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Esta obra, pois, é fruto do esforço da Igreja de Willow Creek para acolher,
instruir e cuidar, com total eficiência, de todos aqueles que vão sendo
acrescentados à sua numerosa população.
Este manual foi idealizado e trabalhado não apenas para compartilhar vitoriosas
experiências desse método de fazer e viver igreja, mas para colocar em suas
mãos uma ferramenta de orientação para organizar uma estrutura semelhante,
embora adequada à realidade de cada igreja local.
Carl F. George
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Introdução (Edição brasileira)
Armando Bispo
Pastor titular
da Igreja Batista
Central de Fortaleza
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Prefácio
Este manual é um guia de referência para seu ministério de grupos pequenos,
que oferece toda informação e recursos necessários para se dirigir grupo
pequeno dinâmica e eficazmente, no formato onde mudança de vida é norma e
não exceção.
Você descobrirá que Liderando Grupos Pequenos que Transformam Vidas é
organizado de modo a viabilizar o acesso à informação que se busca, já que foi
projetado de maneira uniforme, com cada parte sendo ligada naturalmente à
outra, o que facilita a pesquisa de quem busca liderar grupos pequenos que
transformam vidas, tornando cada participante num verdadeiro e frutífero
discípulo de Jesus Cristo.
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desafiar, motivar e equipar seu aprendiz. Assegurar o bom desenvolvimento desse
processo é responsabilidade da equipe voluntária que supervisiona o projeto.
A Parte 6 ajuda o líder a entender seu verdadeiro papel de pastor – alguém que
dá sentido de visão e direção ao grupo, que encoraja os membros a serem mais
como Cristo, e que cria reuniões dinâmicas onde a Palavra de Deus é meditada,
entendida e obedecida. Um líder também ajuda o grupo a se tornar um ambiente
de cuidado e nutrição onde os membros encontram descanso para a alma,
oração para as necessidades e cura para as feridas. Como pastor, seu pequeno
rebanho merece sua atenção e ministração.
A Parte 7 objetiva ajudá-lo a multiplicar seu ministério. Como líder, você tem o
privilégio de expandir o Reino de Deus além do grupo e alcançar outros que ainda
não experimentaram uma verdadeira comunhão com Cristo. Você vai aprender a
convidar outras ovelhas ao aprisco, a trazê-las ao ambiente vivificante de seu
grupo e a auxiliar os líderes que surgem a dar o próximo passo e liderarem seus
próprios grupos.
A Parte 8 lhe mostra como iniciar grupos pequenos em sua igreja e oferece um
método de avaliação da eficácia desse ministério. Os processos e passos aqui
esboçados ajudarão novos ministros a começarem com grande impulso e
permitirão aos já existentes avaliarem a si mesmos, realizando as mudanças e
ajustes necessários para atingir altos níveis de crescimento, frutos de novos e
estimulantes esforços.
Agradecemos também a Carl George por ter uma igreja com um ministério
modelo que transforma vidas! Sua contribuição ao Reino ainda frutificará
através das gerações vindouras.
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UMA ESTRUTURA QUE
SERVE ÀS PESSOAS
A estrutura pode facilitar ou impedir os esforços ministeriais de qualquer grupo, pequeno
ou grande. As igrejas e os grupos pequenos freqüentemente deixam de unir os ideais e
entusiasmo de um ministério cristão vital com um projeto organizacional que permita que
este ministério floresça. Mas, como uma igreja sabe quando o projeto de uma grande
organização ou grupo vai encorajar ou frustrar um ministério? Vamos responder a esta
pergunta com outra. A estrutura serve às pessoas ou as pessoas servem à estrutura?
Muitas organizações (e muitos grupos pequenos), sem saber, criam um sistema que vê as
pessoas como recursos ou combustível para impulsionar a organização. Infelizmente,
muitas igrejas motivam os membros com culpa ou manipulação espiritualizada, a fim de
fazê-los preencher uma brecha voluntária na organização. “Nosso(a) filho(a) vai seguir
pela vida sem direção nem propósito, vagando perigosamente próximo ao abismo da
carnalidade, a menos que coloque seu nome como professor(a) para o ministério das
crianças hoje!”.
Líderes de grupos pequenos cometem o mesmo erro: “Trabalhei nesta lição sete horas. Não
é justo que vocês não façam a tarefa. Todo meu trabalho foi por água abaixo!” Tradução:
“Trabalhei muito para criar algo que devem ouvir. Afinal de contas, vocês existem para que
eu tenha um público para minhas habilidades como professor e líder. Se não querem fazer
sua parte, como é que vou ter um ministério?
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COMPONENTES-CHAVE DA ESTRATÉGIA DA
META-IGREJA PARA OS GRUPOS
O termo meta significa “mudança”. Meta-Igreja é aquela que muda a estratégia de
expansão do Reino e se organiza em torno de grupos células, onde as pessoas podem
fazer amizades, ser orientadas na fé, compreender e debater a verdade da Palavra,
identificar e usar os dons espirituais e cuidar umas das outras. (Para maiores
informações sobre a organização de tais igrejas, consulte Prepare your church for the
future e The coming church revolution, de Carl George.)
A extensão do cuidado
É impossível para um pastor dar atenção, discipular e cuidar das necessidades de um
número muito grande de pessoas. Ninguém tem tempo nem energia para pastorear um
rebanho de 80, 200 ou 500 almas. Por isso, qual é uma extensão razoável de cuidado?
Recomendamos a porcentagem de 1:10 – para cada líder de grupo até dez membros podem
ser bem cuidados. Como líder voluntário na igreja, seu tempo é limitado. Pastorear um
rebanho de 6 a 10 pessoas representa um desafio perfeitamente alcançável.
A capacidade da igreja de oferecer uma assistência individual geralmente se perde, à
medida que ela cresce. Uma comunidade pequena, com 65 membros, que alcança 30 almas
para Cristo, deve agora incorporar estas pessoas, nutri-las na fé e oferecer um cuidado
progressivo para suas necessidades individuais. Talvez alguns voluntários-chaves e um
pastor assalariado pudessem realizar esta tarefa quando havia 65 membros. Mas agora com
95 (e com tantos bebês em Cristo precisando de atenção) é necessário que o cuidado seja
compartilhado por muitos, em vez de poucos. Dez grupos pequenos com líderes aprendizes
tornariam esta igreja um lugar apropriado, singular e que cuida bem dos membros. Cada
pessoa vai se sentir bem cuidada, se ninguém pastorear mais de dez membros (inclusive o
pastor assalariado que treina e acompanha em primeiro lugar os líderes de grupos
pequenos e dedica mais do seu tempo à pregação da Palavra e à oração como em Atos 6.4).
Desenvolvimento da liderança
Transformar verdadeiros discípulos em frutíferos líderes é muito difícil, porque exige
concentração, energia e persistência, mas é compensador. Todos nós sabemos que
precisamos de líderes mais qualificados e treinados, mas o desenvolvimento da
liderança pode sempre esperar até a semana que vem e nunca é priorizado, como:
preparação do sermão, ensaio da música, conflito entre os funcionários, programas de
edificação, reuniões da comissão de finanças, aconselhamento pastoral e dissidência de
membros, que resulta em infindáveis adiamentos e inversão de prioridades.
O ministério de grupo pequeno em sua igreja, só terá sucesso se tiver habilidade de
identificar e treinar líderes qualificados que possam pastorear pequenos rebanhos de
crentes e alcançar os perdidos que precisam de Cristo. No Modelo meta-igreja, o
desenvolvimento da liderança é procurado intencionalmente pelo líder do grupo
pequeno e equipe pastoral. Os líderes, trabalhando com apoio e direção desse grupo,
identificam líderes em potencial e fazem um esforço para discipulá-los rumo à liderança
de um grupo pequeno. Cada grupo consiste de um líder ativo, pelo menos um líder
aprendiz que aprende os segredos da liderança de um grupo pequeno no próprio
serviço, e um(a) anfitrião(ã) que oferece um ambiente que leva a uma experiência
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dinâmica de grupo. Neste modelo de fazer igreja a liderança é encorajada a acompanhar
pessoas que apresentam perfil de líder, mas que ainda não estão preparadas para
assumir formalmente esse papel, desafiando-as a se tornarem aprendizes.
Nenhum grupo deve começar sem o time de liderança no lugar. Isto assegura que a
liderança está sendo compartilhada e desenvolvida, e demonstra a seriedade da igreja
em relação ao futuro do ministério. Os grupos que começam sem aprendizes ou líderes
em ascensão vão se tornar subdesenvolvidos ou incapazes de produzir novos grupos. O
grupo pequeno é um lugar ideal para os líderes em ascensão experimentarem seus
dons espirituais, obterem frutos, serem treinados pelo líder e crescerem na liderança.
Multiplicação do grupo
Fale com a maioria dos líderes de grupos pequenos sobre multiplicação e freqüentemente
a reação será medo. “Não divida nosso grupo!”, a maior parte deles grita. Mas o Reino de
Deus avança uma vida de cada vez. Somos chamados a multiplicar nosso ministério,
expandindo o Reino e trazendo novos seguidores ao aprisco. Usar a “cadeira vazia” a fim
de permitir um crescimento consistente e bem compassado do grupo, capacitará os novos
crentes ou interessados a acharem um grupo. E o desenvolvimento intencional dos líderes
aprendizes assegura que alguém estará pronto para assumir novos grupos, quando os já
existentes crescerem e “derem à luz” uma nova vida. À medida que novos grupos se
formam de grupos veteranos, os valores e princípios aprendidos podem ser multiplicados.
Discipulado relacional
O melhor discipulado é o de grupo. Jesus o praticou, passando muito do Seu tempo com
não menos que três dos doze discípulos. A aprendizagem em grupo e experiências do
ministério têm vantagens distintas. As pessoas discipuladas no contexto da vivência de
grupo pequeno se beneficiam da sabedoria e discernimento dos seus membros, podem
usar seus dons num ambiente seguro e encorajador, ver as necessidades preenchidas, ter
irmãos em Cristo orando por elas e ser encorajadas ao ministério de equipe. As reuniões
“um-a-um”, tanto quanto mentoreamento são acentuados pela experiência de um grupo
mais amplo, e o líder é protegido de ter que assumir a responsabilidade total do
discipulado. Assim “levamos as cargas uns dos outros” e nos dedicamos a um ministério
mútuo no Corpo de Cristo.
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Transformar pessoas descrentes em verdadeiros e frutíferos discípulos sempre esteve no
coração de Jesus e de Sua igreja. Cristo nos mandou falar, amar e servir aos outros, como
Ele fazia, e viver crescendo sempre em amor, alegria e demais frutos do Espírito. Os
discípulos não são apenas pessoas que precisam de mais respostas às perguntas da Bíblia
ou que assistem a mais eventos ou escutam mais rádios evangélicas. Discípulos são
aqueles que agem como Cristo, estão dispostos a treinar para ser como Ele foi e praticam
as disciplinas da oração, retiro espiritual, adoração, leitura e estudo bíblico, comunidade
e ministério. São alunos que amam a Cristo para todo o sempre. Os grupos pequenos que
intencionalmente se envolverem nisto verão frutos se multiplicarem na vida das pessoas.
Coordenação do ministério
As igrejas, não importa o tamanho, geralmente funcionam como uma coleção de
ministérios paraeclesiásticos que apenas coincidem por terem o mesmo endereço.
Compartilham dependências físicas, recursos, voluntários, finanças e ordens bíblicas, mas
você dificilmente os verá trabalhando realmente juntos em relação a propósitos e
objetivos comuns. O modelo meta-igreja é um modelo “igreja total” que promove o
trabalho em equipe e a coordenação de esforços ministeriais. Desde que todos os
ministérios na igreja são designados e desenvolvidos usando-se os grupos pequenos, é
essencial que todos estes grupos funcionem harmonicamente para realizarem a missão da
igreja. Sendo que o Modelo meta-igreja emprega a mesma estrutura de grupo pequeno
para todos os ministérios (jovens, crianças, coral, adultos, de alcance, internacional, etc.),
esta estrutura oferece um sistema de ministração que é igual na organização como um todo.
Por exemplo, uma igreja pode determinar reunir as forças em torno do objetivo de
alcançar a comunidade para Cristo. Além dos ministérios de ensino e pregação que
desafiam e exortam as pessoas, os grupos pequenos podem se tornar um lugar onde se
modele e pratique as habilidades de evangelismo, onde se ofereça oração e apoio, onde se
enfatize a responsabilidade e onde aconteça a integração de seguidores recentemente
alcançados. Os líderes do grupo pequeno de toda a igreja podem ser reunidos para
treinamento, avaliação, lançamento da visão e oração. Não importa o tamanho nem a
extensão do ministério em particular, cada um pode “ser o dono” da missão de alcançar a
comunidade e articulá-la aos membros dos grupos pequenos. Esta é uma estratégia eficaz
para igreja de 80, 800 ou 8000 pessoas.
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Contudo, se escolheu realizar o ministério em conjunto, em pequenas comunidades,
então os “grupos pequenos” são a igreja. Os grupos oferecem um sistema de
ministração da verdade, discipulado e cuidado. Eles representam muito da vida corpo-
ral da igreja. Isto significa que toda equipe de liderança e membros da comissão
servirão de modelo da vida em grupo e participarão na propagação da visão para os
grupos. Não será a responsabilidade de só um membro da liderança implementar ou
ser responsável pelo ministério.
2. Como vamos determinar que uma extensão apropriada serve para nossos
funcionários e voluntários?
3. Uma estrutura pode ser adaptada para acomodar mudanças? As mudanças nas
necessidades do ministério, número de membros, limitações nas dependências físicas,
estacionamento, prioridades educacionais e estratégia da igreja são inevitáveis. Por
isto, é importante que sua estrutura não seja rígida. Ela deve permitir o
desenvolvimento de recursos e pessoas de tal maneira que a vitalidade do ministério
nunca venha a sofrer. A estrutura de um grupo pequeno deve sempre acentuar o
ministério, ao contrário de impedir-lhe o progresso.
A estratégia da Meta-Igreja trata destes assuntos com clareza. É uma abordagem eficaz e
compreensível ao ministério. Não significa que não tenha fraquezas ou problemas –
nenhuma estratégia ou estrutura poderia reivindicar isto. Mas por ser definida e
articulada de modo tão claro, os líderes da Meta-Igreja podem explorar suas forças e se
preparar de maneira adequada para as fraquezas.
O restante deste livro é dedicado a ajudá-lo a fazer esta estratégia funcionar na vida da
igreja local.
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