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OS PRIMEIROS PASSOS DO FUTEBOL EM PONTE DE LIMA

O Limiano Sport Clube

É muito difícil fazer o levantamento dos primeiros passos do futebol

em Ponte de Lima. Além de, praticamente, não existirem documentos ou

elementos escritos, os jornais locais das primeiras décadas do século não

elegiam o futebol como notícia. Por isso, tivemos que nos socorrer de alguns

depoimentos, da consulta dos poucos elementos publicados na imprensa da

época e ainda em dois trabalhos, pioneiros no que diz respeito à história do

futebol em Ponte de Lima. Estamo-nos a referir a um artigo de Augusto

Castro e Sousa, publicado no “Cardeal Saraiva” em 1969, e a um trabalho de

investigação de Adelino Tito de Morais, publicado no 1º número da II Série,

do “Anunciador das Feiras Novas”, publicado em 1984.

Pensa-se que o futebol foi introduzido em Ponte de Lima por

Francisco de Abreu de Lima que, por volta de 1910, apareceu com uma bola

de couro no Campo do Arnardo, freguesia de Arcozelo, provocando uma

natural agitação junto dos rapazes desse tempo. Era o “nascimento” do

desporto rei em Ponte de Lima.

Novos registos são depois encontrados por volta de 1915. António de

Amorim, que veio passar férias junto de seus pais, na Quinta da Baldrufa,

trouxe do Porto uma bola que o ajudou a fazer furor em Ponte de Lima,

tornando-se um verdadeiro ídolo da juventude local, devido ao seu forte

pontapé que, dizia-se, “atravessava o campo de lado a lado”. Foi também com

essa mesma bola que Manuel Lúcio aprendeu a jogar e a defender, tendo

ficado lembrado como um extraordinário guarda-redes.

O primeiro clube de futebol, que existiu em Ponte de Lima, parece ter

sido o “Limiano Sport Clube”, fundado por Totó Amorim e que tinha a sua
sede na Rua General Norton de Matos. Estavamos em 1919 e este clube era

quase integralmente composto por estudantes. Talvez por isso, este clube

gozava de muita estima por parte dos habitantes de Ponte de Lima e a sua

fama chegou mesmo junto das nossas comunidades no Brasil. O seu campo

de jogos situava-se no Campo da Feira e entre os seus elementos contavam-

se, entre outros Carlos Lima, José e Jaime Campos, António Medeiros, Luís

Vilar, António de Amorim, Francisco Aguiar, José Soares Correia, Dr.

Florimundo Pacheco, Bruno Pereira Pinto, António Melo, Alberto e Augusto

Cruz e Amândio Lisboa. As camisolas do “Limiano Sport Clube” eram às

riscas verticais verdes e brancas, cores que na época eram também as da

bandeira do município.

Como a maioria dos elementos da equipa eram estudantes no Porto,

era precisamente nessa cidade que se reuniam para treinar. Aos domingos,

já em Ponte de Lima, eram realizados os jogos.

Fruto do cansaço, dos afazeres dos seus elementos, muitos deles a

trabalharem longe de Ponte de Lima, o “Limiano Sport Clube” terminou a sua

actividade por volta de 1921, ou seja, dois anos depois da sua fundação.

Apesar disso, o nome “Limiano Sport Clube” não se extinguiu. De

facto, como se pode verificar pelos jornais da época, esta agremiação teve

actividade na área da animação, com a promoção de “soirés dançantes”, de

acordo com relatos a época, muito animadas e que, amiúde, terminavam já na

manhã do dia seguinte, e outras actividades recreativas. A própria tomada

de posse dos seus corpos sociais era feita em clima de festa, como a de

1924, abrilhantada pela tuna do clube. O facto de existir tuna no clube,

leva-nos a pensar que eram ainda os estudantes que “animavam” as

actividades do clube, tal como aconteceu em 1919, quando se fundou, com a

equipa de futebol.
Depois de, em 1924 se ter fundido com o “Letes Atlético Clube”, o

Limiano voltou a Ter uma equipa de futebol. Em Novembro desse ano, em

Barcelos, realizou-se aquele que julgamos Ter sido o primeiro jogo da nova

era do Limiano, contra o Triunfo local. O Limiano foi copiosamente batido

por 5-1. Tendo-se queixado insistentemente da arbitragem que validou dois

golos em claro off-side.

Em 8 de Dezembro de 1924, em Assembleia-geral, os associados do

Limiano elegeram os Corpos Gerentes para 1925. Foram eleitos, para a

Assembleia-geral, o Dr. Adelino Ribeiro Sampaio, para a Direcção, Júlio

Pereira P. Júnior e para o Conselho Fiscal, Eduardo Pimenta. Nessa mesma

Assembleia, e tendo em conta a precariedade do Campo da Feira, onde eram

disputados os jogos de futebol, foi nomeada uma comissão, com o objectivo

de arranjar um Campo para o Limiano.

Em 24 de Janeiro de 1925 a equipa do Limiano deslocou-se a Braga,

para defrontar o Sporting local. Embora apresentando a Segunda equipa, os

locais venceram por 3-0. De acordo com a crónica publicada do “Cardeal

Saraiva”, o árbitro não foi correcto, beneficiando claramente os locais,

Como consolação, ficaram as referências elogiosas da “Revista de Sport”, de

Braga, ao Limiano.

O ambiente e colaboração entre as duas equipas de Ponte de Lima -

Lusitano e Limiano - eram, aparentemente, boas. Várias vezes foram feitas

selecções dos melhores jogadores de Ponte de Lima (Lusitano e Limiano),

para defrontarem outras equipas. Uma destas situações ocorreu em 23 de

Junho quando uma selecção defrontou o Viana Foot-ball Club, encontro

incluído no programa de festas de S. João, em disputa de “um bronze”

oferecido pela Comissão de Festas. Viana venceu por 2-1.


Para 1926, os Corpos Gerentes eleitos foram, para a Assembleia-

geral, António de Sousa Amorim, para a Direcção José Luiz Vieira e para o

Conselho Fiscal Anibal Marinho.

O ano de 1926 marca o desaparecimento do Limiano, no que diz

respeito à sua equipa de futebol, precisamente no mesmo ano em que surgiu

o Triunfo. Este clube continuou a sua actividade noutras áreas,

designadamente a recreativa. Em 1927 foi liderado por Caetano d’Oliveira,

Presidente da Direcção.

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