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2.

5 Outros setores

2.5.1 Indústria

Considerações Gerais solicitar ao representante do MDIC no


GEx que escreva texto sobre os principais setores da indústria na
economia brasileira, de uma ou duas páginas

Ações Destinadas à Melhoria do Desempenho da


Indústria

a) Ações em Fase de Implantação

Programa de Siderurgia mais Limpa

O Brasil é um dos principais Países do mundo a utilizar carvão vegetal na


produção de ferro gusa e aço. Atualmente a participação da siderurgia a
carvão vegetal no total da produção do setor varia de 5 a 10%. Segundo
dados da Plantar, empresa pioneira na realização de projetos MDL no setor
florestal integrado à siderurgia, cada tonelada de ferro processada com
utilização de carvão vegetal renovável promove a remoção de 1,1 toneladas
de CO2, gerando um balanço positivo de emissões. Considerando que o
processamento da mesma quantidade utilizando carvão mineral produz
emissão de 1,9 toneladas, a substituição do carvão mineral pelo carvão
vegetal renovável tem o potencial de gerar uma redução de emissões de 3
toneladas de CO2 por tonelada de ferro processado na siderurgia.

Segundo estudo contratado pelo setor siderúrgico poder-se-ia atingir o


equilíbrio das emissões setoriais, no Brasil, elevando a participação da
produção a carvão vegetal renovável para cerca de 1/3 do total da produção.
A expansão da utilização do carvão vegetal, entretanto, enfrenta uma série
de obstáculos de natureza técnica e de viabilidade econômica (regulatória),
sendo necessário um esforço de política pública para viabilizar o atingimento
dessa meta. O ciclo de produção florestal, e a necessidade de adequações
nas plantas industriais para conversão do uso de coque para carvão vegetal
renovável, entretanto, requerem pelo menos uma década para que essa
meta possa ser alcançada.
Como no momento é limitada a capacidade de oferta de carvão vegetal
renovável, há necessidade de novos investimentos que permitam a
ampliação do seu uso pelo setor siderúrgico, sendo fundamental para tanto
ajustes no marco regulatório da atividade florestal com fins comerciais com o
objetivo de tornar o ambiente de negócios mais atraente aos investimentos
privados.
Os novos projetos do setor já contemplam a possibilidade de utilização de
carvão vegetal no mix de elementos redutores graças à utilização dos
chamados “fornos-flex”. Importantes empresas do setor estão preparadas
para o aumento da utilização de carvão vegetal, principalmente na injeção de
finos, desde que seja solucionado o problema do fornecimento de carvão
vegetal renovável.
Atualmente encontra-se em fase de discussão no Fórum de Competitividade
da Siderurgia, no âmbito da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), a
formulação de medidas para o incentivo à produção e à utilização de carvão
vegetal renovável na siderurgia. A adoção de qualquer medida dependerá da
elaboração dos marcos regulatórios e do dimensionamento do impacto fiscal
de eventuais incentivos que venham a ser propostos para fomentar, induzir e
sustentar os investimentos requeridos para a viabilização desta alternativa.

Programa Brasileiro de Elaboração de Inventários Voluntários da


Indústria - GHG Protocol

O Programa Brasileiro GHG Protocol é fruto de parceria firmada entre o


Ministério do Meio Ambiente, a Fundação Getúlio Vargas, o Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, World Resources
Institute e World Business Council for Sustainable Development com o
objetivo de construir capacidade técnica e institucional de representantes dos
setores empresariais e públicos, no Brasil, para o levantamento e
gerenciamento das emissões por fontes e remoções por sumidouros de gases
de efeito estufa por meio da realização e divulgação de inventários, tendo
como base principal os padrões do Protocolo de Gases de Efeito Estufa – GHG
Protocol, da Norma ISO, bem como de metodologias descritas pelo IPCC.
Lançado em 12 de maio de 2008, a primeira fase do GHG Protocol tem
duração de dois anos, prevê a realização de workshops e conta com a
participação de empresas de diversos setores industriais, tais como:
siderurgia, cosméticos, mineração, automobilismo, energia, alimentos,
bebidas e papel e celulose. Também estão inseridas empresas do setor
bancário, de comunicação e do varejo, além de instituições governamentais e
da sociedade civil.

O Programa Brasileiro GHG Protocol tem como metas:

 promover a base para a contabilização e a comunicação (reporting) sobre


GEE no nível organizacional, por meio do desenvolvimento e disseminação
do Programa Brasileiro GHG Protocol, baseado nas melhores técnicas
internacionais tais como GHG Protocol e normas ISO;
 identificar e, quando necessário, adaptar ou desenvolver metodologias
para a implementação de um programa voluntário de estimativas de
emissões antrópicas por fontes e remoções antrópicas por sumidouros de
gases de efeito estufa, nos setores público e privado;
 promover a capacitação de empresas, instituições públicas, universidades
e ONGs brasileiras para a formulação de inventários corporativos de GEE,
em caráter voluntário;
 criar um banco de dados, de fácil acesso, para empresas e instituições
públicas informarem suas emissões de gases de efeito estufa;
 criar um banco de dados público com os inventários corporativos de gases
de efeito estufa e
 criar oportunidades para intercâmbio entre as instituições sobre iniciativas
públicas e privadas de inventários corporativos de GEE.
O número de empresas que contabilizarão e reportarão suas emissões de
GEE através da participação do Programa Brasileiro GHG Protocol e o número
de iniciativas desenvolvidas no âmbito organizacional, tais como, o
desenvolvimento de estratégias para gestão de emissões, o desenvolvimento
de projetos para redução de emissões e o estabelecimento de ações para
mitigação que terão início a partir do Programa servirão como indicadores da
primeira fase do GHG Protocol.

Este Protocolo é um poderoso instrumento de avaliação do desempenho da


indústria no que se refere às suas emissões e sua utilização contribui
sobremaneira para que se busque alcançar o estado da arte.

Restrições e Incentivos de Crédito (à Desmatamento Ilegal e


outros)/acordos setoriais (condicionantes ambientais aos incentivos
fiscais e creditícios) –

texto a ser incluído pelo MMA

São quatro as medidas já implementadas pelo MMA:

• Moratória da soja
• Acordos com frigoríficos
• Pacto com produtores de madeira do Pará
• Acordo com FIESP
Os acordos listados acima não tiveram a participação do DFLOR e
foram coordenados pela SECEX.

b) Ações em Fase de Concepção

Construção Sustentável - Promover a utilização de técnicas de


planejamento que estimulam a eficiência energética e ainda a economia de
material:

(i) Building Information Modeling - é um conceito que vem se disseminando


no mundo inteiro, no qual um único modelo eletrônico armazena toda a
informação envolvida em uma obra, acessível a todas as equipes da
engenharia e arquitetura. É uma evolução computacional em relação aos
modelos 2D e 3D desenvolvidos habitualmente nos softwares CAD, onde os
elementos geométricos tradicionais são substituídos por objetos com
significado e muitas informações atribuídas.

(ii) Coordenação Modular Decimal - consiste num sistema capaz de ordenar e


racionalizar a confecção de qualquer artefato, desde o projeto até o produto
final.
Resíduos

Considerações Gerais

Texto a ser incluído pelo MMA

Ações Destinadas à Melhoria dos Sistemas de Disposição


Final de Resíduos Sólidos

a) Ações em Fase de Implantação

“Estudo do Potencial de Geração de Energia Renovável Proveniente


dos Aterros Sanitários nas Regiões Metropolitanas e Grandes
Cidades do Brasil”. ESALQ – MMA vai incluir texto sobre a atualização
deste estudo, ora em curso

Transportes

Considerações Gerais
MMA vai redigir texto sobre a matriz de transportes
brasileira e atualizar este gráfico com dados de 2006

Álcool
GNV Hidratado
2,4% 6,6%

Gasolina C
35,3%

Óleo diesel
55,7%
Ações Destinadas ao Planejamento do Setor de
Transportes

a) Ações em Fase de Implantação

Plano Nacional de Logística dos Transportes – PNLT


O PNLT significa a volta do planejamento a médio-longo prazo para o setor,
dotando-o de uma estrutura de gestão, servindo de base para a formulação
dos Plano Pluri-Anuais do governo federal.
Aponta recomendações de caráter institucional e identifica um portfólio de
projetos prioritários e estruturais. Entre suas diretrizes, cita-se: “forte
compromisso com a preservação do meio ambiente (ZEE), com a evolução
tecnológica e com a racionalização energética”.
Entre seus objetivos, tem-se: levantar dados de interesse do setor, tanto na
parte de oferta, como na de demanda, com base em um sistema de
informações geo-referenciado; considerar os custos de toda a cadeia logística
visando à otimização e redução dos mesmos; aprimorar a matriz de
transporte de cargas no País, fomentando o aumento dos modais ferroviário e
aquaviário, que possuem maior eficiência energética comparada, com
vantagens em deslocamentos de maior distância e peso total de carga.
Foi dada ênfase a projetos de adequação e expansão dos sistemas ferroviário
e aquaviário (navegação interior, cabotagem e longo curso), buscando sua
melhor integração com o modal rodoviário - que será objeto de restauração,
manutenção e construção - através do carregamento e distribuição de ponta
nos terminais de integração e transbordo, bem como para o transporte de
cargas de maior calor específico.
Busca-se, em um horizonte de 15 a 20 anos, aumentar a participação do
modal de cargas ferroviário dos atuais 25% para 32%, e do aquaviário de 13
% para 29%. Os modais dutoviário e aéreo aumentariam para 5% e 1% da
matriz de transportes respectivamente e o rodoviário cairia dos atuais 58%
para 33%.
Os demais objetivos dizem respeito a: preservação ambiental, buscando-se
respeitar as áreas de restrição e controle de uso do solo, tanto na produção
de bens como na implantação de infra-estrutura; avanço nas evoluções
científicas e tecnológicas, como uso de tecnologia da informação e da
comunicação nos serviços de transporte, buscando maximizar sua
produtividade, inclusive no tocante ao consumo energético – grande fonte de
custos do setor, levando a ganhos ambientais intrínsecos, como redução de
emissões de GEE.
Outros são atinentes ao aumento da integração regional sul-americana,
redução de desigualdades regionais em áreas carentes de investimentos,
indução ao desenvolvimento de áreas de expansão de fronteira agrícola e
mineral, como no Centro-Oeste, e aumento da eficiência produtiva em áreas
consolidadas, com uso de duplicações de vias por exemplo.
O Sumário Executivo do PNLT cita o montante de investimento recomendado
à infra-estrutura de transporte até 2023 de aproximadamente R$172 bilhões,
sendo a maior parte (43%) destinada ao modal rodoviário, com o segundo
lugar cabendo ao ferroviário (29,4%).
Entre as recomendações para o aperfeiçoamento do PNLT incluem-se: estudo
complementar sobre o transporte de passageiros, que apresenta crescimento
substancial (12% ao ano) do modal aéreo, porém insustentável a longo prazo,
enquanto o modal ferroviário encontra-se estagnado; e a elaboração de
análises ambientais estratégicas em algumas regiões do País, como entornos
metropolitanos, que podem sofrer impactos sinérgicos decorrentes do
acúmulo de projetos.

3. Possibilidades de Adaptação à Mudança do Clima

A adaptação pode ser definida como uma série de respostas aos impactos
atuais e potenciais da mudança climática, com objetivo de minimizar
possíveis danos e aproveitar as oportunidades. A capacidade de adaptação
de um sistema depende basicamente de duas variáveis: a vulnerabilidade,
que é reflexo do grau de suscetibilidade do sistema para lidar com os efeitos
adversos da mudança climática, e da resiliência, ou seja, da habilidade do
sistema em absorver impactos preservando a mesma estrutura básica e os
mesmos meios de funcionamento.
Em outras palavras, quanto menores forem as vulnerabilidades de um
sistema e maior for a sua capacidade de auto-organização (resiliência),
melhores serão as condições de adaptação desse sistema aos efeitos da
mudança do clima.
As medidas de adaptação podem ser adotadas em resposta a um efeito já
percebido (natureza reativa) ou em resposta a um cenário (sócio-econômico
e/ou climático) previamente estabelecido (natureza pró-ativa). A Convenção
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, não obstante atuar em ambas
as vertentes da adaptação, incentiva fortemente a adoção de medidas
preventivas, que possam minimizar, ou mesmo inibir totalmente, os impactos
projetados.
De qualquer modo, a adaptação será necessária para tratar os impactos
provocados pelo aquecimento que já não pode ser evitado, por ser
decorrente das emissões passadas. O Painel Intergovernamental de Mudança
do Clima, o IPCC1 afirmou, em seu Quarto Relatório, que emissões passadas
causarão inevitavelmente um aumento de temperatura de mais de 0,6°C até
o final do século, mesmo que as concentrações atmosféricas de gases de
efeito estufa permaneçam nos níveis do ano 2000: “nem mesmo os esforços
mais rigorosos de mitigação conseguiriam evitar certos impactos da
mudança do clima nas próximas décadas, o que torna a adaptação essencial.
É provável que a mudança do clima não mitigada supere, em longo prazo, a
capacidade de adaptação dos sistemas naturais, manejados e humanos”.
As ações de adaptação - ao contrário da mitigação, que tem seus resultados
refletidos em níveis globais - são percebidas, normalmente, no local onde
acontecem, o que acaba conferindo à adaptação um elevado grau de
especificidade, dificultando que ações de adaptação tomadas em
determinado local sejam fielmente replicadas em outras regiões do globo que
possuem características sócio-econômicas e ambientais distintas. O alvo de
medidas de adaptação varia de acordo com o método adotado e pode se
referir a um país inteiro, a um estado, município, região, bacia hidrográfica. A
escolha dessas medidas vai depender dos impactos percebidos, das
vulnerabilidades (sócio-econômicas e climáticas) e das práticas (de
adaptação) já adotadas.
De forma geral, as populações mais pobres e com piores índices de
desenvolvimento são as mais vulneráveis à mudança do clima, a qual vem
intensificar problemas ambientais, sociais e econômicos já existentes. A
adaptação passa, portanto, por promover melhores condições de moradia,
alimentação, saúde, educação, emprego, enfim, de vida, levando em
consideração a interação entre todos os aspectos e características locais,
inclusive as ambientais. É consenso entre os estudiosos que a promoção do
desenvolvimento sustentável é o modo mais efetivo de aumentar a
resiliência à mudança climática.
Nesse contexto, classifica-se a adaptação em: i) adaptação antecipada:
adaptação realizada antes de que os impactos da mudança do clima sejam
observados; também referida como adaptação pró-ativa; ii) adaptação
autônoma: adaptação que não constitui uma resposta consciente ao estímulo
climático, mas é desencadeada por mudanças ecológicas nos sistemas
naturais e por mudanças de mercado ou no comportamento dos sistemas
humanos; também referida como adaptação espontânea; iii) adaptação
planejada: adaptação que é um resultado da deliberação de uma decisão
política, baseada no conhecimento de que condições estão alteradas ou
estão próximas de se alterarem e que uma ação é requerida para retornar ao,
manter ou adquirir um estado desejável.
A adoção de medidas de adaptação à mudança do clima requer a aplicação
de métodos específicos, minimamente consolidados, que permitam a
consecução de seus objetivos. Planos de adaptação de outros países
mostram que o processo de planejamento para adaptação deve ser
trabalhado sob duas perspectivas distintas: a top down e a bottom up, ao
passo que o resultado final deve ser uma combinação das duas abordagens.
A abordagem top down permite que o problema seja trabalhado de forma
centralizada, propondo regulamentações e normas. Nessa abordagem são
realizadas projeções baseadas em cenários climáticos, utilizando variáveis e
indicadores locais para o estabelecimento de estratégias de ação. Por outro
lado, na abordagem bottom up parte-se das vulnerabilidades já identificadas
e, com a participação da comunidade, elege-se a melhor estratégia de
adaptação. Trata-se, portanto, de um processo descentralizado de
planejamento.
O Brasil possui uma rica legislação ambiental, tida como modelo e referência
para muitos países. Nela estão previstas importantes ferramentas de
planejamento territorial, licenciamento ambiental e fiscalização. O
cumprimento desse arcabouço legal, por si só, seria capaz de minimizar e até
mesmo evitar os efeitos advindos com a mudança do clima.
Vale dizer, por fim, que não há ainda cenários climáticos capazes de
direcionar o processo de adaptação. Esses cenários estão sendo construídos
pelo INPE e MCT e devem ser disponibilizados a partir de 2009. Até lá, há
que se iniciar a implementação de medidas de adaptação a partir das
vulnerabilidades já identificadas, a partir de cenários sócio-econômicos,
perfeitamente compatíveis com o estudo em apreço, bem como a partir de
importantes estudos acadêmicos e científicos que vêm sendo elaborados no
país. Dessa forma, muito se pode fazer na tentativa de reduzir os impactos e
aumentar a resiliência das comunidades, garantindo, assim, melhores
condições de adaptação à mudança do clima.
Nesse contexto, a adaptação deve ser trabalhada em dois níveis:
• Construção da capacidade de adaptação: gerando informações e
condições (regulamentar, institucional e gerencial) para apoiar a
adaptação, o que inclui o conhecimento dos impactos potenciais
da mudança do clima e das opções de adaptação.
 Implementação de medidas de adaptação: realizando ações que
reduzam a vulnerabilidade ou que explorem as oportunidades
originadas da mudança do clima, incluindo investimentos em
infraestrutura, sistemas de gestão de riscos, promoção da
informação e aumento da capacidade institucional. Alguns
exemplos de medidas de adaptação incluem: avaliação das
vulnerabilidades, desenvolvimento de sistemas de alerta,
investimentos em estruturas contra enchentes e em
abastecimento humano de água.

Dito isso, conclui-se que, partindo das vulnerabilidades já conhecidas e dos


cenários climáticos globais descritos pelo 4° Relatório, pode-se iniciar um
processo de planejamento e implementação de medidas de adaptação no
Brasil. Os cenários sócio-econômicos, como já foi dito, é também uma
poderosa ferramenta para seleção de medidas prioritárias de adaptação.
Ressalta-se o papel do Grupo de Trabalho Impactos das Mudanças Climáticas
no Brasil e o Papel do CONAMA na Adoção de Medidas de Adaptação na
identificação de algumas possíveis medidas setoriais de adaptação.

3.1 Principais Estudos sobre Vulnerabilidade Realizados no


Brasil

a) costa
Estudo de Vulnerabilidades no Litoral do Estado do Rio de Janeiro
Devido às Mudanças Climáticas

A Universidade Federal do Rio de Janeiro através da Área de Engenharia


Costeira & Oceanográfica do Programa de Engenharia Oceânica da COPPE e
do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica
desenvolveram o estudo de Vulnerabilidades no Litoral do Estado do Rio de
Janeiro Devido às Mudanças Climáticas.

O objetivo geral do estudo foi discutir as potenciais vulnerabilidades às


mudanças climáticas dos variados tipos de zonas costeiras do Estado do Rio
de Janeiro, ERJ, com prognósticos para 2050 e 2100, e recomendar medidas
para remediação de áreas já impactadas, além de possíveis medidas de
adaptação e mitigação no contexto de prognósticos. Especificamente, o
trabalho desenvolvido apresenta dados e análises, conclusões e
recomendações objetivando fornecer informações e recomendações, sob a
ótica da Engenharia Costeira, para a compreensão da nova dinâmica a ser
vivenciada pelo litoral do Estado do Rio de Janeiro considerando um cenário
com tendência de mudanças climáticas e possível sobre-elevação do nível
médio relativo do mar, aumento de extremos climáticos e possível alteração
na direção de propagação das ondas incidentes no litoral.

Com base em dados existentes, foi feito um diagnóstico da situação vigente


no litoral do Brasil e, em particular, no litoral do ERJ. Com base em
estimativas do IPCC e de análises de dados existentes no ERJ, relativos a
elevação do nível médio do mar, aumento de extremos climáticos e
alterações na circulação atmosférica, foram feitos prognósticos tipificando
possíveis efeitos em diferentes compartimentos costeiros. Foram utilizados
modelos computacionais para exemplificar mudanças de níveis de maré na
Baía de Guanabara. Foram detalhadas as principais ações de Engenharia
Costeira que podem ser utilizadas para intervenções de remediação,
mitigação e adaptação.

Em linhas gerais o trabalho apresentou:


1. Visão Geral sobre o Litoral do Brasil, apresentando panoramas 1986-
1996; 1997-2007 e futuro.
2. Visão Geral sobre o Litoral do Estado do Rio de Janeiro, apresentando:
a. Caracterização Morfológica da Zona Costeira,
b. Tendência do Nível Médio do Mar no ERJ
c. Clima de Ondas
3. Discussão e recomendações sobre intervenções de engenharia,
analisando os principais efeitos das mudanças climáticas nas zonas
costeiras de forma isolada e de forma cumulativa em sinergia, e
descrevendo ações de engenharia para prevenção,remediação e
adaptação.

b) biodiversidade

O estudo Mudanças Climáticas Globais e seus Efeitos sobre a Biodiversidade -


Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o
território brasileiro ao longo do Século XXI”, executado pelo CPTEC/INPE, em
colaboração com IAG/USP e FBDS (Fundação Brasileira de Desenvolvimento
Sustentável), fez uma análise de possíveis cenários sobre os ecossistemas
com base em estudos observacionais e de modelagem da variabilidade
climática no Brasil, com demonstração das tendências climáticas observadas
desde o início do século XX e as projeções climáticas para o século XXI,
adotando os parâmetros precipitação, temperatura, descarga fluvial e
extremos climáticos.

Segundo o estudo, impactos do clima no Brasil poderiam resultar em:


savanização da floresta Amazônica, com o aumento da temperatura podendo
chegar até a 8ºC no cenário pessimista A2 do IPCC até o final do século.

c) setor elétrico

O Estudo Mudanças Climáticas e Segurança Energética no Brasil executado


pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em
Engenharia, PPE/COPPE/UFRJ fez uma análise dos possíveis efeitos das
mudanças climáticas sobre a oferta e a demanda de energia, avaliou como o
sistema energético brasileiro, planejado para 2030, responderia às novas
condições climáticas projetadas para o períodos 2071 a 2100 e apontaou
medidas de política energética que poderiam ser adotadas para aliviar os
impactos negativos das mudanças climáticas

O Estudo conclui que:


• O sistema brasileiro de energia é vulnerável às mudanças climáticas.
Os resultados obtidos revelam uma tendência à perda de capacidade
de geração de energia de todas as fontes estudadas, em todas as
regiões, salvo a cana-de-açúcar.
• O impacto da mudança do clima global será mais intenso no Nordeste.
Caso se confirmem as projeções de alterações climáticas para o Brasil
no período 2071–2100, a região terá reduções importantes na
capacidade de geração de energia hidráulica, eólica e de biodiesel. A
produção de energia das usinas hidrelétricas da bacia do rio São
Francisco pode cair em até 7,7%. O potencial de energia eólica se
concentraria na costa, reduzindo-se no interior e afetando o total
nacional, que pode cair em até 60%. A produção de biodiesel no
Nordeste também seria prejudicada, principalmente por causa dos
impactos sobre os cultivos de soja e mamona, o que afetaria o
programa governamental de incentivo à agricultura familiar para
produção de biocombustíveis.
• A vulnerabilidade brasileira é acentuada pela grande e crescente
participação das fontes renováveis na matriz energética. Segundo a
EPE, em 2007 a participação dessas fontes era de 46,4%, contra 44,9%
em 2006. Quando se considera apenas a eletricidade, a participação é
ainda maior, com as hidrelétricas respondendo por 85,6% da oferta de
energia elétrica.
• Um segundo tipo de vulnerabilidade identificado por este estudo é a
escassez de dados e de ferramentas disponíveis para a avaliação dos
efeitos potenciais das mudanças climáticas sobre o setor de energia.

Dadas as incertezas inerentes ao clima, iniciar a adaptação do sistema


energético brasileiro à nova realidade é parte importante da segurança
energética do País. Assim, este estudo recomenda uma série de medidas
nesse sentido.

 criação de instrumentos de gestão da demanda para reduzir o


consumo de eletricidade e estimular a utilização de equipamentos com
maior eficiência energética e a adoção de mecanismos para a
conservação de biocombustíveis, principalmente biodiesel. O estímulo
à renovação da frota de caminhões e a adoção de políticas de
integração rodovia/ ferrovia são dois dos mecanismos sugeridos.
 Para o aumento da oferta de energia, são propostas diversas opções
de incentivo à produção de eletricidade com base em fontes
alternativas, como bagaço de cana-de-açúcar, resíduos sólidos urbanos
e energia eólica.
 Necessidade de novas pesquisas para ampliar o conhecimento sobre a
relação entre as mudanças climáticas e a produção e consumo de
energia no Brasil.
 Aperfeiçoamento das bases de dados e das ferramentas utilizadas no
setor energético para a realização de simulações e projeções, para que
se tornem mais apropriadas à investigação dos impactos da mudança
do clima sobre o setor.
Deve-se ressaltar que este trabalho é uma primeira incursão na tarefa de
quantificar e analisar um tema muito complexo. Várias suposições e
simplificações tiveram de ser feitas. Ainda assim, este estudo traz uma
contribuição importante para o conhecimento das vulnerabilidades e
incertezas a que o sistema energético brasileiro está exposto num cenário de
mudança do clima global.

d) agricultura
Segundo o estudo Aquecimento Global e a Nova Geografia da Produção
Agrícola no Brasil, Embrapa e Unicamp 2008, as mudanças do clima poderão
afetar a “geografia da produção nacional”. Com base nas projeções do
relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC, 2007,
regiões hoje produtoras podem, em 2020, deixar de ser, com deslocamento
de culturas ou mesmo redução das áreas chamadas de baixo risco de
produção. Um exemplo é a cultura do café que poderá se deslocar para o sul
do País.
O estudo avalia o impacto da mudança do clima na agricultura baseando-se
na tecnologia de Zoneamento de Risco Climático, programa desenvolvido
pelo MAPA e MDA, em cooperação com instituições científicas, que indica o
que plantar, onde plantar e quando plantar, abordando-se nove culturas,
conforme sua representatividade em termos de área plantada. Assim, foram
estudadas as culturas de algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, feijão,
girassol, mandioca, milho e soja, além de pastagens e gado de corte. Esse
Zoneamento foi transformado em política pública do setor, orientando toda a
estrutura de crédito agrícola do Brasil.
Foram utilizados dois cenários do IPCC: o cenário A2, mais pessimista, que
considera um aumento de temperatura de 2°C a 5,4°C até 2100, e o cenário
B2, mais otimista, que considera um aumento de temperatura de 1,4°C a
3,8°C até 2100. Partindo-se do Zoneamento de 2007 e considerando-se as
perspectivas de aumento de temperatura indicadas pelos cenários do IPCC,
foram simulados cenários agrícolas para o Brasil para os anos de 2010, 2020,
2050 e 2070. Para realizar as projeções utilizou-se o modelo climático Precis
(Providing Regional Climates for Impact Studies), desenvolvido pelo Hadley
Centre da Inglaterra. Este modelo trabalha com escalas de espaço mais
reduzidas, resolução 50 km x 50 km, indicando-se o que acontecerá até
mesmo em municípios pequenos.
O estudo apresentou o clima de cada município do País para estes anos, e
sua interferência na agricultura, excluindo-se o Estado do Amazonas,
Roraima, Amapá, Acre e Pará que possuem restrições ambientais e ainda não
estão contemplados pelo Zoneamento de Risco Agrícola. Espera-se que o
aumento de temperatura promova um aumento da evapotranspiração e,
consequentemente, aumente a deficiência hídrica, e a redução do risco de
geada. Isso resultará num aumento das áreas com alto risco climático na
maior parte do País. Dos nove produtos analisados, somente a cana-de-
açúcar e a mandioca não sofrerão redução de área. Entretanto, no caso da
cana-de-açúcar o aumento de áreas aptas também dependerá de um
aumento na necessidade de irrigação e para a mandioca, o aumento das
áreas de baixo risco estará relacionado a diminuição das geadas na região
Sul do País e da diminuição do excedente hídrico na Amazônia. Indicou-se
também o aumento das áreas de alto risco na região Nordeste, regiões do
Semi-árido e Agreste, com repercussão na segurança alimentar. Essa nova
dinâmica climática deve causar uma migração das culturas adaptadas ao
clima tropical para áreas mais ao sul do País e de altitudes maiores para
compensar a elevação da temperatura.
As previsões anteriores sobre os impactos da mudança do clima nas áreas de
potencial de produção agrícola brasileiras são confirmadas, pelo refinamento
e atualização de estudo feito pela Embrapa e pela Unicamp baseado no
relatório de 2001 do IPCC. Mantidas as condições atuais, sem ações de
mitigação e adaptação à mudança do clima, a perspetiva é de que a
produção de alimentos esteja ameaçada já em 2020 no Brasil, com um
prejuízo de até R$ 7 bilhões nesse ano. Isto aponta o caráter imediato do
problema, uma vez que, ao se utilizar dados do IPCC que consideram a
situação climática de 1990, estando estes dados ultrapassados, os danos que
se acredita que aconteçam no futuro já são realidade.
Os impactos econômicos foram calculados para cada cultura, com base nas
prováveis alterações nas áreas potenciais de plantio devido a elevação da
temperatura nos cenários A2 e B2. Como a produção é diretamente
proporcional a área cultivada, tem-se que um impacto na área refletirá na
produção e, conseqüentemente, no seu valor.
Observa-se que ao mesmo tempo em que a agricultura é vítima da mudança
do clima, ela também é responsável por parte das emissões de gases de
efeito estufa - GEE do País. Tendo em vista o crescimento do rebanho bovino
e da área plantada, espera-se que os números relacionados às emissões de
GEEs provenientes do setor agropecuário também aumentem.
Como medidas de adaptação o estudo indicou:
 Melhoramento genético e;
 Desenvolvimento de transgênicos adaptados a estresses
ambientais que tornem as plantas mais resistentes/adaptadas às
condições climáticas desfavoráveis.

3.2 Ações Voltadas à Adaptação

Combate à desertificação
O Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos
Efeitos da Seca (PAN) é um instrumento de planejamento que visa definir as
diretrizes e as principais ações para o combate e a prevenção do fenômeno
da desertificação nas regiões brasileiras com clima semi-árido e sub-úmido
seco. O programa vem sendo construído por meio de uma articulação que
envolve os poderes públicos e a sociedade civil, sob coordenação da
Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente (SRH/MMA).
Já foram identificadas as áreas susceptíveis á desertificação – ASD e
publicadas em um Atlas. Existem quatro núcleos (Gilbués, Seridó, Cabrobó e
Irauçuba) onde o grau de desertificação está se manifestando de forma bem
mais intensa que em outros locais das ASD.
A contribuição do PAN à mitigação do clima pode ser observada nas ações
que estão em curso. Está em fase de licitação de 20 pequenos projetos
(iniciativas locais de combate à desertificação) a serem implementados nas
ASD visando à convivência sustentável nas ASD. Está previsto no PPA
2008/2011 parceria com o Ministério da Minas e Energia para implantação de
projetos demonstrativos de geração de energia renovável nas áreas
susceptíveis à desertificação – ASD. O MMA apoiou o Governo do Estado do
Piauí na construção do primeiro Núcleo de Pesquisa em Recuperação de Solos
Degradados e Combate à Desertificação (NUPERADE), em Gilbués/PI. No
momento está sendo discutida a forma de sua utilização envolvendo o
governo federal, estadual, municipais e a sociedade civil. Está sendo
estabelecido com o Instituto Nacional do Semi-árido (INSA) uma parceria para
a definição de uma linha de pesquisa específica para o combate à
desertificação. Estão sendo estabelecidos convênios com os Estados visando
à elaboração dos Programas Estaduais de Combate à Desertificação.
Adicionalmente, está em fase de análise uma proposta de criação de uma
rede de pesquisadores liderada pela Universidade Federal Fluminense para a
produção de biocombustíveis no Semi-Árido (em áreas desertificadas) a partir
de biomassa de microalgas marinhas. Também está sendo elaborado em
parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) um sistema de
alerta precoce de secas e desertificação.

Mapeamento das Vulnerabilidades Urbanas em Face do Aquecimento


Global e Efeito Estufa. Trata-se de uma emenda parlamentar idealizada
com a finalidade de apoiar cidades em face dos efeitos danosos do
aquecimento global e das influências negativas do efeito estufa. Pretende-se
apoiar a administração de municípios em suas intervenções de interesse
preventivo e execução dos projetos e programas que visem mitigar os efeitos
danosos e adaptar as cidades ao aquecimento global.
4.Pesquisa e Desenvolvimento

4.1Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas


– Rede CLIMA

A Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede


CLIMA), foi instituída pelo MCT no final de 2007 e será supervisionada por um
Conselho Diretor, gerenciada por uma Secretaria-Executiva a qual será
exercida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e assessorada
por um Comitê Científico.

A Rede CLIMA tem como objetivos:

I - gerar e disseminar conhecimentos e tecnologias para que o Brasil possa


responder aos desafios representados pelas causas e efeitos das mudanças
climáticas globais;

II - produzir dados e informações necessárias ao apoio da diplomacia


brasileira nas negociações sobre o regime internacional de mudanças do
clima;

III - realizar estudos sobre os impactos das mudanças climáticas globais e


regionais no Brasil, com ênfase nas vulnerabilidades do País às mudanças
climáticas;

IV - estudar alternativas de adaptação dos sistemas sociais, econômicos e


naturais do Brasil às mudanças climáticas;

V - pesquisar os efeitos de mudanças no uso da terra e nos sistemas sociais,


econômicos e naturais nas emissões brasileiras de gases que contribuem
para as mudanças climáticas globais;

VI - contribuir para a formulação e acompanhamento de políticas públicas


sobre Mudanças Climáticas Globais no âmbito do território brasileiro.

Ao Conselho Diretor competirá, entre outras coisas, definir a agenda de


pesquisa da Rede, assessorado pelo Comitê Científico, promover a gestão da
REDE-CLIMA, tomando todas as decisões necessárias para o seu bom
funcionamento, ressalvadas as competências das instituições participantes, e
articular a integração da Rede, aos programas e políticas públicas na área de
Mudanças Climáticas Globais.

O Comitê Científico da Rede CLIMA será constituído por representantes das


sub-redes temáticas e por cientistas externos à Rede. Ele assessorará o
Conselho Diretor sobre temáticas de pesquisa e avaliação de resultados
científicos, além de elaborar editais de chamada de pesquisas.

Sub-Redes Temáticas
A concepção e o desenvolvimento da Rede CLIMA têm como características
de grande importância a participação de diversas instituições de ensino e
pesquisa no Brasil. Estas instituições estarão distribuídas nas diversas
regiões do Brasil buscando dessa maneira uma maior representatividade
local para a Rede, assim como potencializar a transferência das informações
geradas.

A Rede CLIMA será organizada e composta por sub-redes temáticas em áreas


consideradas prioritárias, as quais terão uma agenda científica estabelecida
pelo Conselho Diretor. Como constituição inicial, vários temas foram
selecionados para compor a Rede CLIMA e cada uma dessas sub-redes
temáticas será coordenada por uma insituição descrita abaixo e localizada
conforme a Figura_____.

Estão sendo sugeridas as seguintes sub-redes temáticas e as instituições que


exercerão a coordenação de cada uma delas.

Secretaria Executiva da Rede CLIMA (INPE, São José dos Campos)

Biodiversidade e Ecossistemas (MPEG, Belém)

Recursos Hídricos (UFPE, Recife)

Desenvolvimento Regional (UnB, Brasília)

Cidade (Unicamp, Campinas)

Energias Renováveis (COPPE / UFRJ, RJ)

Agricultura (EMBRAPA, Campinas)

Saúde (Fiocruz, RJ)

Economia das Mudanças Climáticas (USP, São Paulo)

Modelagem (INPE, São José dos Campos / Cachoeira Paulista)

Zonas Costeiras (FURG, Rio Grande)

A sub-rede de modelagem climática global será coordenada pelo recém-


estabelecido Centro de Ciência do Sistema Terrestre, do INPE, e contará com
o apoio, entre outras, das instituições descritas acima e exibidas na Figura 1,
com o objetivo principal de desenvolver um Modelo Climático Comunitário
Brasileiro. Outras instituições serão contatadas e convidadas para participar
desta sub-rede, como o LNCC, o IMPA-OS, etc.
Figura ____ – Localização das sub-redes temáticas da Rede Clima

Com o desenvolvimento da Rede CLIMA, outros temas poderão ser


agregados. As questões de aumento de conhecimentos de base científica,
impactos-adaptação-vulnerabilidade e de mitigação serão abordadas por
todas as sub-redes temáticas, além da questão de formação e capacitação de
pessoal científico e de difusão de informações.

As sub-redes temáticas ainda estão em fase de discussão, com a


implementação e aporte de recursos humanos, de infra-estrutura e
equipamentos dependentes da liberação do financiamento de projeto de
pesquisa aprovado pela FINEP no valor de R$ 10 milhões para viabilizar o
inicio prático de sua implementação.

Modelo Brasileiro do Sistema Climático e Novo Supercomputador da


Rede CLIMA

Para atingirmos a autonomia científica e tecnológica, são necessários


recursos de super-computação de ponta, para apoiar o desenvolvimento de
modelagem do sistema climático global, de modo a permitir que, num
intervalo de 4 a 5 anos, o Brasil disponha de um Modelo Brasileiro do
Sistema Climático Global para gerar cenários climáticos futuros e de
outras mudanças ambientais globais que embasem estudos de impactos-
adaptação-vulnerabilidade e mitigação com especificidades regionais e
apropriados para os interesses do País. Para cobrir esta lacuna, o MCT está
investindo R$ 35 milhões de reais do FNDCT e a FAPESP outros R$ 13 milhões
para a aquisição de um poderoso supercomputador. . Este novo
supercomputador funcionará como um Laboratório Nacional de
Supercomputação da Rede CLIMA, com acesso pleno por parte de todos os
integrantes desta Rede.

A Rede CLIMA irá propor e coordenar um novo sistema de observações de


mudanças climáticas, visando detectar e acompanhar como estão sendo
afetados os sistemas biológicos, incluindo agro-ecossistemas, e sistemas
físicos no País.

Disseminação da Informação da Rede CLIMA e Produtos Importantes

A Rede Clima pretende manter um portal na internet, gerenciado pela


Secretaria Executiva, como meio de interação entre seus pesquisadores e
divulgação das pesquisas e dos resultados obtidos. Cada sub-rede temática
realizará uma reunião anual de coordenação, planejamento de atividades e
discussão de avanços científicos.

Haverá uma reunião anual de coordenação entre as sub-redes temáticas.


Serão também realizadas oficinas de treinamento e discussão, reuniões entre
coordenadores regionais, cursos e palestras. Para estes eventos serão
convidados representantes dos diversos setores da sociedade local para que
sejam fóruns multidiscplinares de discussão e difusão dos conhecimentos da
Rede CLIMA.

A Rede CLIMA irá colaborar com outras entidades nacionais e internacionais


na elaboração regular de análise sobre o estado de conhecimento das
mudanças climáticas no Brasil, nos moldes dos relatórios do IPCC, porém com
análises setoriais mais especificas para a formulação de políticas públicas
nacionais e internacionais.

A cada 4 anos, a Rede CLIMA organizará uma grande conferência


nacional de mudanças climáticas, além de organizar conferências temáticas e
regionais com maior regularidade.
4.2 Estratégias para Aumentar a Participação das Fontes
Mais Limpas na Matriz Energética Brasileira para a Geração de
Energia e para a Produção Industrial
Bio-Óleo - É um líquido de alto conteúdo energético, produto da
condensação dos voláteis de qualquer biomassa vegetal. A conversão de
combustível sólido para líquido de valor agregado simplifica a infra-estrutura
de transporte e permite o múltiplo uso desse combustível. Pode ser tanto
utilizado como energético para geração de energia, quanto como insumo
para a indústria química, e em ambos os casos deslocando o consumo de
petróleo. Protótipos demonstrativos foram implementados em escala
laboratorial, precisando agora evoluir para unidades em escala comercial.
Hidrogênio - De uma forma geral, os compostos orgânicos considerados
como insumos químicos para processos de geração de hidrogênio em larga
escala são também utilizados como insumos energéticos, como é o caso do
uso do etanol, das biomassas, do biogás e do gás natural, sendo necessário,
no caso da água, um insumo energético de outra natureza, que, em geral, é
eletricidade. As exceções dignas de nota são os processos biológicos (em
estágios de pesquisa e desenvolvimento), no qual pequenos organismos
vegetais ou animais são utilizados para a produção de hidrogênio como parte
de seus processos metabólicos.
No geral, a extração do hidrogênio de hidrocarbonetos ou água ainda é
dispendiosa e pode ser feita por meio de processos como gaseificação de
biomassa (tecnologia desenvolvida), reforma de gás natural ou
hidrocarbonetos leves (tecnologia desenvolvida, principalmente para
aplicações em grande escala), reforma de etanol (tecnologia em
desenvolvimento), hidrólise (eletrólise) da água (tecnologia desenvolvida,
mas apresenta balanço energético negativo) etc.
Praticamente, em todos os processos de produção de hidrogênio, uma etapa
crucial é a purificação da mistura gasosa rica em hidrogênio, a qual pode
representar um custo significativo em relação ao processo global. O potencial
do hidrogênio para utilização com fins energéticos é vasto, podendo ser
utilizado em células a combustível, turbinas a gás e motores de combustão
interna, mas existem limitações à sua utilização devido às condições atuais
de produção, armazenamento e distribuição.
Células a Combustível - Esta tecnologia possui potencial para impactar
todo o setor energético. Pela sua simplicidade de operação, ausência de
partes móveis, modularidade e elevada eficiência qualifica-se para uso na
geração distribuída chegando até o atendimento residencial. Por ser
compacta, pode até ser utilizada para a motorização de veículos leves e
pesados.
As células tipo PEM (membrana polimérica trocadora de prótons) já estão em
início de etapa de produção em série, mas ainda possuem como restrição o
alto custo e a necessidade de utilização de hidrogênio puro. A potencialidade
de remover ou reduzir essas barreiras está nas células a combustível de
óxido sólido, que podem usar hidrocarbonetos como combustível abrindo
oportunidade de consumir gás natural e etanol diretamente, bem como no
desenvolvimento de células a combustível do tipo PEM capazes de operar em
temperaturas mais elevadas que as atualmente consideradas.
Existe um intenso esforço mundial para o desenvolvimento dessa tecnologia.
O Brasil deverá se juntar nesse esforço, mas devido à sua capacidade de
financiamento, deverá concentrar-se na adaptação da tecnologia
internacional para atender as características dos energéticos brasileiros,
principalmente do etanol, seja desenvolvendo células a combustível em si
e/ou reformadores.

CCS – Captura e Estocagem do Carbono - A estratégia da Petrobrás prevê


investimentos em pesquisa, desenvolvimento e demonstração de tecnologias
limpas para a mitigação da mudança climática e redução do risco carbono de
suas atividades, incluindo tecnologias de seqüestro de carbono.
A captura e a estocagem de dióxido de carbono em formações geológicas é
uma técnica ainda objeto de pesquisas e avaliação em todo o mundo, que
poderá contribuir para a mitigação da mudança do clima global. A técnica
viabilizaria ainda o desenvolvimento de relações sinérgicas entre setores
industriais que são emissores geograficamente concentrados de CO2, tais
como os setores de siderurgia e de cimento, e, por exemplo, o setor petróleo
e gás, que dispõe dos reservatórios geológicos e do conhecimento
especializado para a captura do gás.
A magnitude das emissões de GEE, decorrentes do crescimento das
atividades da Petrobrás, nos próximos anos, poderá requerer a utilização de
tecnologias de mitigação em grande escala. Nesse sentido, a Agência
Internacional de Energia indica o seqüestro geológico de dióxido de carbono
como um dos elementos chave para o atendimento da demanda de
mitigação de GEE nessa escala. Ainda que as tecnologias necessárias ao
seqüestro geológico de carbono ofereçam um elevado potencial de mitigação
das emissões de gases de efeito estufa, o custo de sua utilização ainda é
muito elevado, o que requer muito investimento em desenvolvimento
tecnológico.
Em virtude da magnitude da mitigação de emissões de GEE a ser viabilizada
por tecnologia de captura e seqüestro geológico de carbono e dos
respectivos custos financeiros, devem ser encontradas formas de fomento
específicas para esta opção tecnológica.

4.3 Estudos sobre Emissões Antrópicas de Gases de Efeito


Estufa dos Reservatórios de Hidrelétricas
Desde a década de 1990, estudos realizados têm indicado que os
reservatórios de hidrelétricas podem estar contribuindo para a intensificação
do efeito estufa por meio da emissão de gases, como o dióxido de carbono
(CO2) e o metano (CH4).
De forma a investigar o assunto, desde 1992 têm sido realizados estudos
contratados pelas empresas concessionárias de geração. Por serem trabalhos
independentes, muitas vezes os resultados não puderam ser comparados.
Entretanto, estes estudos apresentaram importantes conclusões:
• grande variabilidade na intensidade das emissões, entre os diferentes
reservatórios estudados devido, possivelmente, aos diferentes parâmetros
utilizados: temperatura, profundidade de amostragem, regime diferenciado
de ventos, insolação, condições de qualidade da água e o regime de
operação do reservatório;
• baixa correlação entre as emissões e a idade do reservatório,
indicando que as emissões estão associadas à quantidade de matéria
orgânica vegetal afogada (biomassa terrestre inundada) e à matéria orgânica
proveniente de outras fontes provenientes da bacia de drenagem; e
• dificuldade de separação entre emissões antrópicas decorrentes do
alagamento produzido pelos reservatórios e as emissões naturais existentes
nos rios e lagos.
O mais recente desses estudos, realizado pela COPPE/UFRJ com o apoio da
Eletrobrás e do MCT, fez parte dos Relatórios de Referência para o 1º
Inventário Nacional de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito
Estufa – GEE para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima – CQNUMC, no setor de Mudança de Uso da Terra e Florestas. No
entanto, em função das constatações relatadas acima, os resultados
numéricos do estudo não foram contabilizados no Inventário. As diretrizes
atuais para a realização de Inventários Nacionais da CQNUMC para Países em
desenvolvimento não incluem a obrigatoriedade de relatar as emissões de
GEE de reservatórios de hidrelétricas.
Assim, considerando a grande variância dos dados obtidos nos estudos
realizados até o momento, foi detectada pelo setor elétrico a necessidade do
estabelecimento de diretrizes para o planejamento de estudos dessa
natureza, considerando os diferentes tipos, tamanho e localização dos
reservatórios de hidrelétricas no Brasil.
Com esse objetivo, o MME, entidade responsável pelas diretrizes da política
energética nacional, tem encabeçado uma iniciativa que visa organizar, de
forma estruturada, o avanço da pesquisa e o trabalho técnico na área de
emissões e remoções antrópicas de GEE em reservatórios de hidrelétricas, a
fim de aumentar o conhecimento dos processos envolvidos e padronizar os
métodos para avaliação dos fluxos dos GEE. Este trabalho está sendo
coordenado pelo MME, e será realizado em parceria com o Ministério de
Ciência e Tecnologia por meio do Fundo Setorial do Setor Elétrico – CT-ENERG,
utilizando recursos da contribuição mandatória deste fundo de pesquisa, e
tendo a FINEP como braço executivo.

4.4 Desenvolvimento a Biocombustíveis de Segunda


Geração (Material Lignocelulósico)

O histórico do setor energético brasileiro indica que a vocação brasileira para


obtenção de vantagem competitiva internacional está focada no
desenvolvimento de conversão de energia e produção de biocombustíveis,
ambos a partir de fontes renováveis.
Uma das tecnologias identificadas como prioritárias para desenvolvimento no
Brasil, é a da hidrólise de lignocelulósicos, e em particular, processos de
produção via catálise enzimática. Esta se caracteriza como uma alternativa
capaz de reduzir custos de produção do etanol, mantendo a liderança do País
em tecnologias de baixo custo, e possibilita o atendimento a uma demanda
crescente por este combustível, sem, no entanto, a necessidade de aumento
da área de produção de cana-de-açúcar.
O estímulo à Pesquisa e Desenvolvimento dessa tecnologia promove além da
redução dos custos do etanol, a diminuição da pressão ambiental dos
biocombustíveis, tão criticada nos últimos tempos, e permite-se a ampliação
da participação das biomassas na Matriz Energética Nacional.
A Petrobrás, por intermédio do CENPES, tem conduzido pesquisas em
biocombustíveis de 2ª geração a partir da utilização da celulose do bagaço de
cana-de-açúcar em uma planta piloto. Os resultados obtidos até o momento
permitem à empresa antever a possibilidade de construir uma planta em
escala comercial até o ano de 2011.

4.5 Economia das Mudanças Climáticas

O objetivo do estudo A Economia das Mudanças Climáticas no Brasil é


fazer uma avaliação econômica dos impactos que as mudanças
climáticas podem trazer ao País. Considerando-se os cenários A2 e B2
do IPCC para este fenômeno ao longo do século XXI, estão sendo
identificadas as principais vulnerabilidades da economia e da
sociedade brasileiras, além de estratégias custo-efetivas para lidar
com os riscos associados a esses cenários.

O Estudo pretende fazer uma avaliação econômica dos prováveis


impactos de diferentes cenários das mudanças climáticas no Brasil;
avaliar os prováveis impactos sociais de diferentes cenários de
mudanças climáticas; identificar estratégias de adaptação em setores
selecionados e avaliar seus custos e benefícios; fazer uma análise
econômica do potencial dos biocombustíveis no Brasil em termos de
oportunidades de substituição, exportações para os mercados
mundiais e exportação de tecnologias; e avaliar oportunidades
econômicas para a região amazônica em termos de mudanças
climáticas – redução das emissões, benefícios do desmatamento
evitado e, por fim, compensações entre interesses locais, nacionais e
globais.

As seguintes organizações estão elaborando os estudos setoriais que


compõe o estudo geral:

a) Modelos climáticos (construção de cenários de clima) –


CPTEC/INPE
Objetivo: Estimar o intervalo das possíveis projeções do clima
brasileiro nos próximos 100 anos em um nível de quadrados de
50km de latitude-longitude
b) Modelo de equilíbrio geral computacional (impactos da
mudança climática no PIB) – FIPE/USP
Objetivo: Examinar o impacto das mudanças climáticas na
economia brasileira baseando-se nas interações dos impactos e
respostas esperados em níveis local e setorial, além de outros
fatores macroeconômicos.
c) Disponibilidade de recursos hídricos – FDBS
Objetivo: examinar os impactos das mudanças climáticas nas
principais bacias hidrográficas do Brasil para avaliar os impactos na
confiabilidade energética, produtividade agrícola e ecossistemas.
d) Impactos econômicos na produção agrícola – IPEA
e) Objetivo: Examinar o impacto esperado das mudanças
climáticas no uso da terra, lucratividade e produtividade
agrícola, determinando os benefícios de diferentes respostas
de adaptação ao clima.
f) Mudanças na aptidão agrícola e custos associados à
adaptação de culturas –EMBRAPA / UNICAMP
Objetivo: Examinar o impacto esperado da mudança climática na
aptidão das culturas agrícolas.
g) Impactos na oferta e na demanda de energia –
PPE/COPPE/UFRJ
Objetivo: Examinar os impactos das mudanças climáticas na
confiabilidade da geração de hidroeletricidade e sobre outras fontes
de abastecimento energético, determinando os benefícios de
opções de resposta de adaptação ao clima
h) Uso da terra: competição entre alimentos, florestas e
biocombustíveis – IPEA
i) Objetivo: Examinar o impacto das mudanças climáticas em
termos de conflitos potenciais no uso da terra entre a oferta
de alimentos (agricultura), plantações destinadas à produção
de combustíveis (biocombustíveis) e terras com cobertura
florestal (meio ambiente).
j) Impactos na Biodiversidade – Universidade de Eastanglia
Objetivo: Examinar o impacto das mudanças climáticas na
biodiversidade da Amazônia;
k) Elevação do nível do mar – PENO/COPPE
Objetivo: examinar os impactos da elevação do nível do mar nas
regiões costeira
l) Impactos na migração e na saúde – CEDEPLAR/UFMG e FIOCRUZ
Objetivo: Examinar os impactos das mudanças climáticas na saúde
humana e nos padrões migratórios
l) Custos de redução do desmatamento na Amazônia – IPAM /
universidade de Eastanglia.
Objetivo: Avaliar os custos de compensação ao País pelo
desmatamento evitado

A Academia Brasileira das Ciências sedia o Comitê Consultivo do


estudo, composto por representantes eminentes da comunidade
científica e de pesquisa brasileira, juntamente com representantes do
governo brasileiro. O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas liderará
as consultas públicas sobre os principais resultados do estudo.

4.6 Low Carbon Country Study (ver nome em português)

O texto será enviado pelo Banco Mundial

4.7 GT Carvão (TAL) - Análise da Cadeia Produtiva do


Carvão Vegetal.

Esta em vias de contratação, um estudo que aO Estudo analisará a cadeia


produtiva da lenha e do carvão vegetal, proveniente de áreas de manejo
florestal e de desmatamentos nas seguintes áreas: (i) pólos siderúrgicos do
Pará e Maranhão – Pólo Siderúrgico de Carajás, Minas Gerais e Espírito Santo;
(ii) pólo produtor de carvão em MS; (iii) pólos cerâmicos, gesseiros e
cimenteiros da região Nordeste; (iiv) pólos cerâmicos da região Sudeste; (v)
regiões fornecedoras de matéria-prima para o consumo de lenha e carvão
como fontes diversas em todas as regiões; e (vi) o complexo de
esmagamento de soja (estados do PI, MS, MT, MA, TO, PA, GO, BA).

O estudo irá identificar Identifica a sistemática atual de avaliação e


monitoramento do consumo de carvão vegetal, bem como estuda a
correlação entre o desmatamento, o manejo florestal e a produção de carvão
vegetal no âmbito nacional. Tem como meta a elaboração, por parte do
MMA/IBAMA/SBF/SFB, do Plano de Ação Estratégico que contenha programas,
projetos, ações e políticas direcionadas ao uso sustentável, monitoramento e
controle dos recursos naturais na produção e utilização do carvão vegetal a
ser elaborado pelo.

5. Capacitação e Divulgação

5.1 Capacitação

“Kit Prefeito”: O Ministério do Meio Ambiente irá contratar serviços


especializados para a elaboração de manuais voltados à realização de
estudos de emissões e remoções antrópicas de gases de efeito estufa e à
elaboração de planos, programas, projetos e/ou ações locais relacionados à
mudança do clima.

Serão dois tipos de manuais. Um deles é o Manual de Procedimentos para a


realização de estudos de emissões e remoções antrópicas de gases de efeito
estufa. A partir da identificação de uma metodologia apropriada para o
estudo de emissões de gases de efeito estufa nos municípios, estabelecer
procedimentos para a realização de estudos de emissões e remoções
antrópicas de gases de efeito estufa pelos municípios, tendo como base os
setores da economia mais significativos em termos de emissões.
O outro designado Manual de Ações, contenha orientações para elaboração
de planos, programas, projetos e/ou ações municipais, no que diz respeito à
mitigação da mudança do clima (eixo 1) e à capacitação e divulgação (eixo 2)
, dentre elas:
• Meios para identificar ações ou medidas e seus respectivos
instrumentos atualmente implementados pelo município que, de
alguma forma, contribuam para os dois eixos de atuação acima
mencionados;
• Meios para identificar a necessidade de ações ou medidas específicas
para adequar ou fortalecer as ações mencionadas acima;
• Meios de sistematização das informações voltadas para o processo de
construção de planos, programas, projetos e/ou ações locais
relacionados à mudança do clima;
• Proposta de ações passíveis de serem implementadas pelos municípios
no âmbito dos setores constantes no Manual de Procedimentos;
• Levantamento de legislação e normas aplicáveis à regulamentação das
ações que tenham relação, direta ou indireta, com os planos,
programas, projetos e/ou ações locais associados à mudança do clima;
• Levantamento dos instrumentos necessários para execução das ações
propostas, incluindo planos, programas, projetos e ações no âmbito
federal ou estadual;
• Meios para identificação das oportunidades voltadas ao
desenvolvimento de atividades de projetos no âmbito do Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto.

Programa Agência Espacial Brasileira Escola:


A Agência Espacial Brasileira (AEB) criou o Programa AEB Escola, em 2003.
Por meio do AEB Escola, a AEB difunde as atividades espaciais brasileiras nas
escolas de ensino fundamental e médio do País e contribui para despertar o
interesse dos estudantes pela ciência e tecnologia, despertando talentos e
orientando vocações de nossos futuros cientistas e empreendedores. Com
base na experiência acumulada da AEB, voltada para a divulgação científica
nas escolas, o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) estabeleceu
parceria com a AEB, no sentido de se valer das ações do Programa AEB
Escola para cumprir uma das atribuições do FBMC, a qual corresponde à
conscientização da sociedade sobre as mudanças climáticas e suas
conseqüências, conforme recomendado pelo próprio Presidente Lula, durante
a reunião do Fórum de 30 de novembro de 2004.
Dentro desta perspectiva, o Programa AEB Escola tem desenvolvido as
seguintes ações:
• Formação continuada de professores, visando assegurar a
autosustentabilidade das ações de divulgação da temática espacial
e das mudanças climáticas nas escolas, tendo formado até 2007
1.002 (mil e dois) professores do ensino fundamental e médio,
totalizando 233.924 alunos potencialmente atendidos com esta
iniciativa;
• Produção e distribuição de material didático, com ênfase para a
ação em parceria com o Ministério da Educação (MEC), por meio da
qual estão sendo produzidos 3 livros sobre Astronomia, Astronáutica
e Mudanças Climáticas que integrarão a Coleção Explorando o
Ensino, daquele Ministério. Está prevista a publicação e distribuição
de 200 mil exemplares pelo MEC para escolas do País ainda em
2008. Nesse âmbito, vale citar, também, a produção e distribuição
de CDs interativos, inclusive sobre Mudanças Climáticas, no formato
e-learning em parceria com o CPTEC/INPE, de qualidade
reconhecida nacional e internacionalmente;
• Participação em eventos de divulgação científica, tais como feiras
em escolas, Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC), Reunião Anual da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT),
Feira de Ciências de Natal e Salvador, Simpósio Regional de
Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto do Sergipe;
• Realização anual da Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Astronáutica (OBA), em parceria com a SAB, tendo por objetivo
divulgar a astronomia e as atividades espaciais do Brasil e do
mundo nas escolas do País. Em 2008 foram alcançados quase meio
milhão de estudantes com esta iniciativa.
O Programa AEB Escola tem reconhecimento nacional e internacional, e
atraiu o interesse da mídia. No âmbito de sua participação em eventos
internacionais, vale destacar: Apresentação do Programa pela Unesco Brasil
na Unesco França, em 2006, por meio de exposição de painéis, em
comemoração ao Ano do Brasil na França; participação no 58o IAC Congress
of the International Astronautic Federation (IAF); Participação no
Campamientos Espaciales, no Equador em 2008; Apresentação do Programa
na 51a Sessão do Comitê para os Usos Pacíficos do Espaço Exterior (Copuos),
órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) em Viena, Áustria em 2008.

Em função do sucesso alcançado com os resultados de suas ações, o


Programa AEB Escola abriu ainda mais suas portas e estabeleceu parcerias
junto a organismos nacionais, visando a expansão de todas as suas ações em
escala nacional, bem como junto a organismos internacionais, estreitando
contatos com diferentes instituições dos seguintes Países: Argentina, Bolívia,
Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguay, Peru, Uruguay e Venezuela. Por
ser o Brasil o único País da América Latina a possuir um programa
estruturado em educação espacial, está sendo oferecido a esses Países o
apoio do Programa AEB Escola para programas locais em educação espacial,
com ênfase para a disponibilização do material didático produzido pelo
Programa que será traduzido para o espanhol, além da proposta, em
discussão, da I Olimpíada Panamericana de Astronomia e Astronáutica (OPA).
A OPA será realizada em 2009, em comemoração ao Ano Internacional de
Astronomia, a partir da organização de olimpíadas nacionais nesses Países,
com base nos 11 anos de experiência acumulada pelo Brasil na organização
da OBA.

5.2 Ações da FBMC – MMA vai inserir texto

5.3 FBOMS MMA vai inserir texto

5.4 Forum dos Índios MMA vai inserir texto

5.5 – Secretaria de Comunicação da Presidência da


República MMA vai inserir texto

5.6 – Ações de Educação Ambiental MMA vai inserir texto

6. Instrumentos para Implementação das Ações

6.1 Econômicos

O Plano não estabelece instrumentos específicos de apoio financeiro,


porém são destacadas as iniciativas de reversão do quadro de exploração
predatória para o uso sustentável a partir dos instrumentos crédito e
financiamento.

Esses instrumentos de apoio se configuraram na forma de crédito e


financiamento a atividades rurais voltadas inicialmente para a produção
florestal, porém contribuem substancialmente para a criação de cultura
de produção sustentável. A história mais recente do apoio as ações
sustentáveis no segmento de atividades florestais no âmbito da
propriedade rural aconteceu da seguinte forma: a) em 1965 foi editada a
Lei de 5.147, que estabelecia uma política de incentivos fiscais com base
na renuncia fiscal atendendo o plantio florestal empresarial. Essa política
de incentivos permitiu o crescimento da atividade de cultivo florestal
destinado essencialmente para os setores de papel, celulose, carvão
vegetal e resinas, retirando esses setores da produção de uso predatório
da floresta e incorporando ao sistema de produção cerca de 6 milhões de
hectares de florestas produtivas. Essa política de apoio por meio de
incentivos fiscais, foi encerrada em 1985; e b) no ano de 2000, foram
criadas linhas de crédito e financiamento especificas para o setor florestal
por meio dos PROGRAMAS PRONAF FLORESTAL e PROFLORA. Portanto, o
sistema de crédito na área rural brasileira nunca havia, até o ano de 2000,
criado oportunidades de recursos na forma de crédito e financiamento
para atividade florestal.

Essa nova situação criada a partir de 2000, culminou com a criação de


instrumento de crédito e financiamento que atendessem à produção
sustentável dos recursos florestais, tem como marcos principais a criação
do Programa de Plantio Comercial de Florestas – PROPFLORA com a
coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e
gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES, e dos instrumentos de incentivos no âmbito dos Fundos
Constitucionais (FCO– PRONATUREZA, FNE VERDE e FNO Florestas) e do
PRONAF Florestal – dos Ministérios do Meio Ambiente e do
Desenvolvimento Agrário. A partir dessas experiências foram criados
outros mecanismos que contribuem com as práticas sustentáveis nas
propriedades rurais.

Assim o credito e o financiamento tem papel fundamental para que os


proprietários rurais possam conciliar o uso dos solos em suas
propriedades e contribuam com o processo de proteção dos recursos
naturais.

A trajetória de mais de 15 anos do MMA apoiando projetos e ações


coletivas de interesse social, que interferem na relação de uso e produção
sustentável, permitem garantir um acumulado conhecimento nas formas
de acessar recursos naturais voltadas para o desenvolvimento
sustentável. No campo da gestão dos recursos florestais as ações foram
pioneiras no sentido de promover o fomento, a assistência técnica e
difusão de tecnologias. Nesses 15 anos, o MMA, por meio de seus
instrumentos de apoio atuou basicamente com entidades, governos
estaduais e prefeituras apoiando milhares de projetos de uso e proteção
do patrimônio natural utilizando-se de recursos orçamentários,
empréstimos e doações para gerar resultados demonstrativos de práticas
sustentáveis.

Observa-se que os instrumentos, recém criados não são diretamente


geridos pelo Ministério do Meio Ambiente, responsável pelo
desenvolvimento de políticas públicas de uso sustentável dos recursos
naturais, em especial das florestas brasileiras. No entanto, determinam o
comprometimento de outros segmentos de gestão de políticas publicas no
comprometimento com as necessidades apontadas no Plano. Observa-se
também que a participação do MMA nos instrumentos existentes indica
uma ação de coadjuvante no processo de indução dos tomadores de
crédito (proprietários rurais – pequenos, médios e/ou grandes, ou
empresas ligadas ao segmento, grupos comunitários, etc). Essa atuação
do MMA, restrita as oportunidades no segmento de florestas, são
valorosas e prioritárias, tendo em vista que a proteção, a conservação e
uso sustentável da biodiversidade passa necessariamente pelo adequado
manejo de áreas nativas, o fomento e cultivo ou a recuperação áreas
degradadas com técnicas florestais. Destas práticas, derivam grandes
interesses econômicos e sociais associados a relevantes resultados
positivos do ponto de vista ambiental contribuindo para criar um elo
permanente entre a floresta e desenvolvimento sustentável, fatores
fundamentais para o Plano.

A participação do MMA, no processo de tomada destes créditos, além das


ações na preparação das políticas creditícias e na discussão e dos
respectivos ajustes, tem sido focada na assistência técnica e no
desenvolvimento de ações demonstrativas das potencialidades
sustentáveis da produção florestal. Com essas ações buscam demonstrar
a eficiência do manejo florestal, do plantio florestal, dos sistemas
agrosilvopastoris ou da produção extrativista não madeirável.

A contribuição do MMA, com essas práticas, permite um intenso e rico


relacionamento direto com os agentes que convivem com os problemas e
oportunidades que o meio ambiente pode gerar. Desta forma, e
considerando o crescente número de alternativas e oportunidades de
ações sustentáveis, que indicam o grande potencial de negócios junto as
florestas nativas ou plantadas brasileiras. Reforça ainda que a capacidade
de gestão de instrumentos de política florestal, diretamente ou por meio
de suas parcerias, é fator determinante para a criação de um instrumento
de crédito à produção florestal sustentável no âmbito do MMA, com
características e peculariedades do segmento de florestas (longos prazos
de maturação dos investimentos).

Os instrumentos de crédito e financiamento, criados, devem alcançar no


âmbito do Plano, os seguintes resultados:

a) promoção do uso sustentável de áreas florestais nativas para produção


de recursos – que alcança um universo das populações e comunidades
tradicionais, bem como o empresariado voltado para o manejo florestal –
tanto de concessões quanto de áreas privadas devidamente autorizadas;
b) promoção da recuperação de áreas degradadas – que alcança o
universo de produtores rurais comprometidos com a necessidade de
reversão do atual cenário das reservas legais ocupadas ou degradadas, ou
o cultivo econômico de florestas em áreas de uso alternativo do solo;
c) garantias de recuperação de áreas de preservação permanente – que
alcance o universo de produtores e gestores público municipais obrigados
a recuperar tais áreas na forma da lei (Código Florestal e Lei de Crimes
Ambientais);
d) promoção do fomento das ações de sistemas agrosilvopastoris com
tecnologia reconhecida – que alcança produtores rurais de todas as faixas
que desejam desenvolver ações para enriquecer e recuperar áreas
agrícola ou de pastagens degradadas;
e) produção sustentável de produtos não madeiráveis – que alcança
produtores, extrativistas e comunidades voltadas para a produção
sustentável de algumas espécies cuja cadeias produtivas sejam
reconhecidamente (por processo público ou por sistemas voluntários de
certificação) de interesse sócio-ambiental;
f) financiamento de parcerias – que alcancem os programas de fomento
florestal existentes entre empresas consumidoras de matéria-prima
florestal e produtores rurais;
g) aplicação de instrumentos de assistência técnica especifica para o
setor florestal.

Para viabilizar o financiamento de várias ações previstas no Plano, são


necessários aportes de recursos adicionais àqueles disponíveis nos
orçamentos dos órgãos públicos. As principais fontes de financiamento
aos setores considerados no Plano estão a seguir:

a) Fundos, Programas e Linhas de Crédito do BNDES

Resumo das Linhas, Fundos e Programas do BNDES relacionados às


atividades do Plano Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC)
a b
Financiament Objetivo Beneficiários Modalidade
o BNDES

ATIVIDADES RURAIS E FLORESTAS

Propflora Plantio comercial e Proprietários Indireta


recuperação de rurais reembolsável até
florestas nativas R$ 200 mil
Pronaf Eco Tecnologias Agricultores Indireta
ambientais familiares reembolsável até
R$ 36 mil
Refloresta Reflorestamento Proprietários Direta e indireta
com nativas rurais reembolsáveis

INOVAÇÃO

FUNTEC Desenvolvimento Instituição de Direta não


tecnológico e pesquisa; reembolsável
inovação nas áreas Centro
de energias Tecnológico;
renováveis, meio Empresa
ambiente e saúde
Capital Desenvolvimento da Empresas Direta
Inovador capacidade de (financiamento e/ou
inovação de participação
empresas acionária)
reembolsável com
mínimo de R$ 1
milhão
Inovação Projetos de inovação Empresas Direta reembolsável
Tecnológica de produtos e (financiamento e/ou
processos participação
acionária) com
mínimo de R$ 1
milhão

ENERGIA, SANEAMENTO E TRANSPORTE

Proesco Eficiência ESCOs e Direta e Indireta


Energética empresas reembolsáveis
(consumidoras
ou de oferta
de energia)
Finem Investimentos em Empresas Direta reembolsável
infra-estrutura, acima de R$ 10
indústria, comércio milhões
e serviços

SÓCIOAMBIENTAL

Linha de Meio Saneamento Empresas Direta reembolsável


Ambiente Ambiental, MDL,
Sistemas de Gestão,
Ecoeficiência,
Reciclagem e
Recuperação de
áreas degradadas
Investimento Projetos e Empresas Direta reembolsável
Social programas sociais
no âmbito da
empresa e/ou das
comunidades
PMAE Modernização da Órgãos Direta reembolsável
Ambiental gestão e do Estaduais de
licenciamento Meio Ambiente
PMAT Modernização da Órgãos Direta reembolsável
gestão e do Municipais de
licenciamento Meio Ambiente
BNDES Empreendimentos Empresas Indireta
Automático energéticos e reembolsável até
ambientais R$ 10 milhões
FINAME Equipamentos com Empresas Indireta
maior eficiência reembolsável
energética e
ambiental
Cartão BNDES Equipamentos e Empresas Crédito rotativo até
insumos com maior R$ 750 mil
eficiência energética
e ambiental
BNDES Projetos do Empresas Participação
Desenvolvimen Mecanismo de acionária
to Limpo Desenvolvimento
(Fundos de Limpo
Carbono)
Fundo Atividades Empresas, Direta não
Amazônia econômicas centros de reembolsável
sustentáveis, C&T, pesquisa, UCs
Unid. Conservação e e instituições
modernização governamenta
institucional is
Fundos de Negócios Empresas Participação
Investimentos ambientais acionária
em
Participações
Notas: a) Descritos apenas os objetivos ligados aos temas do PNMC
b) Modalidade direta – via BNDES; modalidade indireta – via agente
financeiro

Para viabilizar o financiamento de várias ações previstas no Plano, são


necessários aportes de recursos adicionais àqueles disponíveis nos
orçamentos dos órgãos públicos. As principais fontes de financiamento
aos setores considerados no Plano estão a seguir:

a) Fundos, Programas e Linhas de Crédito do BNDES

Resumo das Linhas, Fundos e Programas do BNDES relacionados às


atividades do Plano Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC)
a b
Financiament Objetivo Beneficiários Modalidade
o BNDES

ATIVIDADES RURAIS E FLORESTAS

Propflora Plantio comercial e Proprietários Indireta


recuperação de rurais reembolsável até
florestas nativas R$ 200 mil
Pronaf Eco Tecnologias Agricultores Indireta
ambientais familiares reembolsável até
R$ 36 mil
Refloresta Reflorestamento Proprietários Direta e indireta
com nativas rurais reembolsáveis

INOVAÇÃO

FUNTEC Desenvolvimento Instituição de Direta não


tecnológico e pesquisa; reembolsável
inovação nas áreas Centro
de energias Tecnológico;
renováveis, meio Empresa
ambiente e saúde
Capital Desenvolvimento da Empresas Direta
Inovador capacidade de (financiamento e/ou
inovação de participação
empresas acionária)
reembolsável com
mínimo de R$ 1
milhão
Inovação Projetos de inovação Empresas Direta reembolsável
Tecnológica de produtos e (financiamento e/ou
processos participação
acionária) com
mínimo de R$ 1
milhão

ENERGIA, SANEAMENTO E TRANSPORTE

Proesco Eficiência ESCOs e Direta e Indireta


Energética empresas reembolsáveis
(consumidoras
ou de oferta
de energia)
Finem Investimentos em Empresas Direta reembolsável
infra-estrutura, acima de R$ 10
indústria, comércio milhões
e serviços

SÓCIOAMBIENTAL

Linha de Meio Saneamento Empresas Direta reembolsável


Ambiente Ambiental, MDL,
Sistemas de Gestão,
Ecoeficiência,
Reciclagem e
Recuperação de
áreas degradadas
Investimento Projetos e Empresas Direta reembolsável
Social programas sociais
no âmbito da
empresa e/ou das
comunidades
PMAE Modernização da Órgãos Direta reembolsável
Ambiental gestão e do Estaduais de
licenciamento Meio Ambiente
PMAT Modernização da Órgãos Direta reembolsável
gestão e do Municipais de
licenciamento Meio Ambiente
BNDES Empreendimentos Empresas Indireta
Automático energéticos e reembolsável até
ambientais R$ 10 milhões
FINAME Equipamentos com Empresas Indireta
maior eficiência reembolsável
energética e
ambiental
Cartão BNDES Equipamentos e Empresas Crédito rotativo até
insumos com maior R$ 750 mil
eficiência energética
e ambiental
BNDES Projetos do Empresas Participação
Desenvolvimen Mecanismo de acionária
to Limpo Desenvolvimento
(Fundos de Limpo
Carbono)
Fundo Atividades Empresas, Direta não
Amazônia econômicas centros de reembolsável
sustentáveis, C&T, pesquisa, UCs
Unid. Conservação e e instituições
modernização governamenta
institucional is
Fundos de Negócios Empresas Participação
Investimentos ambientais acionária
em
Participações
Notas: a) Descritos apenas os objetivos ligados aos temas do PNMC
b) Modalidade direta – via BNDES; modalidade indireta – via agente
financeiro

1. Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas -


PROPFLORA

Objetivos:

• Implantação e manutenção de florestas destinadas ao uso industrial;


• Recomposição e manutenção de áreas de preservação e reserva
florestal legal;
• Implantação e manutenção de espécies florestais para produção de
madeira destinada à queima no processo de secagem de produtos
agrícolas;
• Implantação de projetos silvipastoris (pecuária consorciada com
floresta) e agroflorestais (agricultura consorciada com floresta); e
• Implantação e manutenção de florestas de dendezeiros, destinadas à
produção de biocombustível.

Modalidade Operacional: Operações Indiretas reembolsáveis (realizadas


através das instituições financeiras credenciadas no BNDES)

Beneficiários: Produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas) e suas


associações e cooperativas

Itens Financiáveis:

• Investimentos fixos e semifixos, inclusive os relacionados ao sistema


de exploração denominado manejo florestal;
• Custeio associado ao projeto de investimento, limitado a 35% do valor
do investimento, relativo aos gastos de manutenção no segundo,
terceiro e quarto anos; e
• Despesas relacionadas ao uso de mão-de-obra própria, mediante
comprovação da aplicação dos recursos e apresentação de laudo de
assistência técnica; e
• Implantação de viveiros de mudas florestais.

Taxa de Juros: 6,75% a.a., incluído a remuneração da instituição financeira


credenciada de 3% a.a..

Nível de Participação: até 100%

Limite do financiamento: até R$ 200 mil por cliente

Prazo Total:

• Até 144 meses, incluída a carência até a data do primeiro corte,


acrescida de 6 meses e limitada a 96 meses, nos projetos de
implantação e manutenção de florestas destinadas ao uso industrial e
na produção de madeira destinada à queima no processo de secagem
de produtos agrícolas;
• Até 144 meses, incluída a carência de até 12 meses, nos projetos para
recomposição e manutenção de áreas de preservação e de reserva
florestal legal;
• Até 48 meses, incluída carência de até 18 meses nos outros projetos
para implantação de viveiros de mudas florestais.
2. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -
PRONAF ECO

Objetivo: Apoio financeiro a investimento de implantação, utilização e/ou


recuperação de tecnologias de energia renovável, tecnologias ambientais,
armazenamento hídrico, pequenos aproveitamentos hidroenergéticos,
silvicultura e adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez e
fertilidade do solo.

Modalidade Operacional: Operações indiretas reembolsáveis (realizadas


através das instituições financeiras credenciadas no BNDES)

Beneficiários: Pessoas Físicas enquadradas como Agricultores Familiares do


PRONAF, e desde que apresen tem proposta ou projeto técnico para
investimento em uma ou mais finalidades a seguir.

Finalidade: Implantar, utilizar e/ou recuperar:

• tecnologias de energia renovável, como o uso da energia solar, da


biomassa, eólica, mini-usinas de biocombustíveis e a substituição de
tecnologia de combustível fóssil por renovável nos equipamentos e
máquinas agrícolas;
• tecnologias ambientais, como estação de tratamentos de água, de
dejetos e efluentes, compostagem e reciclagem;
• armazenamento hídrico, como o uso de cisternas, barragens,
barragens subterrâneas, caixas d'água e outras estruturas de
armazenamento e distribuição, instalação, ligação e utilização de água;
• pequenos aproveitamentos hidroenergéticos;
• silvicultura, entendendo-se por silvicultura o ato de implantar ou
manter povoamentos florestais geradores de diferentes produtos,
madeireiros e não madeireiros;
• adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez e
fertilidade do solo, visando sua recuperação e melhoramento da
capacidade produtiva.
Taxa de Juros:1 a 5% a.a. dependendo do valor do financiamento
Prazo Total: 5 a 12 anos, dependendo da finalidade
Prazo de Carência: 2 a 8 anos, dependendo da finalidade
Nível de participação: até 100%
Limite do Financiamento: R$ 36 mil.

3. Apoio ao Reflorestamento - REFLORESTA


Objetivo: Financiamento ao plantio de espécies florestais nativas e/ou de
rápido crescimento
Modalidade Operacional: Operação não reembolsável, direta (realizada
diretamente com o BNDES) ou indireta (via agente financeiro)
Beneficiários: Empresas de base florestal que comprovem regularidade
ambiental (licenças, acordos de compromisso ambiental e acordos de
ajustamento de conduta, conforme o caso).

Itens Financiáveis:

• Investimentos nas atividades de plantio, reforma, rebrota e


manutenção em áreas próprias e de terceiros.
• Fomento florestal através da antecipação de receita na forma de
compra antecipada da madeira produzida em área de terceiros.
• Gastos para obtenção de Certificação Florestal

Taxa de Juros: Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES de


1,0% a.a. + Taxa de Risco de Crédito (até 3,57% a.a. para operações diretas
com BNDES, e de livre negociação para operações com agente financeiro)

Prazo Total: Até 108 meses, incluído o prazo de carência de até 84 meses
para espécies de rápido crescimento ativas ou exóticas; e até 180 meses,
para espécies nativas

Nível de Participação: Até 90% dos itens financiáveis para grandes


empresas e até 100% dos itens financiáveis para Micro, Pequenas e Médias
Empresas (MPMEs)

4. Fundo Tecnológico - FUNTEC

Objetivo: Apoiar financeiramente projetos que objetivam estimular o


desenvolvimento tecnológico e a inovação de interesse estratégico para o
País, em conformidade com os Programas e Políticas Públicas do Governo
Federal.

Modalidade Operacional: Operação direta não-reembolsável (realizada via


BNDES) limitada a 90% do valor total do projeto.
Beneficiários: Instituições Tecnológicas (IT) e Instituições de Apoio (IA) para
o desenvolvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e
inovação, com a interveniência de empresas participantes da pesquisa.
Considera-se:

• Instituição Tecnológica - IT: pessoa jurídica de direito público interno ou


entidade direta ou indiretamente por ela controlada ou pessoa jurídica de
direito privado sem fins lucrativos, que tenham por missão institucional,
dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de
caráter científico ou tecnológico, bem como desenvolvimento tecnológico.
• Instituições de apoio - IA: instituições criadas com a finalidade de dar
apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento
institucional, científico e tecnológico de interesse das instituições
estaduais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e
instituições criadas ao amparo da Lei no. 8.958, de 20/12/1994, que
possuam esta mesma finalidade; e
• Empresas participantes da pesquisa: pessoas jurídicas de direito público
ou privado, que exerçam atividade econômica diretamente ligada ao
escopo do desenvolvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento
tecnológico e inovação.

Finalidade: apoio a projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação


direcionados para:

• Energias renováveis, particularmente os desenvolvimentos tecnológicos


capazes de assegurar no longo prazo posição de destaque ou mesmo
liderança para o País nesta área;
• Meio ambiente, voltados a soluções para o controle de emissões
poluentes de veículos e de indústrias; e
• Saúde, especificamente princípios ativos e medicamentos para doenças
negligenciadas; fármacos que utilizem a técnica de DNA recombinante; e
o apoio à construção de infra-estrutura de inovação em saúde,
envolvendo biotérios, pesquisa pré-clínica e pesquisa clínica.

Itens apoiávei: são considerados itens apoiáveis necessários ao


desenvolvimento de projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovações
tecnológicas - P, D & I:

• Aquisição de equipamentos novos de pesquisa, produzidos no País,


necessários à realização do projeto de P, D & I;
• Aquisição de equipamentos novos de pesquisa, importados, quando não
houver similar produzido no País, necessários à realização do projeto de P,
D & I;
• Aquisição de software desenvolvido com tecnologia nacional ou, quando
não houver similar nacional, com tecnologia de procedência estrangeira,
necessário à realização do projeto de P, D & I;
• Despesas de internação relacionadas com projeto de P, D & I;
• Investimentos em obras, instalações físicas e infra-estrutura necessária à
realização do projeto de P, D & I;
• Aquisição de material de consumo e permanente utilizado no projeto de P,
D & I;
• Despesas com salários de equipe própria de P, D & I, quando permitido
pela legislação;
• Despesas com treinamento e capacitação tecnológica relacionadas ao
projeto de P, D & I;
• Despesas com viagens relacionadas ao projeto de P, D & I;
• Despesas com contratação de ensaios, testes, certificações, dentre
outros, no País e no exterior relacionadas ao projeto de P, D & I;
• Despesas com contratação de serviços técnicos, especializados e
consultoria externa, relacionadas ao projeto de P, D & I, limitadas a 30%
do valor do apoio ao projeto; e
• Despesas pré-operacionais e outras necessárias à introdução de inovação
tecnológicas provenientes do projetos de P, D & I no mercado, limitadas a
30% do valor do apoio ao projeto.

A aplicação dos recursos concedidos em finalidade diversa daquela prevista


no instrumento que formalizar a operação, bem como o descumprimento de
qualquer outra obrigação prevista nesse instrumento implicará em
inadimplemento e ensejará a devolução dos recursos concedidos corrigidos
pela taxa SELIC desde a data de sua liberação até a data da efetiva
devolução ao BNDES, acrescidos de multa de 10%.

5. Linha Capital Inovador (foco na empresa)

Objetivo: apoiar empresas no desenvolvimento de capacidade para


empreender atividades inovativas em caráter sistemático. Isso compreende
investimentos em capitais tangíveis, incluindo infra-estrutura física, e em
capitais intangíves (*). Tais investimentos deverão ser consistentes com as
estratégias de negócios das empresas e ser apresentados conforme modelo
de Plano de Investimento em Inovação (PII).

(*) Ativo não monetário, identificável sem substância física e usado no


fornecimento de bens e serviços, desde que: seja controlado pela empresa e
do qual sejam esperados benefícios econômicos futuros para a empresa –
conforme definição da International Accounting Standard 38, 1998.

Beneficiários: Empresas

Modalidade operacional: Operação direta reembolsável. O apoio poderá se


dar através de produto FINEM, da subscrição de valores mobiliários ou dos
dois produtos combinados (operação mista).

Valor mínimo para apoio: 1 milhão. No caso de operações mistas, o valor


mínimo de R$ 1 milhão deve ser entendido como a soma do montante
aplicada por cada instrumentos financeiros.
Valor máximo para apoio: R$ 200 milhões por grupo econômico, a cada 12
meses. Quando o pleito exceder esse montante, a diferença poderá ser
aportada através da subscrição de valores mobiliários.

Taxa de Juros - Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES de


0,0% a.a. + Taxa de Risco de Crédito (de 0,8%a.a. até 3,57% a.a.; e 0,0% a.a.
para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs)

Prazo: até 12 anos

Nível de Participação: até 100% dos itens financiáveis

6. Inovação Tecnológica (foco no projeto)

Objetivo: apoiar projetos de inovação de natureza tecnológica que busquem


o desenvolvimento de produtos e/ou processos novos ou significativamente
aprimorados (pelo menos para o mercado nacional) e que envolvam risco
tecnológico e oportunidades de mercado.

Modalidade operacional: Operação direta reembolsável. O apoio poderá se


dar através de produto FINEM, da subscrição de valores mobiliários ou dos
dois produtos combinados (operação mista).

Beneficiários: Empresas

Valor mínimo para apoio: 1 milhão. No caso de operações mistas, o valor


mínimo de R$ 1 milhão deve ser entendido como a soma do montante
aplicada por cada instrumentos financeiros.

Valor máximo para apoio: R$ 200 milhões por grupo econômico, a cada 12
meses. Quando o pleito exceder esse montante, a diferença poderá ser
aportada através da subscrição de valores mobiliários.

Taxa de Juros: 4,5% a.a.

Prazo: até 14 anos.

Nível de Participação: até 100% dos itens financiáveis.

7. Apoio a Projetos de Eficiência Energética - PROESCO

Objetivo: Apoiar projetos que comprovadamente contribuam para a


economia de energia, aumentem a eficiência global do sistema energético ou
promovam a substituição de combustíveis de origem fóssil por fontes
renováveis. Focos de ação:
• Iluminação;
• Motores;
• Otimização de Processos;
• Ar comprimido;
• Bombeamento;
• Ar condicionado e ventilação;
• Refrigeração e resfriamento;
• Produção e distribuição de vapor;
• Aquecimento;
• Automação e controle;
• Geração, transmissão e distribuição de energia;
• Gerenciamento energético;
• Melhoria da qualidade da energia, inclusive correção do fator de
potência;
• Redução da demanda no horário de ponta do consumo do sistema
elétrico, desde que não ocorram prejuízos ambientais.
Beneficiários:
• Empresas de Serviços de Conservação de Energia - ESCOs;
• Usuários finais de energia;
• Empresas de geração, transmissão e distibuição de energia.

Itens Financiáveis:

• Estudos e Projetos;
• Obras e Instalações;
• Máquinas e Equipamentos novos, fabricados no País, credenciados no
BNDES;
• Máquinas e Equipamentos importados, sem produção nacional e já
internalizados no mercado nacional, observado que:
o para unidades de valor até R$ 400 mil a comprovação da
inexistência de produção nacional será realizada de forma auto-
declaratória pela beneficiária;
o para unidades de valor superior a R$ 400 mil e para unidades do
segmento de geração de energia a comprovação da não
existência de produção nacional será realizada mediante
apresentação de parecer de entidade com reconhecida
expertise; e
o os financiamentos de máquinas e equipamentos importados
estão limitados a R$ 20 milhões para toda a linha, sendo vedada
para tal finalidade a utilização dos recursos do FAT e do Fundo
PIS-PASEP.
• Serviços Técnicos Especializados;
• Sistemas de Informação, Monitoramento, Controle e Fiscalização.

Itens não Financiáveis:

• Aquisição ou arrendamento de bens imóveis e benfeitorias;


• Aquisição de máquinas e equipamentos usados.
Modalidades Operacionais: A linha de financiamento a projetos do
PROESCO opera em três modalidades:

• operação direta com o BNDES;


• operação indireta não-automática, onde a instituição financeira
credenciada assume integralmente o valor financiado e os riscos de
crédito; e
• operação na modalidade de risco compartilhado entre o BNDES e as
instituições financeiras credenciadas (somente para ESCOs)

Nas operações de risco compartilhado, o BNDES poderá se responsabilizar


por até 80% do valor financiado e as instituições financeiras credenciadas
devem assumir participação mínima de 20%. Bancos autorizados para atuar
como Agente Financeiro Mandatário em operações de risco compartilhado:
Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e BDMG

Condições Financeiras:

Operações com Risco Compartilhado entre o BNDES e a Instituição


Financeira Credenciada Mandatária

Sobre a parcela com risco do BNDES: Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP)
+ Remuneração Básica do BNDES de 0,9% a.a. + Remuneração do Agente
Financeiro Mandatário de 1% a.a. + Remuneração por Assunção do BNDES de
3%
Sobre a parcela com risco do Agente Financeiro: Taxa de Juros = Custo
Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES de 0,9% a.a. +
Remuneração do Agente Financeiro Mandatário de 4% a.a.

Operações com Risco da Instituição Financeira Credenciada (Indireta


não-automática):

Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES de


0,9% a.a. + Remuneração do Agente Financeiro: a ser negociada pelo Agente
Financeiro, limitada a 4%

Operações Diretas:

Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES de


0,9% a.a. + Taxa de Risco de Crédito (de 0,8% a.a. até 3,57% a.a., conforme
o risco do beneficiário)

Prazo Total - Até 72 meses, incluído o prazo máximo de carência de até 24


meses.

Participação do BNDES - de 90% a 100% a.a., dependendo do nível de


renda e da localização do município
8. FINEM - Financiamento a Empreendimentos

Objetivo: Financiamentos de valor superior a R$ 10 milhões para a


realização de projetos de investimentos, visando a implantação, expansão da
capacidade produtiva e modernização de empresas, incluída a aquisição de
máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados pelo
BNDES, bem como a importação de maquinários novos, sem similar nacional
e capital de giro associado, operados diretamente com o BNDES ou através
das instituições financeiras credenciadas.

Beneficiários: Empresas

Finalidades: Projetos de energia, transportes, telecomunicacões e


saneamento ambiental

Apoio direto: Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP e/ou Cesta de Moedas
e/ou IPCA) + Remuneração Básica do BNDES de até 1,8% a.a. + Taxa de
Risco de Crédito (de 0,8% a.a. até 3,57% a.a., conforme o risco do
beneficiário)

Apoio indireto: Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP e/ou Cesta de


Moedas e/ou IPCA) + Remuneração Básica do BNDES de até 1,8% a.a. +
Remuneração do Agente Financeiro (a ser negociada com agente financeiro

Prazos: Determinado em função da capacidade de pagamento do


empreendimento, da empresa ou do grupo econômico.

Nível de Participação: variável de 60% a 100%

9. Linha de Meio Ambiente

Objetivo: Apoio a projetos ambientais que promovam o desenvolvimento


sustentável do País.

Beneficiários: Empresas

Finalidades:
Saneamento Ambiental - Projetos de coleta, tratamento e disposição final
de resíduos sólidos industriais, comerciais, domiciliares e hospitalares. Os
projetos deverão envolver os investimentos relacionados ao encerramento de
eventuais depósitos de lixo (‘lixões’) existentes na região. Projetos de água e
esgoto inseridos nos Programas de Comitês de Bacia Hidrográfica
Eco-eficiência: Racionalização do Uso de Recursos Naturais

• Redução do uso de recursos hídricos: tratamento, reuso e fechamento


de circuitos.
• Redução do consumo de energia na produção de bens e prestação de
serviços.
• Substituição de combustíveis de origem fóssil (óleo diesel e gasolina)
por fontes renováveis (biodiesel, etanol, energia hídrica, eólica ou
solar).
• Aumento da reciclagem interna e externa de materiais.
• Utilização voluntária de tecnologias mais limpas: sistemas de
prevenção, redução, controle e tratamento de resíduos industriais,
efluentes e emissões de poluentes.

Recuperação e Conservação de Ecossistemas e Biodiversidade

• Recuperação de matas ciliares e controle de erosão.


• Formação, recuperação, manutenção, preservação, monitoramento e
compensação de Áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação
Permanente.
• Projetos de turismo que contribuam para o desenvolvimento de
Unidades de Conservação de Proteção Integral e Reservas Particulares
do Patrimônio Natural integrantes do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza.
• Pesquisa de substâncias da natureza brasileira para desenvolvimento
de fármacos, cosméticos e especiarias.

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

• Estudo de viabilidade, custos de elaboração do projeto, Documento de


Concepção de Projeto (PDD) e demais custos relativos ao processo de
validação e registro.

Planejamento e Gestão

• Sistemas de gestão ambiental ou integrada; capacitação do corpo


técnico das empresas e constituição de unidade organizacional
dedicada às questões ambientais; certificações ambientais.
• Estudos de Impacto Ambiental e respectivas ações indicadas visando
prevenir ou mitigar os impactos ambientais.

Recuperação de Passivos Ambientais

• Recuperação de áreas degradadas, mineradas ou contaminadas, como:


deposições antigas, depósitos de resíduos sólidos ou aterros
abandonados, áreas de empréstimo, bota-fora, derramamento de
líquidos, óleos e graxas, percolação de substâncias nocivas, lençol
freático contaminado, presença de amianto ou de transformadores
com ascarel, áreas alteradas sujeitas a erosões e voçorocas, terras
salinizadas, áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação
Permanente degradadas ou utilizadas para outros fins.

Modalidades Operacionais

• Operação direta: realizada diretamente com o BNDES


• Operação indireta não-automática: realizada através de instituição
financeira credenciada

Apoio direto: Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica


do BNDES de 0,9% a.a. + Taxa de Risco de Crédito (de 0,8% a.a. até 3,57%
a.a. (conforme o risco do beneficiário)

Apoio indireto: Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração


Básica do BNDES de 0,9% a.a. + Remuneração do Agente Financeiro (a ser
negociada com agente financeiro

Nível de Participação: até 100% para projetos nos Municípios de Baixa


Renda ou de Média Renda Inferior localizados nas regiões Norte e Nordeste
(municípios de atuação da SUDENE); até 90% para projetos nos Municípios de
Média Renda Superior e Alta Renda das regiões Norte e Nordeste (municípios
de atuação da SUDENE) ou Municípios de Baixa Renda ou de Média Renda
Inferior das demais regiões do País; e até 80% para os projetos localizados
nos demais Municípios.

10. Investimentos Sociais de Empresas

Objetivo: Apoio a projetos destinados à implantação, expansão e


consolidação de projetos e programas de investimentos sociais realizados por
empresas ou em parceria com instituições públicas ou associações de fins
não-econômicos.

Modalidade operacional: Direta reembolsável (Subcrédito social vinculado


ao financiamento de projeto produtivo ou contrato específico de
financiamento para projeto ou programa de investimentos sociais.

Projetos Passíveis de Apoio: Projetos ou programas de investimentos


sociais que objetivem a elevação do grau de responsabilidade social
empresarial, voltados para a articulação e o fortalecimento de políticas
públicas desenvolvidas nos diferentes níveis federativos. Os investimentos
sociais, vinculados ou não a projetos econômicos, deverão estar voltados
para os seguintes grupos de ações:

• Âmbito da Empresa: ambiente interno ou corporativo - ações onde o


público-alvo são os empregados da empresa e seus dependentes ou
familiares, os empregados de fornecedores de insumos, materiais e
serviços ou clientes;
• Âmbito da Comunidade:
1. ambiente externo com influência local e microrregional - ações
que tenham como público-alvo as populações localizadas em
comunidades do entorno ou das áreas de influência geográfica
das empresas;
2. ambiente macrossocial - ações que beneficiem segmentos da
população nacional, não diretamente associados às iniciativas
empresariais ou em suas áreas de influência, que visem somar
esforços com programas e políticas sociais públicas.

Itens Financiáveis:

• Obras civis destinadas à instalação, expansão, reforma e outras


benfeitorias;
• Aquisição de máquinas, equipamentos e materiais permanentes;
• Serviços técnicos especializados, tecnologia da informação e
capacitação;
• Desenvolvimento, difusão e reaplicação de tecnologias sociais
aprimoradoras de políticas públicas.

Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES


(0,0% a.a. para projetos no âmbito da comunidade e de 0,9% a.a no âmbito
da empresa + Taxa de Risco de Crédito (1% a.a.)

Prazo: até 96 meses, incluindo carência de até 24 meses.

Nível de Participação:

• Para projetos no âmbito da Comunidade: De até 100%


Para projetos no âmbito da Empresa: de 80% a 100% a.a., dependendo do
nível de renda e da localização do município

11. Modernização da Administração das Receitas e da Gestão Fiscal,


Financeira e Patrimonial das Administrações Estaduais – foco no
PMAE Ambiental

Objetivo: Modernização dos Orgãos Estaduais de Meio Ambiente

Modalidade Operacional: Direta reembolsável

Beneficiários: Estados da Federação e Distrito Federal

Itens financiáveis:

• Tecnologia de Informação e de Comunicação e Equipamentos de


Informática: Aquisição de hardware, redes de computação e de
comunicação, inclusive aquisição e desenvolvimento de software e
sistemas de informação.
• Capacitação de Recursos Humanos: Cursos, seminários, programas
de treinamento e reciclagem funcional e realização de visitas
técnicas;
• Serviços Técnicos Especializados: Serviços para apoiar/desenvolver
atividades do projeto, inclusive sistemas de organização e gerência,
base cadastral e de tecnologia de informação;
• Equipamentos de Apoio à Fiscalização: Aquisição de equipamentos
de comunicação e outros bens móveis operacionais;
• Infra-estrutura Física: Adequação de ambientes físicos, através de
reforma e melhoria de instalações operacionais e de atendimento
ao contribuinte e população em geral, incluindo a construção de
novas instalações se comprovadamente necessária.

Taxa de Juros = Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES


de 0,9% a.a. + Taxa de Risco de Crédito (1% a.a.)

Prazos: até 96 meses, incluída a carência de até 36 meses

Nível de Participação: de 90% a 100% a.a., dependendo do nível de renda


e da localização do município

12. Programa BNDES Desenvolvimento Limpo

Objetivo: Selecionar gestores de Fundos de Carbono, que uma vez


constituídos têm a finalidade de investir em participações acionárias em
empresas que possam gerar créditos de carbono (Reduções Certificadas de
Emissões, ou outras formas de reduções de emissões, por exemplo, oriundas
do mercado voluntário de carbono

Modalidade Operacional: Participação acionária

Beneficiários: Empresas

13. Fundo Amazônia

Objetivo: Apoiar projetos que contribuam com a redução do desmatamento


e com o desenvolvimento sustentável na Amazônia

Modalidade Operacional: Direta não-reembolsável (recursos obtidos a


partir de doações nacionais e internacionais destinadas ao Fundo Amazônia

Linhas de ação:

• Gestão de florestas públicas e áreas potegidas;


• Controle, monitoramento e fiscalização ambiental;
• Manejo florestal sustentável;
• Atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da
floresta;
• Zoneamento Ecológico Econômico, ordenamento territorial e
regularização fundiária;
• Conservação e uso sustentávelda biodiversidade; e
• Recuperação de áreas desmatadas.

Beneficiários: Unidades de Conservação, instituições de governo federais,


estaduais e municipais, centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico,
empresas, ONGs, cooperativas

Para as seguintes linhas, programas e fundos, consultar www.bndes.gov.br:

BNDES Automático e FINAME - Financiamento na modalidade indireta


reembolsável;
Cartão BNDES - Crédito rotativo;
PMAT (apoio a administração municipal) – Programa de Modernização da
Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos; e
Fundos de Investimentos em Participações (FIP) – participação
acionária.

b) Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL

O Protocolo de Quioto, de forma a auxiliar as Partes do Anexo I (composto


basicamente por Países desenvolvidos signatários da Convenção do Clima) a
cumprir suas metas de redução ou limitação de emissões de gases de efeito
estufa, possui três mecanismos de flexibilização: Comércio de Emissões,
Implementação Conjunta e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL,
sendo este último o único mecanismo que permite a participação das Partes
do não-Anexo I (composto por Países em desenvolvimento).
Através do MDL, uma Parte do Anexo I pode comprar reduções certificadas de
emissões resultantes de atividades de projeto executadas em qualquer País
em desenvolvimento que tenha ratificado o Protocolo, desde que o governo
do País anfitrião concorde que a atividade de projeto é voluntária e contribui
para o desenvolvimento sustentável nacional.
Nesse contexto, o Brasil ocupa atualmente a terceira posição mundial, tanto
em número de projetos de MDL, como em potencial de redução de emissões
de gases de efeito estufa (GEE) por meio de projetos do MDL já em algum
estágio de desenvolvimento no mundo.
Segundo dados de relatório do MCT de 29 de julho de 2008, feito com base
em informações da UNFCCC, o Brasil possui 295 projetos em alguma fase do
ciclo do MDL - englobando as fases de validação, aprovação e registro. Essa
quantidade equivale a 8% do número de projetos no mundo nessa mesma
situação, cujo total é de 3562.
Já quanto à redução de emissões de GEE projetadas por meio do MDL no
mundo, o potencial brasileiro é de aproximadamente 306 milhões de
toneladas de dióxido de carbono equivalente - 7% do total mundial - para o
primeiro período de obtenção de créditos (no máximo 10 anos para projetos
de período fixo ou de 7 anos para projetos de período renovável).
Anualmente, esse potencial de redução é de aproximadamente 40 milhões de
toneladas de dióxido de carbono equivalente.
Focando-se nos projetos de MDL no Brasil especificamente, temos que:
quanto ao tipo de gás de efeito estufa, a maior parte dos projetos, 67%, visa
à redução de CO2, seguido pelos de CH4 (gás metano), com 32%; quanto ao
número de projetos por escopo setorial, este é liderado por projetos de
energia renovável (49%), seguido pelos de suinocultura (16%).
Quanto ao número de projetos de MDL no Brasil por estado, o líder é São
Paulo (21%), estando Minas Gerais em segundo lugar (13%) e Rio Grande do
Sul em terceiro (10%), revelando uma predominância de projetos no Centro-
Sul do País.
Com o Plano Nacional de Mudança Climática, o Brasil que já tem papel de
destaque no MDL poderá aumentar ainda mais sua participação obtendo,
assim, ganhos tecnológicos e ambientais.

c) Fundo Nacional sobre Mudança Climática

Proposta de criação do Fundo Nacional sobre Mudança Climática


Com o intuito de prover os recursos financeiros para implementar a Política e
o Plano sobre Mudança do Clima, o Governo propõe a criação do Fundo
Nacional sobre Mudança do Clima. Este Fundo prevê que uma parcela dos
recursos provenientes da exploração e da produção do petróleo devem ser
utilizados como forma de evitar ou minimizar os danos ambientais causados
por essas atividades, notadamente aqueles associados à utilização desse
recurso natural como fonte energética que contribui para a geração de gases
de efeito estufa e conseqüente aquecimento global. Esse fenômeno tem na
queima de combustíveis fósseis a principal fonte de emissões mundiais de
gases de efeito estufa. Embora o Brasil apresente um cenário diferenciado de
emissões, com a queima de combustíveis fósseis contribuindo com uma
parcela menor em comparação com a mudança no uso da terra e florestas,
deve-se reconhecer a sua relevância para a totalidade das emissões
nacionais.
Dessa forma, nada mais justo que parte dos recursos necessários para a
efetiva implementação da Política e do Plano sejam oriundos dos lucros
advindos das atividades de exploração e produção de petróleo.
É importante destacar uma vez mais o ineditismo dessa ação brasileira na
tentativa de evitar ou minimizar a mudança do clima, fazendo com que um
dos causadores do problema contribua para a sua solução.
A instituição gestora será o Ministério do Meio Ambiente e BNDES, e
administração por Comitê Gestor.
Pela proposta, os recursos poderão ser utilizados de diferentes formas:
reembolsáveis mediante concessão de empréstimo, por intermédio do agente
financeiro; não reembolsáveis, a projetos ou estudos com foco em ações de
mitigação da mudança do clima ou de adaptação à mudança do clima e aos
seus efeitos, escolhidos segundo as diretrizes emanadas do Comitê Gestor do
FNMC. Esses recursos poderão ser aplicados diretamente pelo Ministério do
Meio Ambiente ou transferidos mediante convênios, termos de parceria,
acordos, ajustes, ou outros instrumentos previstos em lei; para pagamento ao
agente financeiro; e gastos em despesas relativas à administração, gestão e
utilização dos recursos do FNMC.
A origem dos recursos proposta no Projeto-de-Lei será de diferentes fontes:
até 60% (sessenta pontos percentuais) dos recursos de que trata o inciso II
do §2º do art. 50 da Lei 9.478, de 6 de agosto de 1997; dotações consignadas
na Lei Orçamentária Anual da União e em seus créditos adicionais; recursos
decorrentes de acordos, ajustes, contratos e convênios celebrados com
órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, distrital ou
municipal; doações realizadas por entidades nacionais e internacionais,
públicas ou privadas; empréstimos de instituições financeiras nacionais e
internacionais; recursos diversos previstos em Lei; a reversão dos saldos
anuais não aplicados; os recursos oriundos de juros e amortizações de
financiamentos.
Com o Fundo pretende-se apoiar projetos ou estudos e financiamento de
empreendimentos que visem a mitigação da mudança do clima e a
adaptação à mudança do clima e aos seus efeitos. Destinados,
preferencialmente, ao desenvolvimento de atividades de gestão ambiental
relacionadas à cadeia produtiva do petróleo.

d) Fundo Brasil Sustentabilidade (FBS) - fundo de Private Equity

Este fundo foi regulado pela Instrução CVM nº 391 e cuja criação foi
aprovada pelo BNDES. A instituição gestora é a Latour Capital do Brasil
Ltda (Latour - empresa de investimentos independente classificada
em processo seletivo realizado pelo Comitê de Mercado de Capitais do
BNDES). O volume de recursos disponível é de R$ 250 milhões a R$
400 milhões e podem ser utilizados de forma reembolsável.
Há participação da BNDESPAR de R$ 100 milhões, limitada a uma parcela de
40% do valor total do Fundo sendo o restante composto por investidores
privados.
O objetivo do crédito é o desenvolvimento de projetos que tragam benefícios
ao meio ambiente e que reduzam as emissões de gases de efeito estufa de
determinada atividade produtiva.
O crédito se destina a companhias privadas com atividades relacionadas a
projetos de MDL, que demonstrem retorno no investimento e a sua
viabilidade.
O Fundo tem prazo de duração de oito anos, prorrogável por até dois anos. Já
o período de investimento é de quatro anos, podendo ser estendido por até
um ano. Entre as características inéditas do novo fundo, destaca-se a
vinculação entre a Taxa de Performance do Fundo e o sucesso na obtenção de
créditos de carbono pelas empresas apoiadas.

6.2 Institucionais
Texto a ser redigido pelo MMA

6.3 Cooperação Internacional

No sentido de somar esforços orientados a enfrentar a mudança global do


clima, o País vem estabelecendo projetos de cooperação com diversos atores
internacionais. Foi assim que entre o Brasil e Países como Canadá,
Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Itália, Japão, Portugal, e Noruega,
firmaram-se Memorandos de Entendimento para cooperação nas áreas de
mudança do clima e execução de projetos de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL. O Brasil também coopera com outros Países
em desenvolvimento em matéria de MDL. Ação refletida na Missão técnica
brasileira que esteve no Haiti a fim de capacitar técnicos haitianos a
estabelecer Autoridade Nacional Designada (instituição encarregada de
supervisionar a implantação de projetos MDL). Outras missões, com o mesmo
objetivo, foram realizadas para fortalecer a cooperação com Botswana e
Cabo Verde. Ademais, o País foi consultado sobre a possibilidade de receber
técnicos oriundos de São Tomé e Príncipe e do Nepal.

Para além dessas áreas, Brasil e Noruega formalizaram Memorando de


Entendimento para cooperação em ações de redução de emissões do
desmatamento e degradação florestal (REDD, sigla em inglês) – área de
especial interesse para o Brasil, pois a maior fonte das emissões nacionais de
CO2 provêm do desmatamento. Sobre esse Memorando, merece nota o
conjunto das ações de REDD contidas em suas disposições. Entre elas, estão:
a transferência de tecnologia para sistemas de monitoramento,
sensoriamento remoto e inventariação de CO2, e exploração de
oportunidades de cooperação em outros Países. Merece ainda ser destacado
o fato de ter sido a Noruega o primeiro País a contribuir para o Fundo
Amazônia, com o aporte de US$ x,xxx,xxx.
Soma-se a essa importante iniciativa o apoio do governo britânico, em
estreita parceria com diversos atores nacionais, na implementação de muitos
projetos de cooperação na área de mudança climática e energia, os quais
visam, em última análise, à promoção de uma economia global de alto
crescimento e baixas emissões de carbono. Esses projetos envolvem
trabalhos que vão desde ações voltadas à conscientização de setores
expressivos da sociedade brasileira, passando por iniciativas focadas na
conformidade da legislação ambiental para evitar o desmatamento, até ações
que visam ao estabelecimento de critérios de sustentabilidade para a
produção de biocombustíveis. E é no bojo dessas ações que o Reino Unido
vem dando apoio a um estudo – conduzido por instituições brasileiras e
internacionais – cujo objetivo mais amplo é o de avaliar as implicações de
ordem econômica sobre as diversas dimensões relacionadas direta ou
indiretamente à mudança do clima, como a agricultura, água, energia,
biodiversidade, saúde, fluxos migratórios, usos da terra, florestas e elevação
do nível do mar; assim como ocorreu com o Relatório Stern, que, no nível
global, avaliou os custos e benefícios de diferentes cenários de ação com
vistas ao enfrentamento da mudança climática.
Em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente –
PNUMA, o Brasil pretende estabelecer um Painel Nacional de Mudança do
Clima (PNCC) em moldes semelhantes ao do Painel Intergovernamental sobre
Mudança Climática (IPCC), o qual deverá servir de plataforma integrada de
dados, informações, tecnologias, capacidades e outros conhecimentos, de tal
modo a melhor orientar os tomadores de decisão e a sociedade em geral
frente aos constantes desafios postos pela mudança do clima. O PNCC se
constituirá como um organismo científico, aberto à participação de todos os
Estados da federação, da comunidade científica e de especialistas de setores
não governamentais.

Em julho de 2007, por ocasião da visita do presidente Lula a Bruxelas, foi


assinado um Memorando de Entendimento para o programa bilateral de
cooperação Brasil – UE no período de 2007-2013, que prevê 61 milhões de
Euros a serem aportados em sete anos. Desse total, 18,3 milhões de Euros
serão destinados ao apoio à implementação de políticas ambientais. E é
dentro dos limites dessas políticas que se inserem os projetos na área de
mudança climática passíveis de serem apoiados por esses recursos.

No contexto das ações mais especificamente relacionadas à conservação


florestal e biodiversidade, e que possuem implicações diretas e indiretas no
que respeita ao enfretamento da mudança global do clima, o Brasil mantém
diversos projetos de cooperação na área de conservação, manejo e
desenvolvimento de áreas florestais com agências internacionais variadas,
como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO), a Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO) e o
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Alguns dos
objetivos desses projetos são: evitar desmatamento, recuperar áreas
degradas, capacitar populações locais em matéria de manejo sustentável de
recursos naturais, incentivar a agricultura familiar e gerar empregos
ambientalmente sustentáveis.

Quanto à energia, dimensão igualmente importante quando se trata de


mudança do clima, o Brasil tem interesse em intensificar cooperação
recebida a fim de desenvolver tecnologias limpas de geração de energia e
fortalecer sua capacidade em cumprir os objetivos de Convenção do Clima.
Existem memorandos de entendimento assinados na área de energias
renováveis com parceiros que incluem os Estados Unidos, Alemanha, França,
Itália, Países Baixos e União Européia. A Alemanha tem sido um parceiro
importante no desenvolvimento do biodiesel da mamona, por meio da
empresa Brasil Ecodiesel. O projeto visa a desenvolver a agricultura familiar,
sobretudo no Piauí, e também visa a promover a extensão rural e o
fortalecimento da organização comunitária. A Alemanha também apóia a
Eletrobrás no desenvolvimento de energias renováveis. Projeto piloto, que
está sento executado no Acre, envolve a instalação de células fotovoltaicas
para o fornecimento de energia elétrica para seringais.

O Brasil e os Estados Unidos, os dois maiores produtores de biocombustíveis


do mundo, assinaram “Memorando de Entendimento para Avançar a
Cooperação em Biocombustíveis”, em março de 2007. No mesmo ano, por
ocasião da visita do presidente Lula ao Presidente Bush em Camp David,
ambos chefes de Estado escolheram El Salvador como País piloto para
receber cooperação conjunta de Brasil e Estados Unidos na produção de
cultivos bioenergéticos. Após missões iniciais de reconhecimento, decidiu-se
pela produção de biodiesel de mamona no País centro-americano. O projeto
inclui cooperação para a modernização e construção de plantas de
biocombustíveis.

Devido à sua experiência bem sucedida na utilização de energia renovável, o


Brasil tem muito a oferecer em projetos internacionais de cooperação na
matéria, projetos com grande potencial de mitigação. O Brasil está
empenhado também em prestar cooperação sul-sul na área de
biocombustíveis e já possui acordos de cooperação com a maioria dos Países
da América do Sul (Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai,
Venezuela), com os gigantes asiáticos China e Índia, com diversos outros
Países na Ásia, África e Américas, e ainda com blocos regionais como
Mercosul, IBAS e União Econômica e Monetária do Oeste Africano. Os diversos
instrumentos de cooperação envolvem implementação de projetos,
segurança alimentar, formação de recursos humanos e transferência de
tecnologia, tanto relativa à produção quanto ao uso de biocombustíveis. A
EMBRAPA é o órgão mais solicitado pelos parceiros em busca de cooperação
na área.

A iniciativa de cooperação em estágio mais avançado encontra-se no


Senegal. Em maio de 2007, foi assinado o Ajuste Complementar ao Acordo de
Cooperação Técnica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o
Governo da República do Senegal para Implementação do Projeto “Apoio ao
Programa Nacional de Biocombustíveis no Senegal”, que visa estabelecer
ações de cooperação para o desenvolvimento de todas as etapas de
produção e comercialização do etanol de cana-de-açúcar. Já foram realizadas
missões de reconhecimento para o planejamento de projetos semelhantes
em Países como o Benin e a Namíbia. Mais recentemente, foram assinados
protocolo de intenções com o mesmo objetivo com Indonésia e Vietnã,
durante visitas do Presidente Lula.

6.4 Instrumentos Legais (texto a ser escrito pelo MMA sobre os


tópicos a seguir)

• Projeto-de-Lei 3535/08 que institui a Política Nacional sobre Mudança


do Clima e dá Outras Providências.
• Projeto-de-Lei que altera os arts. 6o e 50 da lei no 9.478, de 6 de agosto
de 1997, que dispõe sobre a política energética nacional, as atividades
relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de
Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo, e cria o Fundo
Nacional sobre Mudança do Clima – FNMC.
• Projeto de Lei Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e dá
outras providências
• Lei nº 11.107 de 6 de abril de 2005 - Dispõe sobre normas gerais de
contratação de consórcios públicos e dá outras providências. (Incentivo
aos Consórcios Municipais)
6.5 Acordos Setoriais para Melhoria de Desempenho (texto a
ser escrito pelo MMA sobre os tópicos a seguir)

• Moratória da soja
• Acordos com frigoríficos
• Pacto com produtores de madeira do Pará
• Acordo com FIESP

7. Acompanhamento e Avaliação do Plano ((texto a ser escrito


pelo MMA)

7.1 Indicadores

7.2 Cenários para Avaliar o Nível de Esforço e Auxiliar no


Processo de Tomada de Decisão

7.3 Programa de Gestão do Plano Nacional de MC

8. Resumo
Este item mostra os principais objetivos do Plano Nacional de Mudanças
Climáticas associados com os instrumentos disponíveis para a realização dos
mesmos. Ressalta-se que os objetivos serão constantemente reavaliados e
outros serão incorporados conforme mencionado no item anterior.
Fomentar ganhos marginais no desempenho dos setores produtivos
até que o “estado da arte” seja alcançado.
Iniciativas Públicas e Privadas:
Programa Nacional de Eliminação dos CFCs – PNC
Programa Nacional de Eliminação de HCFCs – PNH.
Cogeração no Setor Industrial Brasileiro
Programa de Siderurgia mais Limpa

Construção Sustentável

Plano Nacional de Logística dos Transportes – PNLT


Programa Brasileiro de Inventário Voluntário - GHG Protocol
Instrumentos Econômicos:
Financiamentos do BNDES
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL
Permitir a manutenção, ao longo do século, da matriz de energia
elétrica limpa, com 90% de renováveis

a) Por intermédio da redução de demanda por energia elétrica/ aumento da


oferta de energia “virtual”

Iniciativas Públicas e Privadas:


Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL
(1985)
Relançamento do Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétrica – PROCEL
Programa de Substituição e Promoção do Acesso a Refrigeradores
Eficientes
Programa de Incentivo ao Uso de Aquecimento Solar de Água
Etiquetagem Voluntária do Nível de Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos
Programa Estratégico de Eficiência Energética – PEEEf
Instrumentos Legais:
Programas de Eficiência Energética das Concessionárias Distribuidoras
– PEE
Decretos de Compras Públicas Eficientes
Instrumentos Econômicos:
Financiamentos do BNDES
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL

b) Por intermédio do aumento da participação de fontes renováveis

Iniciativas Públicas e Privadas:


Geração Hidrelétrica
Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica –
PROINFA
Cogeração no Setor Industrial Brasileiro
Solar Fotovoltaica
Resíduos Sólidos Urbanos – RSU
Carvão Vegetal Renovável
Instrumentos Legais:
Redução Gradativa da Queima da Palha da Cana-de-Açúcar
Leilões de Compra de Energia Provenientes de Fontes Alternativas.
Decreto de “compensação energética”
Instrumentos Econômicos:
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL

Garantir um aumento sustentável da participação de


biocombustíveis na matriz de transportes nacional e, ainda,
contribuir para estruturar um mercado internacional de
biocombustíveis sustentáveis.
Iniciativas Públicas e Privadas:
Programa Nacional do Álcool - PROALCOOL
Veículos Flex-Fuel
Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel
Uso Energético das Biomassas
Programa de Zoneamento da Cana-de-Açúcar
Plano Nacional de Agro-Energia
Certificação e Etiquetagem dos Biocombustíveis
Uso de resíduos de madeira para fins energéticos
Tornar as taxas de desmatamento no Brasil uma derivada negativa,
a cada período de 2 anos, até que se atinja o desmatamento ilegal
zero.
Iniciativas Públicas e Privadas:
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF
FLORESTAL
Plano Nacional de Silvicultura com Espécies Nativas e Sistemas
Agroflorestais – PENSAF
Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal - PPCDAM
Projeto Demonstrações de Manejo Integrado de Ecossistemas e de
Bacias Hidrográficas na Caatinga”
Instrumentos Legais:
Lei de Gestão de Florestas Públicas
MP 432/08 MMA – Fixação de Preço Mínimo de Produtos de Extrativismo
Instrumentos Econômicos:
Financiamentos do BNDES
Linha de Crédito de Apoio ao Reflorestamento de Carajás -
REFLORESTA
Estabilizar a área de cobertura florestal brasileira acima de x ha, a
partir de 2015.
Iniciativas Públicas e Privadas:
Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal - PPCDAM
Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas -
PROPFLORA
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF
FLORESTAL
Plano Nacional de Silvicultura com Espécies Nativas e Sistemas
Agroflorestais – PENSAF
Projeto Demonstrações de Manejo Integrado de Ecossistemas e de
Bacias Hidrográficas na Caatinga”
Equilibrar o estoque de carbono de biomassa, no País, em 2020
Iniciativas Públicas e Privadas:
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar –
PRONAF FLORESTAL
Programa de Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa)
Plano Nacional de Silvicultura com Espécies Nativas e Sistemas
Agroflorestais – PENSAF
Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal - PPCDAM
Projeto Demonstrações de Manejo Integrado de Ecossistemas e de
Bacias Hidrográficas na Caatinga
Instrumentos Legais:
Lei de Gestão de Florestas Públicas
MP 432/08 MMA – Fixação de Preço Mínimo de Produtos de
Extrativismo
Instrumentos Econômicos:
Linha de Crédito de Apoio ao Reflorestamento de Carajás -
REFLORESTA
Organizar e identificar impactos ambientais decorrentes da mudança
climática e fomentar o desenvolvimento de pesquisas científicas
para que possa traçar uma estratégia que minimize os custos sócio-
econômicos de adaptação do País.
Iniciativas Públicas
Criação da Rede Clima
Instrumentos Econômicos
FINEP/MCT

No lançamento do Plano Nacional de Mudança Climática – Fase II,


indicadores de desempenho de cada um dos objetivos mencionados
estarão contemplados e será apresentado o nível de esforço que cada
setor realizou para alcançar o estado- da – arte, ou “benchmarking”
característico da atividade em questão, por meio de um trabalho de
cenários descrito no item 7 deste documento.
Referências Bibliográficas:
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