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Pierre Le Hir
São plantas microscópicas, que pululam nos oceanos, nos lagos e nos rios. Elas
crescem em decorrência do processo de fotossíntese e, para tanto, não precisam de
quase nada, apenas de sol, de água e de gás carbônico. Sobretudo, elas são ricas
em lipídios. . . Por todas essas razões, as microalgas talvez constituam a principal
reserva existente dos biocombustíveis que serão utilizados no futuro.
Com isso, a alternativa mais promissora poderia provir das microalgas, que já foram
qualificadas pelos cientistas como fonte de biocombustíveis de terceira geração. "A
produção em grande escala de biodiesel a partir de algas vai acontecer muito mais
rapidamente do que imaginam", prevê Juan Wu, da sociedade de consultoria em
biotecnologias Alcimed. Este especialista acredita que a sua comercialização seja
possível "dentro de três a seis anos, e com um preço competitivo em relação ao
diesel produzido a partir do petróleo".
"As microalgas podem acumular entre 60% e 80% do seu peso em ácidos
gordurosos", explica Olivier Bernard. Isso permite esperar uma produção anual, por
hectare, de cerca de trinta toneladas de óleo. Ou seja, um rendimento trinta vezes
superior ao das espécies oleaginosas terrestres como a colza. Contudo, ainda falta
muito para que os procedimentos de fabricação sejam totalmente dominados.
Vale dizer que enormes progressos ainda estão por serem realizados, até que o
"ouro verde" das microalgas ponha um motor de carro para funcionar.