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UMA AVALIAÇÃO ACERCA DA SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA NA


PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DOS DERIVADOS DA MANDIOCA DE
CAMPINHOS E SIMÃO

SANTOS,A²; VIANA, A.E.; LOPES, S.C.³. GONÇALVES, P.E¹;

INTRODUÇÃO

O povoamento de Simão e Campinhos ocorreu há aproximadamente cem


anos. Nelas se estabeleceram famílias oriundas de dos povoados de Bate Pé e Pradoso.
Antes do povoamento essas localidades eram regiões de mata, de onde se tirava madeira de
lei e lenha para olarias e para as padarias existentes em Vitória da Conquista. Ver figura I.

Figura I

1
Professor de Gestão Ambiental-CDS-UNB;2-Aluno do mestrado em Desenvolvimento Sustentável-UNB;3-
Professores do DFZ-Agronomia – UESB.
A farinha começou a ser produzida acerca de 50 anos, para manutenção das famílias
e para o comércio. Naquela época era intenso o uso do de "carro de boi" no transporte da
lenha e da farinha. Hoje, as duas localidades que possuem aproximadamente 6.000 pessoas
têm, mais ou menos, 150 casas produtoras de farinha gerando 1.000 empregos diretos, além
de inúmeros empregos indiretos provenientes da lavoura e da comercialização dos
produtos. A importância econômica dessas localidades pode ser constatada no estudo feito
pela EMBRAPA onde consta que Campinhos e Simão são duas das maiores concentrações
de pequenos produtores do país.

No entanto, no processo produtivo os pequenos produtores convivem com grandes


dificuldades. Por não possuírem terra para o plantio da mandioca, eles são obrigados a
adquirir a matéria-prima dos municípios de Cândido Sales e Quarassu e do povoado de
Veredinha, dentre outros. Trabalhando de forma isolada, sem organização comunitária, eles
terminam tendo que deixar boa parte do lucro para os atravessadores.

As duas localidades, além de possuírem energia elétrica e água potável, dispõem de


duas escolas que lecionam de 1ª à 4ª séries. Mesmo não possuindo atendimento médico nas
localidades os moradores têm acesso ao Posto Médico que fica num bairro próximo(Jardim
Copacabana) e desenvolve, especialmente, o trabalho de saúde preventivo. Também em
Simão e Campinhos existe coleta de lixo, que foi implantada recentemente. Porém, os
habitantes são carentes de escola ginasial, pois o ginásio mais próximo fica no bairro
Jardim Valéria, distante05 Km das duas localidades. Daí porque, muitos jovens, ocupados
com o árduo trabalho cotidiano, não conseguem concluir o 1º Grau. Tabela 1.

EVOLUÇÃO ESCOLAR DE CAMPINHOS E SIMÃO

SÉRIE SIMÃO CAMPINHOS SUB-TOTAL


4 60 41 101
5 36 36 72
6 43 25 68
7 25 17 42
8 19 18 37
1 - - 23
2 - - 13
3 - - 04

TOTAL 183 137 360


FONTE:ASCQB –1998.

II – SITUAÇÃO DO PROBLEMA
Dois problemas distintos, mas interligados, restringem economicamente à atividade
de beneficiamento da mandioca: a) renumeração percebida; b) poluição ambiental
proveniente de um resíduo líquido da mandioca, rico em ácido cianídrico, denominado de
manipueira.
a) – RENUMERAÇÃO PERCEBIDA
Embora os beneficiadores da comunidade contribuam diretamente para uma grande
circulação de dinheiro, gerando ainda aproximadamente 1000 empregos diretos e uma
quantidade expressiva, não quantificada de empregos indiretos, a atividade gera uma renda
individual insuficiente. Ver tabela 2.

Tabela 2
Tonelada de Tonelada de raiz Distância Renda semanal/ Renda diária/
raiz vendida vendida no Máxima das Beneficiador(R$) Intermediário(R$)
no campo(R$) Simão e áreas de
Campinhos(R$) plantio (km)

75,00 110,0 120 km 29,00* 52,36**

* No Simão, por exemplo, a compra de raízes de mandioca por semana perfaz 420
toneladas; desse total são produzidos 976 sacos (de 50 kg) de farinha sem lavar (farinha de
primeira qualidade), 602, 5 kg de goma, 920 kg de goma fresca, 741 sacos de farinha
lavada (farinha de segunda qualidade), ocupando 474 pessoas e gerando uma renda bruta
semanal de R$ 60.000,00 que divididos pela mão-de-obra total(474 pessoas), gera uma
renda de R$ 128, 00 do qual descontando-se o custo da matéria prima, gera como renda
líquida R$ 29. Fonte: ASCQB,1999.

** 420 ton. semana/7 dias = 60 ton/dia; 60 ton x 35( R$ 110 – R$75)= R$2100;
Gasto com Diesel: Considerando-se um consumo 4 km/l e a distância máxima de
120 km, o gasto máximo de Diesel é de 60 litros( 30 na ida e 30 na volta) x 0,659( o preço
atualizado do litro de diesel) = R$ 39,54. Segundo informações levantadas no local não são
mais de 20 os intermediários donos de caminhões, o que dá por intermediário
(descontando-se o diesel) R$ 65,46; considerando-se( cálculo aleatório) o desgaste do
caminhão em 20% por viagem, tem-se R$ 52,36/dia por intermediário contra R$ 4,14/dia
por beneficiador.
Os dados principais relativos à produção para esse cálculo foram tirados da tabela 3,
anexo ao trabalho.

b)- POLUIÇÃO AMBIENTAL


Dentre os resíduos líquidos da mandioca consta a manipueira que em tupi-
guarani quer dizer “o que brota da mandioca” (GRAVATÁ, 1946). Além do potencial
poluente, decorrente da quantidade de material não esgotado, existe também o problema da
toxidez, devido à presença de glicosídio característico da planta de mandioca (linamarina)
potencialmente hidrolisável a ácido cianídrico (BRANCO, 1979), tóxico dos mais
poderosos que pode afetar células nervosas. Este glicosídio combina-se com a hemoglobina
do sangue, sendo inibidor da cadeia respiratória (CEREDA et alii, 1981). Uma tonelada de
mandioca produz cerca de 300 l de manipueira que, quando armazenada, forma verdadeiros
lagos. Dessa forma uma fecularia que utilize uma tonelada de raízes de mandioca/dia
equivale à poluição ocasionada por 200-300 habitantes/dia (HESS 1962).
Dependendo da forma de processamento das raízes, a água residual pode
apresentar-se com variadas concentrações, principalmente com relação à matéria orgânica e
ao potencial tóxico. A toxidez é decorrente de um glicosídeo, denominado linamarina,
presente em todas as partes da planta e que por hidrólise origina a glicose, a acetona e o
ácido cianídrico.
Na fabricação da farinha, devido à forma como as raízes são processadas, a
concentração da manipueira em matéria orgânica e linamarina é muito elevada,
correspondendo à fração aquosa da raiz. O potencial tóxico e poluente é agravado,
principalmente, por ser a linamarina muito solúvel em água. Existem relatos de morte de
animais que beberam da água onde ocorreram descargas da manipueira, sendo a morte de
peixes fato comum. A manipueira apresenta gosto adocicado pela glicose que contém,
sendo muito procurada pelos animais (FIORETTO, 1987).
Nas duas localidades citadas a manipueira tem agido de três formas básicas: a)
restringindo à atividade econômica por limites físicos de espaço destinado à produção; b)
poluindo diretamente a bacia do rio Santa Rita(ver mapa acima e foto 1); c) tornando o
local de produção insalubre pela exposição direta dos moradores ao resíduo despejado
abundantemente no ambiente circundante. Ver figura 1.

Figura 1- Manipueira jogada diretamente no ambiente formando um “lago”.


A manipueira é jogada também no rio Santa Rita. Ver figura 2.

Figura2 – Observar turbidez da água onde é despejada a manipueira.

Figura 3- O rio Santa Rita seguindo o seu curso.


Para constatar o grau de poluição do rio submeteu-se a análise da água do rio Santa
Rita (à jusante) contaminada com manipueira, à análise físico-química. Ver resultados na
figura4 abaixo.

Como se pode depreender da análise da figura, a DQO(Demanda Química de


Oxigênio) é 63.560,0 mg/l o que indica um consumo bastante elevado de oxigênio fruto não
só da atividade poluidora do despejo de manipueira, mas provavelmente a outros agentes
contaminantes; essa diminuição do oxigênio é o resultado da atividade de organismos de
respiração aeróbia que metabolizam o substrato orgânico acumulando uma fração de
glicose; posteriormente, para a liberação de seu conteúdo energético, a glicose é oxidada, o
que demanda oxigênio do meio. O pH 6,4 situa-se praticamente na faixa ótima para o
crescimento dos organismos aquáticos que é de 6,5 a 7,5( Silveira, 1996). A turbidez de
2530 NTU pode indicar a formação de uma nuvem que, depositando-se nos órgãos
respiratórios de animais aquáticos, pode causar a sua asfixia. Esse material também acelera
a precipitação e soterra partículas orgânicas em suspensão nas águas que servem de
alimento à fauna. A destruição de peixes pode ocorrer pelo desaparecimento de sua fonte
alimentar(algas, crustáceos, vermes e larvas), pelo soterramento de seus ovos, bem como
pela modificação das condições de fundo adequadas a sua reprodução. Com efeito, não foi
visto, em nenhum momento pelos autores, peixes no rio Santa Rita e em conversas com os
moradores das localidades foi ouvido que o rio, com exceção de pequenos peixinhos de 3 –
5 cm de comprimento e que eles denominam de piabas, não tinham mais quaisquer outras
espécies.
III-Discussão
-O Valor Econômico do Meio Ambiente
O valor econômico do meio ambiente, a despeito de polêmicas, pode ser entendido
como: Valor econômico total = Valor de uso + valor de opção + valor de existência.
O valor de uso é atribuído pelas pessoas que realmente usam ou usufruem o meio ambiente
em risco. O valor de opção refere-se a possíveis usos futuros, seja por elas mesmas ou para
as gerações futuras; o valor de existência é o valor atribuído à existência do meio ambiente.
As duas principais técnicas que procuram estimar separadamente as parcelas do valor
mensurado são: 1) Conceito de produção sacrificada; 2) Conceito de Disposição para pagar,
que por sua vez se subdivide em: a) técnica do preço de propriedade; b) técnica do valor
associado; c) técnica do custo de viagem; d) conceito de “vida estatística”. A única técnica
que poderia ser em princípio aplicada às duas localidades é o “Conceito de Produção
Sacrificada” que é a possibilidade de se medir diretamente os impactos ambientais
negativos em termos de produção sacrificada ou perdida; isto ocorre quando os efeitos
ambientais são localizados ou específicos. Como se pode ver na figura 1, a manipueira
despejada nas ruas é um efeito ambiental localizado e também restringe à produção, pois,
impede a expansão da atividade. Embora o conceito de produção sacrificada possa ser
teoricamente incorporado como custo econômico de oportunidade do uso do meio
ambiente, na prática das duas localidades isso é inviável, pelo menos em médio prazo; os
fatores que obstaculizam essa incorporação é a falta de organização na comercialização o
que os tornam “vítimas” fáceis de intermediários. A técnica de disposição para pagar é
claramente impossível pois, os beneficiadores trabalham no limite da sobrevivência(salário
semanal de R$ 29,00). Pode-se dizer que os produtores estão impondo externalidades
negativas à própria economia. Por que isso ocorre? Como o ambiente circundante não é
propriedade de ninguém, isto leva à conseqüência de que ninguém zela diretamente por ele,
e o sistema de preços dos seus produtos(farinha, goma) deixa de organizar a economia de
forma socialmente ótima, ocorrendo uma diferenciação de custos privados e sociais. Cada
um dos oitenta e dois beneficiadores de mandioca da localidade do Simão, por exemplo,
joga a manipueira no ambiente sem consultar nenhum dos outros oitenta e um, impondo
dessa forma externalidades.Ver figura 5.

A figura 5 mostra que se incorporando as externalidades causadas pela produção dos


subprodutos da mandioca, no qual a manipueira destaca-se como agente poluidor, a
quantidade socialmente ótima de produção (Qs) é menor do que a quantidade ótima no caso
privado(Qp). O resultado mostra que o nível de poluição socialmente ótimo não é zero,
pois mesmo quando se produz Qs, há um custo externo igual à área do triângulo marcado
no gráfico( 0Aqs). Isto “desmistifica” a idéia de que o ótimo é ter poluição zero, o que só
vale quando os custos de controle são nulos, uma situação inexistente na prática( Margulis,
1996).
O Nível Ótimo de Poluição
É importante notar que caso os beneficiadores das localidades de Simão e campinhos se
dispusessem a reduzir a zero o nível de poluição causado pela manipueira, parariam o
beneficiamento da mandioca. Encontrar, porém um nível ótimo de poluição para a atividade
não parece ser algo fácil e o gráfico abaixo procura dar indícios do que poderia ser feito
para conseguir este nível ótimo de poluição. Figura 6.

Inicialmente, observe-se que o nível de produção é diretamente proporcional ao de


poluição, de modo que se pode pensar o eixo horizontal como sendo o do próprio nível de
poluição. Os custos de degradação CD (que sao os custos externos em que se incorre
quando não há controle, tanto ambientais como sociais) crescem com o nível de poluição;
quanto maior a poluição, maiores os custos de degradação. Inversamente, os custos de
controle (CC) são evidentemente decrescentes pois, para manter-se o nível de poluição
baixo, será necessário gastar muito; deixando-se o nível de poluição alto, os custos de
controle serão baixos. O que se deseja é minimizar os custos totals (CT), ou seja, a soma
dos custos de degradação com os de controle ambiental. Na Figura 6, o ponto de mínimo da
curva dos custos totals (Ps) representa o nível ótimo de poluição, cabendo observar que seu
valor é de fato, maior que zero. Ou seja, em geral nao é ótimo ter poluição
zero(Margulis,1996).
No caso específico da atividade de beneficiamento de mandioca e das duas
localidades estudadas, pode-se dizer que praticamente nenhuma das técnicas para fazer os
níveis de atividade econômica e de controle ambiental atingirem o socialmente ótimo
aplica-se às áreas estudadas, devido as suas peculariedades; das técnicas listadas abaixo: a)
Negociação entre agentes; b) Taxação; c)Políticas de Controle Ambiental
Alternativas:1- Mercado de licenças de Poluição; 2-Controle Direto e Subsídios;
d)Políticas de Controle de Poluição, nenhuma se aplicaria à realidade das áreas; a técnica
“a” é uma negociação entre agentes; por exemplo: indústria que vai ser instalada e
agricultores; no caso do Simão e Campinhos existe apenas um agente: o beneficiador de
mandioca que é também o poluidor; “mercado de licenças”se aplicaria a outra realidade
econômica e não como ocorre nas localidades, no limiar da sobrevivência; “controle direto
e subsídios” pode inclusive aumentar a poluição pela continuidade da exploração quando
poderia haver o encerramento da mesma(isso para alguns casos); além do mais, devido à
realidade da renda do local não seria impossível aumentar mais ainda o nível de poluição
pela inserção de novos beneficiadores para fazer jus ao subsídio; “políticas de controle de
poluição” têm fortes indícios de que beneficiam os indivíduos mais ricos e geralmente não
são bem ajustados para se atingirem objetivos distribuitivos(Baumol e Oates(1988, p.225).
A técnica alternativa mais adequada à essas localidades será sugerida na conclusão.

IV-Conclusão
O modelo mais simples que pode ilustrar o beneficiamento da mandioca nas
localidades de Simão e Campinhos, em Vitória da Conquista-Ba, pode ser ilustrada pelo
gráfico abaixo:

É provável que a atividade de produção nessas duas localidades já esteja atingindo a


capacidade de suporte delimitada pela poluição e a falta de espaços físicos e uma pergunta
se coloca: por que os beneficiadores trabalhando em condições insalubres e recebendo uma
renumeração inferior ao mínimo, não mudam de atividade? A resposta pode ser dada pela
tabela abaixo:
RENUMERAÇÃO POR CATEGORIAS – SIMÃO E CAMPINHOS - 1981

Fonte: Filho, 1981.


Embora os dados abaixo tenham sido coletados em 1981 pode servir para explicar à
aparente adaptação dos beneficiadores à uma renda inferior ao salário mínimo, no presente.
Existe um contingente grande de homens, mulheres e crianças, oriundas da própria família
que não recebe qualquer renumeração pelo seu trabalho, elevando, portanto, a renda do
chefe da família; pode-se argumentar que o trabalho e a renda são familiares, mas não se
pode esconder o fato de que uma parcela elevada de pessoas trabalha sem qualquer salário.
Este número é percentualmente elevado entre as crianças. Esses dados precisariam ser
atualizados, mas serve como uma explicação plausível, além do que nada permite concluir
de que essa realidade tenha se modificado de forma substancial; não é impossível até que
tenha sido agravada. Um projeto a ser implantado no local, atualmente, visa pagar uma
bolsa para a família em troca da manutenção da criança na escola. A natureza do trabalho
do beneficiamento (árduo) dos jovens, não discutida aqui, aliada a escassez de lazer nas
duas localidades pode estar ligadas aos resultados educacionais mostrados na tabela 1 e ao
elevado número de casamentos precoces observados nesses dois lugares.
Um dos problemas graves que ocorre no local é o fato do rio Santa Rita ser de
propriedade comum, ou seja, ninguém se sente responsável por ele; daí que um grande
volume de manipueira é despejado no rio. Caso consideremos que o beneficiamento
semanal da mandioca é de 420 ton e que 30% desse volume é manipueira, temos uma
quantidade de 126000 litros semanais de manipueira a ser despejado no ambiente, incluindo
o rio. Muitos encanamentos no local direcionam a manipueira para o rio. O que fazer? As
pessoas do lugar, aparentemente, nunca consideraram o rio como um recurso a ser
explorado com piscicultura, por exemplo. É possível que o rio tenha para as pessoas do
lugar um valor de existência ainda não percebido. A solução para diminuir a poluição do rio
será conseguida atingindo-se o nível ótimo de poluição. A técnica alternativa sugerida é a
do subsídio público para beneficiadores que introduzam tecnologias que combinem dois
fatores: 1) agregação de valor; 2)Diminuição da carga tóxica da manipueira; um exemplo
dessa tecnologia é a sugestão do uso da manipueira para produção de metano através de
biodigestores. Uma das conseqüências desse processo é a eliminação da carga poluente da
manipueira que poderá ser devolvida ao ambiente; além do mais é possível usar o metano
para substituir em até 1/3 da lenha usada para funcionamento dos fornos de beneficiamento,
agregando valor. Acrescente-se que as inovações da Lei de Crimes Ambientais, impedem
ou dificulta o uso desse combustível, encarecendo-o; o artigo 46 reza: Receber ou adquirir,
para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem
vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade
competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até o final
beneficiamento. Pena: detenção, de seis meses a um ano, e multa.
O subsídio proposto aqui para esse caso específico difere do mero subsídio para os
agentes que reduzem às suas emissões (já discutido e mostrada as suas desvantagens),
porque alia a redução de emissão com valor agregado. A tecnologia alternativa a ser usada
terá obrigatoriamente que combinar os dois fatores e deverá ser demonstrada ao gestor
público para receber o subsídio. O valor agregado, como visto no exemplo do biodigestor,
mais o subsídio custearia a redução da carga poluente livrando ainda um excedente
econômico. Esta é uma proposta concreta para adequar os beneficiadores do Simão e
Campinhos, ao ótimo biológico do gráfico de Fischer (Fischer, 1981).

Bibliografia

1-BAUMOL, W.J e OATES,W.E. The theory of environmental policy. New Jersey,


Prentice Hall, 1975.
2-BRANCO, S.M. Investigation on biological stabilization of toxic
wastes from
manioc processing. Prog. Wat. Tecnhol., v. 11, f. 6, p. 51-4,
1979.

3-CEREDA, M.P.; BRASIL, O.G. & FIORETTO, A.M.C. Microorganismos com


respiração resistente ao cianeto isolados de líquido residual de fecularia. Phyton,
4102): 197-201, 1981.

4- FIORETTO, A.M.C. Viabilidade de cultivo de Trichosporon spp. em manipueira.


Botucatu, UNESP/Faculdade de Ciências AgronÔmicas, 1987. 96 p. (no prelo).

5- FISCHER,C.Resource and Environmental Economics. Cambridge, Cambridge


University Press, 1981.

6-GRAVATÁ,A.G. Aproveitamento Industrial da Manipueira (resíduo da


fábrica de
Chac.Quint. São Paulo,v.74, p.82, 1946.

7-HESS, M.L. Tratamentos de despejos de fecularia de mandioca por oxidação biológica.


Revista D.A.E., São Paulo, 23(46): 29-35, set. 1962.

8-MARGULLIS, S. Meio Ambiente: Aspectos Técnicos e Econômicos. In: Economia do


Meio Ambiente: Atingindo o Nível Ótimo de Poluição.Brasília, 1996. p.144.

9-SILVEIRA, S.S.B. Low cost sanitation for a small town in Brazil. Londres, University
of London, 1985(Dissertação de Mestrado).

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