A força na tabela acima é a força resultante em
um barium que tenha este quark predominante.
Os quarks u,d,c,s,b e t citados pela Ciência, ficam reduzidos a apenas
dois, os quarks u e d. Os quarks c e s podem ser considerados como
sendo respectivamente os quark u e d em estados de maior energia
positiva, enquanto que os quarks b e t são estados de ainda maior
energia positiva destes dois quarks. Além dos quarks u e d temos ainda
os quarks m e l (de massa e lépton), e seus antiquarksm e l que podem
ser associados com o número quântico bárium, quarks estes ainda não
considerados pela Ciência.
Como veremos adiante, um proton é constituído por uma string de
seções tendo em cada uma três subquarks u e d e um quarto subquark
m ou l. Para descrever essa string colocaremos entre parênteses a
seqüência de subquarks e, em negrito e separado por vírgula no final da
string, a denominação dos subquarks dominantes. Assim para um proton
teremos:
(ddu mudd ... mudd ... mudd udd, muud).
O elétron também possui subquarks e cores ( luud ) tendo carga
elétrica -1 e carga leptônica -1, ou seja sua massa é fraca e negativa e
formado por antiquarks, sendo assim antimatéria. O eletron - neutrino ( l
 l ) como o neutron (mudd), tem carga nula, sendo o quark m
responsável pela maior massa do neutron. A massa do neutrino é nula e
o antineutrino é idêntico ao neutrino. O próton (muud) e o pósitron
(luud ) em estado de energia positiva, têm carga elétrica e massa
positiva. O fóton é constituído de quarks e antiquarks ( dd ) ou (uu),
portanto com carga elétrica e carga bariônica nulas. Os mésons ( lu
d ), ( ld u ), (l uu ), ( l uu ), ( l dd ), ( l sd ), ( l su ), etc.,
contem vários quarks l ou antiquarks l , dependendo do nível de
energia. A diferença de massa entre neutrinos, pósitrons, elétrons e
mésons reside na quantidade de quarks, especialmente quarks l ou l,
presentes em cada um, dependendo do nível de energia em que se
situam. O bóson de Higgs ( mm ) contem apenas o quark m e seu
antiquarkm, sendo portanto o seu próprio antiquark.
Na verdade esta simbologia diz apenas os tipos de quark em excesso e
não sobre suas quantidades, uma vez que alguns são compensados
pelos seus opostos. Por exemplo, um neutron pode ser formado por
muitos grupos de quarks adicionados ao grupo principal:
(ddu) +...+ (mudd) + (uud) + (uud) + (mm) + (l  l ) + (,mudd),
e mesmo o grupo característico pode existir repetidas vezes, em número
suficiente para a carga e a massa que corresponde ao seu estado de
energia:
(ddmuum ... muud ... luud . muud ...ddm ...ddm ,mudd) ;
um próton pode ter, por exemplo:
(duuuu d ...ddmddm ...ddm ...ddm, muud).
Assim, se um neutron emite um elétron ( luud ) ficaremos com um
próton. Porém, como se pode ver acima, um próton não pode emitir um
pósitron ( l u u d ) porque sua carga positiva excedente não está ligada
a um antiquark l (mas a um quark m). Se esta reação vier a ser
detectada no futuro será pela interação de um méson neutro com um
próton, liberando um elétron e um pósitron do méson, seguido pela
absorção do elétron no próton que se transforma em neutron, numa
reação de probabilidade muito pequena.
O antipróton também pode ter diversos quarks dos tipos ud em :
(uu dduu ...mddmdd ...mdd ... mdd, muud),
e o antineutron dos tipos:
(uu d d u u ... l u u d .mduu ...mdd....mdd ...,mudd).
Um antineutron pode emitir um pósitron transformando-se em um
antiproton mas um antiproton não pode emitir um electron
transformando-se em um antineutron porque a carga elétrica negativa
excedente em um antiproton está ligada a um quarkm.
Da mesma forma quando dizemos que um quark tem carga +2/3
estamos apenas dizendo que este tipo de quark é responsável por levar
esta proporção da carga elétrica. Na verdade ele é constituído por
inúmeras partículas elementares do campo eletromagnético, cada qual
com uma carga infinitesimal. E quando dizemos que um quark tem uma
certa massa estamos dizendo que contém um número
correspondentemente grande de partículas elementares do campo de
massa.
Não só o elétron possui subquarks mas também o glúon e o próprio
campo no nível zero de energia possuem quarks e antiquarks, mésons e
antimésons, eletrons e pósitrons, e pares h+h-. Quanto maior a energia,
seja de um quark, de uma partícula atômica, de um méson ou de um
bóson, maior sua massa e maiores serão a string constitutiva e o
número de partículas absorvidas dos campos de massa e
eletromagnético. Quando uma partícula de alta energia é freiada a
energia em excesso que corresponde ao novo estado é liberada na
forma de quarks e antiquarks, bariuns, mesons ou pares pósitron-elétron
que carregam a energia em excesso.
Existe um estado da matéria em que matéria e antimatéria estão
intimamente unidas desaparecendo essa distinção. Este estado existiu
nos instantes iniciais do bigbang, e aparece nos buracos negros, nos
buracos brancos, conforme explicaremos no capítulo seguinte, e na
fusão de pósitrons e elétrons ou na fusão de qualquer partícula com sua
anti-partícula. Ao diminuir o estado de compressão esta energia se
rematerializa como novas partículas, dependendo do campo local. Os
glúons e o campo já apresentam a dissociação de matéria e antimatéria,
em baixo nível de energia.
Campinas, 18 de Março de 1995.
Resumo da quinta Mensagem
Conforme podemos constatar acima os quarks u, d, c, s, b e t, da Ciência
terrestre são substituídos pelos quarks u, d, m e l na Ciência dos Espíritos.
Isto pode ser importante para a elaboração de uma teoria unificada dos
campos quantisados. O bóson de Higgs aqui aparece naturalmente
constituído do quark m e seu antiquark.
CAPÍTULO 4
O Campo Gravitacional
Este fluido universal, primitivo ou elementar, é o
princípio sem o qual a matéria estaria em estado
de perpétua divisão e não adquiriria jamais as
propriedades que lhe dá a gravidade.
O Livro dos Espíritos - Pergunta 27.
O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais
A Teoria da Relatividade Geral é a que está valendo atualmente. Ela
produz uma teoria da gravitação que incorpora naturalmente a Teoria da
Relatividade Especial em sistemas inerciais e o Princípio da Equivalência,
que diz que um sistema que cai livremente em um campo gravitacional
é equivalente a um sistema inercial. Nas quatro últimas décadas do
Século XX o confronto da Teoria com experimentos sofreu um grande
impulso com a descoberta de novos métodos de solução de suas
equações e com avanços observacionais, incluindo a observação de
pulsares e de candidatos a buracos negros, o início de um programa
experimental para detecção de ondas gravitacionais, versões
melhoradas para os antigos testes da teoria, a descoberta de pulsares
binários, a análise de efeitos quânticos no exterior de buracos negros, a
descoberta de lentes gravitacionais e o início da teoria da unificação da
gravitação com as outras interações.
É de se notar também que a solução das equações proposta por Einstein
para o Universo como um todo contem um termo chamado de constante
cosmológica que visava inicialmente anular o efeito de expansão do
universo previsto nas equações (o termo cosmológico também poderia
ser interpretado como um ação antigravitacional). Com a equação
modificada ele pôde obter modelos estáticos para o Universo. Após a
descoberta de Hubble de que o Universo estava na verdade se
expandindo, este termo foi abandonado por Einstein como
desnecessário. Porém as equações nesta forma prevêem uma taxa de
expansão que implicavam numa idade do Universo, calculada em 1940,
de 2 bilhões de anos, enquanto que os geologistas nesta época
calculavam que a idade da Terra fosse de 3,5 bilhões de anos, mais
velha portanto do que o Universo. Os astrônomos encontraram então
sérias falhas no método que estava sendo usado para calcular as
distâncias das galáxias usadas para calcular a idade do Universo. As
novas determinações de distâncias colocaram estas galáxias muito mais
afastadas do que se pensava previamente. A idade do Universo
implicada por estas novas medições ficaram então em cerca de 10
bilhões de anos, o que, juntamente com resultados de cálculos da
abundância de hélio e da radiação de fundo de microondas, afastariam
definitivamente a idéia de um Universo estável. A Física nos mostra que
a energia de ligação gravitacional de um corpo é negativa e que se este
corpo se tornar mais e mais compacto, a massa total do corpo se
tornaria negativa, exercendo a antigravidade. Porém o Teorema da
Energia Positiva, que foi provado tanto matematicamente como também
por físicos de partículas e pelos relativistas, diz que na relatividade geral
a massa total assintótica de um corpo isolado deve ser não negativa, e
um corpo que chegue perto da violação deste teorema se torna instável
e deve colapsar para formar um buraco negro de massa positiva.
Entretanto veremos que este teorema, válido para o Universo Material,
teria seu correspondente para as massas negativas do Universo Virtual
e, como veremos, este buraco negro de massa positiva se tornará um
buraco branco de massa negativa no Universo Virtual.
O Espiritismo considera a gravidade em respostas isoladas no Livro dos
Espíritos, que são na maioria citadas no início de cada capítulo do
presente livro. Além disso devem ser considerados os fenômenos de
levitação descritos em vários livros espíritas, onde se pode constatar a
relativa facilidade com que os Espíritos conseguem controlar a levitação.
Sexta Mensagem
1. O Campo Gravitacional
O campo de energia, ou simplesmente campo, é constituído pelos
diversos tipos de partículas elementares e suas antipartículas, positivas
e negativas, embora com densidades locais diferentes. A atração e
repulsão que as partículas nucleares exercem sobre as diversas
partículas do campo produz gradientes de densidade no campo, que a
ciência denomina de curvatura do campo, mais denso próximo da Terra
para o campo material e menos denso próximo da Terra para o campo
virtual.
O éter nada mais é que o conjunto de partículas h+ e h- .Quando em
pares orientados ou dipolos formam os campos eletromagnético e
antieletromagnético, que diferem apenas pelo excesso de uma das
partículas elementares.. Os campos gravitacional e antigravitacional são
o conjunto de partículas elementares m em, que formam gradientes
opostos de densidade em torno da matéria e da antimatéria. Nenhuma
massa é apenas matéria ou apenas antimatéria, havendo sempre uma
proporção menor de antimatéria, em estado de energia negativa,
permeando os corpos materiais. A densidade de partículas m é maior em
direção ao centro de massas materiais onde a quantidade de
antimatéria, em nível negativo de energia, é correspondentemente
menor, e também a densidade de partículasm é menor em direção ao
centro de massas materiais. Nos corpos, de antimatéria, como os
quasares, ocorre o inverso, com densidades maior de antipartículas
elementaresm e menor de partículas elementares m em direção ao
centro.
Os buracos negros são os pontos do universo material onde a matéria e
a energia positiva do campo material são absorvidas e enviadas para o
universo virtual. Lá êles atuam como buracos brancos, emitindo essa
energia. Os buracos brancos são os pontos do universo material onde a
antimatéria e a energia negativa absorvidas no campo virtual são
recebidas na forma de energia positiva. O que no universo material é um
buraco branco será um buraco negro no universo virtual e vice versa.
Por analogia, podemos denominar os quasares de buracos brancos.
Enquanto os buracos negros atuam como uma lente convergente, os
buracos brancos atuam como uma lente divergente.
Entretanto, os buracos brancos conservam a polaridade virtual no
campo material e repelem a energia positiva do campo. É como se os
buracos brancos fossem uma janela aberta através a qual a matéria
pode ser afetada à distância. Da mesma forma, os buracos negros
conservam a polaridade material no universo virtual e repelem a energia
negativa do campo. Assim os buracos brancos repelem energia positiva
no universo material e a energia negativa no universo virtual; e os
buracos negros repelem energia negativa no universo material e a
energia positiva no universo virtual.
Conforme já explicado no Capítulo3, dentro dos buracos brancos e dos
buracos negros a matéria e a antimatéria estão intimamente unidas
perdendo sua distinção e constituindo um fluido único, misturando-se
quarks e antiquarks sem formação de partículas e antipartículas. A
matéria absorvida no buraco negro após ser emitida no universo virtual
se transmuta em antimatéria e a antimatéria absorvida no universo
virtual após ser emitida nos buracos brancos do universo material se
transmuta em matéria. Isto ocorre porque, conforme os quarks e
antiquarks são rematerializados, há um rearranjo automático para as
condições do campo local. Assim os buracos brancos emitem luz e
matéria no universo material e os buracos negros emitem luz e
antimatéria no universo virtual.
2. A Levitação
A vontade do espírito é a chave para dirigir as partículas do campo
numa ou noutra direção, bastando alterar o holograma subjacente.
Analizaremos aqui como usar as partículas do campo gravitacional para
fazer a levitação. Se pela força de vontade, atuando no holograma,
deslocarmos partículas elementaresm para baixo de um corpo e
simultaneamente deslocarmos partículas elementares m para cima do
mesmo corpo, invertemos ou anularemos o gradiente do campo
gravitacional local. Por outro lado a bolha formada pelas partículas
elementares tenderá a flutuar devido à força de empuxo no campo
gravitacional. O corpo levitará podendo até mesmo se dirigir no sentido
oposto da atração gravitacional. Porém, se assim o desejarmos, a massa
gravitacional pode assim se tornar praticamente nula e então, atuando
com nossa vontade, reorganizamos o holograma do campo mental e o
corpo se moverá automaticamente para onde desejamos. Um espírito
encarnado poderá fazer o mesmo usando sua vontade para atrair para o
seu corpo as partículas elementaresm do campo gravitacional e, deste
modo, levitar. Ele pode então deslocar o corpo em levitação. A vontade
aqui, obviamente, não é a vontade consciente mas a do espírito.
3. O Fluido Vital
Para manipular o FCU empregamos o mesmo mecanismo: usando nossa
força de vontade, que nada mais faz do que modificar o holograma,
podemos movê-lo.
O fluido vital é o FCU dotado de vibrações coerentes; quando se trata de
fluido retirado de um organismo vivo, a estrutura do fluido é
aproximadamente a do corpo físico, sendo então chamado de fluido
magnético ou animal; quando se trata de fluido fornecido por um espírito
desencarnado, a estrutura do fluido é aproximadamente a do perispírito,
sendo chamado de fluido espiritual. Devido à diferença entre as
distâncias interatômicas na matéria e na antimatéria, a freqüência das
vibrações coerentes encontradas no fluido animal são diferentes
daquelas do fluido espiritual. As vibrações do fluido espiritual por si só
não afetariam muito o estado de um corpo material, mas apenas seu
estado psíquico, porém o fluido espiritual serve como transportador do
fluido animal, porque quando está associado ao fluido animal facilita a
manipulação deste pelos espíritos. O fluido presente num corpo vivo
adquire as vibrações coerentes peculiares de toda célula viva, dada
pelas moléculas de DNA e RNA. Mesmo quando temporariamente fora do
corpo, essas vibrações coerentes ainda permanecem por algum tempo.
Recentemente Fröhlich7,8 estudou este tipo de coerência, denominando o
processo de condensado de Bose-Einstein em sistemas biológicos
coerentemente excitados. O fluido retirado de um ser vivo, com o tempo
perde essas características, transformando-se em energia, com maior
entropia, ou em estado de maior desorganização. Porém, se esse fluido
vital for retirado de um corpo sadio e imediatamente doado a um corpo
enfraquecido, fará com que suas estruturas moleculares entrem em
sintonia com essas vibrações coerentes, revitalizando-o, como ocorre
nos casos de curas ditas magnéticas ou espirituais.
O corpo espiritual permanece ligado ao corpo físico pelo Fluido Vital, por
suas vibrações coerentes que lhe são transmitidas pela estrutura celular.
Quando o corpo físico falece, cessando estas vibrações, ocorre o
desprendimento do corpo espiritual. No sono, sendo o perispírito muito
maleável, pode se distender indefinidamente tomando a aparência de
um cordão. A parte que fica fora do corpo pode tomar a forma do corpo
físico mas no corpo continua sempre uma parte do fluido, ocupando-o
em toda sua extensão.
4. O Princípio da Relatividade Virtual
Voltemos agora ao assunto das energias positiva e negativa. Dissemos
que um elétron em seu estado material é constituído de cargas
negativas e massa leptônica negativa, e que o pósitron é constituído de
cargas positivas e massa leptônica positiva. Porém esta afirmativa só é
válida no universo material já que o sinal da massa é relativo aos sinais
do campo e da carga bariônica da partícula atômica. Este é o Princípio
da Relatividade da massa ou o
Princípio da Relatividade Virtual:
- Quando a carga bariônica ou leptônica tem o mesmo sinal do
campo, a massa da partícula é positiva.
Um elétron em níveis negativos de energia tem massa positiva e um
pósitron em níveis positivos de energia tem massa positiva. Pósitron e
elétron no mesmo nível de energia terão forçosamente massas opostas.
Relativamente a um observador no universo virtual, a energia e a massa
negativas para o universo material são denominadas positivas, sendo
chamada de negativa a energia que prevalece no universo material. No
universo virtual, por convenção, os antiprótons têm carga positiva e os
pósitrons carga negativa, daí que só é necessário considerar os sinais
das cargas e da massa quando se está estudando partículas de um
universo no outro.
Quando pósitron e elétron se fundem temos um fóton de carga neutra e
massa nula, que pode ser absorvido no campo ou, passando por um
campo intenso, dissociar suas cargas gerando novamente um elétron e
um pósitron.
No universo virtual, devido à massa relativa negativa do pósitron, a força
de repulsão entre os dois produz uma aceleração do pósitron em direção
ao elétron; este por sua massa relativa positiva tende a se afastar,
devido à repulsão, resultando numa perseguição do elétron pelo pósitron
que pode se estabilizar num movimento orbital em torno de um centro
comum; é o par pósitron-elétron referido acima. No universo material, o
pósitron tem massa relativa positiva e o elétron tem massa relativa
negativa, portanto é o elétron quem persegue o pósitron.
A antimatéria não aniquila a matéria, por terem massa e carga elétrica
de sinais opostos e existirem em níveis distintos de energia. Os dois
universos coexistem, embora em níveis diferentes de energia, sem
aniquilamento por um equivalente do princípio de exclusão de Pauli ou
Princípio da exclusão Virtual:
Uma partícula de matéria não pode ocupar o mesmo estado de
qualquer outra antipartícula e vice-versa.
Então, resumindo, no universo material temos átomos com núcleo de
prótons (porque se atraem por terem mesma carga e massa aparente
positiva) e elétrons em órbita que apesar de serem repelidos pelos
prótons, são aparentemente atraídos por eles (por terem massa
aparente negativa). Pelo mesmo raciocínio dois elétrons se atraem, mas
aparentemente se comportam como se estivessem sendo repelidos por
terem massa negativa. No universo virtual temos átomos com núcleo
formado por antiprótons que se atraem por terem cargas iguais e massa
aparente positiva e pósitrons em órbita que, por terem massa relativa
negativa, aparentam serem atraídos pelos antiprótons e repelirem entre
si.
Campinas, 25/3/95.
Resumo da Sexta Mensagem
Nesta mensagem aprendemos com os Espíritos como matéria e
antimatéria podem coexistir sem se aniquilarem mutuamente, seja por
estarem em níveis diferentes de energia, seja por formação de pares ou
dipolos no nível zero de energia. A antimatéria se situa principalmente
no Universo virtual onde está sujeita às mesmas leis da matéria no
Universo material. Isto decorre diretamente do Princípio da Relatividade
Virtual, pois a antimatéria no Universo Virtual tem massa positiva, e
podemos inclusive, por convenção, trocarmos seu nome pelo da
partícula material correspondente. Aprendemos também que a
gravidade é composta de dois campos, o material chamado de campo
gravitacional e o virtual chamado de campo antigravitacional porque a
matéria é repelida por ele. Na nossa galáxia, e portanto na Terra, o
campo gravitacional predomina, como também a matéria, em relação ao
campo antigravitacional e à antimatéria do Universo virtual local. Vimos
também o papel dos buracos brancos e negros na transferência de
energia e de matéria e antimatéria entre os dois Universos, havendo
uma transmutação de matéria em antimatéria e vice versa, como
decorrência da adaptação ao campo de energia local. Um corpo material
que aumenta sua massa acaba por entrar em colapso, transformando-se
num buraco negro, e a matéria passa como antimatéria para o Universo
virtual. O inverso ocorre nos buracos brancos.
A teoria de Frölich é aplicada aqui na explicação das curas espirituais e
no mecanismo da ligação do perispírito com o corpo, nos Espíritos
encarnados.
______________________________________
7
- Fröhlich, H., "Coherent Excitations in Active Biological Systems", in F.
Gutman and H. Keyser (editors), Modern Bioelectrochemistry.
8
- Fröhlich, H., "Long-Range Coherence and Energy Storage in Biological
Systems", in International Journal of Quantum Chemistry, vol.2, pp641 to
649.
CAPÍTULO 5
O MOVIMENTO
" Não, nada é vazio. Aquilo que para ti é vazio
está ocupado por uma matéria que escapa
os teus sentidos e aos teus instrumentos.”
O Livro dos Espíritos - Pergunta 36
O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais
A Física ainda não considerou a quantização do movimento e não aceita
os fenômenos espirituais de transportes de matéria, materializações,
curas espirituais, mediunidade e outros. Existem uns poucos médicos e
cientistas que aceitam a influência da mente sobre a matéria, mas, a
maioria tenta, sem sucesso, explicar esses fenômenos através da
parapsicologia. O Espiritismo porém está bastante adiantado nesta área,
havendo uma vasta literatura a respeito. Esta lição dos Espíritos vem
agora preencher o que seriam lacunas nestas duas áreas do
conhecimento.
Sétima Mensagem
Hoje vamos estudar o movimento das partículas. Creio que você já teve
intuição a respeito quando imaginou que todo movimento é quantizado.
Sendo o holograma quantizado, o movimento se dá aos saltos. Nada na
verdade é contínuo nem o espaço-tempo, consequentemente o
movimento também não é contínuo. Daí que todas as grandezas da
Física também são quantizáveis, como a energia, a temperatura, a
massa, etc. Mas além de ser quantizado todo movimento é holográfico
no sentido de que todo o holograma subjacente na mente universal é
alterado, conforme já tínhamos dito nas primeiras aulas. Daí é fácil
entender que todo o Universo está interligado e não há nada que
aconteça que seja por acaso. Esta é de certa forma a teoria da
sincronicidade e da ação à distância.
Como o espaço é preenchido de energia, composta de partículas
elementares pontuais dos dois universos, temos entre cada dois pontos
do espaço do universo material, um ponto não real que pertence a outra
dimensão, ou outro plano. Um corpo que se desloca, portanto, ora passa
por um ponto real ora pelo intervalo não real e a passagem por este
espaço não real é o que a Ciência denomina de efeito túnel. É passando
por esse espaço que o espírito pode atravessar a matéria, fazer
materializações e transporte de matéria.
O mundo material é formado pelos átomos e entre eles está o campo
formado pelas partículas elementares com energia positiva. Entre essas
partículas podemos vislumbrar os átomos virtuais e as partículas
elementares com energia negativa que formam o mundo espiritual e
entre as partículas elementares com energia positiva e negativa, ainda
mais diminutas, poderíamos vislumbrar as partículas do mundo mental
que, por serem parte do holograma, servem de matriz tanto para o
mundo espiritual quanto para o material. Aliás até mesmo as partículas
elementares de energia positiva e negativa são constituídas de pontos
desse holograma.
Esta é também a explicação para a coexistência do mundo espiritual
com o material, lado a lado. O cérebro do corpo material foi acostumado
a perceber apenas o mundo real. Entretanto êle poderá ver
naturalmente ambos os mundos, se devidamente treinado, ou se desde
criança não for ensinado a não ver o mundo espiritual. Ele poderia então
percebê-lo normalmente, entre os espaços dos pontos materiais, pois
estará vendo com os olhos do seu espírito, através uma conexão com o
cérebro do perispirito.
Quando queremos mover um objeto, isso ocorre primeiro no holograma
e a ação decorrente nada mais é que o reflexo do que está sendo
mudado no holograma. Primeiro imaginamos o que queremos fazer,
depois nos introvertemos e se a ação estiver de acordo com as Leis
Naturais, o holograma é modificado correspondentemente e recebemos
o impulso para executá-la -- isto é o que denominamos de vontade.
Assim, pela vontade podemos, modificando o holograma, realizar os
chamados milagres, que só ocorrem se estiverem de acordo com a
vontade ou lei divina. É assim também que nós, espíritos, conseguimos
atuar sobre a matéria - usando nossa vontade modificamos o
holograma.
Se a mente comandar uma modificação, de modo que os pontos se
alternam de positivos para negativos, e se essa alternância for sucessiva
entre os pontos vizinhos teremos o movimento do campo. Para um corpo
material subconjuntos de pontos do corpo são alterados como acima e o
corpo vai assim ocupando posições sucessivas na matriz fazendo o
movimento. O corpo pode também ser desmaterializado totalmente e
instantaneamente materializado em local distante, uma vez que êsse
transporte seria feito no holograma do campo mental. Isto é o que é
chamado no Espiritismo de "Transporte de Matéria".
Campinas, 8 de Abril de 1995.
Resumo da Sétima Mensagem
O movimento é quantizado e o efeito túnel, as materializações, a
vidência, e a fácil atuação espiritual sobre a matéria são naturalmente
explicados como uma ação sobre o holograma.

Segunda Parte

Ditado por espíritos diversos

R e c e b i d o p o r P. A. F e r r e i r a

Esta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer


meio, sem autorização prévia do autor, desde que se o faça integral e
gratuitamente, de modo a preservar seu espírito inicial que é o de
incentivar a integração da Ciência e do Espiritismo e o progresso da
humanidade no sentido científico e moral.

P r i m e i r a P a r t e - P r i n c í p i o s (Link)
Segunda Parte - O Universo Dual

Sumário
6. O U n i v e r s o V i r t u a l

7. O F l u i d o C ó s m i c o U n i v e r s a l

8. A E n e r g i a

9. A L u z V i r t u a l

10. A M a s s a

Conclusão

ApêndiceA

ApêndiceB

ApêndiceC

SEGUNDA PARTE

O UNIVERSO DUAL

CAPÍTULO 6

O UNIVERSO VIRTUAL

“A matéria etérea e sutil, que forma este fluido

(Cósmico Universal ), é imponderável para vós.

Contudo, não deixa de ser o princípio de vossa

matéria pesada.” O Livro dos Espíritos - Pergunta 29.


O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais

Dirac, em sua Teoria do Pósitron9, mostrou que na teoria quântica não é


mais possível considerar que a energia do elétron assuma apenas
valores positivos. Um elétron com energia positiva maior que mc2 pode
saltar para um estado de energia negativa menor que -mc2. Um elétron
de energia negativa poderia constituir precisamente um pósitron, porém,
como os pósitrons observados tem energia cinética positiva, Dirac
considerou que no Universo tal qual o conhecemos, os estados de
energia negativa fossem quase todos ocupados por elétrons, não mais
acessíveis à nossa observação devido à sua distribuição uniforme em
toda a extensão do espaço. Nestas condições, todo estado de energia
negativa não ocupado seria observado como uma lacuna e estas lacunas
constituiriam os pósitrons.

Oitava Mensagem

Hoje vamos iniciar o estudo da matéria virtual. Falaremos apenas dos


átomos virtuais, matéria sutil que a Ciência considera como sendo
energia. Esses átomos virtuais estão num nível de energia abaixo dos
níveis que são percebidos no mundo material, numa outra dimensão ou,
podemos dizer mais precisamente, na direção negativa da dimensão
energia. No nível zero de energia, entre os dois universos, está o campo
com seus dipolos elétricos formados de pares de partículas elementares
e suas respectivas antipartículas, pares elétron-pósitron girando em
torno um do outro, com massa total nula, pares de quark e antiquark e
mésons. Dirac chegou perto do assunto quando descreveu um mar de
elétrons virtuais. O espaço não contém apenas elétrons virtuais mas
também elétrons livres e pares pósitron-elétron com energia nula. Nos
níveis negativos de energia estão os átomos virtuais. Os pósitrons da
camada externa dos átomos virtuais, os pósitrons livres e os pares
pósitron-elétron são aqueles considerados por Dirac.

Um fóton contendo um par pósitron-elétron poderá se dissociar num


campo magnético intenso, gerando as curvas das câmaras de bolha. Um
fóton poderá também colidir com um átomo virtual, transferindo-lhe
energia positiva e fazendo saltar um pósitron para estados mais
elevados da matéria visível. Um pósitron no universo material poderá se
associar a um elétron pelo processo que descrevemos atrás,
constituindo um par pósitron-elétron, ou ser absorvido num núcleo
atômico, para onde é atraído, ou ainda decair para níveis negativos de
energia. Quando pósitron e elétron se unem, formando pares, emitem
fótons aparentando terem se aniquilado. A aniquilação entre os dois só
ocorre em casos especiais de colisão com grande energia, como nos
aceleradores de partículas, gerando outras partículas como dissemos
acima. Em estado de alta energia os dois se unem formando um fluido
de quarks e antiquarks em fusão, fluido esse que pode se rematerializar
dando origem a quarks e antiquarks dissociados, bárions, mésons ou
novamente a um par pósitron e elétron.

A matéria virtual nada mais é que a antimatéria no universo paralelo


virtual, com toda a gama de partículas atômicas e subatômicas,
convivendo lado a lado com o universo material, interpenetrando-se
como se fossem complementares, interagindo muito fracamente devido
aos seus diferentes níveis quânticos correspondentes, sem nenhuma
influência química considerável entre um e outro. Cosmológicamente
falando, a matéria virtual é a matéria que a Ciência diz que estaria
faltando no universo, porque ambos os planos contribuem com sua
atração para deter a expansão do Universo.

Mas é claro que existem diferenças, devido aos níveis de energia


diferentes. O espectro da luz emitida e absorvida pela matéria virtual
está numa faixa não visível, podendo ser detectadas por alguns
equipamentos, mas freqüentemente têm sido confundidas com a luz
emitida pela matéria comum. Algumas radiações virtuais emitidas são
simplesmente denominadas de radiação de fundo, como se estivessem
livres no espaço, por falta de melhor explicação dentro das teorias
existentes, que não levam em consideração o universo virtual. Alguns
elementos químicos não existem no Universo virtual, mas existem outros
que não têm correspondentes no mundo material, como também
existem diferenças no número de neutrons de diversos isótopos.

Nas regiões do universo predominantemente materiais, onde o campo


virtual tem menor densidade, as órbitas externas dos átomos de matéria
virtual são de diâmetro relativo menor que as órbitas K dos átomos
materiais. Desta forma, seus átomos são menores e, mesmo em níveis
positivos de energia, podem penetrar com facilidade a matéria. Num
campo virtual de densidade pequena as distâncias interatômicas virtuais
são maiores, tornando as substâncias relativamente rarefeitas, menos
densas e mais maleáveis. A freqüência da luz visível em nosso mundo
espiritual, está abaixo da faixa do ultravioleta.

Quando um fóton se dissocia, poderá na verdade estar colidindo com um


par pósitron-elétron de energia nula. A emissão expontânea de um
pósitron, no universo material, pode resultar da absorção de fótons por
átomos virtuais, com energia suficiente para fazer o pósitron saltar para
os estados mais elevados de energia da matéria visível. O pósitron que
tem massa negativa no universo virtual se apresenta com massa
positiva no universo material, conforme o Princípio da Relatividade
Virtual. Esse pósitron eventualmente interage com um elétron e, neste
caso, a carga e a massa de sinais opostos de ambos contribuem para
formar pares neutros de massa nula, com emissão de fótons,
aparentando a aniquilação dos dois. É mais provável entretanto que o
pósitron emita o fóton absorvido, decaindo de volta para níveis
negativos de energia.

Da mesma forma que um elétron no universo material, um pósitron em


órbita no universo virtual, ao receber energia salta para órbitas
externas. O nível zero de energia se situa entre as dimensões positivas e
negativas de energia e não nas órbitas externas. No nível zero o pósitron
ou o elétron podem receber ou emitir energia, determinando para qual
universo decairão.

Campinas, 11/3/95.

Resumo da Oitava Mensagem

Como vemos aqui, ao contrário do conceito de Dirac, os pósitrons não


são lacunas e existem elétrons e pósitrons nos dois universos. O
universo material, por convenção, está em níveis positivos de energia
enquanto que o universo virtual está em níveis negativos de energia. As
partículas de antimatéria tem massa negativa e portanto energia
negativa, porém, por convenção, no universo virtual são consideradas
como tendo massa positiva. Entre os dois universos, e portanto comum
aos dois, está o nível de energia zero, com o FCU e as partículas de
matéria e de antimatéria em baixo nível de energia. Existem diferenças
entre as propriedades das substâncias nos dois universos bem como na
faixa de freqüência da luz visível em cada um.

____________________________
9
Quantum Eletrodynamics - Ed. Dover, 1958, Paper 7 - Theorie du
Positron par P. M. Dirac

CAPÍTULO 7

O FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL

“Mas ao elemento material deve juntar-se o fluido

universal, que representa o papel de intermediário


entre o espírito e a matéria propriamente dita.”

O Livro dos Espíritos – Pergunta 27

O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais


Após a Teoria da Relatividade Especial que considera o tempo como mais
uma coordenada, equivalente ao espaço, o Universo passou a ser
descrito como um contínuo quadridimensional espaço-tempo. O efeito
túnel foi então descrito como uma passagem pela dimensão tempo
neste espaço quadridimensional. Isto deu vazão a muitas histórias de
ficção com viagens pelo tempo, para o passado e para o futuro,
levantando muitos paradoxos.

Devido à impossibilidade de reproduzir de forma controlada em


laboratório os fenômenos espiritas, já que obviamente os Espíritos sendo
seres inteligentes, com sua própria vontade, não se sujeitariam a isto, a
Ciência preferiu ignorar a existência desses fenômenos, preferindo
estudar aquilo que era possível de ser repetidamente confirmado por
toda a comunidade científica. Assim, o pouco que foi feito em termos
científicos, não se tratando de fenômenos parapsicológicos, só pode ser
encontrado na literatura espírita; a explicação encontrada não difere
muito do conteúdo deste livro e por ser extensa não a repetiremos aqui.
Vamos então à nona mensagem que traz sutilezas adicionais sobre o
assunto.

Nona Mensagem

Um espírito pode estar no plano da mente, no plano espiritual ou,


quando mais densificado por adição de partículas do campo, no plano
material, ou ainda encarnado num corpo material. Cada uma destas
situações representam um grau de profundidade no campo da energia.
Haveriam em princípio três regiões: a material, a espiritual e a mental e
entre as duas primeiras uma interpenetração dos dois planos que
chamaremos de "região de coexistência". Da mesma forma existe uma
transição entre os planos espiritual e mental. Poderíamos esquematizá-
las como regiões concêntricas, com o plano mental no centro seguido do
plano espiritual e do plano material na periferia. Neste esquema
mostrado na figura 1, podemos simbolizar melhor o transporte de
matéria de forma quase instantânea entre dois pontos distantes A e B,
quando é feito passando pelo campo mental:
Figura 1 - Planos

No gráfico acima o raio dos círculos seria a dimensão adicional que


podemos chamar de quinta dimensão, que é a dimensão da energia, que
teria o nível zero na interface entre os planos material e espiritual,
ficando a energia negativa nos planos espiritual e mental. Se
convencionássemos colocar a origem da energia no centro, todas as
regiões teriam energia positiva diferindo apenas pelo nível. A curvatura
do espaço é denominada agora de curvatura do qüindimensional
espaço-tempo-energia quantizado.

A luz conhecida no mundo material, em seu aspecto ondulatório, pode


ser entendida como flutuação na densidade da energia positiva, a luz do
plano espiritual como flutuação da densidade da energia negativa e a
luz do plano mental como flutuações do campo mental. Cada uma
destas três formas de luz podem ser percebidas nos outros planos. A luz
do plano espiritual é a responsável pela formação da aura nos corpos
materiais e a luz do plano mental é sentida como a luz do Amor
espiritual.

O campo de energia, ou simplesmente FCU, no nível zero de energia,


entre os dois universos, é constituído pelos diversos tipos de partículas
elementares e suas antipartículas, positivas e negativas, embora com
densidades locais diferentes. Essas partículas elementares e suas
respectivas antipartículas formam os dipolos elétricos. Além disto pares
elétron-pósitron girando em torno um do outro, com massa total nula,
pares de quark e antiquark e mésons também entram na constityuição
do FCU. Para níveis de energia mais positiva o campo vai tendo cada vez
mais excesso de partículas elemenmtares h+ e pares de partículas
materiais livres. Da mesma forma quanto mais negativo o nível de
energia mais excesso de partículas h- e antipartículas virtuais são
encontradas no campo. Uma antipartícula só é virtual se possuir energia
negativa. Uma antipartícula com energia positiva encontra-se no mundo
material.
No espírito encarnado as energias positivas e negativas estão mais
intimamente ligadas, embora cada uma em seu plano, graças à natureza
do fluido vital que nada mais é que o FCU dotado de características
especiais de vibração coerente, induzida no íntimo da estrutura celular.
O perispírito adquire então estrutura semelhante à do corpo material e
possui órgãos sensoriais correspondentes, permitindo-lhe a percepção
da luz espiritual em seu cérebro perispiritual. Por meio de treinamento
adequado é possível intensificar a comunicação entre os dois cérebros
de modo a desenvolver os diversos tipos de mediunidade. Isso exige
uma alta capacidade de abstração das sensações materiais, obtida com
o auxílio da meditação, de modo a se poder sentir a sutil comunicação
interior.

Como a região central é o plano mental podemos nos referir às três


formas de energia também pelo nome de consciência que teria assim os
três planos já conhecidos: consciência objetiva (a do plano material),
subconsciência ou inconsciente coletivo (a do plano espiritual) e
consciência cósmica (a do plano mental). Os transportes de matéria por
efeito túnel não são uma viagem pelo tempo como se diz na ficção de
hoje, na verdade são uma viagem através da consciência ou energia.
Obviamente existe diferença entre consciência e energia. Podemos dizer
que a consciência é um processo dinâmico de transferências de
energias, que implica na existência de um organismo capaz de realizar
essas transferências, embora no plano mental não haja necessidade
desse organismo pois o próprio holograma já constitui por si mesmo um
sistema organizado autoconsciente, ou onisciente. Deve ser notado
entretanto que os níveis de consciência correspondem a diferentes
níveis ou estados de energia. Esta é a razão da meditação, onde
aquietamos nosso cérebro material que funciona em nível elevado de
energia embaraçando a observação do funcionamento do cérebro
perispiritual.

Campinas, 9/4/95.

Resumo da Nona Mensagem

O Universo é descrito pelos Espíritos como um qüindimensional espaço-


tempo-energia quantizado, pois que não só a energia, como também o
espaço e o tempo, são discretos. O efeito túnel é descrito como uma
passagem pela dimensão da energia, portanto sem os inevitáveis
paradoxos da viagem pelo tempo.

O campo de energia, ou simplesmente FCU, no nível zero de energia,


entre os dois universos, é constituído pelos diversos tipos de partículas
elementares e suas antipartículas, positivas e negativas, com
densidades locais diferentes. Essas partículas elementares e suas
respectivas antipartículas formam os dipolos elétricos. Além disto pares
elétron-pósitron girando em torno um do outro, com massa total nula,
pares de quark e antiquark e mésons também entram na constituição do
FCU.

CAPÍTULO 8

ENERGIA

10. Pode o homem compreender

a natureza íntima das coisas?

-- "Não; para isto falta-lhe um sentido."

Livro dos Espíritos.

O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais

No fim do século XIX foi descoberto o efeito fotoelétrico onde uma


superfície de metal iluminada por luz de freqüência suficientemente alta
(luz ultravioleta) emite elétrons. A distribuição de energia dos
fotoelétrons emitidos independe da intensidade da luz. Uma luz intensa
produz mais elétrons, mas a energia média do elétron é a mesma
sempre que a freqüência for a mesma. Pela teoria ondulatória o
fenômeno não pode ser explicado porque a produção de elétrons é
instantânea, e seria necessário cerca de um ano para que o elétron
acumulasse a energia necessária para saltar. Igualmente estranho do
ponto de vista da teoria ondulatória é a energia do elétron depender da
freqüência da luz incidente. Abaixo de certa freqüência crítica,
característica para cada metal em particular, os elétrons não são
emitidos.

Em 1905 Einstein publicou um trabalho mostrando que o efeito poderia


ser entendido se fosse adotada a solução que Planck usara, cinco anos
antes, para derivar o espectro da radiação emitida por corpos negros.
Segundo Planck, a radiação era emitida descontinuamente em pequenos
pacotes de energia denominados quanta. Os quanta associados a uma
freqüência particular ν da luz emitida possuem todos a mesma energia
sendo essa energia E diretamente proporcional a ν, istoé,

E = hν

onde h é a Constante de Planck. Planck então não duvidava que embora


a energia fosse irradiada por pulsos ela devia se propagar na forma de
ondas eletromagnéticas. Einstein propôs que a luz não só fosse emitida
como um quantum, mas também que se propagava como quanta
individuais. Explicou então o efeito fotoelétrico com a fórmula empírica:

E = hν − hνo

onde E é a energia máxima do fotoelétron e hνo a energia mínima


necessária para desalojar um elétron da superfície metálica que está
sendo iluminada, sendo νo a freqüência mínima associada
correspondente. Os fotoelétrons não possuem todos a mesma energia
porque seria necessário mais trabalho para arrancar os elétrons que se
situam mais abaixo da camada superficial.

É curioso observar que a teoria quântica, que aborda a luz como um


estrito fenômeno corpuscular, coloca explicitamente a freqüência ν que
é estritamente um conceito ondulaório. A posição da Física hoje é que a
teoria ondulatória da luz e a teoria quântica da luz se complementam
entre si. A verdadeira natureza da luz deixou assim de ser significativa.

Décima Mensagem

Continuando nossa descrição do FCU podemos dizer que é formado


pelas diversas partículas elementares dando origem aos diversos
campos. Em especial, as partículas h+ e h- podem se unir em pares
formando o campo eletromagnético. Quando n destas partículas estão
agrupadas formando um pacote são denominadas de quantum sendo
sua energia proporcional à quantidade dessas partículas elementares. A
energia de um quantum é dada por:

h = n h+

quando falamos de campo de energia positiva, e

h = n h-

quando se trata de campo de energia negativa.

Porém o que se considera normalmente como energia é aquela referente


ao campo eletromagnético, formado por pares h±. Neste caso a energia
do quantum será dada por

h = n h± ,

onde h± é a energia de cada par e h é a Constante de Planck.


Em média existem n pares de partículas de FCU por comprimento de
onda, e como n depende da densidade do campo a Constante de Planck
passa a ser uma constante local. Teremos assim que, para um dado
local, a energia transferida por segundo por um feixe de ondas de
freqüência ν será de

E = h ν = n h± ν .

Se considerarmos que a lei E = mc² esteja correta, teremos também dois


sinais para a massa, m+ e m- . A massa m- seria a da antimatéria e a lei
da energia seria dada por:

E = ± mc² .

Não há então necessidade de conceituar a antimatéria como sendo


matéria viajando para traz no tempo. Tudo se passa como se existissem
dois campos, um de energia positiva e outro de energia negativa,
interpenetrando-se, porém sem interferir um no outro. A matéria
interage com a matéria através o campo material e a antimatéria
interage com a antimatéria através o campo antimaterial. No nível zero
seria os campos material e antimaterial estão unidos, ou seja, as
partículas h+ e h- estão unidas formando pares. Aliás estes pares estão
presentes também próximo às partículas com carga elétrica, dando
origem à renormalização considerada pela Física.

No quantum temos n pares de partículas h± com uma dada quantidade


de movimento que só depende da freqüência ν. Daí segue que numa
interação com a matéria a energia dos fótons só depende da freqüência
enquanto a amplitude depende da quantidade de fótons. Sendo o
elétron pontual, são as partículas h± que colidem com ele e não o
quantum como um todo rígido. Se o momento da partícula h+ for
pequeno (freqüência < νo) o elétron não salta. Se o valor do momento da
partícula h que colide não for o valor máximo, a energia do elétron não
será a máxima para aquela freqüência.

Campinas, 16/4/95.

Resumo da Décima Mensagem

Esta lição nos diz que a Constante de Planck não é universal mas um
valor local que depende da densidade do campo ou da quantidade de
partículas por comprimento de onda. Mostrou-nos também que a
energia equivalente de uma massa negativa também é negativa. O
efeito fotoelétrico é explicado a nível de partículas elementares.
CAPÍTULO 9

A LUZ VIRTUAL

" Os Espíritos estão por toda parte; povoam o espaço infinito.

Estão continuamente ao vosso lado, observando e agindo,

malgrado vosso, porque são uma das forças da natureza

e os instrumentos de que Deus se serve para a realização

de seus des ígn ios prov idenc ia i s . "

O L iv ro dos Esp í r i t os - Pe rgunta 87 .

O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais

Conforme vimos no capítulo anterior a hipótese de que a onda se


propaga como uma série de quanta foi usada para explicar o efeito
fotoelétrico. Entretanto a teoria ondulatória é uma das teorias físicas
mais firmemente estabelecidas, constituindo o único meio de explicar a
difração e a interferência. A situação aqui é diferente daquela em que
temos a mecânica relativística e a mecânica newtoniana, onde esta é
uma aproximação da primeira. Um feixe de luz pode ser refratado por
um retículo e depois causar a emissão de elétrons numa superfície
metálica, porém não simultâneamente. Mas podemos notar que, quando
a luz se propaga se comporta como onda e na interação íntima com a
matéria se comporta como partícula.

Décima primeira Mensagem

Vamos estudar agora as ondas de luz nos dois universos. A luz também
é um pouco mais complexa do que se entende atualmente na ciência
material. Além da luz considerada como fenômeno eletromagnético e da
luz na forma de corpúsculos (quanta), existe também luz nos campos de
energia positiva e de energia negativa.

Considerada como fenômeno eletromagnético ela se propaga no éter, ou


campo eletromagnético, que nada mais é do que o conjunto de pares (h+
h-) no nível zero de energia. Esta é a luz conhecida pela ciência material
e que pode ser percebida nos dois universos.

A luz manifestada como corpúsculo10 nada mais é do que um caso


especial de onda ainda não considerada pela ciência, onde estão
superpostas duas ondas longitudinais:
- a virtual, que se propaga no campo da energia negativa, que é o
conjunto das partículas h-, e

- a material que se propaga no campo da energia positiva que é o


conjunto das partículas h+.

Entretanto esta forma de propagação pode facilmente se transformar na


onda transversal e a transversal na longitudinal, dependendo das
condições do meio onde se propagam. A dualidade partícula-onda se
reduz assim à mudança entre um e outro tipo de onda luminosa.

Mas existem regiões do universo onde encontramos apenas matéria


pura (buracos negros) ou antimatéria pura (buracos brancos) sendo que
aí só ocorre o campo material ou o campo virtual, respectivamente.
Nestas regiões temos a luz material pura e a luz virtual pura, não
havendo campo eletromagnético, sendo assim ambas longitudinais.

No caso das ondas eletromagnéticas transversais temos as duas


componentes de campo, a elétrica e a magnética em planos
perpendiculares, sendo as pertubações transversais à direção de
propagação da onda. No ponto onde a componente elétrica se anula
temos um máximo na componente magnética, como já entendido pela
Física Clássica. Em um campo magnético intenso o suficiente, os dois
tipos de partículas elementares se separam dando origem a um elétron,
formado por h- e a um pósitron formado por h+. A separação ocorre
quando o campo magnético em cada onda é máximo, com campo
magnético de mesma polaridade de modo que o elétron e o pósitron
formados possuem momentos magnéticos idênticos.

No caso dos quanta de luz temos uma energia

E = n h± ν

concentrada na meia onda superior sendo a energia da meia onda


inferior aproximadamente nula.

No caso da onda virtual pura a energia é dada por

E = n h- ν.

e para a onda material pura a energia é

E = n h+ ν.

Campinas, 23 / 4 / 95.
Resumo da Décima primeira Mensagem

Aqui os espíritos nos ensinam que a luz pode se propagar de várias


formas, mas sempre como onda e que na interação com a matéria
como, por exemplo, quando entra nos orbitais atômicos, ela muda para
uma onda longitudinal onde as cristas podem ser assemelhadas a
corpúsculos. Da mesma forma ao ser emitida energia num orbital
teremos uma onda longitudinal que se transforma em onda transversal
quando se propaga no espaço (vide Apêndice C).

____________________________
10
Para uma extensão mais atualizada deste assunto, consulte o
Apêndice C :"A luz como onda longitudinal".

CAPÍTULO 10

A MASSA

“A matéria existe em estados para vós desconhecidos.

Ela pode ser, por exemplo, de tal modo etérea e sutil

que não deixa nenhuma impressão em vossos sentidos;

todavia é sempre matéria, embora não o seja para vós."

O Livro dos Espíritos - Pergunta 22.

O que nos dizem a Física e o Espiritismo atuais

A teoria da Relatividade Restrita deduziu a variação da massa com a


velocidade, porém é necessário compreender em que circunstâncias isto
é verdadeiro. Consideremos um observador e um corpo de massa m'o em
repouso em relação a um sistema S' de coordenadas (x', y', z', t' ), e
consideremos ainda um observador e outro corpo de massa mo em
repouso em relação a outro sistema de coordenadas S (x, y, z, t). O
sistema S' está dotado de velocidade uniforme v em relação ao sistema
S. Neste caso valem as transformações de Lorentz para passar de um
sistema de coordenadas para o outro.

Para cada observador a massa do outro sistema é vista como uma


massa maior do que se estivesse em repouso relativo a este observador.
Portanto,
m = m'o / (1-v²/c²)1/2 para um observador no Sistema S

e m' = mo/ (1-v²/c²)1/2 para um observador no Sistema S'.

Se as massas em repouso forem iguais para os dois observadores, m'o =


mo, a massa vista do outro sistema serão iguais para os dois, m' = m,
mas de um valor simultaneamente maior que a massa que está em
repouso em cada sistema (aqui podemos falar de simultaneidade porque
não se trata de eventos). Esse valor maior é a massa aparente que cada
um mediria ao observar a massa do outro sistema em movimento
relativo. Já a fórmula de equivalência de massa e energia, E = ∆Mc²,
representa um aumento real de massa ∆M sofrido por um corpo que
absorveu uma energia E.

Décima segunda Mensagem

A força entre as partículas do campo ainda é desconhecida da Ciência.


Mas é a responsável pela existência da massa e indiretamente pela
gravidade. A compreensão completa do conceito de massa só será
possível depois que a Ciência desenvolver uma teoria da estrutura da
matéria baseada no holograma. A massa será então entendida como a
transformada de uma propriedade do holograma.

O valor da massa, como vimos, depende do tipo de quark, m ou l, na


partícula atômica e o sinal da massa depende do sinal das partículas
elementares do campo. Uma massa grande significa que a partícula está
mais ligada ao campo, tem mais inércia, sendo os quarks m em os
responsáveis por essa força. Uma massa pequena, como a do elétron,
está associada aos quarks l e l. Estas duas famílias de quarks são
também formados por partículas elementares às quais estão associados
o campo gravitacional e o campo, ainda não bem conhecido, da força
fraca. A interação das partículas elementares l e l com as partículas h e
m, são fracas em comparação com a interação das partículas m em,
entre si e entre as partículas h+ e h-. A equivalência entre massa e
energia pode ser aqui ampliada se considerarmos que as partículas
elementares h+ e h- estão relacionadas com a constante h pela
quantidade n de pares destas partículas por ciclo de onda:

h = ± n h ±.

As partículas elementares por si só não possuem massa mas, quando


passam a fazer parte de uma partícula atômica, como no aumento de
energia da partícula, elas contribuem para a renormalização e para o
aumento de massa devido aos quarks m ou l do campo que serão
absorvidos para compensar o aumento de pares h ±. Não estamos
falando da massa aparente da Teoria da Relatividade mas sim de um
real aumento de massa. A massa aparente depende do movimento do
observador e o que estamos nos referindo aqui é ao aumento de massa
relativamente ao campo, considerado como em repouso relativo local.
As partículas e o campo, quando em movimento relativo acelerado,
estão constantemente trocando partículas elementares. Esta troca já foi
observada como jatos em colisões de partículas de alta energia.

Para uma dada freqüência ν , com energia do fóton E = n h ± ν temos um


acréscimo de massa equivalente dado por E= ± ∆M c². Note-se que não
mencionamos aqui massa de repouso do fóton por não fazer sentido. A
energia adicionada aparecerá, como dissemos acima, como um
acréscimo de massa na partícula atômica. Substituindo, vemos que o
acréscimo de massa ∆ M é dado por:

∆M=nh ±
ν / c² .

Consideremos agora a desintegração de um múon:

µ +⇒
e+ + ν + ν + mm

µ - ⇒ e- + ν + ν + mm

o méson tem 207me e gera um elétron e neutrinos sem massa além de


mésons (mm) ainda não detectados que voltam para o campo levando
consigo a diferença de massa. Da mesma forma :

π +
⇒ µ + + ν + m m

π - ⇒ µ - + ν + m m

Múons e píons são elétrons com grandes acréscimos de quarks (mm).


As partículas atômicas com alta energia também usam esse mecanismo
para armazenar energia. A maior parte dos mésons que se desintegram
em elétrons liberam inúmeros pares mm e h+h- em frações muito
pequenas para serem detectadas, já que possuem carga e massa nula.
Estes pares se incorporam ao campo ou dão origem à renormalização da
Física.

A massa negativa do elétron, como já vimos, é interpretada como massa


positiva. Sua energia, de fato, é positiva, pela absorção de fótons
materiais que se tornam em pares h ± da renormalização.

Na levitação da matéria juntamos partículasm embaixo dos corpos, e


partículas m em cima, anulando assim o efeito gravitacional, ou a massa
do corpo em relação ao campo material, isolando as partículas m da
matéria do campo m do mesmo tipo. As partículasm parecem não ter
existência no mundo material podendo ser interpretadas como buracos,
dando a interpretação análoga de flutuação ou empuxo com relação ao
campo gravitacional. O campo gravitacional é menos denso dem e mais
denso de m na direção do centro da Terra. O empuxo assim é em relação
à densidade do campo gravitacional material.

Campinas, 1º de Maio de 1995.

Resumo da Décima primeira Mensagem

Conforme vimos foi feita uma distinção entre o aumento de massa


aparente e o aumento de massa por acréscimo de energia, este último
se dando por absorção de pares h ± e de partículas elementares m ou l do
campo. A grande diferença entre a massa dos prótons e neutrons e a
dos elétrons se deve à presença dos quarks m nos prótons e neutrons e
dos quarks l nos elétrons e à força com que esses quarks são atuados
pelas partículas elementares m e l do campo. Da mesma forma os
mésons apresentam maior massa que os elétrons devido aos pares de
quarks e antiquarks m no méson. Infelizmente não foi possível anotar
nenhuma relação entre a energia (ou pares h ±) e a quantidade de
partículas m absorvidas do campo.

Por outro lado deve ser notada uma diferença fundamental entre os
conceitos de massa negativa descritos até agora pela Ciência e os
conceitos no presente livro. Na teoria por nós apresentada não se faz
distinção entre massa inercial, massa gravitacional e massa-energia.
Todo corpo tem apenas uma massa que é atuada pelo campo, num
sentido ou no outro. Se um corpo de massa m1 está próximo de um
grande corpo de massa m2 sofrerá a ação do seu campo gravitacional e
do seu campo antigravitacional. Se a massa m1 for positiva e a massa m2
for material a aceleração de m1 será no sentido do corpo. Se a massa m1
for negativa a aceleração será no sentido oposto. Não há como
considerar que a 'força' gravitacional, em uma massa m1 negativa, será
invertida empurrando-a para longe, mas que devido à massa inercial
negativa o corpo acelerará no sentido oposto aproximando-se. A massa
m1 ser negativa significa apenas que m1 será repelida pelo campo e,
portanto, se afastará da massa m2.

Existe também uma diferença fundamental entre o campo


eletromagnético e o gravitacional. A atração ou repulsão entre cargas
elétricas é realizada através o campo e atua sobre a partícula que
acelerará em uma ou outra direção conforme sua massa seja positiva ou
negativa. O campo gravitacional tem seu anticampo e uma massa será
positiva se tiver o mesmo sinal do campo. Assim, uma massa negativa
no campo gravitacional será positiva no campo antigravitacional, ou
seja, a massa é relativa ao campo gravitacional.

Em um campo sem gradiente de densidade, se a massa for positiva


haverá uma interação com o campo durante a aceleração que limitará a
ação da força aplicada de modo que para acelerar mais será preciso
aplicar uma 'força' maior; se não houver um campo atuando, uma massa
positiva em movimento uniforme tenderá a continuar com a mesma
velocidade porque a massa só se faz sentir quando há uma aceleração.

Uma massa negativa isolada também se manterá em movimento


uniforme em um campo sem gradiente. Mas se tentarmos acelerá-la em
uma certa direção, e isto é feito sempre através o campo, a massa
acelerará na direção oposta porque esta é sua propriedade postulada,
não havendo como tentar explicar o porque disso até que entendamos
realmente o que é a massa. Em um campo gravitacional a aceleração
adquirida por uma massa negativa será sempre no sentido da menor
densidade do campo. Note-se ainda que não há necessidade de falar em
termos de força, mas apenas em aceleração e se escolhermos um
sistema de coordenadas cuvilíneas adequadas poderemos dizer que a
massa está em movimento uniforme nesse sistema, conforme ditado
pelo Princípio de Equivalência da Relatividade Geral.

CONCLUSÃO

8. Penetrará um dia o homem o mistério das coisas?

--- "O véu irá sendo erguido à medida que ele se depura.

Mas para compreender certas coisas necessita de

faculdades que ainda não possui."

11. Será um dia dado ao homem compreender o mistério

da Divindade?

--- "Quando seu Espírito não mais estiver obscurecido

pela matéria e quando, pela perfeição, se houver

aproximado de Deus, vê-lo-á e o compreenderá."

O Livro dos Espíritos


Vimos a massa está em parte relacionada com a quantidade de energia
e esta com a quantidade de partículas h. Porém isto só não explicaria
tudo. O fóton pode ter a mesma quantidade de energia que um pósitron
e um elétron, entretanto tem massa nula. O neutron tem carga nula e
massa maior que o próton. O próton tem mesma carga elétrica do
pósitron e do elétron e massa muito maior. Notamos portanto que o que
importa na massa não é a carga elétrica mas a presença de partículas
do campo de massa, material e virtual que podem compensar uma à
outra. Em um neutron a massa é grande porque tem muito maior
quantidade de quarks m que de quarks l. Em um elétron ocorre o
oposto, existe apenas quarks l, consequentemente dando-lhe uma
massa negativa.

Vimos também que em um campo magnético intenso, somando-se às


forças que tendem a separar as partículas h+ e h-, há a força magnética
em sentidos opostos para cada uma destas partículas elementares,
causando a dissociação de um fóton em pósitrons e elétrons.

Vimos que as partículas do campo, de mesmo sinal, se atraem pela nova


lei dos semelhantes.

A renormalização adquiriu novo significado.

A inércia aqui é uma medida da resistência à modificação do movimento


(aceleração), devido à atração do campo, não havendo resistência à
velocidade num campo sem gradientes.

O movimento no universo se deve à perseguição da matéria pela


antimatéria e vice-versa no universo virtual.

O campo com gradiente representa um aumento na densidade de


partículas em uma dada direção e, consequentemente, atração nessa
direção. A gravitação advém naturalmente como atração dos corpos
pelo campo de massa, conforme a lei dos semelhantes. Logicamente
partículas com sinais opostos ao campo seriam repelidos (levitação). A
levitação tem seu fundamento na massa negativa e a gravitação e o
eletromagnetismo podem ser agora unificados. E se o campo contiver os
dois sinais essa ação de atração e repulsão poderá ser reforçada ou
cancelada conforme a direção dos dois gradientes.

A Mensagem mais recente

Ficamos felizes por você ter compreendido tão bem as lições. Isto se
deveu ao fato de sua mente não estar presa aos conceitos tradicionais
mas ter procurado sempre novas explicações que, como esta, fugissem
completamente dos conceitos instituídos. Isso faz a verdadeira Ciência e
é necessário grande dose de humildade para ter essa liberdade de
compreensão. Você não o teria conseguido sozinho mas outros teriam
falhado desde o começo por acharem absurdos os conceitos
apresentados, sem coerência e até contraditórios. Pela sua persistência
e fé no que estava fazendo, acreditando que de fato um curso
proveniente do plano espiritual lhe estava sendo ministrado, você faz jus
à autoria deste trabalho de recepção das presentes lições. Não se
acanhe portanto em publicá-las após uma revisão cuidadosa para
eliminar os erros iniciais devidos à novidade do assunto. Não se
preocupe também com a liberação desses conhecimentos, pois se o
fizemos é porque nossos superiores acharam ser este o momento
adequado de apresentá-los à humanidade. Não se iluda, pois este
trabalho será motivo de mofa e ridículo, e anos se passarão antes que
seja reconhecido como um guia epistemológico para a Ciência futura.

Apresse-se em fazê-lo pois o progresso se faz necessário para o


enfrentamento dos tempos difíceis que virão para a humanidade. Estes
conhecimentos serão de grande utilidade para a perpetuação da espécie
humana no planeta no futuro. Haverão tentativas de utilizá-los para o
mal, mas estaremos atentos para o fato, e a aceitação e comprovação
da vida espiritual que advirá deste compartilhamento de conhecimentos
no campo científico compensarão todo o mal que poderia ser causado
pelas forças que tentam atrasar o desenvolvimento material, moral e
espiritual da humanidade, aproximando definitivamente a ciência da
religião.

Que a Paz e o Amor Divino estejam com todos na Terra

pelos espíritos de

Sir Macklay

Raphael

Emanuel

Alexandre

Rio, 7 de Maio de 1995.


APÊNDICE A

De modo a deixar o corpo do livro intocado o autor usará Apêndices para


acrescentar considerações e trabalhos próprios ou de outrem, citando
em tal caso nome, endereço e informações pessoais que forem de
interesse do colaborador.

"A ciência terrestre bem pouca coisa é, ao lado da ciência celeste.

Só os espíritos superiores possuem esta última ciência. Sem nomes

famosos, êles podem ser conhecedores de todas as coisas; muito


melhor

do que os seus sábios terrestres. Não é a Ciência apenas que faz um

Espírito superior."

O Livro dos Médiuns – Allan Kardec –

Cap. XXVI Item 293, Resposta à pergunta 25.

CONSEQÜÊNCIAS DA NOVA CONSTANTE DE PLANCK.

Adicionado em 24 de Junho de 98 - 15:00 GMT

Nota do Autor

A nova fórmula da energia E = n h± ν , obtida de h = n h±, onde n é o


número de partículas elementares do campo por ciclo de onda, traz
várias conseqüências importantes:

O valor de n é um valor local que depende, além da freqüência, da


densidade do campo. Assim, a Constante de Planck deve também ser
considerada como uma constante local.
Seja a transição de um elétron entre as órbitas de um átomo de
Hidrogênio; se o número quântico do estado inicial for ni e o do estado
final for nf, a energia do fóton é dada por:

Energia do fóton = Energia initial – Energia final

hν =Ei – Ef .

Expressando em termos de constantes fundamentais, obtemos:

Ei-Ef =me4/8ε0²h²(1/nf²-1/ni²).

A freqüência ν do fóton liberado na transição é então dada por:

ν = me4/8ε0²h³(1/nf²-1/ni²),

e podemos ver desta fórmula que ν varia inversamente com o cubo da


Constante de Planck ou, o que vem dar no mesmo, inversamente com o
cubo da densidade do campo n. No centro de uma galáxia material o
valor de n é muito maior do que na superfície do planeta Terra que está
na periferia da galáxia local. Portanto a luz emitinda e absorvida no
centro de uma galáxia material apresenta um deslocamento para o
vermelho devido ao maior valor local de h.

Vemos assim que teremos então de considerar, além do deslocamento


devido ao efeito Doppler, dois deslocamentos adicionais da freqüência
luminosa proveniente das galáxias distantes:

- um deslocamento para o vermelho devido à densidade local do campo


no centro das galáxias de onde a luz é emitida, que pode ser calculado
pela fórmula acima,

- e um deslocamento para o azul devido à propagação da luz, emitida no


centro de uma galáxia material, para um local de menor densidade do
campo, como é o caso da superfície da Terra. Do Princípio de
Conservação de Energia, aumentando a densidade das partículas
elementares, ou o valor de n, o valor de ν deve decrescer. Desta forma,
pelo princípio de conservação a freqüência do fóton que se propaga se
ajustaria à densidade do campo. Na densidade menor para um
observador na Terra, a freqüência seria maior do que a de um núcleo de
galáxia material, representando um deslocamento para o azul.

O deslocamento para o vermelho da freqüência da luz emitida ou


absorvida, conforme a fórmula acima, é inversamente proporcional ao
cubo da Constante de Planck, e o deslocamento para o azul, devido à
menor densidade do campo na Terra, é diretamente proporcional à
Constante de Planck, o efeito líquido sendo que quanto maior a
densidade do campo no núcleo de uma galáxia distante, maior será o
deslocamento para o vermelho, conforme medido por um observador na
Terra.

A densidade das partículas elementares materiais é maior no centro das


galáxias materiais e a densidade das partículas elementares virtuais é
maior no centro das galáxias virtuais. Para um observador na periferia
de uma galáxia material como a nossa, as outras galáxias materiais
estariam aparentemente se afastando, devido ao deslocamento para o
vermelho da luz emitida. Contrariamente, as galáxias virtuais
pareceriam estar se aproximando, devido ao deslocamento para o azul
causado pela menor densidade do campo material no núcleo das
galáxias virtuais. Particularmente, se virarmos nossos instrumentos para
o centro da nossa galáxia, um deslocamento para o vermelho seria
obsewrvado.

Interpretando o deslocamento para o vermelho da forma acima, o


universo não estaria se expandindo, pelo menos não na taxa atualmente
proposta. Poderemos assim recalcular a idade do universo,
presentemente posta em dúvida. Se não houver expansão, os quasares
não são corpos existentes apenas durante o início do universo, devendo
sua abundância local relativamente menor ser explicada por outra
forma.

APÊNDICE B

Antimatéria e massa negativa


Adicionado em 27 de Junho de 98 - 12:55 GMT

Nota do Autor
Em recentes experimentos com antiprótons no LEAR dos laboratórios do
CERN em Gênova, antiprótons em baixa energia foram espalhados em
prótons de baixa energia em matéria normal. Este experimento foi
considerado evidência experimental de que os antiprotons tem massa
positiva1.

O raciocínio é o seguinte:

Os antiprotóns têm carga elétrica negativa. Se tivessem massa inercial


negativa eles teriam que ter carga elétrica positiva para que se
comportassem como se fossem negativamente carregados. Dessa forma
o antipróton seria atraído por um próton próximo, e o próton seria
repelido pela carga positiva do antipróton. As duas partículas seriam
aceleradas na mesma direção, com o antipróton caçando o próton.
Como não foi observado este tipo de comportamento, os antiprótons
teriam que ter massa positiva.

O raciocínio de acordo com a presente teoria é como se segue:

O antipróton tem carga elétrica e massa negativa e prótons e


antiprótons se repelem pela Lei dos Semelhantes. O antipróton pareceria
ser atraído para o próton devido à sua massa negativa e o próton seria
empurrado, afastando-se. Entretanto a caça não seria observada, pela
mesma razão que próton e antipróton não colidem aniquilando-se. Seria
tudo uma questão de seção de choque.

Assim o experimento, em princípio, poderia ser explicado por ambos os


raciocínios e teríamos que examinar efeitos secundários, como o recuo
do próton, para provar ou desaprovar um deles.

Por outro lado deve ser notada uma diferença fundamental entre os
conceitos de massa negativa ali expostos e os conceitos no presente
livro. Na teoria por nós apresentada não se faz distinção entre massa
inercial, massa gravitacional e massa-energia. Todo corpo tem apenas
uma massa que é atuada pelo campo, num sentido ou no outro. Se um
corpo de massa m1 está próximo de um grande corpo de massa m2
sofrerá a ação do seu campo gravitacional e do seu campo
antigravitacional. Se a massa m1 for positiva e a massa m2 for material a
aceleração de m1 será no sentido do corpo. Se a massa m1 for negativa a
aceleração será no sentido oposto. Não há como considerar que a 'força'
gravitacional, em uma massa m1 negativa, será invertida empurrando-a
para longe, mas que devido à massa inercial negativa o corpo acelerará
no sentido oposto aproximando-se. A massa m1 ser negativa significa
apenas que m1 será repelida pelo campo e, portanto, se afastará da
massa m2.
Conforme vimos no Capítulo 10, existe também uma diferença
fundamental entre o campo eletromagnético e o gravitacional. A atração
ou repulsão entre cargas elétricas é realizada através o campo e atua
sobre a partícula que acelerará em uma ou outra direção conforme sua
massa seja positiva ou negativa. O campo gravitacional tem seu
anticampo e uma massa será positiva se tiver o mesmo sinal do campo.
Assim, uma massa negativa no campo gravitacional será positiva no
campo antigravitacional, ou seja, a massa é relativa ao campo
gravitacional.

Em um campo sem gradiente de densidade, se a massa for positiva


haverá uma interação com o campo durante a aceleração que limitará a
ação da força aplicada de modo que para acelerar mais será preciso
aplicar uma 'força' maior; se não houver um campo atuando, uma massa
positiva em movimento uniforme tenderá a continuar com a mesma
velocidade porque a massa só se faz sentir quando há uma aceleração.

Uma massa negativa isolada também se manterá em movimento


uniforme em um campo sem gradiente. Mas se tentarmos acelerá-la em
uma certa direção, e isto é feito sempre através o campo, a massa
acelerará na direção oposta porque esta é sua propriedade postulada,
não havendo como tentar explicar o porque disso até que entendamos
realmente o que é a massa. Em um campo gravitacional a aceleração
adquirida por uma massa negativa será sempre no sentido da menor
densidade do campo. Note-se ainda que não há necessidade de falar em
termos de força, mas apenas em aceleração e se escolhermos um
sistema de coordenadas cuvilíneas adequadas poderemos dizer que a
massa está em movimento uniforme nesse sistema, conforme ditado
pelo Princípio de Equivalência da Relatividade Geral.

_________________________
1
Anti-Gravity and Anti-Mass - John G. Cramer -
http://mist.npl.washington.edu/AV/altvw14.html

APÊNDICE C

A luz como onda longitudinal


Adicionado em 20 de Outubro de 98 - 16:00 GMT
Nota do Autor

Até o presente a Ciência tem considerado a luz como uma onda


eletromagnética transversal. A discussão sobre se a luz teria natureza
ondulatória ou corpuscular se extendeu por uma grande parte do século
XX, sendo resolvida pelo princípio da complementaridade que dá à luz
um aspecto dual, podendo ser vista como constituída de partículas ou de
ondas, conforme as circunstâncias.

Aqui nós temos dito que o campo é composto de partículas


fundamentais de vários tipos, sendo o campo eletromagnético
composto das partículas elementares h+ e h-, partículas essas que têm a
tendência de formar pares no nível zero de energia.

As ondas transversais, conforme considerado aqui, são transmitidas


através dessas partículas do campo eletromagnético. A componente
campo elétrico é formada pelos pares orientados numa mesma direção,
e a componente campo magnético é formada pela rotação desses pares.
Conforme a onda se propaga esses pares oscilam de uma direção para a
outra, girando numa dada direção e então voltando com a rotação em
sentido oposto, conforme os pares mudam sua orientação. A rotação
máxima que corresponde ao máximo do campo magnético, ocorre entre
os máximos dos dois campos elétricos opostos, de modo que a
componente magnética está assim sempre defasada de um quarto de
onda em relação à componente elétrica. Como a direção do vetor
rotação é perpendicular ao plano de rotação dos pares teremos que a
componente magnética está num plano perpendicular ao plano da
componente elétrica. Veja figura 1 abaixo:
Entretanto a luz, de acordo com esta teoria, também pode ser uma onda
longitudinal conforme vemos na figura 2 abaixo:

Podemos considerar duas ondas luminosas: a material e a virtual; a


material sendo transmitida pelas partículas h+ e a virtual pelas partículas
h-. No caso da onda transversal podemos dizer que as duas ondas
coincidem porque as partículas elementares estão aos pares. Na onda
longitudinal podemos em certos casos ter uma região de éter com
apenas um dos tipos de partículas e aí teríamos apenas a onda
longitudinal correspondente. Mas normalmente, devido à tendência das
partículas elementares se juntarem aos pares, essas duas ondas se
estivessem fora de fase seriam instáveis. Assim aqui também para todos
os efeitos teremos sempre as duas ondas superpostas e em fase, como
no caso da onda transversal.

Como podemos ver na figura2, as duas ondas em fase formam pacotes


de partículas elementares nos picos posiotivos. tais pacotes se
comportam como partículas e são os quanta já conhecidos da Física. Os
pares na onda longitudinal giram em direções aleatórias e o fluxo de
partículas h+ e h- produz campos magnéticos opostos. O resultado é um
campo eletromagnético nulo.

As ondas transversais são produzidas por oscilações no campo


eletromagnético. As ondas longitudinais são produzidas pela emissão de
fotons nos orbitais atômicos. Mas uma onda pode se transformar na
outra, dependendo das condições onde se propagam, como por exemplo
a estrutura cristalina das substâncias e os campos eletromagnéticos por
onde elas passam. Desta forma um feixe de fótons pode se transformar
em uma onda transversal quando saem de uma substância e
posteriormente se transformar de volta em fótons ao entrar nos orbitais
atômicos de uma outra substância. Isto indicaria que o espaço dos
orbitais estaria ocupado por um éter com uma só das partículas
elementares, por exemplo, partículas h- devido à energia ser negativa
nessa região.

Assim a dualidade partícula-onda ou complementaridade, fica reduzida a


dois tipos de ondas, longitudinal e transversal, sendo os quanta apenas
um aspecto natural da onda luminosa longitudinal.

Rio, 20 de Outubro de 1998.

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