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Critical Literacy and ELT website

http://www.criticalliteracy.org.uk/elt

Uma breve introdução ao

LETRAMENTO
CRÍTICO

na Educação em Línguas Estrangeiras

Versão: Nucleo de Assessoria Pedagógica


Universidade Federal do Paraná

Este é um dos resultados da Oficina de Letramento Crítico (Critical Literacy Winter School) que
aconteceu em Brasília em julho de 2006. Este livreto foi publicado com o apoio do ELTECS,
Conselho Britânico Brasil e Centre for the Study of Social and Global Justice (Universidade de
Nottingham, Inglaterra).1

1 Este livreto é uma adaptação de uma versão inicialmente concebida para o ensino de língua inglesa.
LETRAMENTO CRÍTICO

O LETRAMENTO CRÍTICO (LC) é uma prática educacional que tem como foco a relação entre
língua e visões de mundo, práticas sociais, poder, identidade, cidadania, relações interculturais e
assuntos globais/locais.

Os participantes da Oficina de Letramento Crítico resumiram o LC como uma forma de aprender:

... a ver as coisas de diferentes perspectivas


... a reconhecer as responsabilidades políticas que temos como educadores
... a imaginar outros relacionamentos e futuros possíveis
... a nos perceber como educadores (e não só como professores)
... a ir além de conceitos e estruturas que são entendidos como verdades permanentes
... a examinar as origens e implicações de visões de mundo, valores, crenças, comportamentos e
atitudes
... a analisar a construção de conhecimento, saber, culturas, identidades e relações
... a fazer conexões entre contextos globais e locais
... a fazer perguntas sobre o mundo, nós mesmos e os outros
... a perceber que respostas são sempre parciais e incompletas
... a pensar de forma mais independente e a ajudar os alunos a fazerem o mesmo
... a questionar verdades universais

... a ver o lado positivo do conflito (como necessário para o aprendizado e a mudança)
... a viver em comunidade, a construir diferentes relacionamentos, a relacionar-se de maneiras
diferentes
... a assumir um posicionamento ético em relação à diferença
... a permitir que os alunos construam suas próprias respostas
... a estabelecer ambientes para aprendizagem livres de pré-julgamentos
... a ser mais inclusivo como professor/educador
... a desenvolver um senso de relacionamento local e global
... a respeitar (a si mesmo e aos outros) e ser respeitado
... a entender quem somos nós e os nossos lugares no mundo
... a sobreviver às incertezas e complexidades (e ficar bem)
... a promover mudança em nossos contextos
... a aprender sobre os outros e sobre nós mesmos
LETRAMENTO CRÍTICO E
ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

O LETRAMENTO CRÍTICO é interdisciplinar. Ele surgiu a partir de recentes teorias sobre


globalização, movimentos sociais e da relação entre língua, saber e poder.

A PRINCIPAL DIFERENÇA EM RELAÇÃO A OUTRAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO


ENSINO DE LÍNGUA É O MODO COMO ‘LÍNGUA’ É CONCEBIDA.

NOÇÃO DE LÍNGUA NOÇÃO DE LÍNGUA NO


TRADICIONAL LETRAMENTO CRÍTICO
- A língua traduz ou representa a realidade - Língua e realidade constroem uma à outra, isto
é, uma depende da outra.
- A língua é um meio de comunicação - A língua constrói a comunicação através de
negociação. Ela não comunica idéias e valores.
Ela cria idéias e valores.
- A língua é transparente e neutra - A língua nunca é neutra ou transparente. Ela é
sempre culturalmente tendenciosa.
- A língua é fixa e definida por normas sociais - A língua é sempre estruturada, mas suas
(por exemplo, gramáticas e dicionários) estruturas não são nunca fixas nem estáveis. Elas
mudam dinamicamente de acordo com seus
contextos.
LETRAMENTO CRÍTICO E
AS IMPLICAÇÕES NO
ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

O novo entendimento de língua representa uma grande mudança no pensamento sobre


comunicação, cultura, identidades, conhecimento, saber e ética, e tem várias implicações pedagógicas.
Estas implicações variam dependendo dos contextos e dos objetivos ao se ensinar língua estrangeira.
Aqui estão algumas possíveis implicações:

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS


TRADICIONAL
LETRAMENTO CRÍTICO Foco no uso da língua como meio de
Foco nas práticas educacionais. O comunicação. Pressupõe que as idéias, as quais
objetivo é expandir o horizonte dos existem independentemente da língua, podem ser
participantes além de suas comunidades comunicadas em uma língua estrangeira através
lingüísticas e de suas habilidades da aquisição de habilidades comunicativas. A
lingüísticas ao possibilitar a negociação importância do contexto social de comunicação é
crítica dos significados possíveis em subestimada e a negociação do significado não é
diferentes contextos. reconhecida como importante.

BASE DA ESCOLHA PEDAGÓGICA


LETRAMENTO CRÍTICO
ENSINO DE LÍNGUAS Perguntas, assuntos e conexões: interações
ESTRANGEIRAS TRADICIONAL ‘em contexto’: qual contexto? Quais
Unidades, categorias e atividades: gramática, participantes? Quais línguas? Quais
uso da língua, funções da linguagem, culturas? Quais identidades? Quais
desenvolvimento da compreensão oral, da realidades? Quais conexões locais/globais?
leitura, da escrita ou da produção oral. Quais pressupostos? Quais implicações?

SELEÇÃO DO CONTEÚDO
LETRAMENTO CRÍTICO ENSINO DE LÍNGUAS
O LC encoraja os participantes a explorar, criar e ESTRANGEIRAS
negociar significados e a pensar por si próprios. TRADICIONAL
Portanto, a seleção do conteúdo deve incluir Situações comunicativas do dia-a-
questões locais e globais relevantes que são dia usando a língua padrão como
significativas para os alunos. modelo.
LETRAMENTO CRÍTICO E
AS IMPLICAÇÕES NO
ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

LETRAMENTO CRÍTICO RELACIONAMENTOS


Professores têm determinados tipos de ENSINO DE LÍNGUAS
conhecimento, alunos têm outros. O ESTRANGEIRAS TRADICIONAL
conhecimento não é transmitido, mas Professores sabem, alunos não sabem. O
negociado com base em necessidades e conhecimento é transmitido do professor
contextos relevantes. Ensinar é a criação de para os alunos. O que é ensinado tem que
espaços e contextos de aprendizagem. ser aprendido.

“Nossa tarefa não é produzir ‘leituras’ para nossos alunos, mas dar a eles as ferramentas
para produzirem suas próprias leituras (...) Nossa tarefa não é intimidar alunos com nossa
própria produção textual superior; é mostrar-lhes os códigos dos quais toda a produção
textual depende e encorajar suas práticas textuais próprias.” (SCHOLES, J., 1985, p.24-25)

CULTURA & IDENTIDADE


LETRAMENTO CRÍTICO
Cultura é um conjunto dinâmico de valores ENSINO DE LÍNGUAS
que varia de acordo com contextos sociais ESTRANGEIRAS TRADICIONAL
e grupos sociais. Identidade é múltipla e Cultura é um conjunto de valores, costumes
varia de acordo com a formação social, e informação fixo. A identidade é estanque e
gênero, idade e contexto. depende da língua padrão e da
nacionalidade.

“Se a produção de significado é social, parcial, contextual e histórica, se língua é discurso,


interação, heterogênea e plural, então cultura, identidade e educação são plurais, parciais,
dinâmicas e nunca estáticas, unas ou homogêneas.” (SOUZA, L. M. T. M. de., 2005)
LENDO AS PALAVRAS
E OS MUNDOS

A tabela abaixo ilustra, de modo geral, as diferenças entre leitura tradicional, leitura crítica e
letramento crítico no que se refere aos pressupostos e questionamentos que surgiram (lembre-se que
‘leitura’ se refere à palavra e ao mundo).

LEITURA TRADICIONAL LEITURA LETRAMENTO


CRÍTICA CRÍTICO
O texto representa a verdade? A quem se dirige o texto? Quais são os pressupostos e
É fato ou opinião? Qual é a intenção do autor? possíveis implicações das
É tendencioso ou neutro? Qual é o contexto? afirmações?
Está bem escrito/claro? Como o autor manipula o Como realidade é definida?
O quê o autor quer dizer? texto? Quem a define? Em nome de
Qual nível de autoridade ele/ela Quais afirmações não têm quem? Para o benefício de
possui? embasamento? quem?
Por que o texto foi escrito desta Quais são as limitações ou
forma? contradições nesta perspectiva?
Como estas afirmações (ou
palavras) poderiam ser
interpretadas em contextos
diferentes?

Estratégia: Estratégia: Estratégia:


DECODIFICAÇÃO INTERPRETAÇÃO QUESTIONAMENTO

Foco: Foco: Foco:


mensagem/conteúdo, contexto da escrita, intenções e pressupostos, saber, produção,
autoridade e legitimidade do estilo de comunicação poder, representação e
falante e do texto. implicações

Objetivo: Objetivo: Objetivo:


desenvolver uma compreensão desenvolver reflexão crítica desenvolver reflexividade
do conteúdo e/ou estabelecer o (habilidade de perceber (habilidade de identificar
valor de verdade do texto. intenções e razões) pressupostos /implicações)
POR ONDE COMEÇAR

PRIMEIRA PARADA: www.criticalliteracy.org.uk/elt

A iniciativa OSDE (Open Spaces for Dialogue and


Enquiry) oferece uma série de princípios,
procedimentos e diretrizes para o desenvolvimento
do letramento crítico e do pensamento
independente na educação para cidadania global.
Você achará materiais gratuitos em:
http://www.osdemethodology.org.uk

Se você quiser desenvolver suas próprias habilidades em letramento crítico, você pode
usar o material para desenvolvimento profissional da metodologia OSDE disponível em:
http://www.osdemethodology.org.uk/keydocs/pdresourcepack.pdf

Você pode ler e contribuir com a “zona” de Letramento Crítico (Critical Literacy Zone) do
site comunitário do British Council ELT em:
http://www.britishcouncil.org.br/forum

Você achará referências bibliográficas, estudos de caso e uma seção de perguntas


freqüentes no “wiki” do Letramento Crítico desenvolvido pelos participantes da Escola
de Letramento Crítico em Brasília em 2006 em:
http://www.seedwiki.com/wiki/criticalliteracy
Os Novos Parâmetros Curriculares de Língua Estrangeira do MEC poderão ajudá-lo a
refletir sobre os desafios e oportunidades para o desenvolvimento de Letramento Crítico
em seu contexto. Baixe este documento em:
http://www.criticalliteracy.org.uk/elt/brazil/
QUEM SOMOS NÓS

Somos um grupo de educadores interessados em melhorar o entendimento do Letramento Crítico


através da experimentação, relação, estudo, prática, teorização e reflexão sobre o LC. A Oficina de
Letramento Crítico de Brasília juntou vinte e sete participantes de diferentes regiões do Brasil e
também da Argentina. Nós trabalhamos em institutos de língua, nos setores público e privado e em
universidades.

NOSSOS PARCEIROS NO PROJETO

Conselho Britânico Brasil - A Oficina de Letramento Crítico de Brasília se tornou realidade graças
ao apoio fundamental do Conselho Britânico durante todas as fases do projeto. Para mais
informações e relatórios completos sobre cada um dos três dias do evento, confira o
http://www.britishcouncil.org.br/elt

ELTeCS – Este projeto contou com o apoio e o financiamento do ELTeCs (English Language
Teaching Contacts Scheme). Para maiores informações sobre o ELTeCS e o relatório completo
sobre o projeto, confira o http://www.britishcouncil.org.br/eltecs.htm

CSSGJ – The Center for the Study of Social and Global Justice na Universidade de Nottingham,
Inglaterra, sedia a iniciativa OSDE e apoiou e financiou a organização e a realização das oficinas de
Letramento Crítico em Brasília, Lima e Cajamarca. Para maiores informações sobre o CSSGJ, confira
o http://www.nottigham.ac.uk/cssgj

Participantes da Escola de Letramento Crítico em Brasília:

Andrea Assenti del Río, Andrea Morgado,


Andrea Thompson, Bárbara Dieu, Eliana
Gonçalves Edmundo, Eleonor Benicio, Enrique
Alejandro Basabe , Gilmara Maciel Bezerra,
Isabel Raggio, Jose Antonio da Silva, Laura
Knijnik Baumvol, Maria Lina M. Garrido, Mariza
Riva de Almeida, Paulo Nunes da Mata, Robert
Caudle Garner, Roberta Orlando de Deus,
Thelma Eloísa Félix de Oliveira, Juliana
Martinez , Isabelita Peixoto, Josenilde Alves
Matias, Wallace Soares Barboza, Inez
Woortmann, Gisele Lobo

Coordenadora: Chris Lima


Moderadores: Vanessa Andreotti e Lynn Mário T. M. de Souza

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