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Introdução

Este documente tem por objetivo relatar experiências comunicativas de interação


com crianças que ainda estão no processo de aquisição da linguagem.
A partir do contato com as teorias de aquisição e desenvolvimento da linguagem
estudada em Psicolingüística, apresenta-se um relatório resultante da pesquisa realizada
com crianças na faixa etária de 6 (seis) anos.
Esta pesquisa enfoca a aquisição da linguagem materna e observou na linguagem
oral das crianças componentes fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos e
discursivos.
Nos estudos dos processos psicológicos implicados na aquisição da linguagem,
temos entre outras, a abordagem do cognitivismo.Segundo sua classificação dos
estágios de desenvolvimento enquadraria as crianças observadas no período pré-
operatório, mas poderemos perceber que cada uma tem um nível de desenvolvimento; o
meio em que vivem os influenciou e estimulou diferenciadamente e as interações que
processam também.
CRIANÇAS OBSERVADAS

Criança A
Sexo: feminino.
Classe social: média.
Escolaridade: Alfabetização.
Personalidade:Extrovertida e egocêntrica.

A criança apresenta uma boa dicção, não evidenciando nenhum problema


fonológico.Articula perfeitamente as palavras, apresentando alguns truncamentos ou
gagueiras situacionais como quando está mentindo.
No aspecto morfológico, apresente características da fala oral presente em pessoas
com faixa etária maior que a sua. Não sendo, portanto, uma característica da sua idade e
sim do convívio, como por exemplo, “A gente fomos”.
No nível sintático organiza a sentença na ordem direta S+P, sem equívocos.Por
sinal utiliza muito bem a língua construindo frases nem um pouco primárias.
Quanto ao semântico, não é uma característica particularmente sua criar novos
significados, mas usa palavras de sentido novo que seu núcleo familiar fala.Por
exemplo: “pix”( estranho, errado, feio) ou “ levou a bisteca”(a pessoa se deu mal).
No discursivo é autoritária e tem uma capacidade de persuasão muito grande.
Consegue na maioria das vezes reverter a situação a seu favor.E se seu argumento não
for convincente , utiliza-se do choro.Seu discurso é egocêntrico,no sentido que tudo tem
sua função ou ser somente dela.
Atribui-se a facilidade de comunicação que essa criança tem ao núcleo familiar
que é muito grande, com reuniões familiares constantes e todos são muito
comunicativos, além do fato da quantidade de crianças ser expressiva.

Criança B:
Sexo: masculino.
Classe social: média alta.
Escolaridade: alfabetização.
Personalidade: extrovertido, simpático.

Esta criança também apresenta boa articulação das palavras, não apresentando
dificuldades fonológicas.Morfologicamente, possui uma capacidade surpreendente de
conjugar os verbos. Como característica do falar regional, se utiliza muito da segunda
pessoa do singular e forma as palavras adequadamente, pois desde muito cedo foi
ensinado a falar “correto” no sentido de língua formal. Às vezes incorpora a seu
vocabulário, palavras de baixo calão ou gírias, pois “transita” em dois níveis sociais
distintos, uma das avós é de classe baixa e a outra (paterna) de classe media alta.
Quanto ao aspecto sintático, também organiza a sentenças segundo os padrões
aceitáveis na língua portuguesa e no aspecto semântico, a criança tem imaginação fértil,
incentivada pelo contato direto com filmes infantis.Nomeia certas coisas como por
exemplo aqueles frangos empanados chamando de “queijinho”.
Falando de suas construções discursivas, é uma criança bastante comunicativa. As
vezes, fica confuso com os termos que deve usar, pois o núcleo familiar paterno
reprime certas palavras como “cagar” e não entende porque não pode usar. Como os
pais vivem brigando, vive o dilema da separação e seu discurso é carregado de
incertezas, como por exemplo, “ a minha casa não é mais aqui”, “vou embora com a
mamãe”, “ a Camila(irmã) é da casa da vó Júlia(materna) e sou da casa da vó
Jô(materna)”, “ eu vou mas eu volto, eu juro”.

Criança C:
Sexo: masculino.
Classe social: média.
Escolaridade: alfabetização.
Personalidade: Tímida mas, por vezes agressiva.

No aspecto fonológico, ainda apresenta muitas falhas na articulação de certas


palavras.Por exemplo “assistir” fica “axisxir”, “rolante” fica “volante”.Sua dicção é
bastante comprometida.
No que diz respeito ao morfológico e sintático, também apresenta
comprometimentos.Quando eu dizia para ele: “Eu te amo”, respondia; “Tu não te amo
eu”.Esta frase permite observar os dois aspectos: A alteração na ordem direta das frases
e a troca das funções morfológicas. C não conjuga normalmente os verbos segundo as
normas gramaticais, ainda fala “eu fazi”, “tu fazeu”.
No semântico, como é filho único e na maior parte do tempo fica só com a
empregada tem costume de inventar nomes para amigos.Relaciona objetos a
situações.Por exemplo, quando sua mãe pega determinada bolsa sabe que ela vai
trabalhar, mas se pega outra, deduz que ela vai para a igreja.No entanto, também não
associa certas coisa às palavras que o denominam, “frango empanado” se tornou
“liponado” mesmo lhe ensinando o anterior.
Em seu discurso é muito presente a idéia de querer ter um irmão, influenciado
sem dúvida nenhuma pelo fato de ser filho único.E só pode ser um filho do sexo
masculino ao qual já deu um nome Arthur.Às vezes quando está muito irritada diz que
quer ter um pai novo e reproduz a fala dos pais: “Vá para o quarto, está de castigo” ou
frases exclusivamente da mãe: “Minha nossa senhora” ou “Ô, meu amor!”.Esta criança
apesar da idade, ainda apresenta a fala egocêntrica, prefere ficar a maior parte do tempo
sozinho só aceitando a companhia de seu primo, a criança B.
Conclusão

Na linguagem infantil existem fatos não previsíveis. Portanto, classificá-las


segundo a lógica cognitivista em fases não basta, pois os níveis de desenvolvimento
podem ser diferentes em indivíduos da mesma idade.
De posse dos dados analisados é possível perceber que a aquisição a saber não é
um fator de conhecimento humano derivado somente da experiência a da capacidade
inata de associações de estímulo e resposta defendidos pelo empirismo ou de processos
derivados do desenvolvimento do raciocínio da criança, vinculando a linguagem
exclusivamente da cognição.
Na verdade é a associação dos dois fatores mais as experiências interativas com o
outro ( criança e seu interlocutor).Assim. o comportamento apresentado pelas crianças
se aproxima mais da concepção do interacionismo social de Vygotsky, pois pelo
aspecto discursivo é possível visualizar que certas escolhas lexicais ou certas
dificuldades, de personalidade ou interação, são provenientes do relacionamento com a
família e amigos.Suas escolhas comportamentais e lingüísticas são influenciadas pelo
que a criança observa em seu meio social.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA VERNÁCULA
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO

RELATÓRIO DE PSICOLINGUÍSTICA EM CRIANÇAS DE 6 ANOS

Belém-PA
2007
Universidade Federal do Pará
Departamento de Língua e Literatura Vernáculas
Centro de Letras e Comunicação
Disciplina: Psicolingüística
Docente: Eliana Costa
Discente: Érika Guiomar Martins de Aquino. 0411905901

RELATÓRIO DE PSICOLINGUÍSTICA EM CRIANÇAS DE 6 ANOS

Belém-PA
2007

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