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Outsourcing: a palavra do momento 8 de março de 2007

Entenda por que este modelo de serviços é tão popular hoje no universo da
TI Por Aline Brandão

Em fevereiro deste ano, o Wall Street Journal publicou uma matéria em que o Brasil
era apontado como o potencial centro de outsourcing na América Latina. Os motivos
para isso, segundo a publicação, são vários e incluem mercado interno grande e fusos
horários e cultura mais próximos dos Estados Unidos. Uma pesquisa da Global
outsourcing Report revela que, até 2015, o Brasil deve saltar do 15º lugar para a 4ª
colocação dessa atividade no mundo. Ao que parece, o outsourcing é a última moda
em TI – mas por que tanta gente está falando nisso agora?

“A IBM e a EDS já trabalham com esse mercado desde os anos 90. Mas nessa época
era conhecido como terceirização, não se usava o ‘nome bonitinho’ – ironiza a
Headhunter Sênior da divisão de Tecnologia/Telecom da CASE Consulting, Ariane
Israel.

Segundo o instituto de pesquisa ITData, o mercado de serviços de TI em geral está


em crescimento constante desde 2004. Quando comparado às outras categorias de
trabalho, a terceirização cresce duas vezes mais. “Nada em TI cresce tanto como
outsourcing hoje – afirma o Analista de Mercado responsável pela área de Serviços,
Alvaro Leal.

Por que outsourcing?

Geralmente, o principal interesse das empresas que contratam um serviço


terceirizado de TI é a redução de custos. Por ser uma área em constante mudança, a
TI gera custos altos com manutenção e treinamento de equipes, um gasto nem
sempre viável para indústrias cujo foco não esteja em tecnologia. “É mais fácil
encontrar especialista numa empresa de outsourcing do que formar sua própria
equipe naquilo – diz o Presidente da CAS Tecnologia, Welson Jacometti.

Para Welson, no entanto, o serviço terceirizado também pode ser utilizado por
empresas dentro do segmento de TI: em grandes organizações, por exemplo, a
terceirização pode ser usada em áreas que não sejam parte da estratégia principal.
“Muitas vezes faz mais sentido parar de correr atrás de determinada tecnologia, da
qual a empresa não está tirando valor, e entregar isso a alguém especializado –
defende.

Os maiores medos

É comum que se tenha receio em entregar o setor de TI a uma outra empresa. Vêm à
mente as preocupações com segurança de dados e perda de controle das operações.
O diretor de soluções da Neoris IT, Alexandre D’Aquino, acredita que estas
preocupações têm fundamento. “Se não houver um bom mapeamento das funções de
TI, identificando quais devem ficar e quais podem sair da empresa, pode existir esse
problema de falta de autonomia – explica.

Na opinião de Welson Jacometti, o CIO que decide contratar um fornecedor de


outsourcing deve, antes de mais nada, conhecer suas competências básicas, aquelas
áreas fundamentais para a própria companhia contratante. Para ele, os problemas
normalmente estão associados à falta de clareza de objetivos, de uma parte ou de
outra do contrato. “Muitas vezes o valor existente no processo de outsourcing se
perde porque o contratante não sabe o que quer. A relação com o fornecedor não
pode ser unilateral, deve existir cumplicidade entre as duas empresas – diz.

Outsourcing: a palavra do momento

“Os medos não são mais tão justificáveis quanto antes – acrescenta Alvaro Leal. Ele
lembra que hoje os sistemas estão cada vez mais seguros e estáveis. Certificações
como o CMMI mostram que os processos também estão mais bem definidos do que
alguns anos atrás, quando a “moda” começou.

Quem é o profissional que trabalha em outsourcing? Para Ariane Israel, ele tem fácil
adaptabilidade e flexibilidade, por ter que se adequar a culturas organizacionais
diferentes, além de manter um dinamismo de carreira muito forte. Muita gente entra
no outsourcing quase por acaso. Em geral, quando uma empresa contrata o serviço
terceirizado, boa parte dos funcionários de sua antiga equipe de TI é aproveitada pelo
fornecedor do serviço, pois esses profissionais já conhecem as políticas da empresa
contratante – ou seja, não há qualquer problema de adaptação.

A outra maneira de trabalhar como profissional terceirizado é entrando em contato


diretamente com as companhias fornecedoras desse serviço. No Brasil, as maiores
nessa área hoje são IBM, EDS, Tivit, Accenture e Tata – praticamente as únicas
trabalhando com full outsourcing (terceirização de toda a área de TI, da infra-estrutura
ao gerenciamento). Mas existem várias outras empresas especializadas, como a Neoris.
“A gente hoje tem o menor turnover do mercado, mesmo em outsourcing, e temos
prática de constante contratação de recursos – orgulha-se Alexandre D’Aquino.

Para quem trabalha, o ponto positivo do outsourcing é a oportunidade de ter uma


maior diversidade de experiências profissionais. Por outro lado, depois do fim do
projeto para o qual foi contratado, nem sempre é possível estender o período dentro de
uma determinada empresa. O outsourcing exige uma mudança de mentalidade: no
currículo, a importância estará menos nas empresas e mais nos projetos realizados.
Outro motivo de preocupação – que vem gerando alguma polêmica entre os defensores
dos direitos trabalhistas – está na forma de contratação, pois a necessidade de rapidez
e dinamismo torna impossível o uso do modelo CLT.

O futuro do outsourcing

Mesmo com acusações de que a terceirização de profissionais brasileiros para


multinacionais enfraquece a produção do país, o mercado de outsourcing não dá
nenhuma mostra de que vá parar de crescer. D’Aquino acredita num compartilhamento
maior do nível de prestação de serviços entre fornecedor e cliente, com a possibilidade,
por exemplo, de que o desenvolvimento de aplicativos dentro do contrato de
outsourcing tenha um custo mais baixo do que aquele oferecido fora do contrato, ou
mesmo não tenha qualquer custo adicional.

Alvaro Leal vê um crescimento muito acelerado nesse mercado pelo menos nos
próximos quatro a cinco anos. Para Ariane Israel, não só a terceirização como toda a
área de serviços serão os grandes players de mercado nos próximos anos. Welson
Jacometti resume o papel do outsourcing: “o mundo poderia viver sem ele? Sim, mas
talvez demorasse bem mais para atingir seus objetivos.”

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