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INTRODUÇÃO
Figura I
1
Professor de Gestão Ambiental-CDS-UNB;2-Aluno do mestrado em Desenvolvimento Sustentável-UNB;3-
Professores do DFZ-Agronomia – UESB.
A farinha começou a ser produzida acerca de 50 anos, para manutenção das famílias
e para o comércio. Naquela época era intenso o uso do de "carro de boi" no transporte da
lenha e da farinha. Hoje, as duas localidades que possuem aproximadamente 6.000 pessoas
têm, mais ou menos, 150 casas produtoras de farinha gerando 1.000 empregos diretos, além
de inúmeros empregos indiretos provenientes da lavoura e da comercialização dos
produtos. A importância econômica dessas localidades pode ser constatada no estudo feito
pela EMBRAPA onde consta que Campinhos e Simão são duas das maiores concentrações
de pequenos produtores do país.
II – SITUAÇÃO DO PROBLEMA
Dois problemas distintos, mas interligados, restringem economicamente à atividade
de beneficiamento da mandioca: a) renumeração percebida; b) poluição ambiental
proveniente de um resíduo líquido da mandioca, rico em ácido cianídrico, denominado de
manipueira.
a) – RENUMERAÇÃO PERCEBIDA
Embora os beneficiadores da comunidade contribuam diretamente para uma grande
circulação de dinheiro, gerando ainda aproximadamente 1000 empregos diretos e uma
quantidade expressiva, não quantificada de empregos indiretos, a atividade gera uma renda
individual insuficiente. Ver tabela 2.
Tabela 2
Tonelada de Tonelada de raiz Distância Renda semanal/ Renda diária/
raiz vendida vendida no Máxima das Beneficiador(R$) Intermediário(R$)
no campo(R$) Simão e áreas de
Campinhos(R$) plantio (km)
* No Simão, por exemplo, a compra de raízes de mandioca por semana perfaz 420
toneladas; desse total são produzidos 976 sacos (de 50 kg) de farinha sem lavar (farinha de
primeira qualidade), 602, 5 kg de goma, 920 kg de goma fresca, 741 sacos de farinha
lavada (farinha de segunda qualidade), ocupando 474 pessoas e gerando uma renda bruta
semanal de R$ 60.000,00 que divididos pela mão-de-obra total(474 pessoas), gera uma
renda de R$ 128, 00 do qual descontando-se o custo da matéria prima, gera como renda
líquida R$ 29. Fonte: ASCQB,1999.
** 420 ton. semana/7 dias = 60 ton/dia; 60 ton x 35( R$ 110 – R$75)= R$2100;
Gasto com Diesel: Considerando-se um consumo 4 km/l e a distância máxima de
120 km, o gasto máximo de Diesel é de 60 litros( 30 na ida e 30 na volta) x 0,659( o preço
atualizado do litro de diesel) = R$ 39,54. Segundo informações levantadas no local não são
mais de 20 os intermediários donos de caminhões, o que dá por intermediário
(descontando-se o diesel) R$ 65,46; considerando-se( cálculo aleatório) o desgaste do
caminhão em 20% por viagem, tem-se R$ 52,36/dia por intermediário contra R$ 4,14/dia
por beneficiador.
Os dados principais relativos à produção para esse cálculo foram tirados da tabela 3,
anexo ao trabalho.
IV-Conclusão
O modelo mais simples que pode ilustrar o beneficiamento da mandioca nas
localidades de Simão e Campinhos, em Vitória da Conquista-Ba, pode ser ilustrada pelo
gráfico abaixo:
Bibliografia
9-SILVEIRA, S.S.B. Low cost sanitation for a small town in Brazil. Londres, University
of London, 1985(Dissertação de Mestrado).