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be estudo 33 p. 197
Falar com tato, mas de modo firme
TATO é a habilidade de lidar com as pessoas sem dar motivos para se ofenderem. É saber como e quando dizer as
coisas. Isso não significa transigir no que é direito nem distorcer os fatos. Não se deve confundir tato com medo do
homem. — Pro. 29:25.
Os frutos do espírito fornecem a melhor base para o uso de tato. Assim, a pessoa motivada pelo amor não deseja irritar,
mas ajudar os outros. A pessoa bondosa age com brandura e cortesia. Quem é pacífico procura meios de promover boas
relações com outros. Quem é longânime permanece calmo mesmo quando outros o tratam de modo rude. — Gál.
5:22, 23.
Contudo, não importa como apresentemos a mensagem bíblica, alguns se ofenderão. Por causa da má condição de
coração da maioria dos judeus do primeiro século, até mesmo Jesus Cristo se tornou ‘pedra de tropeço e rocha de ofensa’
para eles. (1 Ped. 2:7, 8) Com relação à sua obra de proclamação do Reino, Jesus disse: “Eu vim dar início a um fogo na
terra.” (Luc. 12:49) E a mensagem do Reino de Jeová, que implica no reconhecimento da soberania do Criador por parte
dos humanos, continua a ser a questão decisiva para a humanidade. Muitos se ofendem com a mensagem de que o Reino
de Deus em breve eliminará o atual sistema perverso. Apesar disso, obedecemos a Deus e continuamos a pregar. No
entanto, ao fazer isso temos em mente o conselho da Bíblia: “Se possível, no que depender de vós, sede pacíficos para
com todos os homens.” — Rom. 12:18.
DESIGNAÇÃO Nº 1
be p. 66 - p. 68 Saiba responder
ALGUMAS perguntas são como icebergs. A parte mais substancial fica escondida abaixo da superfície. Por detrás de
certas perguntas muitas vezes existe algo mais importante.
Mesmo quando a pessoa está ansiosa pela resposta, para saber responder você talvez tenha de discernir o quanto dizer
e de que ângulo deve abordar o assunto. (João 16:12) Em alguns casos, como Jesus indicou aos seus apóstolos, a pessoa
talvez peça uma informação a que não tenha direito ou que realmente não a beneficie. — Atos 1:6, 7.
A Bíblia nos aconselha: “Vossa pronunciação seja sempre com graça, temperada com sal, para que saibais como
responder a cada um.” (Col. 4:6) Assim, antes de responder, precisamos avaliar não apenas o que dizer, mas também
como dizê-lo.
Procure discernir o ponto de vista de quem faz a pergunta
Os saduceus tentaram colocar Jesus numa situação difícil perguntando sobre a ressurreição de uma mulher que havia
se casado diversas vezes. Mas Jesus sabia que eles não acreditavam na ressurreição. Assim, respondeu à pergunta deles de
uma maneira que esclarecesse o conceito equivocado que havia gerado a questão. Usando um argumento magistral e um
relato bíblico conhecido, Jesus falou sobre algo em que eles nunca haviam pensado: a evidência clara de que Deus
realmente realizará a ressurreição. Os opositores ficaram tão pasmados com a resposta de Jesus que não tiveram coragem
de fazer mais perguntas. — Luc. 20:27-40.
Para saber responder, você também precisa discernir o ponto de vista e o interesse de quem faz a pergunta. Por
exemplo, digamos que um colega de classe ou de trabalho lhe pergunte o motivo de você não comemorar o Natal. Por que
ele pergunta isso? Será que está realmente interessado em saber o motivo, ou está simplesmente curioso para saber se
você pode se divertir? Para descobrir, talvez você tenha de perguntar por que ele quer saber isso. Então, responda
concordemente. Poderá aproveitar a oportunidade para também mostrar à pessoa que, por seguirmos as orientações da
Bíblia, somos protegidos dos aspectos frustrantes e onerosos desse feriado.
Suponhamos que seja convidado a falar a um grupo de alunos sobre as Testemunhas de Jeová. Depois da palestra, eles
talvez façam algumas perguntas. Se as perguntas parecerem sinceras e objetivas, será melhor dar respostas simples e
objetivas. Se perceber que as perguntas refletem preconceitos comunitários, talvez seja melhor responder só depois de
explicar brevemente o que pode formar a opinião popular sobre o assunto em questão, e por que as Testemunhas de Jeová
preferem seguir o padrão estabelecido pela Bíblia. Geralmente, é bom encarar tais perguntas como reflexo da
preocupação das pessoas, não como desafios — embora talvez sejam apresentadas nesse tom. Ao responder, terá a
oportunidade de ampliar o ponto de vista de seus ouvintes, transmitir informações exatas e explicar a base bíblica para as
nossas crenças.
Como reagir caso seu patrão não queira lhe dar licença para assistir a um congresso? Primeiro, analise a questão com
base no ponto de vista dele. Acha que seria de ajuda propor fazer a compensação em outra ocasião? Poderia fazer
diferença se lhe explicasse que as instruções dadas em nossos congressos nos ajudam a ser funcionários honestos e
confiáveis? Se demonstrar que se importa com os interesses dele, talvez ele também leve em conta o que é importante
para você. Mas e se ele quiser que você faça algo desonesto? Pode claramente dizer que não fará tal coisa e até citar um
texto da Bíblia para apoiar sua posição. Mas não seria melhor primeiro arrazoar com ele que uma pessoa disposta a mentir
ou a roubar em benefício dele, poderia também mentir ou roubar para o prejuízo dele?
Por outro lado, talvez você ainda esteja estudando e não queira participar de algumas atividades antibíblicas na escola.
Lembre-se, o professor provavelmente não pensa como você e ele tem a responsabilidade de manter a disciplina na classe.
Assim, você tem os seguintes desafios: (1) mostrar consideração para com o que diz respeito a ele, (2) explicar sua
posição de maneira respeitosa, e (3) ser firme a favor do que sabe que agradará a Jeová. Para obter melhores resultados
talvez seja preciso mais do que apresentar suas crenças de maneira simples e direta. (Pro. 15:28) Se for jovem, seu pai ou
sua mãe sem dúvida o ajudarão a preparar algo para dizer.
Vez por outra pode ser intimado a responder acusações que alguma autoridade tenha levantado contra você. Um policial,
um funcionário do governo ou um juiz podem exigir que você responda perguntas sobre obediência a determinada lei,
neutralidade cristã ou sua posição com respeito à participação em comemorações patrióticas. Como deve responder?
“Com temperamento brando e profundo respeito.” (1 Ped. 3:15) Também, pergunte-se por que essas questões são
relevantes e reconheça respeitosamente a importância delas. Depois disso, assim como o apóstolo Paulo valeu-se das
garantias da lei romana, você pode mencionar as garantias legais que se aplicam em seu caso. (Atos 22:25-29) Talvez a
autoridade em questão abra a mente ao saber de fatos sobre a posição adotada pelos primeiros cristãos e pelas
Testemunhas de Jeová em todo o mundo. Ou você poderá mostrar que, por reconhecerem a autoridade de Deus, as
pessoas, na realidade, são motivadas a ser mais obedientes às leis humanas condizentes com a Palavra de Deus. (Rom.
13:1-14) Depois de lançar essa base, é possível que uma declaração das razões bíblicas para sua posição seja aceita.
DESIGNAÇÃO Nº 4