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Colunista InfoMoney: O câmbio e seus


impactos sobre a economia
Por: Marcelo de Faro
14/10/08 - 12h44
InfoMoney

D esde que a crise tornou-se mais aguda - séria ela é desde o início -, de
umas semanas para cá a situação transformou-se em pânico. Na
minha última coluna (Uma nova dinâmica do Dólar?) eu já colocava os
elementos que poderiam numa situação de "soft-land" detonar um
movimento mais forte de apreciação para o dólar em relação ao real.

Os elementos principais seriam desvalorizações das commodities e um


recrudescimento no cenário de crédito. Ambas as situações aconteceram,
contudo, não na velocidade e na força esperada. Talvez por isso nos últimos
dias estejamos observando tamanha queda nos mercados de capitais ao
redor do globo. Os investidores não tinham nos seus pré-cenários traçados
que a exposição ao "subprime" atingisse tantos bancos ao redor do mundo.

Até um banco na Islândia quase sucumbiu à crise, digo quase por que ele foi
socorrido. Muitos acreditavam que a crise estava restrita ao lado oeste do atlântico norte, mais precisamente nos Estados Unidos, e
rapidamente descobriu-se que os títulos podres contaminaram também os balanços dos bancos, seguradoras e financiadoras de hipotecas no
lado Europeu. Nem uma quase centenária seguradora japonesa resistiu à crise.

O que era uma crise de títulos ilíquidos se transformou numa grave crise de crédito.
A desconfiança e a dúvida contaminaram o mercado, já que nenhuma instituição se "Poderemos
sentia segura suficiente em conceder empréstimos, afinal ninguém sabia ao certo enxergar uma
onde estavam todos os títulos podres e quão impactantes poderia sê-los nos
balanços das instituições financeiras. menor
volatilidade na
Com o estreitamento da liquidez várias instituições começaram a procurar o
redesconto, que é parecido com um limite de cheque especial, só que concedido taxa cambial"
pelos bancos centrais. A partir daí começou a boataria no mercado, que tal banco
estaria sem liquidez e outro também, e isso "startou" uma corrente de boatos. Algumas instituições financeiras
pediram concordata, como o centenário Lehman Brothers. A crise atingiu outro nível, destruindo a confiança no
sistema financeiro dos principais países do globo, e diferente de uma marola, um tsunami arrastou tanto o Real
quanto a Bovespa.

O pacote aprovado no Congresso norte-americano não foi suficiente para acalmar os mercados, já que ele não trás uma solução para recuperar
a capacidade de consumo das sociedades atingidas num curto ou médio-prazo, e ainda piora a situação fiscal da economia dos EUA. Essa
constatação motivou outra forte onda de vendas de ativos ao redor do mundo, e a partir disso a dúvida que restou é se a economia mundial iria
entrar em recessão ou em depressão econômica.

Numa constante corrida de gato e rato, bancos centrais de todo o mundo anunciaram medidas de liquidez, de linhas de crédito para os setores
financeiros, inclusive com semi-estatizações de empresas.

Atualmente, a nata econômica mundial - G7, FMI e Banco Mundial - estão se reunindo periodicamente para traçar novos e urgentes planos com
medidas mais fortes e eficazes no combate à crise. Até a China já se pronunciou positivamente a ajudar o capitalismo. Nesse final de semana,
ampliou-se o movimento pela busca conjunta de soluções.

Internamente, as necessidades de cobertura de posições vendidas em dólar na BM&F levaram algumas empresas a um "squeeze", a uma busca
frenética para travar os prejuízos. Especuladores sempre se aproveitam dessas situações amplificando ainda mais o movimento. Quando a
situação começou a tomar forma de um "overshooting" o Banco Central Brasileiro veio ao mercado e forneceu os instrumentos e a liquidez
necessária para acalmar o sistema. Afinal, um câmbio se desvalorizando 8% num dia, 6% no outro, não é uma oscilação nada normal.

Concluindo, com o passar das semanas, e talvez calcada nas novas medidas anunciadas pelo o G7, inspirando-se no modelo "Gordon",
poderemos enxergar uma menor volatilidade na taxa cambial, digo menor, mas não ausência de volatilidade, porque o cenário ainda está
repleto de dúvidas.

Marcelo Faro é gerente de Negociação Eletrônica da Intra Corretora e escreve excepcionalmente na InfoMoney, às terças-feiras.
marcelo.faro@infomoney.com.br

http://web.infomoney.com.br/templates/news/view_rss.asp?codigo=1396382&path=/i... 14/10/2008

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