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Em 1877, ele abreviou o seu nome de Sigismund Schlomo Freud para Sigmund
Freud. Desde 1873, era um aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de
Viena, onde gostava de pesquisar no laboratório de Neurofisiologia.
Ao se formar, em 1882, entrou no Hospital Geral de Viena. Freud trabalhou por seis
meses com o neurologista francês Jean-Martin Charcot, que lhe mostrou o uso da
hipnose.
Em parceria com o médico Joseph Breuer, seu principal colaborador, ele publicou
em 1895 o "Estudo sobre Histeria". O livro descreve a teoria de que as emoções
reprimidas levam aos sintomas da histeria, que poderiam desaparecer se o paciente
conseguisse se expressar.
Em 1899, publicou "A interpretação dos sonhos", em que afirma que os sonhos são
"a estrada mestra para o inconsciente", a camada mais profunda da mente
humana, um mundo íntimo que se oculta no interior de cada indivíduo,
comandando seu comportamento, a despeito de suas convicções conscientes.
Mesmo com dificuldades para ser reconhecido pelo meio acadêmico, Freud reuniu
um grupo que deu origem, em 1908, à Sociedade Psicanalítica de Viena. Seus mais
fiéis seguidores eram Karl Abraham, Sandor Ferenczi e Ernest Jones. Já Alfred Adler
e Carl Jung acabaram como dissidentes.
A perda de Jung foi muito mais dolorosa, pois Freud esperava que o discípulo, suíço
e protestante, projetasse a psicanálise além do ambiente judaico. Além de
discordar do papel prioritário dado por Freud ao desejo, Jung se tornou místico.
Sensibilizado pela Primeira Guerra Mundial e pela morte da filha Sophie, vítima de
gripe, Freud teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do amor contra
a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e Tanatos
(morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923, de "O
Ego e o Id".
Em 1936, disse considerar um avanço seus livros terem sido queimados pelos
nazistas. Afinal, no passado, eram os autores que iam à fogueira. Mas a subida de
Hitler ao poder ditatorial não demorou e a perseguição aos judeus se intensificou.
Em 1938, já velho e com câncer, fugiu para a Inglaterra, onde morreu no ano
seguinte.
Com Martha Bernays, teve seis filhos. A caçula Ana tornou-se discípula, porta-voz
do pai, e uma eminente psicanalista.
Atualmente, Freud continua tão polêmico quanto na época em que esteve vivo. Por
um lado, é verdadeiramente idolatrado por seguidores ortodoxos da teoria
psicanalítica - e, aliás, em vida, Freud demonstrava uma inegável satisfação em ser
reverenciado como um gênio. Por outro, é visto também como um mistificador,
principalmente a partir da década de 1990, quando as descobertas da neurociência
questionaram muitos dos princípios fundamentais da psicanálise.
* Teoria e métodos = A partir de sua teoria, este grande psicanalista resolveu tratar
esses casos através da interpretação dos sonhos das pessoas e também através do
método da associação livre, neste último ele fazia com que seus pacientes falassem
qualquer coisa que lhes viessem à cabeça. Com este método ele era capaz de
desvendar os sentimentos “reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus
pacientes guardavam somente para si, após desvendá-los ele os estimulava a
colocarem esses sentimentos para fora. Desta forma ele conseguiu curar muitas
doenças mentais.
ROTEIRO
1-Introdução.
2-Sublimação.
3-Repressão.
4-A Racionalização.
5-A Projeção.
6-Deslocamento.
7-A Identificação.
8-A Regressão.
9-O Isolamento.
10-Formação Reativa.
11- A Substituição.
12-A Fantasia.
13-A Compensação.
14-Expiação.
15-Negação.
16-Introjeção.
17-Referências Bibliográficas.
O homem sempre está em busca de estímulos, ele prefere ficar doente e cansado a ficar sem
nenhum tipo de estímulo. A falta de estímulos pode trazer desânimo e até depressão ao ser
humano, a tensão estimula-o a atuar mais efetivamente. Um excesso de tensão pode
debilitar e deixar vulnerável o indivíduo, podendo até gerar um colapso diante da crescente
complexidade da sociedade moderna.
Na verdade, alguns indivíduos têm maior probabilidade de se desestruturar e outros de gerar
mudanças em suas vidas. Na verdade não são as mudanças que trazem tensão, mas a
atitude tomada em relação a elas e o modo como reagem. As mudanças geram tensão por
causarem conflitos, ou seja, pela presença de dois ou mais impulsos incompatíveis.
A tensão relacionada à mudança é agravada pelos conflitos e dilemas que devemos enfrentar
como resultado da mesma.
Segundo os psicólogos Neal Miller e Kurt Lewin, existem três maneiras pelas quais os motivos
podem ocasionar conflitos entre si que são: aproximação-afastamento, aproximação-
aproximação e afastamento-afastamento.
Desta forma, se uma pessoa foi violentada quando menor, ela pode crescer um adulto
violento como forma de autodefesa.
No entanto, é importante salientar que esta postura não é uma regra. Os seres humanos
têm diversas variações e formas alternadas de reagir às experiências que passaram.
Algumas pessoas que passam por situações traumáticas na infância ou adolescência, não
necessariamente adotam a mesma postura quando crescem. Isto depende de como essas
pessoas superam os próprios traumas. Assim, seguindo o exemplo acima, uma pessoa
que foi violentada na infância ou adolescência pode se tornar um adulto defensor
daqueles que possam vir a sofrer de violência. Por exemplo, pode se tornar um policial.
Agora, quanto mais em equilíbrio psíquico estiver a pessoa, mais ela vai conseguir
utilizar a maneira correta de acordo com cada situação. Então, continuando o exemplo
da agressividade, não necessariamente ser agressivo é uma postura ruim. Se um
assaltante vem de encontro a alguém, de forma agressiva para roubar, se a pessoa souber
artes marciais, nada mais justo do que dar um golpe no outro, certo?
O termo defesa foi usado por Freud em 1894, no trabalho “As Psiconeuroses de defesa”.
Porém, é através do trabalho de 1926 “Inibição, Sintoma e Ansiedade” que o termo
defesa adquire seu verdadeiro grau de importância, levando Anna Freud a descrever
uma variedade de mecanismos de defesa com base em exemplos concretos (vide “O ego
e os mecanismos de defesa”)
Além de Anna Freud, Melanie Klein também descreveu mecanismos de defesa que ela
considerava muito primários.
A palavra defesa, no sentido que hoje lhe é atribuído pela comunidade psicanalítica,
exprime uma série de operações que são efetuadas pelo ego diante dos perigos que
procedem do ID, do Superego e da realidade externa.
O ego, para evitar a angústia provocada pelas situações de perigo (estímulos internos e
externos que invadem o aparelho psíquico, causando-lhe desprazer), e que ameaçam a
sua constância, lança mão dos mecanismos de defesa. Portanto, as defesas nada mais
são do que operações efetuadas pelo ego visando reduzir ou suprimir os estímulos
externos ou internos que o invadem causando-lhe desprazer.
Em que situações o ego ataca o perigo é o que mostra a maior ou menor grau de
sanidade dele. Os mecanismos de defesa existem para defender o ego do perigo, às
vezes não real, mas apenas de um sentimento de angústia. Logo, ter defesas não é
patológico, o patológico é não tê-las, já que nenhuma pessoa adoece por possuir
defesas, mas sim pela sua ineficácia ou pelo mau uso que faz delas. Por exemplo, na
questão da aids o não uso de preservativos deixa o indivíduo completamente indefeso,
pois a aids mata. Logo, o preservativo é uma forma de defender-se do perigo.
Portanto, as estruturas defensivas não são exclusivas da patologia, elas fazem parte,
normalmente, no ajustamento, adaptação e equilíbrio da personalidade. A patologia está
na quantidade de defesa utilizada, na sua rigidez etc. E, cada estrutura terá tipos
específicos de defesa (ex. obsessivos: formação reativa, isolamento, anulação).
Os mecanismos de defesa são mobilizados pela parte inconsciente do ego.
Mecanismos de defesa do ego: estratégias inconscientes que a pessoa usa para
reduzir a tensão e a ansiedade, fruto dos conflitos entre o id, o ego e o superego.
São mecanismos que visam evitar a angústia resultante dos conflitos intrapsíquicos.
Mecanismos de Defesa
Os principais Mecanismos de Defesa psicológicos descritos são: repressão, negação,
racionalização, formação reativa, isolamento, projeção, regressão e sublimação (Anna Freud,
1936; Fenichel, 1945). Todos estes mecanismos podem ser encontrados em indivíduos saudáveis,
e sua presença excessiva é, via de regra, indicação de possíveis sintomas neuróticos. Freud não
pretendeu que suas observações sobre Mecanismo de Defesa fossem inteiramente originais. Ele
citava outras observações sobre o tema.
Repressão
A essência da Repressão consiste em afastar uma determinada coisa do consciente, mantendo-a à
distância (no inconsciente) (1915, livro 11, p. 60 na ed. bras.). A repressão afasta da consciência
um evento, idéia ou percepção potencialmente provocadoras de ansiedade e impede, dessa forma,
qualquer "manipulação" possível desse material. Entretanto, o material reprimido continua fazendo
parte da psique, apesar de inconsciente, e que continua causando problemas.
Segundo Freud, a repressão nunca é realizada de uma vez por todas e definitivamente, mas exige
um continuado consumo de energia para se manter o material reprimido. Para ele os sintomas
histéricos com freqüência têm sua origem em alguma antiga repressão. Algumas doenças
psicossomáticas, tais como asma, artrite e úlcera, também poderiam estar relacionadas com a
repressão. Também é possível que o cansaço excessivo, as fobias e a impotência ou a frigidez
derivem de sentimentos reprimidos.
Negação
Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos
têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que
na verdade nunca aconteceram. Este vôo de fantasia pode tomar várias formas, algumas das
quais parecem absurdas ao observador objetivo. A seguinte estória é uma ilustração da negação:
Uma mulher foi levada à Corte a pedido de seu vizinho. Esse vizinho acusava a mulher de ter pego
e danificado um vaso valioso. Quando chegou a hora da mulher se defender, sua defesa foi tripla:
"Em primeiro lugar, nunca tomei o vaso emprestado. Em segundo lugar, estava lascado quando
eu o peguei. Finalmente, Sua Excelência, eu o devolvi em perfeito estado".
Para exemplificar a Negação, Freud citou Darwin, que em sua autobiografia dizia obedecer a uma
regra de ouro: sempre que eu deparava com um fato publicado, uma nova observação ou
pensamento, que se opunha aos meus resultados gerais, eu imediatamente anotava isso sem
errar, porque a experiência me ensinou que tais fatos e pensamentos fogem da memória com
muito maior facilidade que os fatos que nos são totalmente favoráveis.
Racionalização
Racionalização é o processo de achar motivos lógicos e racionais aceitáveis para pensamentos e
ações inaceitáveis. É o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é
logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que
causa angústia. Usa-se a Racionalização para justificar comportamentos quando, na realidade, as
razões para esses atos não são recomendáveis.
A afirmação cotidiana de que "eu só estou fazendo isto para seu próprio bem" pode ser a
Racionalização do sentimento ou pensamento de que "eu quero fazer isto para você, eu não quero
que me façam isto ou até mesmo, eu quero que você sofra um pouco". Também pode ser
Racionalização a afirmação de que "eu acho que estou apaixonado por você". Na realidade poderia
estar sentido que "estou ligado no teu corpo, quero que você se ligue no meu".
Formação Reativa
Esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que são diametralmente opostos ao
desejo real. Trata-se de uma inversão clara e, em geral, inconsciente do verdadeiro desejo. Como
outros mecanismos de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, em primeiro lugar, na
infância. As crianças, assim como incontáveis adultos, tornam-se conscientes da excitação sexual
que não pode ser satisfeita, evocam conseqüentemente forças psíquicas opostas a fim de
suprimirem efetivamente este desprazer. Para essa supressão elas costumam construir barreiras
mentais contrárias ao verdadeiro sentimento sexual, como por exemplo, a repugnância, a
vergonha e a moralidade.
Não só a idéia original é reprimida, mas qualquer vergonha ou auto-reprovação que poderiam
surgir ao admitir tais pensamentos em si próprios também são excluídas da consciência.
Infelizmente, os efeitos colaterais da Formação Reativa podem prejudicar os relacionamentos
sociais. As principais características reveladoras de Formação Reativa são seu excesso, sua rigidez
e sua extravagância. O impulso, sendo negado, tem que ser cada vez mais ocultado.
Através da Formação Reativa, alguns pais são incapazes de admitir um certo ressentimento em
relação aos filhos, acabam interferindo exageradamente em suas vidas, sob o pretexto de estarem
preocupados com seu bem-estar e segurança. Nesses casos a superproteção é, na verdade, uma
forma de punição. O esposo pleno de raiva contra sua esposa pode manifestar sua Formação
Reativa tratando-a com formalidade exagerada: "não é querida..." A Formação Reativa oculta
partes da personalidade e restringe a capacidade de uma pessoa responder a eventos e, dessa
forma, a personalidade pode tornar-se relativamente inflexível.
Projeção
O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções
que se originam em si próprio, é denominado projeção. É um mecanismo de defesa através do
qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio
externo.
A ameaça é tratada como se fosse uma força externa. A pessoa com Projeção pode, então, lidar
com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou
comportamento temido é dela mesma.
Alguém que afirma textualmente que "todos nós somos algo desonestos" está, na realidade,
tentando projetar nos demais suas próprias características. Ou então, dizer que "todos os homens
e mulheres querem apenas uma coisa, sexo", pode refletir uma Projeção nos demais de estar
pessoalmente pensando muito a respeito de sexo. Outras vezes dizemos que "inexplicavelmente
Fulano não gosta de mim", quando na realidade sou eu quem não gosta do Fulano gratuitamente.
Sempre que caracterizamos algo de fora de nós como sendo mau, perigoso, pervertido, imoral e
assim por diante, sem reconhecermos que essas características podem também ser verdadeiras
para nós, é provável que estejamos projetando.
Regressão
Regressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais
simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico
para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a ansiedade. Linus, nas estórias em
quadrinhos de Charley Brown, sempre volta a um espaço psicológico seguro quando está sob
tensão. Ele se sente seguro quando agarra seu cobertor, tal como faria ou fazia quando bebê.
Sublimação
A energia associada a impulsos e instintos socialmente e pessoalmente constrangedores é, na
impossibilidade de realização destes, canalizada para atividades socialmente meritosas e
reconhecidas. A frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é
sublimado na paixão pela leitura ou pela arte.
Deslocamento
É o mecanismo psicológico de defesa onde a pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por
outra diferente e socialmente mais aceita. Durante uma discussão, por exemplo, a pessoa tem um
forte impulso em socar o outro, entretanto, acaba deslocando tal impuso para um copo, o qual
atira ao chão.