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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO 17

UM PAÍS DE ÁREA REPARTIDA 19 OS HOMENS E O MEIO 80


A IMPORTÂNCIA DO MAR E A LOCALIZAÇÃO TERRITÓRIO, SUPORTE DAS GENTES 82
DO ESPAÇO PORTUGUÊS 20
A POPULAÇÃO 86
O MAR QUE NOS ENVOLVE 25 EVOLUÇÃO RECENTE 86
A MORFOLOGIA DOS FUNDOS 25 UMA DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL 86
CORRENTES OCEÂNICAS 26 BAIXOS NÍVEIS DE NATALIDADE E FORTES SALDOS
O MAR E A ATMOSFERA 28 MIGRATÓRIOS 93
VARIAÇÕES DE TEMPERATURA 29 UM ENVELHECIMENTO PROGRESSIVO 93
A TERRA QUE HABITAMOS 36 A EMERGÊNCIA DE NOVOS COMPORTAMENTOS 93
UNIDADES MORFOESTRUTURAIS 38 EDUCAÇÃO 94
EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DO OESTE PENINSULAR 38 TERRA DE MIGRAÇÕES 98
O RELEVO DO CONTINENTE 43 A EMIGRAÇÃO 98
FISIONOMIA DAS REGIÕES AUTÓNOMAS 43 O REGRESSO 100
CLIMA E SUAS INFLUÊNCIAS 50 A IMIGRAÇÃO 102
ELEMENTOS CLIMÁTICOS 50 UMA POPULAÇÃO
A IRREGULARIDADE DO TEMPO NO CONTINENTE 54 QUE SE URBANIZA 104
AS ONDAS DE CALOR 59 UMA LEITURA ‘CLÁSSICA’ DO SISTEMA URBANO
O CLIMA DAS ILHAS 59 NACIONAL 104
A REDE HIDROGRÁFICA 61 UMA AVALIAÇÃO RECENTE 106
OS SOLOS 64 MUDANÇAS RECENTES 110
A VEGETAÇÃO ‘NATURAL’ 65 LISBOA E PORTO COMO REFERÊNCIAS 110
TIPOS DE PAISAGEM 66 ‘PRODUZIR’ CIDADE 111
DIVERSIDADE E GRUPOS DE PAISAGEM 66 COMUNICAÇÕES E MOBILIDADE
ÁREAS PROTEGIDAS 70
DA POPULAÇÃO 120
AS ILHAS 73
REDES DE COMUNICAÇÃO 120
REDE NATURA 2000 77
SISTEMA DE TRANSPORTES 123
ÁREAS DE PROTECÇÃO DE AVIFAUNA 77
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O PAÍS SOCIOECONÓMICO 130 PORTUGAL NUM MUNDO


ECONOMIA PORTUGUESA: ARTICULAÇÃO DIFÍCIL ENTRE DE RELAÇÃO 210
MUDANÇAS INTERNAS E AS EXIGÊNCIAS COMPETITIVAS 132 A LÍNGUA PORTUGUESA: UM TRAÇO DE UNIÃO À RODA DO MUNDO 212

ACTIVIDADES DA TERRA 138 COMUNIDADES PORTUGUESAS 216


A AGRICULTURA 139 TESTEMUNHOS DE UM PASSADO LONGÍNQUO 216
AGRICULTURA EM MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO145 EVIDÊNCIAS CULTURAIS DE HOJE 217
PECUÁRIA 145
IDENTIDADE E CULTURA
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 149
EM TEMPOS DE MUDANÇA 222
PRODUTOS TRADICIONAIS 150
RIQUEZA E DIVERSIDADE DE CULTURAS 222
A FLORESTA 154
FRONTEIRAS DE UM PORTUGAL CULTURAL 223
A CAÇA 162
ACTUAL SUPORTE À CULTURA 223
A EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS EXTRACTÍVEIS 164
PORTUGAL NA UNIÃO EUROPEIA 228
RECURSOS VIVOS MARINHOS 168 PORTUGAL NA EUROPA 229
UM SECTOR ESTRATÉGICO 168
A INTEGRAÇÃO DA EUROPA 229
O SECTOR DAS PESCAS 172
TRANSFORMAÇÕES NA UE-15 230
ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO PRIORIDADES SOCIAIS DA UE 230
REGIONAL 176 DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
CRESCIMENTO ECONÓMICO 176 E NÍVEL DE VIDA 231
OS SECTORES DE ACTIVIDADE E A DIFERENCIAÇÃO ENERGIA: A MAIOR FRAGILIDADE DA UE 232
REGIONAL 177 PRESIDÊNCIA PORTUGUESA NA UE 233
MERCADO EXTERNO E COMPETITIVIDADE 183 O ALARGAMENTO DA UE 234
A COESÃO SOCIAL 186 UMA CONSTITUIÇÃO PARA A EUROPA 235
O DESENVOLVIMENTO HUMANO 189

TEMPO DE TURISMO 190 O ATLAS E O POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO

O TURISMO BALNEAR 191 DE PORTUGAL 236

NOVOS PRODUTOS 192 ANEXOS 239


UM SECTOR ESTRATÉGICO DE FUTURO 195 PLANTAS ESPONTÂNEAS, SUBESPONTÂNEAS
E ORNAMENTAIS MAIS COMUNS EM PORTUGAL 240
POLÍTICAS DO TERRITÓRIO 198 CARTA DE PORTUGAL CONTINENTAL ESCALA 1: 550 000
A ADMINISTRAÇÃO 198 CARTA DAS REGIÕES AUTÓNOMAS DOS AÇORES
O PLANEAMENTO 202 E DA MADEIRA ESCALA 1: 200 000 242
A QUALIFICAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ÍNDICE ONOMÁSTICO 260
SUSTENTÁVEL 204 DIVISÃO ADMINISTRATIVA POR CONCELHOS 268
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS AUTORES 272
BIBLIOGRAFIA 273
CRÉDITOS 274
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O PAÍS SOCIOECONÓMICO

Lourdes Poeira

ECONOMIA E
DESENVOLVIMENTO REGIONAL*
“Por onde vai a economia portuguesa?” é a pergunta que repetidamente se coloca num País que ainda
mantém fortes assimetrias regionais e sociais, bem como os traços essenciais do padrão de especialização,
apesar das profundas transformações na estrutura produtiva nacional desde a adesão de Portugal à União
Europeia, factores esses que explicam a fraca competitividade em áreas decisivas para o crescimento
económico e desenvolvimento regional equilibrado. Os sectores tradicionais, orientados para o exterior
e assentes no factor trabalho, sofrem a forte concorrência de países em rápido crescimento como a China
e a Índia, enquanto que os sectores assentes na economia do conhecimento, com forte incidência
na componente científica e tecnológica, ainda não conseguiram assegurar o protagonismo necessário
para potenciar e consolidar a via da prosperidade.

Crescimento económico

As transformações mais acentuadas na estrutura produtiva,


Indicadores Unidade Período Portugal UE-15 UE-25
principalmente evidentes desde a década de 90, referem-se a: Macroeconómicos referência
declínio do sector primário; regressão do peso da indústria no
cômputo geral das actividades económicas e terciarização
PIB1 Euros (106) 2003 130 032,9 9 306 601,8 9 748 194,2
progressiva da economia. PIB1 TMAC (pr 95) 1999/03 1,0 1,7 1,8
Se no sector primário a redução da representatividade é PIB por habitante1 Euros 1999/03 12.500,0 24 300,0 21 300,0
generalizada à Agricultura, Silvicultura e Pescas, embora mais PIB por habitante2 PP UE-15=100 1999/03 68,6 100,0 91,7
acentuada neste último ramo, na indústria tem-se vindo a PIB por habitante2 PP UE-15=100 1999/03 75,0 109,0 100,0
Consumo Público1 PP UE-15=100 1999/03 2,3 2,4 2,4
manter o peso significativo de actividades pertencentes à filei- FBCF4 PP UE-15=100 1999/03 -2,7 0,7 0,7
ra têxtil-calçado e à fileira florestal, ainda que a posição rela- Procura Interna5 PP UE-15=100 1999/03 0,3 1,6 1,7
tiva nas exportações esteja em progressiva regressão. Exportações de Bens
e Serviços1 PP UE-15=100 1999/03 3,7 4,2 4,5
O processo de terciarização tem sido dinamizado pelos sec-
Procura Global1 PP UE-15=100 1999/03 1,1 2,3 2,4
tores da Comunicação, bancos, serviços prestados às empre- Importações de Bens
sas e serviços comercializáveis, donde se destaca o Turismo, e Serviços1 PP UE-15=100 1999/03 1,3 3,9 4,2
único gerador de receitas externas face a todos os outros, VAB pr base - total1 PP UE-15=100 1999/03 1,5 1,8 1,9
Agr., Silvicultura,
orientados para o mercado interno. Caça e Pesca1 % do VAB 2003 3,8 2,0 2,1
No plano macroeconómico, os ganhos estão ainda confi- Indústria
nados às alterações de estrutura. Assim, diversos indicadores s/ construção1 % do VAB 2003 19,6 21,0 21,2
macroeconómicos e caracterizadores do mercado de trabalho, Construção1 % do VAB 2003 6,8 5,6 5,6
Serviços1 % do VAB 2003 69,8 71,4 71,1
das contas externas ou da estrutura empresarial evidenciam,
de forma clara, o nosso posicionamento na União Europeia
(UE) com 15 ou com 25 países. PIB – Produto Interno Bruto
FBCF – Formação Bruta de Capital Fixo
Com a acelerada abertura ao exterior, a capacidade compe- VAB – Valor Bruto Acrescentado
titiva do país mantém-se fraca, evidenciando déficites impor- TMAC – Taxa Média Anual de Crescimento
tantes de modernização em factores como o tipo de gestão, a PP – pontos percentuais
1. Estimativas Eurostat; no caso do VAB, com base em valores a preços correntes
valorização do capital humano, a inovação tecnológica, o mar- 2. Previsão da Comissão Europeia
keting, entre outros. 3. Calculado com base em valores do Eurostat
4. Estimativas Eurostat. NEM10: FBC (inclui VE e ACOV)
5. Estimativas Eurostat. Inclui VE e ACOV
NEM10 – Dez Novos Países Europeus; VE – Variação de Existências
* Com base em documentos do Departamento de Prospectiva e Planeamento, Ministério das Finanças,
ACOV – Aquisições Líquidas de Cessões de Objectos de Valor
nomeadamente Um Olhar sobre Portugal – 2004, Portugal, o Litoral e a Globalização, 2003, População
e Desenvolvimento Humano, 2002; documentos do INE Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, 2005.

176 ATLAS DE PORTUGAL IGP


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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Evolução do PIB per capita e do produto Produto Interno Bruto, óptica sectorial 1, 1999/2003
por trabalhador em Portugal (PPC)

% 1999 2001 2003 1999 2001 2003


75
Taxa de var. em volume Taxa de var. de preços
PIB per capita

Agricultura, silvicultura e pescas 7,4 -0,3 -3,4 -6,6 13,7 9,2


Energia2 4,6 4 5,3 -3,6 -1,2 2,1
Indústria3 0,8 1,2 -1,5 2,6 1,8 1,2
65
Construção 3 2,9 -11,4 3,7 4,1 2,8
Serviços 5,3 3,5 -0,2 2,3 4,3 5,1
Comércio, restaurantes e hotéis 3 2,3 -0,3 1,3 6 2,8
Transportes e comunicações 5 7,7 1 -0,3 -1,2 1,7
Produto por trabalhador Actividades financeiras
55
e imobiliárias 11,1 5,2 1,2 -4,4 1,7 2
Outros serviços 3,9 2,1 -1,3 6,7 5 2,2
Serviços de intermediação
financeira indirec. medidos (-) 21,3 13 -1,2 -15,6 -2,8 -3
VAB 3,1 2 -1,1 3,3 4,5 2,4
45
Impostos 8,3 -0,4 -1,2 1,8 3,5 4
PIB a preços de mercado 3,8 1,6 -1,2 3,1 4,4 2,3

Notas: 1. contas nacionais trimestrais; 2. Electricidade, gás e água


3. Extractiva e transformadora
35

1960 1964 1968 1972 1976 1980 1984 1988 1992 1996 2000 2002
Dados provisórios
As variáveis expressas em unidades monetárias são apresentadas a preços correntes.
As contas regionais foram elaboradas em escudos e convertidas no final em euros
através da taxa de conversão fixa 1 euro=200,482 PTE – de acordo com
o regulamento (CE) nº 2866/98

Produto Interno Bruto, a preços de mercado, por NUT III, 2001


Os sectores de actividade
e a diferenciação regional

Do ponto de vista sectorial, após um período de cresci-


mento industrial, coincidindo com a fase do ‘crescimento
dourado’ das décadas de 60 e 70, e depois das alterações estru-
turais da economia na sequência da democratização de insti-
tuições e da sociedade, a adesão à Comunidade Europeia nos
anos 80 correspondeu a um ascendente do papel dos serviços
na composição estrutural da produção.
Actualmente, verifica-se que os serviços contribuem deci-
sivamente para o PIB, sobretudo pelo dinamismo nas comuni-
cações, transportes e actividades financeiras e imobiliárias, a
par da retracção da produção agrícola e da letargia industrial.
É notória a tendência de desinvestimento na produção
agrícola, ainda que acompanhada por melhores níveis de pro-
dutividade e parece não haver dúvidas de que os sectores que
nas últimas dezenas de anos tiveram maior impulso foram os 103
euros
da construção civil e do turismo. Este último simboliza uma
especialização, que tem sofrido nos últimos anos uma tentati- 20,6
20
va de diversificação, tanto de produtos como de mercados, 10
procurando responder às tendências mundiais nesta área. 8

No sector industrial, a indústria transformadora é domi-


nante. A dinâmica desta actividade evidencia, no entanto, uma
desaceleração nas indústrias tradicionalmente de vocação N
exportadora, como os minerais não metálicos e os produtos 0 25 50 km

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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Estabelecimentos financeiros, 2002 Consumo de electricidade industrial per capita,


por concelho, 2002

Nº kW/h
668 >800
300 200-800
100 80-200
50 40-80
25 20-40
10 10-20
5-10
<5

0 25 50 km

Evolução da actividade industrial, 1999/2003


em couro, a par de uma retracção nos sectores do material de
transporte e de máquinas e equipamentos que espelha a situa-
Taxa variação homóloga (corrigida dias úteis)
1999 2001 2003 ção dos últimos anos de um crescimento sustentado pelo con-
sumo.
O crescimento da economia portuguesa entre 1995 e 1999,
Índice de Produção Industrial
no âmbito do processo de desinflação inerente à pré-adesão ao
Total 0,2 3,1 -0,1
Bens de Consumo -1 0,5 -2,3 euro, permitiu um aumento significativo do rendimento dis-
Bens Intermédios 3,1 2,9 2,6 ponível das famílias e, com a descida tendencial das taxas de
Bens de Investimento -2,4 4,7 -8,2 juro, a construção, nomeadamente de edifícios residenciais,
Energia -1,4 8,1 5,1
aumentou fortemente. Do ponto de vista das obras públicas, a
Indústrias Extractivas -4,9 1,8 -9,4 construção de infra-estruturas como a ponte Vasco da Gama e
Produção e distribuição de electricidade, gás e água -1,1 9 5,4 as auto-estradas e o desenvolvimento do Parque das Nações e,
Indústrias Transformadoras 0,5 2,3 -0,6 mais tarde, dos equipamentos e infra-estruturas do Euro 2004,
Taxa de utilização da capacidade produtiva % % % impulsionou a actividade da construção, implicando a renova-
Indústria transformadora 81,7 81,2 79,9 ção do parque habitacional português.
Bens de consumo 81,7 80,4 79,4 O carácter atractivo das cidades ditou não só a tendência de
Bens intermédios 80,8 78,6 78,6
abandono do interior, mas uma reformulação do mercado de
Outros bens de equipamento 89,9 90,3 76
Fabricação de automóveis 83 94,2 92,9 consumo, nomeadamente do comércio, onde em apenas duas
décadas se implantaram e consolidaram as grandes superfícies
que têm determinado a readaptação ou simples mudança do

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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Síntese da especialização industrial por regiões (NUT III),


cálculos a partir do emprego, 1999

Especialização industrial
–Índice na região superior ao triplo do índice
no país (Quociente de localização superior a 3),
para os seguintes sectores industriais

Indústria extractiva
Alimentação, bebidas e tabaco
Têxteis, vestuário e calçado
Madeira e papel
Químicos, borrachas e plásticos
Indústrias pesadas
Produtos metálicos e máquinas
Máquinas e material eléctrico
Material de transporte
Sem especialização industrial

Total do emprego nos sectores


industriais considerados
N

0 25 50 km

450 62 880 123 590

Estrutura Empresarial1, 2001

Estrutura Empresarial1 Unidade Portugal UE-15 UE-25

Grandes Empresas
Nº de Empregados % do total 19,8 35,0 34,6
Volume de negócios 28,9 43,8 43,4
PME
Nº de Empregados % do total 80,2 65,0 65,4
Volume de negócios % do total 71,1 56,2 56,6

1. Não considera a Agricultura, Silvicultura e Pescas, por indisponibilidade de dados

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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Rendimento Líquido Médio do agregado familiar por NUT III, Estrutura de emprego, 2004
2001
Mercado de Trabalho Unidade Período Portugal UE-15 UE-25
de
referência

Taxa de Actividade (15-64) % Pop. Total 2003 72,9 70,0 69,3

Emprego
Total TMAC 1999/03 0,7 1,0 0,7
Emprego: Agricultura % do total 2003 12,6 4,0 5,2
Emprego: Indústria1 % do total 2003 32,3 24,6 25,5
Emprego: Serviços % do total 2003 55,0 71,4 69,2
Emprego por nível habilitação (15-64)2:
9º ano escolaridade % do emp. do 2003 74,6 25,8 23,7
mesmo grupo
12º ano escolaridade % do emp. do 2003 13,8 43,2 47,4
Ensino superior mesmo grupo 2003 11,5 23,4 22,5
Intensidade Tecnológica3
Emprego nos serviços
intensivos em tecnologia % do total 1,4 3,5 3,2
103 euros Emprego na indústria transf.
13,5 intensiva em tecnologia % do total 3,1 7,1 6,6
12,5
10 Desemprego4
9 Total TMAC 1999/03 10,5 -0,8 0,5
8 Taxa de desemprego total % pop. activa 2003 6,3 8,1 9,1
Taxa de desemprego
jovens c/ -25 anos % pop. activa 2003 14,4 15,9 18,4
1. inclui construção
2. com base em valores relativos ao 2º trimestre do ano
3. CAE, Ver. 1.1 e estimativas do Eurostat para UE-15 e UE-25
4. Taxa de desemprego harmonizada sem considerar a sazonalidade

Índice de Poder de Compra per capita, 2004 Índice de Poder de Compra “turístico”, 2004

167 3
150 1
100 0
75 -0,1
-0,5
-1

0 25 50 km

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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

População empregada no sector primário, 2001 População empregada no sector secundário, 2001

% %

50 75
30 60
20 45
10 30
5

População empregada no sector terciário, 2001 Sector de actividade dominante, 2001

84 Sector primário
70 Sector secundário
60
Sector terciário social
50
Sector terciário económico

0 25 50 km

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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Sociedades na indústria transformadora, 2001 Sociedades industriais com 10 e mais pessoas ao serviço

% %
60 30
30 24
10 12
Média das cidades: Média das cidades:
15,04% 15,04%
A dimensão dos círculos A dimensão dos círculos
é proporcional ao número de é proporcional ao número de
sociedades nas respectivas cidades sociedades nas respectivas cidades

IRC liquidado por distritos e regiões autónomas, 2000 Variação de IRC liquidado por distritos e regiões autónomas, 1999/2000

106 euros %
> 1 000 > 30
100 –1 000 10-30
50 – 100 0-10
20 – 50 -10-0
10 – 20 -30--10
1 – 10
> -30
<1

0 25 50 km

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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

sector, com o desaparecimento de muitas pequenas empresas. dade dos bens dependentes das economias de escala; seguem-se
A estrutura do emprego evidencia a inércia das tendências Lisboa (10%) e Porto (8%);
tradicionais do nosso tipo de desenvolvimento, tal como a — Competitividade baseada na intensidade dos recursos –
estrutura empresarial. sobressaem o sector florestal, com 9% do total dos bens
exportados, nomeadamente cortiça e madeira, o sector agro-
-alimentar, com cerca de 7%; os minerais não metálicos
Mercado externo e competitividade representam 3%. Destacam-se (com pesos entre 12 e 16% do
total das exportações respectivas) a Grande Lisboa e o Grande
No início dos anos 2000, a posição de Portugal no comér- Porto, Entre-Douro-e-Vouga e Baixo Mondego;
cio internacional podia-se caracterizar do seguinte modo: — Competitividade baseada no conhecimento – apesar da
— forte presença em sectores de trabalho intensivo com pouca expressividade deste factor, destaca-se o grupo que
fraco peso de inovação, onde se incluem o calçado, cablagens integra os aparelhos e equipamento de telecomunicações e de
e vestuário, e também de sectores baseados nos recursos som, responsáveis por cerca de 3% das exportações, e de ilu-
naturais; minação, com cerca de 2%. Os produtos medicinais e farma-
— presença em sectores dependentes da escala de produ- cêuticos apresentam valores ligeiramente superiores a 1%.
ção, nomeadamente sector automóvel, pouco estruturada e Salientam-se, uma vez mais, as áreas da Grande Lisboa (33%)
dependente de uma empresa dominante – AUTOEUROPA – e e Grande Porto (27%), península de Setúbal (13%), Ave
de um conjunto de produtores estrangeiros que fabricam em (12%) e Cavado (menos de 10%);
Portugal componentes de reduzida complexidade; — Competitividade baseada na tecnologia e na diferenciação
— presença fraca na electrónica dirigida a um produto – destes bens, apenas “peças separadas e acessórios, não eléc-
final – os autorádios. tricas, de máquinas e aparelhos” registam um valor superior a
A exportação de bens intensivos em trabalho representava 1%. Destacam-se a Grande Lisboa (23%) seguida do Baixo
em 2001 cerca de 32% do total de exportações; os bens pro- Vouga e Grande Porto (com 14% cada).
duzidos em economias de escala representavam cerca de 26% Com o actual padrão de competitividade das exportações a
e os bens obtidos de produtos naturais endógenos cerca de economia portuguesa está confrontada com uma forte concor-
21%, o que perfaz um total de cerca de 80%. Os bens inten- rência de várias regiões mundiais:
sivos em conhecimento representavam 11% do total de — dos países asiáticos no têxtil/vestuário e electrónica;
exportações e os baseados na média tecnologia, 9%. — dos países mediterrâneos no têxtil/vestuário, cablagens
A maioria dos bens e serviços que constituem a oferta e produtos agro-alimentares;
internacional de Portugal provêm das sub-regiões do litoral — dos países da Europa Central em produtos intensivos
ocidental e sul, sendo o Algarve responsável por grande parte em trabalho ou em produções de economia de escala.
das exportações de serviços de turismo e o litoral ocidental
pelas exportações de bens. Assim, podem-se retirar algumas ilações importantes
Com base numa tipologia de produtos para avaliação do sobre o desempenho da economia portuguesa:
desempenho das sub-regiões portuguesas face à dinâmica do 1. uma forte presença em sectores de trabalho intensivos
comércio internacional, é possível aferir o tipo de competiti- em que a inovação ainda é insuficiente para diferenciar os
vidade regional: produtos, sendo provável a perda de emprego em sectores
— Competitividade baseada na intensidade de trabalho – o como o calçado, cablagens e vestuário;
vestuário e acessórios de vestuário dominam com mais de 2. uma presença em sectores dependentes da escala de
18% das exportações do País, seguindo-se o calçado, com produção – nomeadamente no sector automóvel – ainda pou-
pouco mais de 6%. Os equipamentos para distribuição de co estruturada e em que Portugal fabrica componentes, como
energia eléctrica correspondem a cerca de 3% do total. As cablagens, assentos, mas cuja possibilidade de deslocalização é
sub-regiões onde dominam (mais de 10% das exportações) os sempre um cenário;
bens intensivos em trabalho são o Ave, o Grande Porto e o 3. uma fraca presença na electrónica, centrada em torno de
Cávado, seguidas do Tâmega, Entre-Douro-e-Vouga e Baixo um produto final – auto-rádios – em que conta com vários
Vouga (7 a 10%); fabricantes;
— Competitividade baseada nas economias de escala – 4. um papel-chave dos investimentos principalmente ale-
domínio dos bens associados ao sector automóvel, sendo a mães nas actividades exportadoras que mais cresceram na
península de Setúbal responsável por quase metade da totali- última década.

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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Factores de competitividade nas regiões do litoral, 2003 Competitividade, 2004

Competitividade Unidade Período de Portugal UE-15 UE-25


referência

Indicadores Gerais
Produtividade por TMAC
pessoa empregada (pr 95) 1999/03 0,5 0,9 1,3

Produtividade por
pessoa empregada euros, 2003 41,9 100,0 88,4
UE-15=100
Produtividade por euros,
pessoa empregada UE-25=100 2003 47,4 113,1 100,0

Produtividade sectorial
por pessoa empregada, euros,
total1 UE-15=100 2003 46,6 100,0 89,1

1. Preços correntes. UE-25 e NEM10: excluindo Malta e Chipre

Estrutura do Comércio Externo1, 2004

Contas Externas Unidade Período de Portugal UE-15 UE-25


referência

EXPORTAÇÕES
Para a UE % do total 2003 80,6 67,0 67,9
Manufacturados1 % do total 2002 88,0 82,0 82,2

Por níveis de intensidade tecnológica1


Alta Tecnologia % manufacturados 2002 8,7 18,4 18,0
Média/Alta Tecnologia % manufacturados 2002 32,1 42,0 41,8
Média/Baixa Tecnologia % manufacturados 2002 17,6 20,8 21,0
Baixa Tecnologia % manufacturados 2002 41,6 18,8 19,1

IMPORTAÇÕES
Da UE % do total 2003 78,4 65,0 65,3
Manufacturados1 2002 74,6 76,8 77,1

Por níveis de intensidade tecnológica1


Alta Tecnologia % manufacturados 2002 14,9 20,1 19,7
Média/Alta Tecnologia % manufacturados 2002 36,7 37,6 37,8
Média/Baixa Tecnologia % manufacturados 2002 22,2 21,1 25,7
N Baixa Tecnologia % manufacturados 2002 26,3 21,2 21,0

0 25 50 km
1. UE-25 e NEM10: excluindo Malta e Chipre

Factor intensidade trabalho >70%


Factor intensidade trabalho e recursos naturais >50%
Factor recursos naturais >50%
Factor intensidade trabalho e recursos naturais >50% e produtos
diferenciados/conhecimento >a15%
Factor recursos naturais e produtos diferenciados >60%
Factor economia de escala + recursos naturais + intensidade trabalho
Factor recursos naturais e economias de escala >70%
Factor recursos naturais, factor intensidade de conhecimento
+ factor produtos diferenciados, factor economias de escala >80%
Factor economia de escala >60%

184 ATLAS DE PORTUGAL IGP


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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Comércio internacional, exportações para a UE, Comércio internacional, total de exportações,


por NUT III, 2002 por NUT III, 2002

106 euros
106 euros
>1 000
500 - 1 000 >1 000
100 - 500 500 - 1 000
50 - 100 100 - 500
<50 50 - 100
<50

Comércio internacional, importações da UE, Comércio internacional, total de importações,


por NUT III, 2002 por NUT III, 2002

106 euros 106 euros

>5 000 >5 000


1 000 - 5 000 1 000 - 5 000
500 - 1 000 500 - 1 000
100 - 500 100 - 500
50 - 100 50 - 100
<50 <50

0 25 50 km

ATLAS DE PORTUGAL IGP 185


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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

IRS médio liquidado por agregado familiar, por distrito, 2000 A coesão social

O Estado, seja através da Administração Central, onde se


definem anualmente as orientações do PIDAC, Plano de Inves-
timentos da Administração Central, e da execução dos QCA,
Quadro Comunitário de Apoio, seja através da Administração
Local, tem um papel decisivo no progresso obtido em termos
do bem-estar das populações.
Infra-estruturas, Saúde, Educação e Segurança Social são
alguns dos principais domínios em que o Estado tem um
papel decisivo para assegurar o equilíbrio, o desenvolvimento
e a protecção da sociedade. As receitas de impostos são uma
componente essencial para garantir as intervenções do Estado.
As despesas com a protecção no desemprego e as pensões
103 euros
já superam as contribuições pagas pelos contribuintes, sinal
2,39 do envelhecimento da população.
2
1,5 As autarquias mantêm o seu papel de charneira na ligação
1
do Estado à população e no atendimento e resolução dos pro-
blemas que as afectam. Para tanto dispõem de uma carteira de
receitas que vão desde os Fundos Municipais até às receitas
próprias cujo montante tem vindo a crescer nos últimos anos,
destacando-se a Contribuição Autárquica e o Imposto sobre
os Veículos.

Beneficiários do subsídio de desemprego Segurança social, 1999/2003


com menos de 30 anos, 2003

1999 2001 2003

Indicadores físicos
Total de pensionistas (Nº) (a) 1 979 608 2 483 199 2 574 800
Nº beneficiários, segundo
principais benefícios concedidos:
Pensão de sobrevivência 494 378 603 823 629 200
Pensão de invalidez 359 847 348 984 349 800
Pensões de velhice 1 125 383 1 530 392 1 595 800
Trabalhadores subsidiados,
por desemprego (Nº) 314 403 337 100 nd

Indicadores financeiros (b)


Receitas correntes (103 euros) (1) 10 449 606 12 336 583 11 437 200
Contribuições de beneficiários 2 900 434 6 733 160 nd
Contribuições patronais 5 119 157 2 824 713 nd
% Despesas correntes (103 euros) (2) 9 607 161 11 567 168 13 892 800
Abono de família 424 896 485 031 nd
60 Subsídios à população activa 1 282 030 1 510 071 1 987 100
50 Apoio ao emprego e protecção
40
30 no desemprego 720 862 869 998 nd
20 Pensão de velhice 934 807 1 129 358 1 340 200
Pensões de sobrevivência 1 142 895 1 193 933 1 300 100
Pensões de invalidez 4 175 247 5 209 006 6 415 100
Saldo Global (103 euros) (1)-(2) 842 445 769 415 -2 455 600

Notas: os valores de 2002 e 2003 são provisórios (a) Regimes de segurança social dos
trabalhadores do sector privado, incluindo todos os regimes, excepto em 1999, ano em que
N a informação concerne ao Regime Geral e Regime não Contributivo da Segurança Social.
(b) Valores retirados da Conta Global dos regimes de protecção social dos trabalhadores
do sector privado (inclui regime não contributivo).
0 25 50 km

186 ATLAS DE PORTUGAL IGP


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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Receitas totais das Câmaras Municipais, 2002 Receitas: fundos municipais, 2002

103 euros %

719 787 80
500 000 75
100 000 50
50 000 40
10 000 30
20
10

Receitas: empréstimos, 2002 Receitas: contribuição autárquica, 2002

% %

51 27
50 20
20 10
10 5
1

0 25 50 km

ATLAS DE PORTUGAL IGP 187


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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

Despesas totais das Câmaras Municipais, 2002 Despesas: investimento, 2002

103 euros %

> 200 >60


100 - 200 51 - 60
50 - 100 41 - 50
20 - 50 31 - 40
10 - 20 21 - 30
5 - 10 <20
<5

Despesas: pessoal, 2002 Receitas das Câmaras Municipais, 2002

%
Contribuição
Autárquica: 8

Empréstimos: 14

Fundos Municipais: 28

Outros: 50

%
Despesas das Câmaras Municipais, 2002
>40
30 - 40
20 - 30
<20

Com o pessoal: 22

Investimentos: 35
N

0 25 50 km
Outros: 43

188 ATLAS DE PORTUGAL IGP


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O PAÍS SOCIOECONÓMICO
Economia e desenvolvimento regional

O desenvolvimento humano

O conceito de Desenvolvimento Humano tem vindo a se encontram Timor Leste em 158º lugar, a Guiné em 160º,
ser abordado pelas Nações Unidas desde 1990, tendo Angola em 166º e Moçambique em 171º.
como premissa que “As pessoas são a verdadeira riqueza Portugal tem registado um forte crescimento do IDH, des-
das nações”. Medir esse Desenvolvimento é o objectivo do de 1970, bem como dos Índices intermédios que o compõem,
Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, que foca três principalmente nas décadas de 70 e 80. Relativamente ao
dimensões fundamentais: viver uma vida longa e saudável, último ano de observação, 1999, é a Região de Lisboa e Vale
medida pela esperança de vida à nascença, ser instruído, do Tejo que apresenta o valor mais elevado, (0,925) superior
medida pela taxa de alfabetização de adultos e pela taxa de à média nacional (0,905). As regiões com valores de IDH
escolarização bruta combinada do primário, secundário e mais baixos são o Alentejo (0,872) e a Região Autónoma da
superior (com ponderação de um terço), e ter um padrão de Madeira (0,889), seguindo-se a Região Centro com 0,894, a
vida digno, medida pelo PIB per capita. Região Norte com 0,899, o Algarve com 0,900, e os Açores
O valor máximo que pode atingir o IDH é 1, consideran- com 0,903.
do-se diversos patamares abaixo desse valor: Desenvolvi- De notar que ao nível das sub-regiões, a dicotomia entre
mento Humano Elevado, de 0,800 a 1, onde encontramos, Litoral e Interior se mantém entre 1970 e 1999, apesar da evo-
na escala mundial e em 2002, a Noruega em 1º lugar e Por- lução dos valores de IDH entre essas datas. Por outro lado, o
tugal no 26º; Desenvolvimento Humano Médio, de 0,500 Litoral é mais restrito em 1999 do que em 1970 e do que em
a 0,800, onde se encontram entre outros o Brasil em 72º 1991. A sub-região com valor mais elevado de IDH, em 1999,
lugar, Cabo Verde em 105º e S. Tomé e Príncipe em 123º; é a Grande Lisboa, com 0,938, e a que apresenta valor mais
Desenvolvimento Humano Baixo, de 0,273 a 0,500, onde baixo é o Baixo Alentejo, 0,862.

Evolução do índice de desenvolvimento humano (IDH-ONU) por NUT III

1970 1981

0,900 0,900
0,850 0,850
0,750 0,750
0,650 0,650

1991 2001

0,900 0,900
0,850 0,850
0,750 0,750
0,650 0,650
N

0 25 50 km

ATLAS DE PORTUGAL IGP 189

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