Solidariedade

A SOLIDARIEDADE, enquanto conceito de estado, surgiu, como uma neces-

sidade sentida pela generalidade das sociedades das nações.
Edição 5
A priorização das políticas sociais, o surgimento de uma área de assistência
social, o reconhecimento da necessidade contínua de apoiar os mais desfavorecidos,
Abril, 2008
traduz uma mudança conceptual que vem a ser feita somente após a segunda guerra
mundial; desenvolve-se a noção do Estado de Bem-Estar, e a segurança social passa
a ser considerada uma questão política.
Numa outra abordagem a “solidariedade” é a grife do momento. Está na moda.
Políticos, banqueiros, empresários, investidores, actores, reis e rainhas, elegeram
esta palavra como o adjectivo preferido para os seus projectos de maior ou menor
Nesta edição: projecção social, para uso interno ou para utilização internacional, já que hoje tudo
se passa na escala da globalização.
Um Aniversário com a 2 É assim que a alfabetização na Guatemala é Solidária, a luta contra a malária
Juventude na Uganda é Solidária, a denúncia do tráfico de mulheres dos países que antes inte-
gravam a Europa de Leste é Solidária, a ajuda militar da Austrália ao povo de Timor
CVP na Augusto Gomes 2 Leste é Solidária, a adopção de meninas na China é solidária.
O mundo actual passou a ser um mundo carente de solidariedade, para a qual o
Estado Social já não tem resposta suficiente nem encontra a resposta adequada.
Diferentes Olhares sobre 3
Importa assim criar, manter e aprofundar a solidariedade permanente, que fun-
Violência Doméstica
cione como cimento do tecido social, com a exigência de uma ética normativa na
vivência social. E devemos rejeitar a solidariedade instantânea, de consumo, com
Dia Europeu da Vítima 3 objectivos diversos dos que se devem Cientes de que o Estado não tem aptidão para
dar resposta eficaz às necessidades de todas as carências que existem nas nossas
sociedades, cada dia mais diversificadas mas mais massificadas, é agora aos cida-
Casa Abrigo 4 dãos que, solidariamente compete, organizarem-se e suprirem essas necessidades.
Para nós, a solidariedade é, pois, e essencialmente, a capacidade de estabe-
lecer uma interacção social comunicativa com os outros, por forma a nunca
Breves 5 ficar indiferente, a respeitar sempre a diferença, a estar disponível para se dar,
e a estar disposto a aprender e a mudar.
É deste modo que, no compromisso conjunto podemos mudar a realidade.
E é exactamente esta a divisa que elegemos na celebração dos nossos 10 anos de
existência, neste ano de 2008.
Dra. Joana Salinas
(Presidente da CVP de Matosinhos)

O Farol J |CVP Matosinhos — 1

Um Aniversário com a Juventude
Este ano a Delegação de Matosi- Juventude é um orgulho perceber que a Juventu-
nhos celebra o seu 10 º aniversário, por de da Cruz Vermelha de Matosinhos deixa a sua
isso mesmo durante todo o ano serão várias marca na história da nossa Delegação
as iniciativas no âmbito deste aniversário.
Esta Delegação está em franca expansão
querendo fazer sempre mais e melhor dedi-
cando-se sempre a causas e a projectos. Patrícia Ribeiro
A Delegação da Cruz Vermelha de (Coordenadora da JCV de Matosinhos)
Matosinhos tem para este ano algumas
actividades planeadas contando, como
sempre, com o apoio e a dedicação da
Juventude da Cruz Vermelha que tem mos-
trado dia após dia que se dedica de alma e
coração a todas as causas abraçadas pela
Cruz Vermelha de Matosinhos, sendo o
exemplo mais recente toda a ajuda na orga-
nização do Seminário “Diferentes Olhares
Sobre a Violência Doméstica” realizado no Juventude Cruz Vermelha Portuguesa

passado mês de Abril.

Para mim enquanto Coordenadora da

CVP na Escola Augusto Gomes

A convite de um grupo de alunas
que está a elaborar um trabalho sobre
voluntariado, no âmbito da disciplina
Área Projecto do 12º ano da Escola
Augusto Gomes, levamos a cabo uma
acção de divulgação da Cruz Vermelha
Portuguesa e da Juventude da Cruz Ver-
melha, nesse estabelecimento de ensino.
O objectivo estabelecido foi o de
fomentar a discussão sobre o volunta-
riado, a CVP e a Juventude, entre as
turmas presentes.
Apesar da hora, começamos logo
às 8.15 h da manhã, a acção foi muito
bem recebida pelos alunos, gerando-se
Estas acções são muitos impor-
tantes já que permitem aproximar a
CV dos mais novos, permitindo-lhes
mostrar que a CVP é muito mais que
uma ambulância, para além disto é
uma boa forma de estimular entre os
mais jovens a discussão sobre o
voluntariado eliminando alguns pre-
conceitos existentes.
O feedback foi muito positivo
por parte de todos, obrigada à Maria-
na, à Maria e à Cláudia pela oportuni-
dade e boa sorte para o trabalho e
esperamos que os professores conti-
nuem a desenvolver a discussão sobre CVP na escola Augusto Gomes

muita dinâmica, e no fim o tempo foi o voluntariado entre os seus alunos.

pouco.

INDEPENDÊNCIA: O movimento é independente. As Sociedades Nacionais,

enquanto auxiliares dos poderes públicos, e sujeitas às leis dos respectivos países,
Os Princípios
devem sempre manter a sua autonomia para que tenham capacidade para, em todas as
da Cruz
circunstâncias, actuarem de acordo com os 7 princípios fundamentais.
Vermelha

(Texto retirado do site da CVP)

O Farol J |CVP Matosinhos — 2

Diferentes Olhares sobre Violência Doméstica
No âmbito das comemorações dos
10 anos a Delegação de Matosinhos da
Cruz Vermelha Portuguesa, em parce-
ria com a Câmara Municipal de Mato-
sinhos e com o apoio da Juventude
organizou no dia 4 de Abril, o Seminá-
rio "Diferentes Olhares Sobre Violên-
cia Doméstica".
Este Seminário teve como objecti-
vo abordar e discutir diversas vertentes
relacionadas com as vítimas de violên-
cia doméstica, bem como dar a conhe-
cer o ponto de situação actual desta
problemática.
Pois não podemos ignorar que a
violência mais comum é a exercida
sobre as mulheres. Segundo o Conselho
da Europa, a violência contra as mulhe-
res no espaço doméstico é a maior cau-
sa de morte e invalidez entre mulheres
dos 16 aos 44 anos, ultrapassando o
Dia Europeu da Vítima
No dia 22 de Fevereiro assina-
lou-se o Dia Europeu da Vítima . Como
é nosso objectivo envolver cada vez
mais a Juventude no âmbito do tema da
Igualdade de Género, foi realizado pela
coordenação da Juventude um postal
especifico para este dia, onde transmiti-
mos a nossa mensagem.
Foram realizados cerca de 300
postais e distribuídos pela Unidade
Local de Saúde, no Tribunal, Segurança
Social entre outros.
Já nos encontramos a idealizar
uma outra campanha, sobre este tema,
que envolve a Juventude.
cancro, acidentes de viação e até a guer- ção de cada um foi essencial para o
ra. sucesso deste evento.
Este evento traduziu-se num gran-
de sucesso, estiveram presentes cerca de
200 pessoas, entre elas destacamos a
Dra. Cristina Louro (vice-presidente da
CVP), o Dr. Pedro Pina (Coordenador
da JCVP), a Dra. Elza Pais (Presidente
da Comissão para a Igualdade de Géne-
ro) e o Dr. Manuel Albano (Delegado da
Comissão para a Cidadania e Igualdade
de Género do Porto).
Alguns voluntários que estiveram presentes
A colaboração da Juventude neste
evento foi em diversas frentes, desde a
criação do logótipo, à divulgação, à
organização do material cedido aos par-
ticipantes, ao auxilio no secretariado e
em tudo o que foi necessário, no próprio
dia do Seminário, para o seu bom fun-
cionamento.
Muito obrigada a todos, a coopera- Uma visão da plateia presente
Contra a Violência Doméstica
nunca calar, nunca desistir, nunca
ignorar…
Na comemoração dos 10 anos da
CVP de Matosinhos lembramos
que,
Num compromisso conjunto pode-
mos mudar a realidade…
Junta-te a nós por esta causa… O nosso postal
O Farol J |CVP Matosinhos — 3
Casa Abrigo — Recomeçar
A proximidade dos problemas
sociais através do contacto sistemático
com a população, confere à Delegação de
Matosinhos da CVP um conhecimento da
realidade social do concelho, sendo que
dos problemas detectados se considerou o
fenómeno da violência sobre as mulheres
– sobretudo no contexto de família
nuclear - como um dos mais preocupan-
tes. A admissão de que o fenómeno tem
nos últimos tempos, ganho no nosso país
uma expressão exponencial, correspon-
dendo a uma evidência do domínio do
intuitivo, tem estimulado respostas de
cariz mais imediato e pragmático.
Assim sendo, a Delegação iniciou
uma série de diligências junto de outros
agentes locais de desenvolvimento com
intuito de concretizar uma resposta desti-
nada a acolher mulheres vítimas de vio-
lência e seus filhos menores.
Em Abril de 2002 foi apresentada
candidatura ao FEDER para a construção
da Casa Abrigo “Recomeçar”, dirigida a
Mulheres Vítimas de Violência Domésti-
Brevemente nova
recolha de sangue
ca acompanhadas ou não de filhos
menores, no âmbito da medida 5.6 –
que visa desenvolver a rede de equi-
pamentos de promoção ao desenvolvi-
mento social - inserida no Programa
Operacional Emprego, Formação e
Desenvolvimento Social, do III Qua-
dro Comunitário de Apoio.
Em 2003 foi recepcionada a
aprovação à respectiva candidatura
pelo valor total de 395.753,49€.
De acordo com os objectivos
desta medida, o projecto visa criar
uma resposta destinada ao acolhimen-
to de 25 utentes (mulheres e crianças)
vítimas de violência doméstica que
estejam determinadas em quebrar o
ciclo de violência e reformular um
novo projecto de vida.
A valência foi inaugurada em
21 de Outubro de 2005, entrando em
funcionamento na mesma data.
A Equipa Técnica, composta
por um Director Técnico (Assistente
Social), uma Educadora Social e um
Psicólogo, assegura uma intervenção sis-
temática e integrada nas áreas do apoio
social, psicológico, educacional, profissio-
nal e jurídico. A Equipa Auxiliar assegura
a prestação de todos os serviços ligados ao
bem estar, higiene, alimentação e seguran-
ça, sendo composta por 6 ajudantes de lar,
1 cozinheira e 1 auxiliar de serviços
gerais.
O trabalho com esta população
situa-se numa primeira fase na interven-
ção em situação de crise, restabelecer o
equilíbrio emocional e psicológico das
mulheres e filhos vítimas de violência.
Posteriormente é nosso objectivo promo-
ver e apoiar a criação de condições para
sua inserção social e profissional visando
sempre a autonomização.
Dra. Mónica Henriques
(Directora de Serviços da CVP de Matosinhos)
O Farol J |CVP Matosinhos — 4
 Breves
Nos próximos dias 3 e 4 vai ser realizada outra recolha de No próximo dia 8 de Maio é o Dia Mundial da Cruz Verme-
géneros alimentares por parte do Banco Alimentar e mais lha e do Crescente Vermelho, a CVP vai assinalar este dia
uma vez a Juventude vai representar a CVP de Matosinhos com a realização de um Seminário Nacional, a CVP de
nesta iniciativa. Matosinhos vai marcar a sua presença com vários técnicos
de diferentes áreas.

Foi no dia 26 de Março que realizamos o nosso I Lanche Nos próximos meses serão desenvolvidas actividades no
Convívio, aproveitamos também para ver o filme "Red on âmbito da Prevenção Rodoviária com algumas escolas e o
the Cross". “Projecto Copos quem Decide és Tu” também será reali-

Cada voluntário trouxe um contributo para o lanche e zado.

podemos dizer que o resultado final foi bastante delicioso.

Cruz Vermelha Portuguesa—Matosinhos

Sede
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Correio electrónico: cvpmatosinhos@mail.telepac.pt
Ficha Técnica

Unidade de Socorro Propriedade

Rua de Brito e Cunha, 332 CVP—Matosinhos
4450-083 Matosinhos
Tel.: 229351515 Coordenação
Patrícia Ribeiro, Coordenadora da JCVP de
Seja Sócio Matosinhos
Juventude
Correio electrónico: Colaboração
jcv.matosinhos@gmail.com Voluntários e Funcionários da CVP- Núcleo
Blog: http://jcvmatosinhos.blogspot.com de Matosinhos, Juventude da CVP

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