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ALIMENTOS FUNCIONAIS

ENTREVISTA / Revista Nutrição em Pauta

Dra. Jocelem Mastrodi Salgado,


Prof. Dra. Jocelem Mastrodi Salgado - Prof. Titular na Área de
Nutrição Humana e Alimentos da Escola Superior de Agricultura "Luiz
de Queiroz" - ESALQ/USP, Piracicaba, SP.

1 - Qual é a definição de Alimentos Funcionais?

O termo alimento funcional foi primeiramente introduzido no Japão por


volta de 1980 e pode ser definido como alimento ou parte de um
alimento que proporciona benefícios à saúde, prevenindo e
controlando doenças, além de satisfazer os requerimentos nutricionais
tradicionais.

2 - Qual é a nomenclatura utilizada?

Uma ampla e criativa variedade de nomenclaturas tem sido descrita


para designar esses alimentos benéficos à saúde, embora a maioria
dos estudos, e eu particularmente, empreguem o termo "alimentos
funcionais". Dentre essas nomenclaturas, destacam-se:
"Functional foods" = alimentos funcionais
"Nutraceuticals" = nutracêuticos
"Nutritional foods" = alimentos nutricionais
"Medical foods" = alimentos médicos
e outras como "Pharma foods", "designer foods", "fitness foods",
"longevity foods", "pharmaceutical foods", "hypernutritional foods",
"super foods", "prescriptive foods", phyto foods" , "therapeutic foods",
"foodceuticals", "parnuts" (Alemanha), entre outros termos.

3 - Quais são os requisitos para que o alimento seja considerado


funcional?

Para que um alimento seja considerado funcional há necessidade da


elaboração por parte da empresa ou pessoa que irá comercializar tal
produto, de um relatório técnico-científico bastante complexo. Neste
relatório, além da finalidade de uso do produto e composição química,
evidências científicas em relação ao seu benefício à saúde e à
comprovação de segurança de uso devem ser apresentadas. Para se
obter tais evidências, ensaios nutricionais e/ou fisiológicos e/ou
toxicológicos em animais devem ser conduzidos, assim como ensaios
bioquímicos, estudos epidemiológicos e ensaios clínicos. Este
relatório é hoje exigido pela Vigilância Sanitária Brasileira que aprova
o registro de tais alimentos.

4 - Qual é a legislação brasileira para os alimentos funcionais?

De acordo as normas do Ministério da Saúde, a legislação brasileira


para alimentos funcionais parece ser tão rigorosa quanto a da
Comunidade Européia, ao contrário da americana que inclui até
mesmo suplementos dietéticos tais como cápsulas, tabletes, etc., na
categoria de funcionais. Para a legislação brasileira, alimento
funcional não deve ser confundido com medicamento e todo benefício
à saúde atribuído a ele deverá ser comprovado com pesquisas
científicas. Esta questão poderá dificultar em muito a entrada neste
mercado de empresas despreparadas ou pouco idôneas.

5 - Cite alguns exemplos de alimentos com propriedades


funcionais. Dentre os alimentos que estão sendo pesquisados
como tendo propriedades funcionais, destacam-se:

SOJA: cujo componente ativo são fitoestrógenos chamados de


isoflavonas que podem prevenir e controlar os sintomas indesejáveis
da menopausa, osteoporose e câncer de mama e útero;

TOMATE: cujo componente ativo é o licopeno que pode prevenir e


controlar câncer de próstata;

CRUCÍFERAS (REPOLHO, COUVE, COUVE-FLOR, COUVE DE


BRUXELAS, BRÓCOLIS): cujo componente ativo são os
glicosinolatos que podem prevenir e controlar canceres como o de
mama;

LINHAÇA: cujo componente ativo são as lignanas que podem


prevenir e controlar câncer como o de mama e pulmão;
ALHO: componente ativo é a alicina que pode ser antiaterogênica e
anticancerígena (principalmente quanto ao câncer de estômago);

FRUTAS CÍTRICAS: os componentes ativos são os limonóides que


tem sido investigados na prevenção e controle de vários tipos de
canceres;

CHÁ VERDE: os polifenóis são os componentes ativos e tem sido


investigados na prevenção de canceres como o de mama;

UVAS VERMELHO-ESCURAS/ VINHO TINTO: ricos em compostos


fenólicos (o resveratrol é o mais estudado) que podem ser
antiaterogênicos e anticancerígenos;

AVEIA: a B-glucana é o componente ativo e é antiaterogênica;

PEIXES E ÓLEOS DE PEIXES: ricos em ácidos graxos omega-3 que


estão indicados na prevenção e controle de doenças cardiovaculares,
impedindo a formação de placas de gordura nas artérias, bem como
aumentando a resistência do sistema imunológico às infecções.

PROBIÓTICOS = alimentos contendo microrganismos vivos (ex:


iogurtes, leites fermentados, etc.) cuja função é manter um equilíbrio
da flora intestinal, prevenindo diarréia, câncer de cólon, etc.,
favorecendo a saúde do organismo.

PREBIÓTICOS = oligossacarídeos, amidos, etc., não digeríveis


(chicória, alho, cebola, etc.) apresentando as mesmas propriedades
funcionais atribuídas aos probióticos.

6 - Quais são as perspectivas futuras para o desenvolvimento de


alimentos funcionais?

A expectativa é de que assim como está ocorrendo no Japão, Estados


Unidos e Europa, o Brasil deverá entrar com força neste mercado. Os
consumidores confiam cada vez mais nos efeitos saudáveis de certas
substâncias contidas nos alimentos e acreditam que a alimentação é
um fator crítico para o controle da saúde. Acreditamos que a exemplo
dos Estados Unidos, que hoje movimenta cerca de US$ 92
bilhões/ano com o mercado de funcionais, o Brasil deverá nos
próximos anos contar com várias empresas atuando neste segmento.

Fonte:
http://www.nutricaoempauta.com.br/novo/44/entrevista3.html

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